Três Garotas e Loucas Aventuras escrita por Cibrs, Strife


Capítulo 18
Tomada de Atitude - Cap 15


Notas iniciais do capítulo

Yooo, minna. Cá estou eu novamente. :) Apreciem esse capítulo também! (E Parabeéns, Day! Feliz aniversário!) [Cibrs]



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—------ Dlayla’s POV On -------

— Me mate.

— O que disse?  Não vou fazer isso!

— Sting, me mate.

— Está louca?! Por que diz isso?! - agarrou meus braços com força.

— Eu quero que faça isso, só assim todos estaremos seguros.

— Eu não entendo... Não entendo o que raios você quer dizer com isso!

— Duas de nós vão morrer. Só estou adiantando o inevitável...

— Como assim "duas de nós"? Do que você está falando? Não podemos fazer nada para impedir?

— Não. Até eu já não sou mais "Eu" mesma - me desvencilhei de seus braços.

— O quê?

— Se você não puder fazer isso agora, eu te mato! - concentrei toda minha magia, conseguindo mudar algumas de minhas características normais, e adquirindo uma aparência dracônica.

— Eu não quero te machucar - ativou sua Dragon Force.

— Você não tem escolha.

— Eu vou te salvar, Dlayla, é uma promessa.

Acordei em um salto, estava suada e ofegante. Que diabos de sonho estranho foi esse? Ainda mais com o Sting… Credo! Olhei para a cama ao lado da minha, onde Cibelly agora dormia quieta. Havia chorado até pegar no sono.

— Preciso caminhar - suspirei.

A verdade é que eu queria sair para espairecer, ao mesmo tempo, tinha vontade de fazer que nem a coitada da minha amiga, apenas chorar e gritar até adormecer. Ao menos assim eu poderia esquecer, pelo menos um pouco, a recente descoberta sobre nosso destino. Levantei, calcei minhas pantufas e abri a janela do quarto com cuidado, saindo por ela e a fechando devagar logo em seguida. Andei até chegar num pequeno parque, onde sentei em um dos bancos e fiquei olhando a lua. Estava cheia e brilhante.

— O que faz aqui?

Virei a cabeça lentamente na direção da voz, ainda com o coração querendo sair pela boca devido ao susto.

— Tive um sonho ruim - sorri de leve.

— Entendo. Posso me sentar?

— Claro. Sente-se, Erza.

— Quer me contar como foi esse sonho?

— Ruim. O Sting estava nele. - fiz uma careta.

Bom... Não era uma mentira. Ela riu alto, me encarando em seguida.

— Vocês até que se dão bem, não é?

— Cla- Claro que não!

— E por que está vermelha? - estreitou os olhos em minha direção.

— Erza! - a repreendi.

— Acho que está na hora de vocês se assumirem logo - comprimiu uma risada.

— Eu nunca falei nada sobre você e o Jellal - joguei.

E foi a vez dela ficar vermelha e eu rir muito da cara dela.

— O futuro é uma merda! - praguejei, olhando para a lua novamente.

— Como pode saber?

— Acho que logo, logo eu não estarei mais aqui.

— Vai embora da Fairy Tail? - ela me encarou confusa.

— Ei, Erza... Posso te contar algo? - olhei para ela.

— Claro! - sorriu.

Eu estava prestes a contar tudo o que havia ficado sabendo nas últimas horas.

— Ora, ora, ora... O que temos aqui?

Nós duas nos levantamos, ficando em alerta. Não sabíamos que era, o que queria, e nem onde essa criatura estava!

— Quem está aí? Apareça! - ordenou a ruiva, invocando uma de suas espadas.

— Não tenho nada para tratar com você, Titânia.

— Quem é você? - agora era eu que gritava.

— Eu? Não sou ninguém.

— Eu perguntei... Quem é você! - e lancei o ataque em direção aos arbustos.

