This Time escrita por belli123


Capítulo 1
Chapter I - Memory


Notas iniciais do capítulo

A Fanfic se passa no 5º livro da série Harry Potter nas aulas de oclumencia de Harry com Snape. Espero que gostem e me de suas opiniões no final do capítulo.



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Harry Potter e a Ordem da Fenix– Capítulo 28_-Pág. 519

*** Chapter I - Memory

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Olhou por sobre o ombro, seu coração agora batendo mais rápido e mais forte do que nunca. Quanto tempo levaria para Snape release Montague do banheiro? Voltaria diretamente para seu escritório depois disso ou acompanharia Montague à ala hospitalar? Provavelmente a segunda opção... Montague era o capitão do time de quadribol da Sonserina, Snape deveria querer ter certeza de que estava tudo bem.

Harry andou pelo curto caminho que o separava da penseira e parou ali, admirando sua profundidade. Hesitou, ouvindo, então sacou sua varinha outra vez. O escritório e o corredor que dava nele estavam em completo silêncio. Mexeu no conteúdo da penseira com a ponta da varinha. O líquido prateado começou a girar rapidamente. Harry se inclinou sobre o objeto e viu a mistura se tornar transparente. Ele estava, mais uma vez, olhando dentro de uma sala, como se olhasse por uma janela circular no teto... Na verdade, a não ser que estivesse muito enganado, estava olhando para o Salão Principal.

Sua respiração estava embaçando a superfície dos pensamentos de Snape... Seu cérebro parecia estar num limbo... Seria uma verdadeira loucura fazer aquilo que estava tentado a fazer... Estava tremendo... Snape poderia voltar a qualquer momento... Mas Harry pensou na raiva que sentia de Cho, da cara zombeteira de Malfoy e uma ousadia imprudente encheu seu peito.

Respirou fundo e mergulhou o rosto na superfície dos pensamentos de Snape. Imediatamente o chão tremeu, empurrando Harry para dentro da penseira... Estava caindo por uma escuridão gelada, girando furiosamente por ela, e então...

Estava de pé bem no meio do Salão Principal mas as quatro mesas das casas tinham sumido. No lugar delas havia mais de uma centena de mesinhas, todas voltadas para o mesmo lugar e, em cada uma delas, estava sentado um estudante, cabeça baixa, escrevendo num rolo de pergaminho. O único som que se podia ouvir no local era o das penas arranhando e um ou outro sussurro de alguém ajustando o pergaminho. Era claramente hora de exame.

Raios de sol fluíam pelas janelas mais altas atingindo as cabeças inclinadas, que resplandeciam o castanho, o cobre e o dourado na luz brilhante. Harry olhou ao redor cuidadosamente. Snape tinha que estar em algum lugar... Era uma lembrança dele...

E lá ele estava, na mesinha logo atrás de Harry. Fitou-o. O Snape-adolescente tinha uma aparência pálida e pegajosa, como uma planta mantida no escuro. Seu cabelo era liso e gorduroso e estava caindo sobre a mesa, seu nariz em forma de gancho distante menos de um dedo da superfície do pergaminho em que escrevia. Harry andou em volta de Snape e leu o título do exame: DEFESA CONTRA AS ARTES DAS TREVAS - NÍVEL ORDINÁRIO DE MAGIA.

Então Snape devia estar com 15 ou 16 anos, mais ou menos a mesma idade que Harry. Sua mão voava pelo pergaminho; já tinha escrito pelo menos uns 50 centímetros a mais que seus colegas mais próximos e sua letra era miúda.

– Mais cinco minutos!

A voz fez Harry pular. Ao se virar deu com a cabeça do professor Flitwick se movendo entre as cadeiras pouco adiante. O professor Flitwick estava passando ao lado de um garoto de cabelo negro e despenteado... Bastante negro e despenteado... Harry se virou tão rápido que, se fosse sólido, teria derrubado algumas carteiras. Em vez disso, deslizou, como um sonho, por entre dois corredores até um terceiro. A parte de trás da cabeça do rapaz moreno estava cada vez mais nítida e... Estava se levantando agora, guardando sua pena, abrindo o rolo de pergaminho à sua frente para reler o que tinha escrito...

