Foi Na Despedida De Solteiro Do James... escrita por Sensei, KL


Capítulo 5
Um encontro com Papai Noel...mentira, é o tio Dumb


Notas iniciais do capítulo

Uhu que capitulo grande o/ Bom dia meninas! Estou eu aki! Capítulo focado na Lyra procurando uma solução para o Nate estudar na escola. Enfim, atacar!



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PDV Lyra

OK, eu vou te dizer, não faço a mínima ideia de como ajudar o Nate, um colégio interno não é o mesmo que a nossa casa, eu não poderia fugir com ele para uma fazenda abandonada ou trancá-lo no porão.  Já fazia cinco dias que isso não sai da minha cabeça, essa noite eu nem dormi tentando achar uma solução, mas nada surgia.

Ontem e comecei a olhar os livros que compramos no beco diagonal, pela minúscula introdução e o pouco que eles falam sobre casos como o do Nate deu para notar que eu estava certa, o mundo bruxo não curte lobisomens.

No livro dizia assim:

 “O lobisomem é encontrado no mundo inteiro, embora se acredite que tenha se originado no norte Europeu. Os humanos somente se transformam em lobisomens quando são mordidos. Não se conhece nenhuma cura para esse mal, embora o recente avanço no preparo de poções tenha de certa medida, aliviado os sintomas mais graves. Uma vez por mês, durante a lua cheia, o bruxo ou trouxa afetado, que em outros períodos é normal, se transforma em uma fera assassina. Uma singularidade entre as demais criaturas fantásticas, o lobisomem dá preferência a presas humanas.”

“SE TRANSFORMA EM UMA FERA ASSASSINA!” “O LOBISOMEN DÁ PREFERÊNSIA A PRESAS HUMANAS!” Eles realmente não curtem.

Ainda era 4 da manhã e eu nem preguei o olho, levantei da cama e fui até o banheiro, daqui a meia hora minha mãe saia para sua corrida matinal e voltada às cinco e meia para fazer o café da manhã, duas vezes na semana ela me chamava para ir com ela, terças e quintas, hoje era segunda, mas eu iria com ela mesmo assim. Fui até o banheiro me arrumar, coloquei um petisco para o Jack, minha coruja preta, depois fui até o tanque de vidro de dois metros (presente do Mike) que estava no meu quarto e coloquei um rato lá dentro, o resto era com a Grazy ou G. que é como eu chamo minha cobra.

-Bom dia mãe. –Falei sorrindo.

-Olha quem decidiu aparecer. –Mamãe falou me passando um suco de morango.

-É, faz semanas que eu estou tentando resolver um quebra cabeças, mas não consigo, correr me ajuda a pensar.

-Tudo bem querida. –Ela beijou minha testa e saímos.

Passamos uma hora correndo pela propriedade do nosso vizinho, era uma linda fazenda, voltamos para casa e Tia Andrea ajudava Tia Angela com a comida.

-Olha quem foi correr hoje. –Tia Andrea comentou.

-Imagina a minha surpresa por vê-la acordada? –Mamãe entrou na brincadeira.

-Hey! –Resmunguei.

-Vá tomar um banho e depois chame seus irmãos, você está fedendo filha.

-Nossa, valeu mesmo mãe. –falei sarcástica e todos riram.

Subi para o meu quarto e tomei um banho, saí do banheiro vestida e secando o cabelo com uma toalha, na cabeceira da minha cama havia a carta que a Professora Mcgonagall deu para o Nate e para mim, peguei o papel e li novamente sorrindo, ansiosa para ir lá e aprender magia. Eram nomes tão diferentes, Minerva Mcgonagall, Albus Dumbledore... ALBUS DUMBLEDORE! Era isso. A única pessoa que poderia me ajudar com isso era o diretor, eu poderia estar acabando com todas as chances do Nate ir para a escola, mas era melhor que ele continuasse aqui em casa e somente o diretor soubesse disso do que ele ir e toda a escola e o mundo bruxo descobrirem.

Peguei uma pena que havia comprado no Beco diagonal, mergulhei na tinta e comecei a escrever, era tão complicado que o papel ficou todo borrado, amassei e fui tentar de novo, dessa vez ficou melhor, depois de algumas palavras eu peguei o jeito. A carta ficou mais ou menos assim.

Caro Diretor Dumbledore,

Sei que sou apenas uma garota de onze anos e provavelmente o senhor nem irá ler essa carta quando vir de quem se trata, mas não custa tentar não é mesmo? Se ainda estiver lendo eu gostaria de falar um assunto de extrema importância com o senhor, se não for incomodar muito. Gostaria que me encontrasse amanhã as 15h em frente a fazenda do meu vizinho, irei fazer um piquenique e então conversaremos. Espero que essa carta o encontre bem.

