Rakuen PROJECT I ~ FIRST STAGE [BETA VERSION] escrita por Teud


Capítulo 2
CHAPTER #1 ~ The Hell Comes! ♥


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal, como vão? Desculpe-me pela ausência, é que fiquei de castigo por alguns dias... Mas agora estou de volta! Fico feliz que Debby-chan tenha gostado do prólogo, arigatou, minha pequena kawaii. *_* Prometo que acompanharei fielmente as suas histórias (algum dia ¬¬ Se bem que já li o primeiro capítulo e uma parte do segundo do Hunters of Darkness, gostei mesmo *_*).

Enfim, informo que, bem, a fic não será tão curta assim, até porque estou com umas ideias boas para ela (me perdoem os fãs de outras fics minhas como Lovers First Danger, mas escrever Rakuen PROJECT está mais interessante!). Rakuen PROJECT será uma trilogia: FIRST STAGE, MIDDLE STAGE e FINAL STAGE, depois haverá uma continuação (ou spin-off, não me decidi), chamada DARKNESS FALL (vocês saberão porque em FINAL STAGE. Quem aí pensou em Grand Chase? É só uma coincidência, tá?).

Saindo dos spoilers (finalmente), já coloquei o link do encerramento FULL nas notas da história e agora faço um apelo: preciso de alguém para editar para mim! Eu sei editar, mas... não vai ficar bom. Por favor, se alguém fizesse esse favor por mim, ficaria grato! Prometo que colocaria seus créditos e afins nas notas da história! Quero informar que fiz algumas correções no prólogo:

1 - Essa que desmaiou se chama Noyogi Shoujo. Ela tem 15 anos; cabelos pretos, lisos e curtos; olhos castanho-escuros e foscos; inclui: e usa óculos.

2 - O estranho é que geralmente não fico constrangido com ela... mudei para O estranho é que geralmente não fico constrangido tantas vezes com uma pessoa...

3 - Adicionei algumas categorias e avisos e etc (havia me esquecido de colocar na hora que criei a fanfic :P). Nada que mude a classificação +16, fiquem tranquilos ^^ (alguns ficarão putos comigo, eu sei. kkkk Bando de hentais!!)

4 - Adicionei uma capa nova, feita pela misskezia! Mais detalhes nas notas da história (Disclaimer)

E, bem, quero saber a garota que vocês mais gostam! Lá em baixo (notas finais) terão as opções! Preciso de TRÊS votos nas enquetes NO MÍNIMO para continuar... OK, lets GO, minna!



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Como eu cheguei atrasado à escola no primeiro dia, não precisei fazer as apresentações na frente de todos, felizmente. Sou tímido, por isso odeio esse tipo de coisa. Por incrível que pareça, minha vida mudou da água para o vinho. Como a de todo colegial, ela era um saco, sempre fazendo as mesmas coisas, sem mudança alguma. Porém, desde que me encontrei com Yami-san, tudo mudou. Ela me amaldiçoou com a “maldição do amor”, e o meu sonho de ter um harém se realizará! Ela deu um alerta de que minha vida seria um inferno, mas qualquer um iria querer estar no meu lugar. Pelo menos em parte de minha história...

Sou Shizuka Arashi, tenho 15 anos; cabelos castanho-escuros, curtos e crespos; olhos castanho-escuros, acredito, e vítreos (eles refletem bem o que estou observando). Como puderam perceber, sou tímido, porém bastante pervertido. Por pouco não fiz com Yami-san, e acredito que ela guarde algum segredo bem grande.

Após eu e Noyogi-san, minha amiga de infância, sairmos da enfermaria juntos (ela desmaiou e eu fiquei lá até a tal acordar), fomos à sala de aula. Como ela participou da cerimônia de abertura, me guiou até a pior sala do primeiro ano, a 1-E. Olhei de cara feia para aquela porta que estava prestes a cair em cima de mim e perguntei a Noyogi-san:

–Tem certeza que essa é a nossa sala?

–Sim, por quê? – ela respondeu de imediato.

–Merda... Odeio essa espelunca. Sempre zoei o pessoal que estudava nas salas E, e agora estou em uma... Que ótimo...

–Isso é karma!

–Acredita nisso?

–Não. Estava apenas brincando com você.

–Que ótimo... Não basta o destino brincar comigo, mas você também, né?