Harry parou em frente à carteira e ficou a observar seu pai-adolescente.

Uma pontada de excitação pareceu tomar conta de seu estômago: era como se olhasse para si mesmo, com alguns enganos propositais. Os olhos de James eram castanhos, seu nariz um pouquinho mais longo que o de Harry mas tinham o mesmo rosto fino, a mesma boca, as mesmas sobrancelhas; o cabelo de James espetava atrás exatamente como o de Harry, suas mãos podiam ser as de Harry e Harry podia dizer, quando viu James de pé, que tinham exatamente a mesma altura.

James deu um bocejo demorado e amarrotou os cabelos, deixando-os mais bagunçados do que já eram. Então, depois de olhar para o professor Flitwick, ele se virou para trás na cadeira e sorriu para um garoto sentado quatro carteiras atrás dele.

Com outro choque de excitação, Harry viu Sirius fazer um sinal de ok para James. Sirius estava largado em sua cadeira, equilibrando-a apenas nas pernas traseiras. Ele era realmente atraente; o cabelo escuro lhe caía sobre os olhos numa espécie de elegância casual que nem James nem Harry nunca conseguiriam ter, e uma garota sentada atrás dele lançava olhares esperançosos, apesar de que ele não parecia ter reparado. E duas cadeiras ao lado da garota - o estômago de Harry se contorceu prazerosamente outra vez - estava Remo Lupin. Ele parecia bastante pálido e adoentado (será que a lua cheia estava chegando?), absorto em seu exame: conforme relia suas respostas, arranhava a testa com a ponta da pena, franzindo-a de leve.

Isso queria dizer que Rabicho também deveria estar ali em algum lugar... E completamente seguro disso Harry o avistou em poucos segundo; roia as unhas, olhando para seu teste, arranhando o solo com os dedos do pé. A todo instante dava olhadas furtivas nos exames dos colegas a seu lado. Harry fitou Rabicho por um momento e depois voltou a olhar James, que agora rabiscava um pedaço qualquer de pergaminho. Ele tinha desenhado um pomo-de-ouro e agora estava escrevendo as letras 'H.M.' e 'L.E.'. O que elas significavam?

– Guardem suas penas, por favor! - berrou o professor Flitwick. - Isso inclui você também, Stebbins!. Por favor, continuem sentados enquanto eu recolho seus exames! Accio!

Mais de uma centena de rolos de pergaminho flutuou no ar na direção dos braços escancarados do professor Flitwick, derrubando-o no chão. Muita gente riu. Alguns dos alunos que estavam nas carteiras da frente se levantaram, seguraram o professor pelos cotovelos e o puseram de pé.

– Obrigado... Obrigado - o professor Flitwick disse ofegante. - Muito bem, já podem ir embora!

Harry voltou a olhar para seu pai, que tinha rabiscado apressadamente as letras que há pouco se preocupava em embelezar; ele se pôs de pé, enfiou a pena e o papel do exame dentro da mochila, que jogou sobre as costas, e ficou esperando Sirius vir encontrá-lo.

Harry olhou ao redor e pegou Snape não muito longe deles, movendo-se entre as mesas em direção ao hall de entrada, ainda absorto em seu próprio exame. Os ombros angulosos e curvados faziam com que seu andar lembrasse o de uma aranha e seu cabelo oleoso continuava caindo em seu rosto.

Um grupinho de garotas faladeiras separava Snape de James, Sirius e Lupin e, misturando-se a elas, Harry conseguia manter um olho em Snape e seus ouvidos para ouvir a conversa de James e seus amigos.

– Gostou da pergunta dez, Moony? - perguntou Sirius quando atingiram o Saguão de Entrada.

