20 Dias Com Percy Jackson escrita por Lyna


Capítulo 9
One part I did not know


Notas iniciais do capítulo

Ok pessoas, espero não ter demorado pra postar esse capitulo nas cabecinhas lindas de vocês!Tá parei. Mas então, sobre tentar fazer com que o foco principal desse capitulo seja a balada que o Percs e a Annie saíram, esquece! Vocês vão entender quando lerem. Não tá tãaao ruim assim, mas por guia das dúvidas ~pega um escudo~ hehe...
Ok, já me ameaçaram com uma escova de cabelo azul então eu decidi postar esse rápido! E sim, já postei a one-shot Percabeth que eu prometi u.u Capitulo dedicado a Mia Lovegood pela recomendação! Obrigada fofa, você não imagina como isso incentiva a escrever!
Boa leitura



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Cheguei em casa quase me ajoelhando e beijando o chão. Era certo que eu adorava arquitetura de lugares como Las Vegas e que claro, tinha sido uma ótima excursão, mas eu estava completamente cansada de ficar procurando Quíron e o resto da turma! Estava de noite, aliás, um dia antes da véspera de natal. Fui direto para a sala e percebi que as luzes estavam apagadas. Acendi a luz da sala e... Oh meu Deus!

_ Ho, ho, ho! Eu sou o Papai Noel._ primeiro eu fiquei surpresa, mas depois a minha segunda reação foi me rolar no chão de tanto rir. O “Papai Noel” a minha frente bufou fechando a cara._ Hey! Não estrague a brincadeira Annie!_ ele falou e eu me levantei do chão tentando inutilmente parar de rir.

_ Tire essa fantasia ridícula Percy._ eu falei e ele me olhou interrogativo.

_ Percy? Mas eu sou o Papai Noel!_ ele disse com sua voz forçada e eu gargalhei. Só ele mesmo.

_ É sério! Tire essa roupa e vamos logo pra cozinha comer alguma coisa!_ eu falei jogando minha mochila no sofá e quando ia para a cozinha Percy agarrou meu braço gentilmente.

_ A senhorita primeiro vai se sentar no meu colo e me dizer o que você gostaria de ganhar de presente de natal._ ele falou me puxando e acabei por cair no colo dele, esse que estava sentado no sofá._ Boa mocinha._ ele disse eu ri sentindo a barba branca falsa dele nos meus braços._ Agora me diga: O que você quer?_ ele perguntou sorrindo e eu sorri também. Eu estava em um “momento dane-se a lógica”, então eu estava um pouquinho, mas só um pouquinho emocionada pelo fato de que era a primeira vez que eu via aquele velho barbudo.

_ Que você tire essa roupa ridícula e me dê um abraço Percy._ ele tentou disfarçar mais uma vez.

_ Quem é esse Percy de quem você tanto fala? Ele é tão lindo e maravilhoso assim?_ eu dei uma gargalhada e ele se levantou, tentando me abraçar. Quando conseguiu, ele me rodopiou no ar por alguns poucos segundos, porém acabou escorregando no tapete e nós dois caímos no chão, eu em cima dele. Ri um pouco._ Feliz natal Annie._ Percy disse sorrindo sincero pra mim, com sua voz normal agora.

_ Feliz natal Percy._ sussurrei o abraçando. Esse idiota...






Depois de correr uns três quarteirões eu cheguei a uma conclusão: Eu estava perdida. Literalmente. Olhei para todos os lados e não consegui encontrar nada realmente familiar ou que ao menos servisse de ponto de orientação. E então, nesse exato momento, eu fiz a coisa mais correta para se fazer em uma situação como essa:

_ Arrrgghhh! Eu sou a pessoa mais idiota do mundo!_ que, obviamente era começar a berrar e me bater no meio de uma rua completamente desconhecida. O que eu fiz depois? Simples: Andei na direção que eu vim. O problema? O porquê de eu não ter feito isso antes? Tinha caminhos de mais, morros de mais, rodovias de mais e placas e pontos de orientação de menos. E claro, eu ainda precisava procurar por Perseu e Nico. Andei, andei, andei, berrei, andei, me xinguei, murmurei bilhares de palavrões que eu nem sabia que conhecia, andei um pouco mais e finalmente, consegui encontrar a balada de onde sai. Final feliz, ebaaa UHUUUL! Porém, aí vai a segunda parte:

Um mundo completamente desconhecido

Bom, você deve estar pensando que eu encontrei Piper, Jason, Léo e o resto do grupo de estudantes dali e voltei para casa normalmente, bem, inteira, saudável e quase tranquila, não é mesmo? Se você aí seu leitor desocupado, pensou nessa milagrosa possibilidade, está extremamente E.R.R.A.D. O! Absurdamente, incontrolavelmente, profundamente, nitidamente e outras palavras terminadas em “mente” errado! Estava fácil de mais para alguém que confusão é uma coisa totalmente normal. No momento que eu entrei eu percebi que eu havia me intrometido onde não devia. E é aqui que a minha “comédia” acaba:

Eu havia ficado tranquila pelo fato de que na festa em que Perseu me levara não havia nada que correspondesse aos meus pensamentos sobre a juventude de hoje em dia, e claro, surpresa também. Musica boa, nada de confusões, nenhum bêbado caído no meio da pista, nada de drogas ou streepers, ou coisas assim, tinham até pessoas vendendo mexericas lá! Porém aquele Cabeça de Algas me mostrou somente a parte boa. Não importava por onde eu corria os olhos, em todo lugar eu vai pessoas fumando e se drogando, vendendo e comprando mercadorias provavelmente ilegais, havia uma streeper em cima do palco, esse que ficava bem do centro dali. O cheiro de álcool estava tão infestado naquele lugar que eu quase vomitei. Tinha pessoas demais ali dentro, e quanto mais eu procurava a saída, mais perdida eu parecia estar. As mulheres dali me olhavam de cima á baixo como se eu fosse algum tipo de aberração. Aliás, todos ali me olhavam como se dissessem pelos olhares “Você não pertence a esse mundo”. E eu silenciosamente concordava com eles por pensamento. Senti minhas costas baterem em alguma coisa redonda e dura. Olhei para trás e vi que era uma maçaneta. Desesperadamente abri aquela porta o mais rápido que pude, logo em seguida fechando-a escorregando por ela enquanto fechava os olhos. Porém, como eu tinha berrado no meio da rua, eu sou a pessoa mais idiota do mundo, então algo tinha que dar errado:

Era um tipo de camarim para as streepers. As mulheres usavam roupas tão indecentes que eu me perguntava qual a diferença entre andar nua e usar... Aquilo. Arregalei os olhos pronta para sair até que um homem gordo e careca, com um cigarro na boca me para. Ele me olhou de cima á baixo (outra coisa que já estava começando a me incomodar) e depois tirou o cigarro da boca, soprando toda aquela fumaça para fora. Tossi quando aquele cheiro fez contato com as minhas narinas. O homem revirou os olhos.

_ Ainda não se trocou? Vocês estão me dando cada vez mais trabalhos hein! Mas tudo bem. Preciso de uma de vocês agora, então vou deixar passar dessa vez e não irei puni-las. E você._ ele apontou pra mim._ Vai ter que tirar a roupa, então não vai fazer diferença mesmo. Agora suba naquele palco e me faça ganhar dinheiro!_ ele disse me empurrando para um tipo de escada que levava ao palco da streeper. Por mais que eu seja idiota, eu percebi em qual situação eu havia me metido: Eu estava sendo confundida com uma streeper. Aí eu comecei a raciocinar: Ganhar dinheiro com isso, roupas indecentes, mulheres tirando a roupa, quartos espelhados pelo local... Era uma casa noturna, de prostituição. Assim que subi ali (a força, claro) uma melodia completamente obscena começou a tocar. Os homens me olhavam como se perguntassem quando eu ia tirar a roupa. Eu não iria conseguir sair dali sair dali pelo palco, muito menos pela escada de onde subi! Oh meu Deus, por acaso eu joguei pedras na cruz? O que foi que eu te fiz hein? Fiquei alguns segundos parada ali, no meio daquele lugar imundo, até que eles começaram a gritar coisas do tipo “anda logo com isso” ou “Dança logo gostosa”. Fiquei completamente sem reação, até que uma mulher apareceu por trás da cortina e eu vi a oportunidade perfeita para sair dali: por onde ela havia entrado. Por trás! Ela começou a dançar e tirar a roupa, e aproveitando que todos estavam distraídos jogando notas de valores altos no palco, pulei dali. Comecei a correr até me misturar com a multidão, e quando ia sair alguém segura meu braço. Vida, eu te odeio também.