Ela riu, e logo em seguida entrei. Noyogi-san entrou logo em seguida. Felizmente todos já estavam acostumados em nos ver juntos, por isso não falaram merda, mas logo congelei ao ver Yami-san, uma garota nova na escola, piscando para mim como um sorriso malicioso.

–--ABERTURA---

–Algum problema, Shizuka-kun? – perguntou Chie-sensei.

–Ah... Nada, nada! – respondi, olhando para ela e saindo do transe. Porém eu entrei em outro em vê-la.

Chie Toshiko tem 28 anos; cabelos louros, compridos e lisos; olhos cor de mel; um pouco mais baixa do que eu e tem um corpo formidável. O único ponto ruim nela é que ela é professora de Japonês e Literatura, as minhas piores matérias. Já tive a oportunidade de medir os seios dela, medem 111 cm (essa é uma longa história, por favor não perguntem). Ela é muito meiga com os alunos, mas sinto que ela tem um carinho especial por mim, tanto que ela deixou eu passar com as minhas notas desprezíveis.

–Sente-se, por favor, Shizuka-kun. – ela pediu ligeiramente irritada por eu estar atrapalhando a aula dela.

–Ah, sim, desculpa! – pedi, e logo me sentei no único lugar vazio.

Sentei na penúltima carteira da primeira fileira da direita para a esquerda, ao lado da janela. Atrás de mim estava Tomodachi, meu melhor amigo albino e pervertido, na minha frente estava Noyogi-san e do meu lado esquerdo estava Yui, a presidente de classe *kawaii~*. Yami-san estava ao lado de Tomodachi, atrás de Yui. Senti um clima estranho, como se as garotas perto de mim fossem começar a se matar ali mesmo, naquele exato momento. Só não houve uma chacina porque Chie-sensei era incrível em suas aulas. Mesmo que eu odeie a matéria, eu amo as aulas dela. E parece que quase todos concordam com isso. Após as aulas dela, tocou o sinal do intervalo. Verifiquei minha mochila e não achei nada para comer...

–Mas que merda! Vou morrer de fome! – sussurrei.

–O que foi, cara? – perguntou Tomodachi – Por que você tá murmurando aí?

–Esqueci a porra do lanche. Merda!

–Calma, cara! – ele pediu, estendendo algumas notas para mim. – Pode pegar. Use na cantina.

–Tomodachi... Você é tão legal!!

–Não se esqueça das revistas pornô que me deve, tá? Até mais! – e saiu da sala.

Filho da..., pensei.

–Yo, Shizuka-kun... – cumprimentou Yui, interrompendo meus pensamentos.

–Yo... – respondi. – O que quer? – perguntei gentilmente.

–Eu... não quero te ver mais junto com aquela garota nova...

Fiquei confuso.

–Você fala da Yami-san?

–Sim. Fique longe dela.

–Por quê? – na verdade ela não era tão confiável, mas é tão kawaii...

–Porque... eu sei que vocês vão quebrar as regras de novo, como na enfermaria. Ela é tão sem-vergonha quanto você, então...

Fiquei mais confuso do que antes.

–Err... Por que está se importando tanto comigo?

–P-por nada! Isso não é da sua conta, ok? Suma!

Ela me empurrou. Sorte que ela não tinha tanta força.

–Tá, tá... Já estou saindo...

Saí de sala e logo esbarrei com alguém. Quando me recuperei, vi o que fiz. Meu azar é tão grande que minha mão foi parar debaixo da calcinha da Junko-nee-chan e quando tentei tirar, ela saiu junto com a peça íntima.

–Ite-te-te-te-te-te... – Junko-nee-chan reclamou, colocando a mão direita na nuca e se sentando. – Onii-chan? V-você...

–Ahhh!!! M-me desculpe!

Uma brisa bateu no corredor.

–Senti um frio na... AHH!! A minha calcinha...

–Toma. – estendi a peça para ela. Ela ficou toda vermelha e um líquido viscoso escorreu dela para minhas pernas.

–HENTAAIII!!! – ela gritou, dando um tapa forte em meu rosto, depois pegou a calcinha quando a soltei no chão. Ela se levantou e foi ao banheiro correndo. Algumas pessoas assistiram a cena e já fofocavam.