Com carinho, Lyra.

Coloquei em um envelope, abri à gaiola e dei a minha coruja, Jack, abri a janela e falei olhando para o rosto dele.

-É para o Diretor Dumbledore, Albus Dumbledore, em Hogwarts entendeu? –falei carinhosamente dando um petisco para ela. Jack piou feliz mostrando que havia entendido e saiu para entregar a primeira carta para sua dona.

Lyra penteou os cabelos e foi acordar Nate, o garoto estava dormindo feito uma pedra, ela teve que empurrar ele da cama para que ele ao menos abrisse os olhos. Quando ia para o quarto da Rose ela estava saindo com a cara amassada, deu um sorriso pequeno.

-Bom dia Lyra. –Ela falou sonolenta.

-Bom dia.

As duas desceram e começaram a comer, cinco minutos depois Nate aparece na porta da cozinha.

-Vejam só, as mulheres da minha vida! –Ele disse e todas gargalharam, deve ser até meio estressante ele viver numa casa onde só vivem mulheres.

O resto do dia se passou normal, igual estava sendo as minhas férias, quem imaginaria que eu iria estudar em uma escola de magia agora? Mamãe começou a me tirar de todas as aulas extras que tive desde que comecei a frequentar o colégio, tipo Frances, piano, canto e luta... Essa última era meu tio que estava ensinando e mamãe ficou muito feliz em saber que eu teria que parar com isso.

No dia seguinte eu corri de novo de manhã cedo com a minha mãe, quando cheguei em casa Jack estava na minha janela e bicava o vidro.

-Hey, garoto, o que você tem aí para mim?

Peguei a carta que ele trazia a abri, em uma caligrafia puxada e cheia de adereços estava escrito.

Cara Lyra,

Ficarei feliz em aceitar o seu convite, estarei lá na hora marcada.

Atenciosamente, Albus Dumbledore.

Wow! Isso é incrível. Ele vem mesmo. Eu realmente não estava acreditando, peguei um petisco e entreguei a Jack murmurando que ele havia feito um ótimo trabalho, deixei a gaiola a aberta para quando ela quisesse sair e espairecer um pouco. O dia estava agradável, nem quente demais e nem frio demais.

O resto do dia passou na expectativa, peguei uma cesta e coloquei quatro sanduíches, um pedaço de bolo, doces, um suco abóbora e sorvete de limão e morango. Na hora marcada saí escondida de casa, Nate e Rose estavam no quarto conversando, enquanto Tia Angela tinha ido para o seu trabalho de relações públicas na cidade que não era muito afastada, já que nós morávamos no campo, Tia Andrea também estava trabalhando, ela era professora de química em uma faculdade, Mamãe era bibliotecária, mas estava de férias. Parei em frente à fazenda do nosso vizinho onde falei que esperaria pelo diretor. Cinco minutos depois olhei para o horizonte e um homem velho de barba branca e roupa azul escura vinha em minha direção, abri a boca espantada com o tamanho da barba dele.

Não vou mentir, meu primeiro pensamento foi: Papai Noel?

Quando estava próximo o bastante para que eu pudesse ver seu rosto ele sorriu carinhosamente.

-A senhorita Anderson não devia ficar andando sozinha por aí, poderia ter acontecido alguma coisa. –Ele falou me repreendendo carinhosamente.

-Diretor Dumbledore? –Perguntei surpresa.

Ele acenou com a cabeça positivamente e deu uma piscadela por detrás dos oclinhos de meia-lua.

-Então me diga qual é o assunto urgente que a senhorita poderia ter a falar comigo.

Eu sorri, havia gostado muito dele. Fui até ele e peguei em sua mão.

-Vamos andar um pouco Diretor Dumbledore, temos que chegar ao campo de grama para fazermos o piquenique. –Falei rindo.

-Não me chame de Diretor Dumbledore, é muito grande, deixe isso para quando estivermos em Hogwarts, já que vamos fazer um piquenique chame-me de Albus. –Ele sorriu me acompanhando.

-Então me chame de Lyra, nada de senhorita Anderson. –Respondi.

Andamos um ao lado do outro em um silêncio confortável por um tempo, então o ajudei a passar pela cerca, ele riu e comentou que não fazia algo assim a muito tempo, logo estávamos em um campo grande cheio de grama.

