Três Garotas e Loucas Aventuras escrita por Cibrs, Strife


Capítulo 24
Mal Estar - Cap 21


Notas iniciais do capítulo

Yoo, minna! O capítulo de hoje tá meio tenso. De todas as formas kakaka Boa leitura! [Cibrs]



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Dlayla e Sting passavam por um trecho do bosque que ficava entre o campo de treinamento e a cidade da Sabertooh. Os dois haviam recebido a missão de arranjarem almoço para si próprios e para Cibelly e Rogue, deixados para trás em outra atividade.

— Ai... Aquela maldita de Cibelly... - amaldiçoava a garota.

— Por que reclama tanto? Vocês bateram e apanharam igualmente. - o loiro falou indiferente.

— Nem pensar. Pode apostar que ela apanhou mais.  - retrucou debochada.

— E daí? Ela que ganhou.

— Escuta aqui... De que lado você está, oh loiro aguado?! - tentou chutar o garoto.

— Ahn... Do lado da força? - riu.

— Melhor ficar quieto, ou vai sobrar pra você. - ameaçou, mas não conseguiu conter um pequeno sorriso.

— Calei já.

— Estou morta de cansaço, aquela ruiva maldita vai se ver comigo depois. - reclamou novamente.

— Ela tem magia de cura...

— Agora pronto! – rosnou - Fica quieto aí na tua que você também tem muita culpa nessa história! - gritou.

— O que eu fiz?

— O que você não fez né. - a garota revirou os olhos - Não podia deixar essa boca fechada não?

— Não posso fazer nada. Ela sempre acaba descobrindo tudo... - colocou as mãos nos bolsos da calça.

    – Você que é frouxo e faz tudo o que ela quer. Ainda gosta dela? É isso? - parou, ficando de frente para o mago.

— Claro que gosto dela...

A garota parou de sustentar o olhar do loiro, encarando o chão tristemente. "Mas que diabos é isso?!" a morena pensava. Na verdade, ela nada sabia o que pensar sobre aquilo.

—... Ela é uma amiga muito importante. - ele aproximava-se cautelosamente da garota.

Qualquer movimento em falso e ele tinha certeza que ela faria de tudo para fugir. Então precisaria ter calma, muita calma com ela.

— Uma amiga? Tem certeza que é isso? - mantinha o olhar baixo.

— Sim. Somos apenas amigos. - riu.

O simples som da risada do Dragon Slayer da luz fez com que a menina levantasse o olhar, se surpreendendo ao ver o quanto ele estava próximo de si.

— Não se aproxime. - deu um passo para trás, estreitando os olhos.

— Por quê? Não tem nada nem ninguém que me impeça de fazer isso aqui, e agora, com você. - sorriu de canto, parando de frente para a garota, novamente.

— Sei. - também ficou quieta no lugar - E o que você acha que pode fazer comigo? - ergueu uma das sobrancelhas, provocando.

Ah... Se ela soubesse o quanto o loiro gostava desse jeito dela... Desafiador, ácido, encantador... Ela não faria isso. Não mesmo! E o garoto ainda, provavelmente, apanharia se a maga descobrisse o quanto ele precisava se controlar perto dela.

Por Deus! Ele estava prestes a cometer alguma loucura!

— Garota, você não sabe com quem está mexendo. - balançou a cabeça de um lado para o outro.

— Você é quem não sabe, Sting Eucliff. - cruzou os braços.

Essa foi a gota d'água para ele. Sting a fez descruzar os braços, e segurou os pulsos da garota, trazendo-a para perto, colocando os punhos dela bem firmes em seu peitoral.

— O que quer? - tentou se soltar.

— Você está fraquinha... Me desculpe por ter que me aproveitar de você desse jeito.

Sem esperar qualquer tipo de resposta, encaixou seus lábios nos de Dlayla. A verdade é que ele ansiava pelo toque da garota, mas nem sempre suas investidas davam certo. Tanto que teve que apelar para a fraqueza física dela.

A que ponto ele tinha chegado... Mas isso não importa agora.

A garota permanecia estática no lugar, os lábios sendo pressionados pelos do loiro, que também nada fazia, esperando alguma reação da maga.

Nada. Afastou o rosto novamente, ainda segurando-lhe os pulsos e encarando a menina.

— Por que... - ela como começou - Por quê fez isso? - sustentou o olhar do garoto.

— Hmm. Bem... Me deu vontade. Só isso.