Levantei apalpando minha bochecha marcada e fui em direção à cantina. Enquanto caminhava, pensava: Que estranho... A Yui estava agindo de um jeito estranho e a minha irmã se constrangeu... Isso tudo é muito estranho... Geralmente a minha irmã reage falando calmamente que eu devo parar de fazer besteiras e fazer algo de útil como estudar, além de NÃO enrubescer... O que aconteceu com elas? Espera, será que aquela maldição...! Ah! Só pode ser isso, he he he he...

Quando cheguei à fila da cantina, Noyogi-san me entregou um pacote embrulhado e disse:

–Para você...

Meus olhos encheram-se de lágrimas.

–A-arigatou!

–Eu sabia que você esqueceria o lanche, então...

–O que estão fazendo, seus sem-vergonha?! – Yui chegou gritando.

–Yo, minna! – disse Tomodachi, surgindo atrás de mim e me dando um tapão forte. – O que estão fazendo de bom?

–Estou impedindo desse casal sem-vergonha de flertarem na escola! – Yui respondeu.

–N-n-não estávamos flertando! – Noyogi-san protestou totalmente corada. – Apenas estava entregando o obento...

[N/A: Obento é uma espécie de marmita, porém bastante caprichada e geralmente vem com divisórias. É feita de madeira e/ou plástico e é mais funda, contendo mais comida. É tradicional na Ásia, principalmente no Japão porque eles não têm tempo de comer em casa ¬¬’.]

–Sei, acredito muito... – Yui duvidou.

Senti que estava sendo observado por temíveis olhos esmeraldas. Virei meu rosto e vi rapidamente o rosto de Yami-san, antes de ele desaparecer na esquina entre um corredor e o refeitório. Anteriormente, porém, pude vê-la lambendo os lábios de forma sedutora, como fez horas antes. Tive um calafrio, e meu olhar ficou perdido naquela direção. Noyogi-san me despertou, informando:

–O obento vai esfriar...

–Ah, sim! – respondi, virando-me para ela – Tomodachi, obrigado pelo dinheiro, mas não vou precisar mais, como pode ver... – devolvi-o o dinheiro – Noyogi-san, Yui, vamos sentar em algum lugar! – clamei, pegando na mão das duas. Noyogi-san enrubesceu, mas assentiu.

–O-o-o-o q-q-que v-você pensa que está fazendo?! – Yui protestou, parecendo confusa enquanto eu a puxava. – Por que está me chamando pelo meu nome de nascença e segurando minha mão?!

–Somos amigos, não? – levantei a questão, puxando gentilmente as duas por alguns centímetros – Vamos, vamos!

–Me solta, seu pervertido! – Yui gritou, batendo em minha mão e correndo.

Suspirei.

–Não ligue para ela... – Noyogi-san pediu – Logo ela entenderá o quanto você é gentil...

–Noyogi-san... – falei, encarando-a perdidamente.

–O obento não esfriou? – perguntou Tomodachi.

–Pare de estragar o clima, porra! – gritei com ele.

–Tá, foi mal...

–C-clima?! – Noyogi-san gaguejou – C-c-como a-assim?

–E-eu disse clima? – me virei para ela novamente e tentei contorná-la – E-e-eu quis dizer conversa! Sim, conversa! Confundi as palavras, he he he...

Ela riu sem emoção como eu. Ainda bem que deu certo..., pensei aliviado. Tomodachi nos guiou até uma mesa próxima. Eu e Noyogi-san comemos nosso obento, e Tomodachi, um sanduíche. Ao término do lanche, meu celular vibrou, então eu levantei da cadeira e disse:

–Com licença, pessoal. Recebi um e-mail.

[N/A: E-mail no celular é uma conotação japonesa para “mensagem”. Se bem que e-mail significa “mensagem eletrônica”, e para o Ryuunosuke do Sakurasou no Pet na Kanojo não faz diferença, então... digamos que são similares lá no Japão...]

–OK... – Tomodachi assentiu.

Desbloqueei a touchscreen do meu Sony Ericsson com Android 4.0.4 e vi a seguinte notificação no centro da tela:

YOU RECEIVE A MAIL!

–--

FOR:

YUI-CHAN

(0,2 kb)

E-mail da Yui?, estranhei mentalmente. Tá, né. Vamos ler...

A mensagem era curta, só tinha 0,2 kb, e dizia o seguinte:

Encontre-me no final do corredor do 1º ano do colegial, perto dos banheiros. Tenho que conversar com você... A sós...