_ Você não é aquela garota que tava ali em cima agora pouco? Até que você não é ruinzinha não hein!_ ele disse segurando em minha cintura e grudando meu corpo no dele. Eu disse uma vez e repito: Eu vou vomitar! A mão dele começou a descer e eu logo tratei de dar um belo de um chute no meio dos “filhos” dele. Ela gemeu me largando e colocando a mão “ali”. Corri o mais rápido que pude (de novo... Vou acabar sendo escalada para correr na maratona dos melhores do mundo) quando ouvi ele gritar algo do tipo: “Peguem ela!”. Desesperei-me, começando a ter dificuldade para me espremer no meio daquelas pessoas e sair dali. Annabeth, sua idiota! “Por que você foi entrar logo aqui?” Meu subconsciente ( que aliás, me adorava tanto quanto a vida ) me dizia isso a cada cinco segundos. Dois homens grandalhões e gordos, até meio parecidos com aquele cara que me empurrou para o palco, me cercaram. Comecei a me debater, porém eles me seguravam com tanta força que pensei que ia acabar desmaiando. Um deles pegou a pulseira de couro do meu braço, e por algum motivo do além, eu me irritei. Chutei, esperneei, dei socos, porém nenhum deles me soltou. Porque eu havia me importado tanto por causa da pulseira? Perseu passou pelos meus pensamentos naquela hora. Onde é que você está seu Cabeça de Algas? Pude ver o cara que havia me agarrado sorrindo cruelmente enquanto caminhava na minha direção. Merda! O brutamonte jogou a pulseira para ele.

_ Você não deveria ter feito aquilo, sua mocinha má._ ele disse colocando a mão no meu rosto, e decidi irritá-lo ainda mais: Mordi. Eu realmente iria vomitar. Jurei mentalmente que iria lavar minha boca com sabão ao chegar em casa. Se eu chegasse..._ AAAÍIII!_ ele berrou me olhando com raiva._ Sua desgraçada!_ ele disse, logo levantando a mão pra mim e preparando para me dar uma bela surra. Esperei pelo impacto de olhos fechados, e quando abri os mesmos, vi a pessoa que eu mais queria ver naquele momento.

_ Sua mãe não te ensinou que é covardia bater em mulheres?_ Perseu deu um soco na cara do magrelo, e eu juro que teria dado um sorriso e o abraçado, se eu não estivesse sendo segurada. Um dos “capangas” dele me soltou, indo pra cima de Perseu, que felizmente conseguiu desviar. Aproveitei para me desvencilhar dos braços do outro brutamonte e me misturar um pouco, sem perder Perseu de vista. Não iria deixá-lo sozinho. Enquanto o gordo careca tentava me encontrar no meio do lugar, puxei Perseu comigo. Agora os dois estavam nos procurando. Eu poderia ser idiota, mas se eu tenho uma característica boa, ela é: Sempre ter um plano.

_ Se esconda._ falei para Perseu e ele me olhou como se eu fosse louca.

_ O que? Não!_ ele falou e eu segurei suas mãos, olhando bem no fundo de suas órbitas verdes. Ele sabia que eu tinha uma idéia, porém não estava nem um pouco confiante de que ia dar certo.

_Chame a atenção daquele que está vigiando, leve-o para algum lugar que tenha chave, pegue-a, em seguida entre lá e espere até ele entrar para sair e trancar a porta._ eu falei e ele olhou para o brutamonte que nos procurava. O outro estava colado na porta, esperando um de nós chegar ali._ Eu cuido do outro.

_ Ok._ ele disse um pouco hesitante.

Corri para a porta do banheiro, e comecei a chamar o gordo e careca que nos procurava. Como planejado, ele veio atrás de mim. Entrei no banheiro, me escondendo atrás da porta. Ele entrou, correndo os olhos pelo local e logo em seguida indo um pouco mais para o centro. Pequei a chave a bati a porta, trancando-a pelo lado de fora. Vi Perseu fazer o mesmo e fomos para a saída. Pude ouvir o som das batidas exageradamente fortes na porta. Estávamos saindo quando me lembrei de uma coisa. Corri em direção ao cara magricelo que havia me agarrado, e Perseu veio atrás de mim. Pequei a pulseira de sua mão, aproveitando que ele estava pouco consciente. Porém ele agarrou meu pulso. Perseu deu um soco em seu braço, sendo recebido por um outro soco, que fez sua boca sangrar levemente. Corremos para a saída, finalmente conseguindo sair do local.

Terceira parte: Talvez eu tenha um antigo amigo de volta



Era irônico o fato de que quem estava me dando uma bronca era Perseu.

_ Você não pode sair por aí entrando em lugares desconhecidos! Já parou para pensar o que teria acontecido se eu não tivesse te encontrado?_ ele dizia enquanto íamos pra minha casa.