— Vontade? Então quer dizer que quando tem vontade, sai beijando qualquer uma por aí?!

— Eu... Claro que não! - pareceu nervoso e... Encabulado.

— E o que é, então? - bufou.

— Seria muito estranho eu dizer que sinto algo por você?

— Não sei... - os rostos de ambos gradativamente iam adquirindo alguns tons de vermelho nas bochechas.

— Será que eu gosto de você?! - arregalou os olhos, quase surpreso.

— E você pergunta pra mim? - virou o rosto.

— Mas você é uma peste mesmo! O que custa me corresponder um pouco?!

A essa pergunta frustrada Sting vê a expressão de Dlayla mudar.

— Certo. Vou fazer isso.

— Como assim “não”... – ela já esperava uma negativa - Espera! O que disse?

— Vou retri... Buir você... - ela engasgava com as palavras. Estava nervosa.

Sting aproxima-se do rosto da maga, observando-a fechar os olhos lentamente à medida que ele se aproximava, até que as bocas estivessem unidas novamente. E essa foi a única coisa que o loiro fez. Encaixar os lábios. Sem aprofundar o contato. Pouco depois, ele se afastou, encarando o rosto da menina.

— De novo. - ela falou, os olhos semicerrados.

Ela suspirou com o contato. Os dois fecharam os olhos. E Sting afastou-se novamente.

— Mais uma vez. - murmurou.

— Agora é pra valer. - respondeu, sorrindo.

Sting soltou os pulsos da garota, firmando seus braços em volta da cintura da mesma enquanto que ela lentamente passava os braços pelos ombros do mago, enroscando as mãos nos cabelos da parte de trás da cabeça dele. Por conta da diferença de altura, o rapaz estava inclinado por cima da moça.

O loiro atravessou a barreira que os lábios dela formavam, e invadiu a boca da garota com a língua. Em poucos segundos, o contato entre eles tornou-se algo extremamente urgente e necessitado. O beijo era quente e molhado. As mãos afoitas percorrendo os corpos. Sting a apertou em seus braços e as pernas da garota vacilaram, fazendo-a quase cair para trás.

— Desculpe... - se afastou da garota - Você deve estar cansada.

— Muito. - eles falavam entre grandes lufadas de ar.

Enquanto encaravam um ao outro lascivamente, o loiro a deitou na grama, ficando de quatro em cima dela, com o corpo da mesma entre o seu, e ficou encarando a garota.

— Você é tão linda... - acariciou uma bochecha dela - E tem um cheiro tão bom...  - beijou o pescoço da maga.

Dlayla fechou os olhos, respirando descompassadamente enquanto Sting a beijava em pontos sensíveis.

— Hmm – suspirou - Sting...

Ele roubou-lhe os lábios novamente, ainda a beijando de maneira desesperada, coisa na qual ela retribuia à altura, enquanto acariciava o pescoço do loiro. Sting apoiou o peso do corpo nos joelhos, inclinado sobre ela e ergueu um pouco o tronco para ajudar as mãos da garota que deslizavam por seu abdômen, a retirar-lhe a camisa. Passou suas mãos pelas coxas e quadris da morena, enfiou uma mão afoita por baixo da blusa dela, passando pela barriga, e subindo lentamente, em direção ao seio. Ele deixava um rastro de calor por onde suas mãos passavam. E aquilo fez com que ela perdesse os sentidos por uns instantes.

— Sting... - murmurou sob os lábios do Dragon Slayer, segurando sua mão ainda por baixo da roupa.

Ele a encarou, ofegante, seus lábios vermelhos e inchados, e a face rosada.

— O quê?

— Lembre para que viemos pra cá. - mordeu o lábio inferior.

— Eles nem vão notar nossa demora. - riu.

— Não... Vamos pegar a comida e voltar...

Ele a calou com um selinho. E outro. E outro. E outro.

— Pare com isso! - o empurrou, levantando quando ele saiu de cima de si.

— Mas... Eu pensei que estivéssemos entendidos... - franziu a testa.

— Ninguém falou que você poderia me tocar dessa forma. - virou o rosto, envergonhada.

— Ainda não é hora? - começou a rir.

— Cale a boca seu idiota!

— Certo. Mas podemos ficar aqui só mais um pouco?

— Pra que diabos?

Ele a puxa, fazendo com que ela caísse em cima de si, e rodeia sua cintura com os braços grandes, abraçando-a.