Minhas bochechas começaram a queimar, meus olhos, formigar, e meu corpo, tremer... de empolgação.

–De quem é a mensagem? – Tomodachi perguntou. Sua voz estava longe.

–Ninguém em especial... – respondi evasivo, mas não consegui desviar o olhar da tela do celular e esconder o sorriso de ansiedade.

Noyogi-san e Tomodachi me observavam, preocupados. Eu não estava ligando muito para a preocupação deles. Consegui após um minuto bloquear o celular e colocá-lo no bolso.

Uma garota linda e gostosa querendo conversar comigo a sós?, pensei. E logo a Yui, que é tão kawaii, porém... certinha? Perfeito! Tomara que ela queira falar algo bom... he he he he he...

Comecei a rir como idiota e fui em direção ao local marcado. Ouvi as vozes de Noyogi-san e Tomodachi ao longe, mas as ignorei até desistirem de me seguir ou questionar ou sei lá o quê. Meus olhos estavam afiados, e eu estava sedento por intimidades femininas. Mas algo, ou melhor, alguém, me fez parar no meio do caminho: Yami-san. Ela passou por mim, fazendo-me estremecer e parar. Ela parou também, e com um sorriso malicioso no rosto, sussurrou em meu ouvido direito:

–Vá. Ela está te esperando...

E deu dois passos. Quando ela iria dar o terceiro, a impedi, segurando seu pulso. Ela riu baixo e sinistramente sem me encarar. Tive um insight e perguntei:

–Você que enviou a mensagem?

Ela riu novamente da mesma maneira, só que por mais segundos. Ainda sem me olhar, respondeu:

–Quem sabe...

[N/A: Insight é um termo do inglês que significa, literalmente, “visão interior”. Refere-se geralmente àqueles momentos em que uma pessoa tem um pensamento, flashback ou reflexo repentino e instantâneo]

Trinquei os dentes e poucos segundos depois a soltei. Enquanto ela se afastava, pude ouvir uma risada carregada de malícia. Sem mais nem menos, ela desapareceu. Procurei-a com os olhos por alguns segundos, porém logo desisti. Ah, esquece. Devo me encontrar com a Yui logo!

Comecei a correr, pois olhei no relógio que o intervalo acabaria em cinco minutos. Chegando ao final do corredor, havia uma placa amarela no chão de Piso Molhado e os banheiros do lado esquerdo. Yui estava prestes a entrar no banheiro feminino quando gritei enquanto corria em sua direção. O chão estava escorregadio, como a placa informara.

–Yui, espera!

Ela se virou para mim e me encarou seriamente. Não parei de correr. Ela olhou em volta e viu que não tinha mais ninguém por perto. Então respondi:

–O que você quer?

–Eu quero conversar com você! Assim como pediu no e-mail!

Eu estava a poucos metros dela. Escorreguei.

–Que e-mail? – Yui perguntou – Eu não... – interrompi-a com algo ousado, mas totalmente imprevisível.

Ela nunca vai me perdoar por este incidente, mas... até que não foi ruim, Yui. Admita, pensei.

Quando escorreguei com o piso molhado, caí em cima dela. Apoiei a mão direita na parede branca e a esquerda no braço fino e delicado da garota. Mesmo assim, não consegui impedir que meus lábios de tocarem os dela, resultando no meu primeiro beijo. Logo os afastei, mas a sensação de ter os lábios quentes de Yui colados aos meus foi incrível e é inesquecível. Encaramos-nos por segundos que pareceram horas. Ambos vermelhos, ambos sem conseguir dizer uma palavra. Ambos imóveis. Só naquele momento percebi que ela ansiava por mim e que se sentia traída quando me via com outras garotas. Seus orbes de topázio expressavam um desejo irracional e um autocontrole prestes a ser dizimado pela luxúria. Não consegui olhar para nenhuma outra parte dela, pois me perdi no mar daquela dupla desesperada, delicada e atraente. Eu precisava erradicar sua tristeza e desilusão.

–Yui... – falei, em transe.

–Pare. – ela pediu de uma forma muito kawaii – Não podemos...

–Seja sincera. – retruquei automaticamente.

–Estou sendo sincera! P-preciso ir ao banheiro... Quando eu voltar à gente conversa.

–O-ok... – respondi, liberando-a.