– Amei - respondeu Lupin animado. - Dê cinco sinais que permitem identificar o lobisomem. Ótima pergunta.

– Você acha que conseguiu lembrar de todos? - James falou em tom de gozação.

– Acho que sim - disse Lupin seriamente quando se juntaram à multidão que se aglomerava perto das portas de entrada, afoitas para ir para fora aproveitar a luz do sol. - Um: ele está sentado na minha cadeira. Dois: ele está usando as minhas roupas. Três: o nome dele é Remo Lupin.

Rabicho foi o único que não riu.

– Eu lembrei do formato do focinho, das pupilas dilatadas e da cauda em escovinha - disse ansiosamente - mas eu não consegui pensar em mais nada.

– Como você consegue ser tão tapado, Rabicho? - James retorquiu impaciente. - Você dá voltinhas com um lobisomem uma vez por mês...

– Fala baixo - Lupin implorou.

Harry olhou para trás, ansioso. Snape continuava por perto, ainda absorto nas questões de seu exame - mas essa era uma lembrança de Snape e Harry tinha certeza que, se Snape resolvesse ir para qualquer outro lugar em vez dos jardins, ele, Harry, não poderia mais seguir James. No entanto, para seu alívio, quando James e seus três amigos avançaram pela grama em direção ao lago Snape os seguiu, ainda estudando a prova e, aparentemente, sem se dar conta de onde estava indo. Mantendo-se um pouco à frente dele, Harry continuou de olho em James e nos outros.

– Bom, eu achei essa prova baba - ele ouviu Sirius dizer. - Duvido que eu não consiga no mínimo um "Excelente".

– Eu também - disse James. Ele guardou a varinha no bolso e pegou um inquieto pomo-de-ouro.

– Onde você conseguiu isso?

– Roubei - James respondeu com descaso. Começou a brincar com o pomo, deixando que voasse uns 50 centímetros no ar antes de agarrá-lo outra vez; seus reflexos eram excelentes.

Rabicho o contemplava admirado. Pararam debaixo da sombra da mesma árvore na margem do lago onde Harry, Rony e Hermione tinham passado um domingo inteiro terminando seus deveres e se jogaram na grama. Harry olhou para trás novamente e constatou, com alegria, que Snape tinha se ajeitado na grama também, debaixo da sombra densa de um amontoado de arbustos. Ele continuava profundamente imerso na prova do N.O.M., o que deixava Harry livre para se sentar no gramado entre a árvore e os arbustos e, assim, assistir ao grupinho debaixo da árvore. A luz do sol resplandecia sobre a superfície lisa do lago, na beirinha em que o grupo de garotas risonhas que tinha acabado de deixar o Saguão de Entrada estava sentado, de pés descalços, refrescando-os na água.

Lupin tinha aberto um livro e estava lendo. Sirius observava a confusão de estudantes pelo gramado, parecendo bastante aborrecido e desdenhoso mas de uma maneira muito charmosa também. James continuava brincando com o pomo, deixando-o ir cada vez mais longe, quase escapando, mas sempre o agarrando no último segundo. Rabicho o observava de boca aberta. A cada pegada particularmente difícil de James, Rabicho ofegava e aplaudia. Depois de cinco minutos disso, Harry se perguntou por que James não mandava Rabicho se tocar mas ele aprecia estar gostando daquela atenção. Harry reparou que seu pai tinha o costume de bagunçar ainda mais o cabelo como se para evitar que ficasse arrumado. E que, volta e meia, olhava para as garotas na beira do lago seguindo o lhos atento de Sirius.

– Melhor você guardar isso logo - disse Sirius finalmente, após James fazer uma ótima pegada e Rabicho deixar escapar um assobio -, antes que o Rabicho se molhe de tanta excitação.

Rabicho ficou levemente vermelho mas James riu.

– Se isso te incomoda - ele disse, enfiando o pomo dentro do bolso. Harry teve a impressão de que Sirius era a única pessoa que conseguiria fazer James parar de se mostrar.