_ Eu sei muito bem o que teria acontecido._ murmurei e ele bufou jogando a cabeça para trás. Olhei para ele. Tinha que admitir que ele tinha ficado muito bonito desde a adolescência. Mais. Parecia, apesar de ainda muito lerdo, mais... Maduro. Por puro impulso (e idiotice) eu peguei nos cabelos castanhos desnorteados e desarrumados do mesmo. Ele me olhou estranho quando comecei a acariciá-los.

_ O que foi?_ ele perguntou, fazendo sem querer um leve bico. Sorri um pouco. Ele parecia um gatinho (não pensem besteira seu bando de desocupados) ronronando e abaixando a cabeça para o lado enquanto eu fazia carinho em seus cabelos._ Você é doida Sabidinha.

_ E você é um idiota Cabeça de Algas._ falei parando com o carinho e andando na frente do mesmo, esse que me olhou indignado, como se não aprovasse o fato de eu ter parado com o carinho. Sorri. Ah, Cabeça de Algas... Talvez não fosse tão ruim assim te ter como amigo de novo. AH! Quase que eu ia me esquecendo!

_Acho que isso pertence a você._ falei estendendo a mão com a pulseira que ele havia me emprestado.

_ É sua._ ele disse sorrindo e pegando-a, logo a colocando em meu pulso novamente. Corei um pouco. Nada muito extravagante. Me lembrei de que ainda havia um ferimento em sua boca. Era apenas um arranhão, mas parecia estar doendo por dentro.

_ Isso foi culpa minha._ falei sussurrando e ele me olhou confuso. Mordi os lábios e abaixei a cabeça. Não sabia qual era a expressão dele agora, mas pude ouvi-lo soltar um suspiro e tive certeza de que ele estava sorrindo levemente.

_Boba._ ouvi ele me dizer e... Ok, não era para tanto. Tínhamos ficado um pouco mais íntimos agora, mas ele não tinha o direito de ficar me abraçando. Ele deu uma risada baixa ao ver que eu estava incomodada._ Acha realmente que esse arranhãozinho vai parar O Grande Perseu? O salvador das donzelas mais gato existente? Nãaao._ ri com seu comentário, rolando os olhos.

_ Está mais para marica que foge de valentões._ falei rindo um pouco e me soltando dele, que riu um pouco indignado.

_ Vem cá sua Sabidinha._ ele disse começando a correr atrás de mim. Apressei os passos rindo. Ele continuava o mesmo. Quase...




Ok, nem preciso dizer que por algum motivo do além eu levei uma bronca de uma garota de 15 anos não é? Mas como eu já disse... Hã? 17 anos? Dane-se. Bom, ela me chamou dos nomes menos ofensivos que poderia encontrar, mas eu fiquei me perguntando se aquilo que ela disse realmente não era para ser ofensivo. Finalmente consegui ter uma noite tranquila de sono. Dormi como se não quisesse mais acordar. Ainda bem que Quíron me dera uma folga enquanto eu estivesse escrevendo o livro e... Ops. O LIVRO! As nove da manhã eu acordei e já fui desesperada pegar um caderno que eu tinha reservado inteiro para o livro que eu estava tentando escrever no dia em que Silena me pedira para cuidar da Piper. Sobre o que eu poderia escrever...

_ Oi Sabidinha!_ Sufoquei um grito de susto quando aquele idiota apareceu do meu lado de repente. Dei um belo de um tapa no braço do mesmo que praguejou baixinho.

_ Não me assuste assim Perseu!_ falei e ele suspirou.

_ Pensei que éramos amigos agora._ ele falou fazendo um bico e eu bufei. Eu responderia algo parecido com “Efeito daquela mexerica podre.”, mas decidi pegar leve com ele.

_ Cale a boca e me traga o café da manhã._ ele me olhou indignado.

_ Por que eu faria isso?_ ele perguntou se deitando na minha cama.

_ Porque pela sua aparência você dormiu aqui, e como eu estou te dando abrigo por enquanto._ dei ênfase nas duas ultimas palavras pra ficar bem claro que ele não ficaria por muito tempo._ O mínimo que você pode fazer é me trazer o café da manhã. E tire os pés da minha cama._ dei um tapa em sua canela e ele se levantou bufando indo para a cozinha. Me pergunto como ele caiu nessa conversa barata de “O mínimo que você pode fazer...”._ Percy! Aproveita e trás o meu ultimo livro, por favor._ pedi e por algum outro motivo que eu não sabia qual eu percebi que pela primeira vez eu tinha o chamado de algo que não fosse “Cabeça de Algas” ou Perseu. E ele tinha sorrido, com certeza.


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Notas finais do capítulo

*continua com o escudo*