***

Quando ela saiu, o sinal tocou. Ela disse:

–Melhor voltarmos...

–Não sem resolvermos esta questão – interrompi.

Ela suspirou e corou um pouco.

–O-ok... Te darei dois minutos...

–He! – ri de satisfação – Vamos lá: você que me enviou aquele e-mail?

–Que e-mail? – ela perguntou inocentemente.

Peguei o celular e a mostrei. Ela ficou parecendo um tomate.

–N-não! Eu nunca te enviaria algo assim!

–Sério?

Ela ficou meio indecisa por dois segundos, mas logo voltou a ser tsundere e respondeu:

–Mas é claro! Só se... – ela pausou por alguns segundos – Só se na hora que eu emprestei o celular para a Yami, ela...

Surpreendi-me um pouco, levando a cabeça para trás. Aquela conversa que tive com Yami-san antes de me encontrar com Yui voltou a minha mente e se repetiu várias vezes.

–Você que enviou a mensagem?

–Quem sabe...

Após rever esse flashback umas mil vezes, balancei a cabeça para espantar a memória e conclui:

–Só podia ter sido ela... Obrigado pela atenção! – sorri e comecei a caminhar para voltar à classe. Ela permaneceu em seu lugar, no meio do corredor, alguns metros a minha frente.

–De nada... Err... Não fale para ninguém, tá? – Yui pediu em sussurros.

Parei de andar e perguntei:

–Não falar sobre o quê?

Ela respondeu sem pestanejar:

–O beijo, oras!

–Ah, sim... – o silêncio nos sufocou por meio minuto – Desculpe não ter entendido de primeira...

Ela riu um pouco e depois revelou:

–Não tem problema... Além disso, esse foi o meu... primeiro beijo...

Quando ela hesitou em falar “primeiro beijo”, ambos coramos. O silêncio tentou nos sufocar novamente, mas o derrotei em dez segundos:

–O meu também... Esse também... foi o meu primeiro...

Yui ficou mais vermelha do que já estava. Senti que o clima estava pesado, então resolvi amenizar a tensão:

–E já que foi nossos primeiros beijos, que tal fazermos isso de novo?

–NÃO! – ela respondeu imediatamente, virando as costas e marchando para a sala de aula. Pude jurar que ela rachou um piso em sua marcha.

–Yui! – segui-a por um tempo e depois gritei.

–O que quer, sem-vergonha? – ela perguntou sem olhar para mim e ainda marchando.

Parei de correr. Senti que ela ouviu meus passos parando, e, por conseguinte, diminuiu a velocidade de sua marcha. Dei mancada, sabia disso. Estava tão arrependido que lágrimas ameaçavam escorrer. Pedi com toda a humildade que podia ter:

–Me perdoe por essa brincadeira. Escolhi as palavras erradas.

–Hmpf! Homens são todos iguais! – ela bufou, aumentando a velocidade. Não me movi.

–Estou realmente arrependido! – gritei em tom de súplica – Por favor, me dê uma chance!

–Já te dei chances demais. – ela rebateu.

–Hã?! – fiquei confuso. – Não entendi o que quis dizer. Enfim, pode ir... Eu fico aqui por um tempo...

–Por quê?! – ela arquejou, parando a 50 m de mim e em frente à porta e se virando para mim. – Não posso deixar ninguém fora de sala, pois sou a monitora! Hã?! Você...!

Só nas últimas duas palavras na qual ela disse que notou a chuva que inundava a escola. Minhas pálpebras não conseguiam conter as lágrimas de arrependimento. Não sei por que, mas sempre que estou arrependido e o perdão não é consentido, começo a chorar, independente da situação ou estado que eu esteja.

–Por que você tá chorando, seu idiota? Não tem motivos para...

–Mas é claro que tenho! – comecei a berrar – Você não me perdoou!

–Shizuka-kun... – ela parecia confusa.

–Além disso, eu pretendia ficar um pouco aqui para não pensarem que estávamos juntos, tudo por você! Só queria ajudar, como sempre, e só levo predada! Por que gentilezas hoje não valem de nada?!

Yui mudou sua expressão confusa para séria e começou a correr em minha direção. Decidi não falar mais nada. Ela parecia pronta para me dar um tapa daqueles. Fechei os olhos, preparando-me para o impacto. Repentinamente surgiram palavras em minha boca, e acabei pronunciando-as:

–Volte para a sala... Depois eu...