-É aqui. –Falei. –Costumo ficar embaixo daquela árvore junto com Nate e Rose, meus irmãos.

Apontei para uma arvore alta e cheia de folhas não muito longe.

-É realmente muito bonito aqui, Lyra. –Ele disse simples.

-No inverno esse lugar fica mais bonito ainda, aquela árvore perde as folhas e o campo parece ganhar um cobertor branco, Rose e eu fazemos guerra de neve contra o Nate nessa época... –Continuei contando enquanto íamos chegando perto, Dumbledore só assentia e olhava interessado no que eu estava dizendo.

Forrei uma toalha de mesa embaixo da sombra da árvore, mas não embaixo dela, sentei e o diretor sentou ao meu lado. Ficamos em silêncio por longos dois minutos, ele parecia esperar que eu tomasse a iniciativa.

-Albus, eu não vou conseguir falar enquanto não estiver mastigando alguma coisa, estou nervosa, vai comer comigo?

-Com prazer.

Eu peguei um sanduiche, ofereci um a ele, mas decidiu ficar com o sorvete de limão. Fiquei de frente para ele, para que pudesse ver seus olhos.

-Quando eu recebi a carta de Hogwarts fiquei realmente surpresa, jamais poderia imaginar que era uma bruxa. –Comecei. –No dia anterior eu havia conhecido um garoto... Você deve conhecê-lo, a professora Minerva disse que era um bruxinho famoso.

-Está falando de Harry Potter, querida? –Ele disse.

-Sim, dele mesmo, mas entraremos nessa história depois, agora tenho algo mais importante. –Falei fazendo um sinal com as mãos mostrando desinteresse e dando uma mordida no sanduíche.

-Continue. –Dumbledore falou depois de dar uma risadinha.

-Eu e meu irmão Nate fomos até o Beco Diagonal, é lugar incrível não é? –Falei abrindo um pouco os olhos.

-Sim, com certeza.  –Ele deu outra risadinha.

-Ah, desculpe, fico mudando o foco, mas eu dizia que fomos até lá e compramos os livros, um deles era animais incríveis e onde moram, eu acho. –Falei confusa tentando lembrar.

-Animais fantásticos e onde Habitam. –Dumbledore corrigiu.

-Isso mesmo. –Sorri. –Obrigada.

-Continue. –Ele sorriu de volta.

-Eu li sobre criaturas muito estranhas, mas teve uma que eu gostaria que você me dissesse mais.

-Que criatura? –Ele perguntou, parecia até que já sabia do que eu ia falar.

-O lobisomen. Como o mundo bruxo o vê?

Ele suspirou.

-As pessoas o temem. –Ele falou com pesar. –Os lobisomens sofrem muito preconceito pelo fato de muitos deles não passarem de feras, por que sempre agem assim.

Olhei em direção a campina e suspirei.

-Você sabe não é? Não sei como, mas você sabe. –Falei sem conseguir olhar para ele.

-Que seu irmão é um lobisomen? Sim, eu sei.

-Me explique Albus, como ele pode estudar em Hogwarts sendo como é? Isso é possível? Diga que sim, por favor! –Virei o rosto para ver o diretor, ele me olhava de modo estranho, parecia admirado.

-Você tem tomado conta dele há muito tempo não é verdade Lyra? Carrega todo esse peso sozinha querida?

-Não, minha irmã também sabe, a Rose. –Respondi.

-Sua lealdade aos seus amigos é admirável, você sabe que por ser um lobisomen as pessoas não o aceitariam em Hogwarts não é?

-Eu imaginava que não. –Falei. -Mas eu tinha esperanças que o senhor me ajudasse.

Dumbledore sorriu.

-Há alguns anos atrás, em meu primeiro ano como diretor uma mãe veio até mim com esse mesmo pedido, que desse um jeito para que seu filho estudasse em Hogwarts sendo ele um lobisomen.

-E o que o senhor fez? –Perguntei interessada.

-Hogwarts é um lugar muito misterioso, cheio de passagens secretas, houve uma vez em que eu estava apertado para ir ao banheiro quando de repente ao meu lado surge uma porta e dentro era uma sala cheia de vasos sanitários. –Ele falou e deu uma gargalhada.

-Sério? –Perguntei rindo.

-Enfim, uma dessas passagens secretas dava para uma casa abandonada em um povoado perto da Escola chamado Hogsmead, em cima dessa passagem eu plantei uma árvore e em todas as noites de lua cheia o garoto ia para a casa e se transformava.

-Mas e os gritos da hora da transformação? Não faz ideia de como eu arranjava modos criativos para disfarçar os barulhos, era muito complicado.