Então, de repente, uma silhueta surgiu por detrás das árvores, só conseguíamos ouvir o som de seus passos em nossa direção, e mesmo assim, esse ainda era muito baixo. Quando finalmente, quem quer que fosse apareceu na nossa frente, não aparentava ser mais que uma sombra negra com formato humano.

— O que é você?! - Erza tentou atacar, mas a única coisa que conseguiu foi atravessar a sombra.

— Você tem um cheiro ruim - torci o nariz - É como se fosse...

— ... Cheiro de morte - a ruiva completou, voltando rapidamente para o meu lado.

— Eu fui enviado apenas para te dar um fim, garota de outro mundo, mas agora eu decidi que prefiro fazer parte de você... Até que a minha senhora venha te matar com as próprias mãos.

— Matar-me? - gargalhei - Não diga besteiras!

— Então agora eu vou entrar.

A sombra se espalhou ao meu redor, eu tentava acertá-la, mas nada adiantava. Então eu entendi o que ele quis dizer com "entrar", e digo logo que não era uma das melhores sensações do mundo ter uma sombra desconhecida e maníaca entrando no seu corpo, nada bom mesmo. A única coisa que eu pude lembrar foi dos filmes demoníacos com possessão que eu já tinha assistido no meu mundo. Ai Meu Deus. Vou virar demônio!

Socorro!

Eu tentava chamar o nome de Erza, enquanto ela gritava o meu. E então… Simplesmente some!

— ... - ela falou.

— Mas que diabos foi isso?! - levantei do chão.

— Você está bem? Eu acho que... Hum... A sombra entrou em você - arregalou os olhos castanhos.

— Eu sei, mas não sinto nada de estranho.

— Vamos até a Polyushka.

— Não precisa. Só quero que você não conte a ninguém o que acaba de acontecer.

— Mas por quê? Você não percebe o que acaba de acontecer?! Seja lá quem for, ameaçou você, é um inimigo seu e de toda a guilda!

— Eu sei. Mas não quero que ninguém saiba, principalmente, a Cibelly. Pode fazer esse favor para mim, Erza?

— Tudo bem. - suspirou pesadamente - Mas se alguma coisa acontecer... Vamos acabar com quem quer que seja.

Sorri para ela.

— Agora vem. Vamos voltar para o dormitório. - me puxou pelo braço.

...

Os primeiros raios da manhã penetraram meus olhos como adagas. Sons matinais da rua tentavam me trazer de volta do meu sono. Mas estava tão longe... E eu estava tão cansada... Sentia meu corpo pesado e não queria ter que me levantar.  Mas levantei. Afinal, eu estava morrendo de fome! Levantei e vi que Cibelly ainda dormia no seu canto. Deixei-a lá e me dirigi à saída do quarto.

— Bom dia - falei para Erza, quando a vi no corredor da Fairy Hills.

— Bom dia - saudou.

— Pode me fazer um favorzinho? - pisquei para ela.

— Qual?

...

Eu ainda tentava me recuperar do enjoo do trem, enquanto me encaminhava à Sabertooth. Depois de tudo o que aconteceu ontem, eu decidi que ficaria mais forte. Eu tinha que proteger a nós três, mesmo que custasse minha vida eu iria proteger a todos. E eu sabia quem poderia me ajudar com isso. Entrei na guilda, e já senti saudades da barulheira matinal da Fairy Tail. Mas eu não iria recuar agora.

— Onde está o Sting? - perguntei ao Rufus, assim que me aproximei da mesa na qual ele e Orga estavam.

— Miss Dlayla, que prazer! - tirou o chapéu. - sorri - Mas então... Viu o loiro sem sal por aí?

— Sting? Ele deve estar chegando…

— Você é namorada dele, pirralha?

Orga, sempre sutil.

— Não.

— E falando no demônio... - o da máscara apontou para a porta da guilda, onde o loiro, o moreno e a albina adentravam, rindo de alguma coisa.

O Rogue foi o primeiro a notar minha presença ali, e veio direto até mim, me cumprimentar.

