PDV Luna

-Não... –sussurrei baixinho para ele.

-Por que Lu? –ele me prensou ainda mais seu corpo contra o meu. Deixei um suspiro indesejado escapar de meus lábios. Ryan seu cretino. Respirei fundo e encarei seus olhos, que estavam mais escuros, pela excitação.

-Por que não quero me machucar de novo Ry. –falei, deixando o clima entre nos tenso. Ryan se afastou um pouco de mim, e encarou seus pés.

-Luna o que eu preciso fazer para você acreditar que eu ti amo? –ele disse. Fiquei sem reação. Putz! Não Luna, não se deixe levar, ele mentiu, ele ti enganoi. Lutei contra esse pensamento desagradável, mas foi meio que inútil. Depois de alguns segundos de troca de olhares o sino tocou. Salva. Pensei. Quando peguei minha bolsa eu havia colocado no chão, Ryan agarra novamente meu pulso, só que dessa vez  pulso ferido recentemente:

-Ai. –deixei escapar um gemido de dor. No mesmo momento Ryan afrouxou o aperto e me encarou, fazendo uma pergunta silenciosa: Você não fez de novo né? Desviei meu olhar do seu. Ele bufou e arregaçou a manga do meu casaco, e viu tudo aquilo que não era para ninguém nunca ter visto:

-Quando você fez? –ele perguntou friamente, continuei olhando para o chão e não o respondi. –Luna, quando você fez?  -ele disse mais devagar, mas não escondeu sua frustração.

-Ontem... –respondi, deixando minha resposta um pouco vaga.

-Eu sei que não foi só ontem.  -ele falou. Soltei-me de suas mãos e o encarei, até agora não havia percebido que estava chorando:

-Se sabe, por que perguntou? –gritei. –Você disse que esta sofrendo né? Agora se coloca no meu lugar Ryan. Como você acha que eu estou? Eu me apaixonei por você, seu idiota. Eu pensei que você era diferente, pensei que você me amava, mas me enganei. –fui diminuindo o som da minha voz até o final da frase.

Enxuguei algumas de minhas lagrimas e olhei em seus lindos olhos cinzentos, que transmitiam um pouco de surpresa, felicidade e alguma outra coisa que não subi identificar. Ele segurou meu pulso um pouco firme, abaixou sua cabeça e beijo cada uma das minhas cicatrizes. Respirei bem fundo e fechei meus olhos, sentindo um alivio dentro de mim. Eu não queria chorar, estava me segurando, só que o alivio que eu senti quando ele fez isso foi tão grande, foi como se todo o meu sofrimento desaparecesse. Ele distribuiu vários beijos delicados até minha ultima cicatriz, depois parou. Abri meus olhos e vi seus olhos cinzentos marejados.

-Eu ti amo Lu, e não é mentira. –ele sussurrou para mim bem perto da minha boca. Agora eu já não conseguia mais impedir as lagrimas de caírem.  –Eu sei que eu errei com você, eu fiz uma enorme idiotice em fazer aquela aposta, mas se eu não tivesse apostado não teria ti conhecido, e eu ainda seria aquele Ryan estúpido que não liga pro sentimentos de ninguém. No começo eu só queria ganhar aquela aposta, mas quando eu vi quem você era de verdade, meu pensamento mudou, eu já não ligava para aposta nenhuma. Eu me apaixonei por você, você me fez ver o mundo de outra forma. –ele segurou meu rosto entre suas mãos, limpou algumas de minhas lagrimas - Eu ti amo Lu. –ele falou e me beijou. Mas esse beijo foi diferente. Foi um beijo desesperado, parecia que fazia anos que não nos víamos, não nos tocávamos. Eu preciso dele para viver. Preciso dele para ser feliz. Ryan me empurrou contra a parede e prensou seu corpo contra o meu e voltamos a nos beijar. Nosso beijo estava cada vez mais intenso. Ryan começou a distribuir beijos por todo meu pescoço, me deixando arrepiada, suas mãos passeavam por todo meu corpo.

-Ry... –ofeguei, ele deu uma risada bem fraca, mas não parou de me beijar, até eu o empurrar.

-Qual é Luna!? –ele falou bem ofegante e confuso.

-Estamos na escola. –falei o obvio para ele.

-Ah Lu que se dane. –ele disse e veio novamente me agarrando, o empurrei.

-Ryan não, é serio. –falei tentando parecer seria, mas foi quase que impossível, ele estava fazendo uma cara de cachorro sem dono. –Para de fazer essa cara. –falei batendo nele.

-Vamos embora? –ele perguntou fazendo uma cara de safado.

-Ah não Ry... –falei sorrindo, passei a mão pelo meu cabelo para ir para a sala, quando Ry segura meu braço e me puxa novamente para si.

-A sua ou a minha? –ele sussurrou no meu ouvido e deu uma leve mordida.

-Quem disse que eu vou a algum lugar com você? –sussurrei mordendo de leve sua bochecha.

-Eu sei que você vai. –ele me deu vários selinhos. Acabei rindo:

-Na sua. –sussurrei perto de seu ouvindo e mordendo de leve. Ele sorriu e me puxou para o estacionamento da escola.

~”~

Mal descemos do carro e já estávamos nos agarrando.

-Não tem ninguém em casa? –perguntei, em meio aos nossos beijos, ele abriu a porta e deu olhada rápida pela casa.

-Não. Vem! –ele disse já me puxando para si novamente. Subimos as escadas aos tropeços.

Quando chegamos ao seu quarto, ele me jogou cama me encarou por alguns segundos e logo depois subiu em cima de mim, distribuindo vários beijos, pelo meu pescoço, meu rosto, até chegar novamente a minha boca. Ele a invadiu com certo desespero novamente. Minhas mãos invadiram sua camiseta, então comecei a arranhar seu corpo, ele solto alguns gemidos, mas não de dor, sim de prazer. Ele deu uma mordida fraca no meu lábio inferior fazendo eu o arranhar com ainda mais força.

 As mãos de Ryan começaram a passear por todo meu corpo até a barra de minha blusa, ele a tirou e voltou a me beijar, aproveitei e tirei a dele também. Desci minhas mãos até o cós de sua calça em busca do zíper, ele parou e me encarou:

-Lu tem certeza? –ele perguntou ofegante. Puxei seu rosto para perto de mim e sussurrei:

-Mas do que certeza. Quero que seja com você. –ele sorriu safado me provocando.