– Isso aqui tá muito monótono - disse Sirius. - Queria que fosse lua cheia.

– Só você - Lupin retorquiu sombriamente detrás do livro. - Nós ainda temos os exames de Transfiguração. Se você não tem nada pra fazer podia me testar. Aqui... - e ele ofereceu o livro.

Mas Sirius fez pouco caso.

– Eu não preciso nem olhar para esse lixo. Sei tudo de cor.

– Isso vai te animar, Almofadinhas - disse James calmamente. - Olha que está aqui - Sirius virou a cabeça. Ele ficou aceso, como um cachorro que farejou um coelho.

– Excelente - disse suavemente. - Seboso.

Harry se virou para ver o que Sirius estava olhando, Snape estava de pé novamente e guardava o teste em sua mochila. Assim que deixou a sombra dos arbustos e começou a andar pela grama Sirius e James se colocaram em seu caminho.

Lupin e Rabicho continuaram sentados: Lupin ainda tinha os olhos presos no livro, apesar de que eles não se moviam, sua testa tinha se franzido demarcando uma linha entre suas sobrancelhas. Rabicho olhava de Sirius e James para Snape com um semblante ávido de antecipação.

– Tudo bem, Seboso? - James perguntou em voz bem audível.

Snape reagiu tão rapidamente que era como se estivesse esperando para ser atacado: derrubando sua mochila, tirou a mão de dentro das vestes e sua varinha já estava meio caminho no ar quando James gritou.

– Expelliarmus!

A varinha de Snape voou uns seis metros no ar e caiu com um pequeno estrondo na grama atrás dele. Sirius soltou uma gargalhada.

– Impedimenta! - ele disse, apontando sua varinha na direção de Snape, que foi jogado longe enquanto ia em busca de sua varinha.

Os estudantes em volta se viraram para assistir. Alguns deles tinham se levantado e estavam se aproximando. Alguns pareciam apreensivos, outros divertidos.

Snape estava caído arquejante no solo. James e Sirius avançaram em sua direção, varinhas erguidas, James dando olhares furtivos por sobre o ombro na direção das garotas na beira do lago. Rabicho estava de pé agora, consumindo a cena com o olhar, perambulando ao redor de Lupin para conseguir uma visão melhor.

– Como você foi no exame, Seboso? - perguntou James.

– Eu estava observando o nariz dele estava tocando o pergaminho - disse Sirius maldosamente. - Deve ter marcas enormes de óleo no pergaminho inteiro, eles não vão conseguir ler uma palavra.

Muita gente que estava em volta riu; Snape era claramente impopular. Rabicho gargalhou. Snape tentava se levantar mas a azaração ainda estava funcionando; estava preso, como se estivesse amarrado por cordas invisíveis.

– Você... Você não perde por esperar - ele resmungou ofegante, fitando James com uma expressão da mais pura aversão. - Não perde por esperar!

– Esperar pelo quê? - disse Sirius, irônico. - O que você vai fazer, Seboso, escarrar na gente?

Snape soltou uma mistura de palavras encantadas e maldiçoes mas com sua varinha tão longe nada aconteceu.

– Lave essa boca - disse James, friamente. - Esfregaça!

Bolhas cor de rosa de sabão saíram da boca de Snape de uma vez; a espuma estava cobrindo seus lábios, como uma mordaça, sufocando-o...

– Deixem ele em PAZ

James e Sirius se viraram. James levou a mão livre imediatamente a seus cabelos enquanto Sirius começava a sorrir bobamente a seu lado.
Era uma das garotas da beira do lago.

Tinha longos cabelos espessos e castanho escuro que lhe caiam pelos ombros em grandes cachos e olhos achocolatados com sombras verdes sensacionalmente hipnotizantes - Os olhos de Hermione.
Sua melhor amiga.

– Tudo bom, Mcgonagall? - disse James, e o tom de sua voz mudou subitamente. Estava mais profundo, mais maduro como se estivesse tentando impressionar de alguma forma a garota parecida com Hermione.