— Bom dia. O que faz aqui tão cedo? - sorriu minimamente, os olhos procurando alguém.

— Fada-san! Oi.

— Oi fofinho - acariciei a cabecinha do gato - E... Rogue. Cibelly não veio comigo - sorri da cara vermelha dele.

— O que faz aqui?

— Bom dia para você também, Sting. - cruzei os braços, me virando para ele.

— Bom dia - coçou a nuca.

— Sting-sama? Quem é ela? - perguntou a garota.

— Olá, Yukino! Há quanto tempo... - a puxei para um abraço.

— Dlayla-sama? - perguntou, envergonhada.

— Isso - sorri - Posso falar com você por um instante? - encarei o loiro chato.

— Ahm... Claro.

Fomos até uma mesa próxima, e nos sentamos.

— O que queria falar?

— Quero que me ajude a treinar.

— Como?

— Ajude-me. Por favor - choraminguei.

— Mas por que eu? E o Natsu-san e os outros? - cruzou os braços, apoiando as costas na cadeira.

— Eles não podem saber - fiz o mesmo que ele.

— E por que não?

— Eu tive um sonho estranho - suspirei - Mas é que... Tenho o pressentimento que não era bem um sonho, mas sim algo como uma previsão.

— E como eu entro nessa história? - fechei a cara para ele.

— Então... Você estava lá. - murmurei, ficando envergonhada repentinamente.

— Foi algo bom ou ruim?

— Muitas perguntas - revirei os olhos - Resumindo esse sonho... Nós iríamos lutar e eu pedia para que você me matasse.

— Eu não faria isso - ficou sério - Eu não te machucaria.

— Você falou a mesma coisa no sonho - sorri - Mas enfim, a não ser que precise, eu não vou entrar em mais detalhes, nem te dar mais motivos. Vai me ajudar ou não?

— Acho que eu posso fazer isso... - sorriu de canto.

— Então podemos começar logo? - falei já me levantando e o segurando pelo pulso.

— Será um bom passatempo.

Revirei os olhos com o comentário estúpido.

— E para onde vamos? - parei de arrastá-lo por aí.

— Deixa que eu guie - e foi a sua vez de me levar pelo braço.

—---- Cibelly’s POV -----

Eu acordei já era quase meio dia. Lembro-me de ter gritado ontem à noite que nosso tempo, meu, de Dlayla e de Camila, ia acabar. Lembro-me de ter deixado todo mundo assustado. Lembro que Akatsuki chorou. Lembro que Hikari estava me olhando desesperada. E lembro-me de como Dlayla custou a entender e aceitar a verdade que eu, o corvo das más notícias, lhe trouxe. Céus! Por que sempre sou eu a portadora das más notícias?

Lembro, também, que não percebi o momento em que dormi. Só sei que eu estava chorando. Fiquei totalmente descontrolada, nem por Akatsuki consegui me conter dessa vez. Imperdoável! Tenho que fazer algo para remediar meu crime de deixar as pessoas assustadas e, mais que tudo, de não ter tido forças para consolar o meu pequenino.

Diante dessa decisão e desta espiral de culpa, que iam crescendo no meu peito, levantei. Olhei ao redor e Akatsuki não estava ali. Aliás, eu estava sozinha no quarto. Tomei um banho e prendi meus cabelos em um coque, deixando a franja solta, porque percebi que não ia querer muito encarar as pessoas nos olhos hoje. Sai com uma roupa bem escura, tão negra quanto o meu humor. E fui rumo à Fairy Tail, queria encontrar meu bebê.

Durante o caminho senti que a vida daquelas pessoas nas ruas não havia mudado. A atmosfera me parecia mais pesada, o dia parecia mais cinza, a minha realidade, mais obscura. Entretanto, nenhuma daquelas pessoas sentia o mesmo. Continuavam suas vidas normais, alegres e otimistas. Não era o mundo que estava mais pesado, era eu que havia concebido uma nova realidade.