- As pessoas do povoado começaram a ouvir os gritos e acharam que a casa era assombrada, ajudei a espalhar esse boato, assim as pessoas teriam medo e não entrariam no lugar. Hoje a casa é conhecida como Casa dos gritos.

-Isso é genial! A casa e a árvore ainda estão lá? –Perguntei esperançosa.

-Com certeza. –Ele sorriu conspiratório.

-Então nas noites de lua cheia o Nate vai para a casa do povoado e se transforma.

-E na manhã seguinte a senhorita vai até lá e o ajuda. –Ele terminou.

-Albus... Obrigada. –Minha vontade era de ir até ele e abraça-lo. –Não faz ideia de como estou feliz.

-Ora, de nada. Foi um prazer ajudá-la e ao seu irmão com... Esse probleminha peludo. –Ele deu uma risadinha como se fosse uma piada interna.

-Probleminha peludo, define bem. –Sorri.

-Mas você queria falar sobre algo mais não é? –Ele perguntou.

-Ah! Claro, o Harry. A professora Mcgonagall me disse que ele era o bruxo mais famoso da atualidade, mas por quê?

Dumbledore suspirou e olhou para o sol que estava se pondo.

-Não é como se ele realmente quisesse isso, meu palpite é que se Harry pudesse escolher ele iria preferir ser somente o Harry.

Então ele começou a me contar uma história, sobre um Lord das trevas, uma família, uma maldição e um menino que sobreviveu.

-... Então Harry foi morar com os tios e nunca soube que era um bruxo, até recentemente. –Ele terminou.

-Mas como Voldemort encontrou os Potter’s? –Perguntei, essa parte ele não tinha me explicado.

-Bem... –Ele olhou para o sol novamente, dessa vez o céu estava com uma coloração rosa. –Essa história ficará para outro dia, não posso mais me demorar.

-Ah, que pena, foi um belo piquenique.

Olhei para a cesta quase vazia, com somente um sanduíche, o sorvete de morango, copos sujos e uma garrafa de suco vazia.

Dumbledore levantou e me levantei com ele, ele puxou a varinha da roupa e com um floreio o lençol estava dobrado e guardado na cesta.

-Repetiremos isso outra vez sim? Foi uma das melhores tardes que já tive. –Ele disse sorrindo.

-Claro que sim.

-Vejo a senhorita no dia primeiro de setembro em Hogwarts. Foi um prazer ter a sua companhia hoje.

Eu fiz um cumprimento puxando a minha saia imaginária e curvando o corpo com uma dama.

-Igualmente.

-Até logo Senhorita Anderson.

-Até logo Diretor Dumbledore.

Então com um barulho de CRACK ele havia sumido. Peguei a cesta e rumei para casa que não era muito longe.

Quando cheguei lá minha mãe estava surtando.

-Onde estava? –Ela apertou minha cara nos seus seios. –Quer me matar de preocupação?

-Eu fui dar uma volta e fiz um piquenique no campo de grama. –Falei em tom culpado.

-E por que não me avisou ou levou um dos seus irmãos.

-Desculpe mamãe. –Falei fingindo arrependimento.

-Nunca mais faça isso!

Depois de mais algumas broncas eu subi para o meu quarto, Nate e Rose me esperavam lá.

-Onde você foi? –Rose perguntou irritada.

Então eu comecei a contar a história toda para eles, tirando a parte do Harry.

-Então quer dizer que eu vou poder ir para Hogwarts? –Nate perguntou já com lágrimas nos olhos.

-Sim! –Falei feliz. Ele correu me deu um abraço apertado, vermelha foi puxada e logo estávamos os três juntos.

-Você é incrível Lyra. –Rose falou.

Mais tarde eu não estava conseguindo dormir, quando Jack entrou pela janela e se empoleirou na gaiola, sorri. Hoje eu tinha tomado a maior bronca da minha mãe e provavelmente não poderei sair de casa até o dia primeiro de setembro, mas valeu a pena, tive uma tarde incrível! 


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Notas finais do capítulo

E é isso aê! Está explicado como ele vai fazer, algumas meninas perguntaram como ele vai se virar neh? Pergunta respondida.
Para quem deixa review:OBRIGADA! Amo vocês Suas lindas *-*
Para quem não deixa por que não tem perfil: Tudo bem, eu perdoo.
Para quem não deixa por preguiça :Gente, o dedo não vai cair, faz esse esforcinho vai, por favor?
BEIJOOOS LIINDAS *----------*
Câmbio e desligo