– Deixe Snape em paz - Repetiu a garota. Ela encarava James com todos os sinais de uma grande antipatia. - O que foi que ele fez pra vocês?

– Bem - explicou Sirius depositando um de seus braços sobre os ombros da garota que ainda o olhava com uma expressão nítida de desaprovação -, é mais o fato de que ele existe, se é que você me entende...

Muitos dos alunos ao redor riram, James e Rabicho também, mas Lupin, o único que parecia notar o olhar de profundo desgosto no rosto corado de raiva da garota, não riu, nem a garota tampouco, que ao ouvir Sirius terminar sua explicação separou-se bruscamente do mesmo caminhando decididamente até o lado de uma ruiva furiosa que só agora Harry percebera que aparecera durante a discussão.

– Você se acha muito engraçado - disse a ruiva com frieza. - Mas você é só um piadista infame e arrogante, Potter. Deixe-o em paz.

– Eu deixo se Hermione aceitar falar comigo, Evans - James respondeu rapidamente. - Só algumas respostas para as minhas perguntas e eu nunca mais encosto a varinha no velho Seboso outra vez.

Atrás dele, o efeito do feitiço Impedimenta estava se acabando. Snape estava começando a engatinhar para junto de sua varinha, deixando escapar bolhas de sabão enquanto se movia.

– Eu não tenho nada para falar com você Potter, eu não nenhuma satisfação para você ou qualquer um de seus amigos - Retorquiu a morena irritada, apontando um dedo acusatório para os 2 marotos que ainda sorriam arrogantemente para a mesma.

– Assim você me ofende docinho - disse Sirius sorrindo marotamente e logo se virou para Snape. - HEY!

Tarde demais; Snape tinha a varinha apontada exatamente na direção de James; um feixe de luz e um corte apareceu num dos lados do rosto de James, manchando suas vestes com sangue. James revidou: um segundo feixe de luz e Snape estava pendurado de cabeça para baixo no ar, suas vestes descendo e revelando um par de pernas pálidos e esqueléticos e cuecas de cor cinza.

Muitas das pessoas naquela pequena multidão aplaudiam; Sirius, Tiago e Rabicho se fartavam de rir; A garota morena parecida com Hermione cuja a expressão havia permanecido inabalável na cena inteira disse em voz firme:

– Coloque-o no chão agora, Potter. Não me obrigue a repetir.

– Com certeza - James respondeu baixando a varinha; Snape caiu como uma pilha de roupas amontoada no chão. Desenroscando-se de suas próprias vestes, ele se levantou rapidamente, varinha em punho, mas Sirius bradou.

– Petrificus Totalus! - Snape caiu outra vez, rígido como uma tábua.

– DEIXE-O EM PAZ! - Berrou a ruiva, que Harry suspeitava muito agora que fosse sua mãe. A ruiva tinha sua própria varinha empunhada agora. James e Sirius olharam cautelosos.

– Evans, não me faça azarar você. Esse negócio é entre nós marotos, Hermione e o seboso aqui, não se meta - disse James sério.

– Então desfaça o feitiço nele Potter. Você quer as minhas respostas e não é agredindo um aluno inocente que você vai conseguir isso - Sibilou a morena após abaixar com a mão livre a varinha da ruiva, que agora parecia espumar de raiva a seu lado.

James respirou fundo e então se voltou para Snape e murmurou o contra-feitiço.

– Prontinho - disse quando Snape se colocou de pé novamente. - Você teve sorte das garotas estarem aqui, Seboso...

– Eu não preciso da ajuda de nenhuma protegida dos professores e nem da amiga sangue-ruim dela!

Lílian piscou enquanto ao mesmo tempo um leve vinco se formava na testa da morena.

– Ótimo - Respondeu a morena calmamente enquanto olhava friamente para o garoto de cabelos oleósos. - Por que isso não é por você.

