A Escolhida escrita por Jamie Hazel


Capítulo 14
Capítulo 13 - Destino: Londres


Notas iniciais do capítulo

Booaa noiteee leitores queridos o/ então como prometi estou aqui para mais um novo capítulo *--* e esse aqui ta rodeado de transtornos.
Momento Bob Esponja: Estão prontas, crianças? "Estamos, capitão!" ooouououououou hohohoh



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Isso definitivamente não está acontecendo.

Pisco o tempo necessário para que meu cérebro entender que sim, é real.

Engulo seco e afundo no sofá sentindo mágoa ou talvez medo. Sinceramente nunca pensei que um dia aconteceria uma coisa dessas justamente comigo, mas o que eu fiz de errado para merecer tudo que está acontecendo?

Olho ao redor, minha casa está uma bagunça, pior que a casa da mãe Joana e minha mãe nem está aqui para limpar tudo. Agora sou só eu e sei lá...Deus? Minha cabeça começa a doer e volto meu foco para a carta absurda. Pego-a novamente e reviro á procura do endereço.

Fullham (subúrbio de Londres), nº 4.

Um barulho vindo do portão faz com que eu me disperse e olhe para trás. Nicholas parado no meio do jardim. Ah, se ele acha que é só vir aqui e me dar uma desculpa esfarrapada, está muito enganado. Levanto a mão esquerda e mostro o dedo pra ele.

Nicholas me olha confuso e acena para que me junte á ele. Enfurecida, levanto do sofá e viro para olhá-lo. Ele estava vestindo uma camisa verde de gola V, o que o deixa extremamente sexy, suspiro e balanço a cabeça tentando me forçar a acreditar que isso seja errado.

Ele me olhava fixamente com um gato na espreita. Tentei desviar minha atenção para a bagunça na sala mas em vão. Nicholas tocou a campainha várias vezes até que me irritei e fui abrir.

– Não estou interessada. - eu disse, seca.

– Eu poderia saber no que? - Nicholas perguntou, obviamente se fazendo de burro.

– Vá embora, antes que eu me arrependa de te deixar ir sem quebrar sua cara.

– Quebrar minha cara?! Espera aí, não estou entendendo nada. - ele começou a bagunçar os cabelos castanhos. - Isso tudo é por causa da Grace?

– Então, a vadia tem nome? - indaguei-o, apesar de estar a ponto de chorar ali mesmo, continuei firme.

– Sim e por acaso, a "vadia" foi colega de quarto de uma garota chamada Mellany, que eu descobri ser filha do tal David do seu livro. - Nicholas aumentou o tom de voz. - Não acredito que pensou isso de mim! Eu só estava tentando te ajudar.

– Mas você estava todo bobo com ela, rindo com toda besteira que ela dizia. Pareciam que se conheciam á tempos. - tentei me salvar mas sentia muita culpa.

–Isso é porque eu a conheço á tempos. Ela é filha de uma amiga da minha mãe, nós costumávamos sair bastante juntos, quer dizer, nunca namoramos nem nada mas sempre fomos amigos. - seus olhos azuis me fitando faziam cada vez eu me sentir mal com tudo aquilo. - Ontem mesmo, acabei a encontrando na rua e nos sentamos pra conversar. Foi aí que eu vi um anuário antigo dela que tinha uma foto dessa Mellany Brutched, achei estranho e perguntai de onde Grace a conhecia.

Meu membros travaram. Acho que entrei em choque, desespero, angústia, não sei. Senti uma pontada no estômago e uma vontade louca de chorar. Vaguei o chão e desatei a chorar. Sabe quando você descobre uma coisa maravilhosa e não consegue fazer nada além de se sentir mal com aquilo? É mais ou menos isso que sentia agora.

Nicholas me envolveu nos seus braços quentes e ficamos assim por alguns minutos até que alguém teve coragem de falar.

– Vamos entrar? Está frio aqui fora, você vai acabar pegando um resfriado. - ele acaricia meus cabelos e eu acabo formando um sorriso nos lábios. Não sei como duvidei dele durante esse tempo, mas não posso culpar meu coração recém construído de sentir ciúmes e mágoa.

– Sim.

Entramos em casa e Nicholas me puxou para a cozinha.

– Quer alguma coisa, pequena?

– Pequena, é? Você nunca me chamou assim. - dei uma risada.

– É, nem sei porquê na verdade. Você tem 1,50 e nunca me veio á mente te chamar assim. - ele me levantou no ar e começamos a girar.

– Eeeeii, para! - gritei. - Me bota no chão! - dei tapinhas em suas costas achando que iria funcionar.

– Não paro não, você é pequena e não há nada que possa fazer. - Nicholas disse rindo alto, ele estava achando graça de tudo isso.

– Pelo menos não me acho a boazona. - eu disse enquanto tentava me desvencilhar de seus braços.

– Então, eu me acho? Aaaah, você vai ver! - Nicholas saiu correndo comigo no colo e me jogou no sofá, assim que percebi seu intuito comecei a chutar o ar para impedi-lo. As cosquinhas logo tomaram conta de meu corpo e acabei girando de uma lado para o outro sem parar de rir.

– Nic!! Nãaaao hahahahaha!

– O que está acontecendo aqui? - uma voz conhecida tomou conta do lugar e nos fez parar o que estávamos fazendo.