Entrei na guilda, estava o mesmo fuzuê de sempre. Corri os olhos por todo o salão e não avistei Dlayla. Somente vi Hikari e Akatsuki ali próximos, ambos estavam comendo morangos junto com Lucy, Natsu e Happy, só que este último comia um peixe fedorento. Fui até eles e cheguei abraçando Akat por trás. Não falei nada, só afundei o rosto no pelo cinza e muito macio dele. Até que senti umas patinhas sobre minha cabeça. Era Akat mexendo em meu cabelo. Ele sabia que era um pedido de desculpas, eu estava pensando nisso e na minha enorme culpa incessantemente. E Akat sempre pressente quando estou mal.

Fiquei assim por uns cinco minutos, que pareceram horas. E então a Lucy me perguntou se estava tudo bem. Eu não soube como responder. Era óbvio que estava algo errado, mas eu não queria dizer tudo que a Mavis havia me ajudado a entender agora. Simplesmente não tinha cabeça pra repassar tudo de novo. Então eu sorri para Lucy, o sorriso mais radiante que eu consegui dar, e fingi que nada estava virando meu novo mundo de ponta cabeça. Não sei se ela acreditou totalmente, mas não acho que os outros tenham notado o quão forçado foi.

Sai da guilda com Akat, dizendo que ia até uma colina que havia nos arredores da cidade, porque queria passar um tempo com meu pequeno. O caminho foi breve, comecei a andar a passos rápidos, e quando menos notei já estava correndo a toda velocidade, Akatsuki sobre meus ombros. Chegamos à colina, verde, gramada e cheia de florzinhas coloridas e sentamos à sombra de uma árvore.

— Cibelly-san, você não pode esconder tudo de todos.

— Akat, meu bem, você diz isso, mas eu sei que você não disse nada pra ninguém da guilda. E sei isso porque não vi nenhum rosto com olhos de pena virados pra mim. Eu não vou esconder pra sempre, eu só quero organizar minha cabeça primeiro.

— O Rogue-kun também deve estar com saudades de você. Se quer ir lá, vá! Eu fico com a Lucy-chan e o Happy e o Natsu-kun

— Eu não quero ir lá… - olhei para as nuvens, se inclinado para trás, apoiada nos dois braços.

— Você quer. Akat lê isso. - ele insistiu delicadamente.

— Tá certo. Eu quero mesmo… - admito - Mas não quero envolver ninguém nisso agora.

— Mas Rogue-kun já está envolvido. Ele é um Dragon Slayer, proibido de usar magia pelo decreto n° 1, Cibelly-chan!Ai meu Deus, Akat! Você quando quer insistir é impossível! Eu não vou discutir mais com você. - ri - Esse negócio de ler mentes é muito roubado. Posso nem mentir para mim mesma - brinco com ele.

— Akat está feliz porque agora você está sorrindo!

— Eu te amo, coisita pequetitita!

De um jeito ou de outro, acabou que Akat me animou um pouco. Eu amo tanto aquela bolinha de pelos superinteligente que sabe mais do que eu o que eu quero! Akat fez como disse, ficou com a Lucy. No caminho de volta perguntei por Dlayla e ele me disse só a ter visto saindo cedo. Estranhei, mas nada podia fazer agora. Eu também estava saindo sem avisar -quase- ninguém. Também pedi a Akat pra não dizer nada agora sobre todas as coisas de ontem e ele concordou.

Depois disso, segui diretamente à estação, rumo à cidade da Sabertooth. O trem viajou tempo suficiente pra eu me arrepender de ter saído da Magnólia sem pensar direito, de eu me arrepender de ter demorado tanto a sair de lá, e enfim, de eu mudar de ideia tantas vezes que no final foi um alívio finalmente chegar. Agora era só faltava achar o Rogue, e eu já tinha uma ideia de onde deveria ir. Força!

Continua... ღ


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Notas finais do capítulo

Nossas garotas estão se movendo! Avante! Até o Próximo capítulo, minna! :) [Cibrs]



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