– Peça desculpas as garotas agora! - Berraram Sirius e James para Snape, apontando-lhe as varinhas ameaçadoramente.

– Eu não quero que você o faça se desculpar - Gritou Lilian voltando-se contra James e Sirius que a observavam com ambas expressões incrédulas. - Vocês são tão desprezíveis quanto ele.

– Quê? - berrou Sirius com uma falsa nota de indignação em sua voz - Não acredito que você disse isso.

– Evans, isso não é verdade, nós NUNCA ofenderiamos uma de vocês assim.

– Bagunçando seu cabelo só porque você acha legal parecer que acabou de descer da sua vassoura, se mostrando com aquele pomo que você roubou da escola, andando pelos corredores e azarando quem quer que seja só porque você pode, perseguindo garotas com seus amigos só por que elas não tem a mínima vontade de falar com vocês, estou até surpresa que a sua vassoura consiga sair do chão com o peso do seu ego. Faz um favor para nós dois Potter. Você e seus amigos esqueçam que eu existo.

E, virando as costas, a morena se afastou depressa levando consigo sua mãe, Severo Snape que volta ou outra mandava um brilho de desprezo para seus pais e seus amigos e as outras 2 garotas do lago que corriam depressa para alcança-lá.

– Mcgonagall! - James gritou por ela. - HEY, MCGONAGALL!

Mas a garota nem olhou para trás.

– O que é que deu nela? - disse James, tentado e fracassando em parecer que esta não era uma questão de grande importância para ele.

– Lendo nas entrelinhas, eu diria que ela nos acha metidos e loucos perseguidores, cara - respondeu Sirius incrédulo e um tanto desanimado ainda olhando na direção que a morena desaparecera.

– Certo - disse James, que parecia furioso agora -, certo...eu tenho uma idéia

Mas a idéia, Harry nunca chegou a saber. Uma mão segurava apertado seu braço, fechado num arco parecido com o de uma pinça. Estremecendo, Harry olhou em volta para saber quem o estava segurando e viu, com uma pontada de horror, um Snape completamente crescido, adulto, parado bem a seu lado, branco de ódio.

– Se divertindo?

Harry se sentiu se subindo no ar; o dia de verão evaporando em volta dele; estava flutuando por uma escuridão gélida, a mão de Snape ainda apertando seu braço. Então numa reviravolta repentina se sentiu como se estivesse de ponta-cabeça em pleno ar, seus pés tocaram o chão de pedra da masmorra de Snape. Estava de pé outra vez ao lado da mesa onde estava a penseira, debaixo da sombra do professor de Poções.

– Então - disse Snape, apertando o braço de Harry tão bruscamente que a mão do garoto estava começando a adormecer. - Então... Está se divertindo, Potter?

– N-não - respondeu Harry, tentando livrar seu braço.

Era aterrorizante: os lábios de Snape estavam tremendo, sua face estava branca, os dentes, cerrados.

– Seu pai era um homem muito divertido, não era? - disse Snape, sacudindo Harry tão forte que seus óculos escorregaram pelo nariz.

– Eu... Não...

Snape empurrou Harry para longe dele com toda a vontade. o garoto caiu dolorosamente no chão da masmorra.

– Você não vai repetir o que viu para ninguém! - Sibilou Snape com a voz baixa e ameaçadora - Você não vai contar a ninguém sobre mim, sobre seus pais e muito menos sobre a presença da senhorita Granger nessa memória, fui claro?

– E-espera, o que a Hermione tem a ver com isso? - disse Harry, levantando-se rapidamente e se colocando o mais longe possível de Snape. - Ela não, espea...a não ser que...

A realidade atingiu Harry como um balaço que recebera no 2º ano. Der repente a memória fez se tão clara em sua mente como se estivesse se repetindo frente a seus olhos no momento. Na memória de Snape, seu pai havia chamado a morena de Hermione.



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Notas finais do capítulo

Comentem, por favor me deixem saber o que acharam.