— Você está quase pelado!

— Não. Você que quase me deixou sem nada! - ele ria ruidosamente.

— Idiota.

Eles ficaram algum tempo ali, abraçados, trocando carinhos.

— Estou morta de fome...

— OK. Vamos atrás de comida. - a encarou - Que tal alguma árvore frutífera? Pode não parecer, mas passamos um bom tempo nos agarrando. Eles com certeza desconfiam que aconteceu alguma coisa com a gente. - sorriu de canto, malicioso.

— Você é um idiota. - murmurou, tentando não rir.

— E você gosta de mim mesmo assim. – piscou - Agora vamos. - ficou de pé, estendendo a mão para a garota também levantar.

— Você que gosta de mim. - debochou.

— Me deixa! E fica quieta. - segurou a mão dela, entrelaçando os dedos.

Nenhum dos dois conseguia conter os sorrisos bobos.

— Sting, você é um grande babaca! Deveria fazer esse tipo de coisa apenas com uma garota que goste!

— O que eu fiz agora?

— Por Deus! Vista sua camisa, homem! - soltou sua mão.

E ele rapidamente o fez.

— Pronto. Agora podemos ir, madame? - segurou a mão dela novamente, começando a andar.

— Sim. Mas acho que não tem necessidade de ficar nesse grude. Nós nem estamos namorando nem nada.

— Qual é o seu problema, hein? Em um minuto está aceitando todas as minhas carícias, e no outro me apedreja?!

— Tenho quase certeza que a Yukino gosta de você...

— E eu também. Como amiga. - respondeu, parando de andar.

— Não sei não hein. Da última vez que você disse um "gosto dela só como amiga" nós dois acabamos aos amassos! Pode ser só um replay.

Ele riu. Quer dizer... Gargalhou. O que é isso? Ela estava com ciúmes dele?! Com a Yukino? Essa garota não existe!

— Francamente... Fique quietinha. - a beijou.

Ela não resistiu.

— Mas eu estou falando sério... - resmungou, e ele riu.

Eles voltaram a andar de mãos dadas. Poucos minutos de caminhada depois eles encontram uma grande macieira.

— Sting, estou me sentindo estranha.

— Claro que está. - revirou os olhos ignorando.

— Não. É sério! - largou a mão do loiro, e ele parou a encarando.

Ela levou uma das mãos à boca, tentando abafar a crise de tosse repentina.

— Isso é cheiro de... Ei! Você está bem?!

Ela caiu de joelhos no chão, ainda tossindo. Quando conseguiu normalizar, encarou sua mão que estava sendo usada como "abafador" e constatou o que o cheiro já denunciara. Sangue.

— Eu... Estou bem...

A verdade é que nada estava bem. Dlayla sentia seu peito arder, parecia até que estava pegando fogo. Espasmos percorriam o corpo da garota, fazendo-a tremer.

— Vamos ao médico! Rápido! - a pegou no colo como uma princesa.

— Não! Sting! Para!

— Você não está nada bem! Que merda você tem na cabeça, hein?

— Você tem que me prometer... Que não vai contar para ninguém isso que acabou de acontecer.

— Não!

— Por favor... - choramingou - Estou implorando pra você.

— Eu não... Você não pode me pedir isso! Qual o seu problema, garota? - suspirou - Sério, o que você tem?

— Sting, não. Por favor, não conte nada a ninguém! Ninguém, ouviu?! Não fale nada àquela ruiva magrela que obviamente manda em você!

— Ela não manda em mim, sua boba ciumenta... - resmunga entre os dentes, o olhar cabisbaixo ao ver a palidez da garota. Suspira novamente - Certo. Mas eu vou ficar de olho em você. Você querendo ou não. E da próxima vez que você ameaçar passar mal, vai me contar o que tem e nós dois vamos resolver isso!

— Obrigada, Sting - beijou a bochecha do loiro.

    A morena se recupera um pouco sentada em uma grande pedra e depois ambos saem atrás de algumas frutas para retornar ao campo de treinamento. Já haviam demorado demais e, afinal, estavam todos morrendo de fome. Mal sabiam eles que do outro lado do bosque um ataque acontecia...

 

 

Continua... ღ




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Notas finais do capítulo

Tenso, né?! Comentem, nos faz muito felizes e é gratificante! :3 Obrigada a quem comenta, sua linda! [Cibrs]