– Dennis! - Nicholas falou. - Ah, cara, você estragou a minha brincadeira.

Fiquei paralisada com sua entrada repentina. Levantei atordoada e entrelacei minhas mãos, com vergonha, acho.

Dennis olhou para mim, viu minhas mãos e então voltou-se para Nicholas.

– Estava na cara que Sarah adorou a brincadeira. - ele disse, irônico pelo que pareceu. E então ele veio até mim e beijou minha testa. - Está tudo bem?

Assenti com a cabeça e dei um sorriso leve.

– Por quê você veio aqui? - perguntou Nicholas.

– Fiquei preocupado com ela, principalmente depois de ontem. - Den fuzilou Nicholas com o olhar. - Depois daquilo.

Nicholas pareceu não notar que ele estava zangado e continuou a falar.

– Bem, está tudo resolvido e se não se importa temos que resolver um problema.

– Ah, é? E esse problema envolve cosquinhas?

Nicholas se aproximou, irritado, de Dennis e me puxou para si.

– Isso não é da sua conta.

– O problema ou a Sarah? - Den provocou-o.

Depois do que ele disse achei que iam começar a se bater ali mesmo, então corri pra frente de Dennis e abri os braços num gesto de "pausa".

– Chega! Parem agora os dois com essa palhaçada. - eu disse entre os dois.

– Sarah, por favor, saia da frente. - Nicholas pediu.

–Não! Vocês não vão brigar.

– Tudo bem, desculpe, eu provoquei ele. Não queria que isso acabasse mal. - Dennis pôs os braços ao redor dos meus ombros e depositou um beijo na minha bochecha. - Vou me sentar e você comanda, chefia.

Nicholas bufou e o seguiu também.

– Eu não planejava te contar isso, Dennis, mas já que está aqui vou dizer.

Expliquei tudo que tinha acontecido até o momento para ele e Den escutou calado, sem fazer nenhuma pergunta ou se exaltar. Passei para a parte principal logo que terminei a explicação, mostrei o livro e a carta e deixei que eles dissessem suas opniões com a minha decisão.

– Eu vou para Londres hoje.

– Você o quê? - Nicholas gritou se levantando. - Não vai mesmo, aposto que esse cara é um psicopata!

– Dessa vez, concordo com Nicholas, não acho que seja uma boa ideia ir assim sem mais nem menos. Você nem sabe se ele é mesmo seu tio. - Dennis disse olhando para mim com um rosto preocupado. - Mas, de todo o jeito, estou disposto á ir junto caso decida ir.

Nicholas olhou sem entender para Dennis e depois para mim.

– Obrigada.

– Sarah, por favor, não faça isso! É uma ideia maluca que pode dar totalmente errado.

– Ou totalmente certo, Nic. Eu não estou pulando de alegria com isso, está bem? - solucei e sequei uma lágrima que escorria no meu rosto. - Sinto medo, muito medo, mas eu preciso e quero desvendar de uma vez por todas o que eu sou. E se isso tudo que David diz for verdade, então minha prima corre perigo e vou ajudá-la mesmo com risco de morte.

Os dois rapazes lindos me olhavam como se eu estivesse completamente louca. Entretanto, os dois tinham um olhar conhecido, aquele olhar por qual me apaixonei, aqueles olhos que refletiam tantos sentimentos e diziam que iriam me proteger ao longo do meu caminho.

Pela primeira vez na vida, tive a certeza de que a felicidade me aguardava bem ali.

BÔNUS DE ANIVERSÁRIO

De repente uma mesa colorida cheia de doces como brigadeiro, beijinho e um enorme bolo roxo apareceu na minha frente. Olhei ao redor, Nicholas e Dennis usavam chapéus de aniversário roxo e batiam palmas sem parar.

– Ei, o que está acontecendo aqui? - perguntei sem resposta.

Quando parei para perceber que estava usando um vestido preto e roxo com um salto alto que nem era meu, as luzes do bolo se acenderam sozinhas e nós três começamos a cantar parabéns.

– Parabéeens, uhuuu! Hoje é o seu dia, que dia mais feliz! (8' - coro.

Meu corpo se mexia sozinho e eu não conseguia controlá-lo, eu cantava o parabéns com uma voz super animada que não parecia ser minha. Acabei me irritando com a palhaçada e arranquei o vestido de mim com toda a força que consegui reter (aparentemente, me soltei do feitiço ou sei lá o que) e gritei:

– Alguém pode me dizer que droga é essa?

– Estamos comemorando o aniversário de Dark Angel que foi na sexta passada. - disse Nicholas.

– Dark angel?

– Sim, é uma leitora da nossa fanfic, Sarah. - respondeu Dennis, sorrindo.

– Sério, nós estamos numa fanfic? Nossa, que maneiro! - pulei de alegria enquanto continuávamos o parabéns.

Mas minha cabeça só pensava em uma coisa... "será que eu sou a protagonista dessa história? Isso seria incrível! "

Fim.

HAHAHAHHAH ok gente, isso foi horrível mas eu prometi que daria os parabéns, então meus parabéeens querida leitora o///


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem!!! No próximo capítulo vocês vão descobrir uma parte do que a Sarah é, estão curiosos? Hahahahah :3
Espero que tenham gostado e deixem muitos comentários, indicações e adcionem nos favoritos que eu ficarei muito feliz. XOXOXOOXOX