Porém fui cortado por algo mais ousado do que antes. Intencionalmente ela ameaçou dar um tapa e, aproveitando meus olhos fechados, me beijou. Surpreendi-me no início, mas logo entrei no clima. Como visualizei antes, ela estava carente. Precisava de mim, porém ainda não tinha total confiança em minha pessoa. Meu choro repentino provou que sou diferente dos outros garotos, por mais que eu seja pervertido...

Senti a língua dela tentando quebrar a barreira em meus lábios. Logo o selinho inocente se transformou em um beijo cinematográfico. Abracei-a com carinho, aproximando ligeiramente seu corpo ao meu. Acariciei suas costas, fazendo-a estremecer de excitação, e entrelacei minha língua a dela. Nossos mamilos, protuberantes no tecido, esfregavam-se um no outro freneticamente. Contudo ela puxava meu corpo com suas mãos, até nossos corpos estarem separados apenas pelas roupas. Nossas bocas, cheias de luxúria, não paravam de se mexer e se querer. Nossas línguas queriam permanecer sempre unidas, sugando a saliva, fôlego e alma uma da outra. Nossas salivas se encontravam, misturavam-se e saíam de nossas bocas a cada movimento brusco ou respirada que dávamos. Senti a temperatura de ambos os corpos aumentando, meu amigo estava lutando contra a cueca para se libertar, e algo viscoso já escorria pelas pernas de Yui. Quando ela sentiu que estávamos trilhando um caminho perigoso, segurou em meus ombros e me afastou dela. Assim que afastei minha boca da menina, um fio de saliva entre nós surgiu, mas logo desapareceu. Eu estava em outro mundo, viajando nas possibilidades que eu tinha com ela. A garota só conseguia encarar o chão, pois estava constrangida demais para olhar para mim. No momento em que ela conseguiu me encarar, não estava mais corada, porém mostrava um semblante de dúvida. Balançou a cabeça para o lado e perguntou:

–Seus olhos são verdes?! Pensei que fossem castanhos, como os meus...

–Aaaahhhhnnn ~ ... – eu não conseguia responder, raciocinar, nada. Talvez estivesse babando.

Ela quis me beijar e beijou! Ela quis me beijar e beijou! Ela quis me beijar e beijou!, só esse pensamento que se passou infinitas vezes naquele doce momento...

Yui me chacoalhou pelos ombros, fazendo-me sair do transe. Despertado, perguntei:

–O que você perguntou antes, Yui?

–Are? Seus olhos voltaram a ser castanhos?! Não estou entendendo nada!

–Ah, isso... Os membros da família Shizuka carregam uma mutação genética envolvida aos sentimentos em que, dependendo do que se está sentindo, as íris dos olhos mudam de cor. Quando estamos normais, geralmente são castanhos. – pausei para respirar.

–Hm...

–Quando estamos com raiva, eles podem ficar amarelos ou vermelhos. Quando estamos excitados... verdes.

Ela enrubesceu até os pés e desviou o olhar.

–Porém isso é temporário. Quando o indivíduo adquire um psicológico equilibrado e maduro, os olhos param de mudar de cor e permanecem azuis-claros, assim como os de minha irmã e pai...

Ela olhou de relance para mim e segurou uma risada.

–O quê? Quer dizer que Junko-chan é mais madura que você? – ela quase riu.

–Exatamente... – admiti constrangido.

Ela sorriu gentilmente e me abraçou.

–Prefiro você assim. – comentou em meu ouvido.

Depois me soltou e foi ao banheiro. Antes de entrar, porém, disse:

–Pode entrar primeiro. Como você é homem, não deve... ter se molhado...

Minhas bochechas começaram a queimar. Poucos segundos depois respondi:

–Ha-hai!

Quando ela entrou no banheiro, entrei na sala, e então todos gritaram YEEEEEEEEY!!! Fiquei olhando confuso para eles. O professor Shogi, de Matemática, fez um Nice Pose e confessou:

–Até que você não é tão broxa quanto eu pensava!

–O-o-o que você quer dizer com isso?! – questionei confuso.

–Ora, todos nós ouvimos a conversa calorosa entre você e Chitsujo-san... – revelou Yami-san com um olhar malicioso.

Fiquei sem palavras. Tomodachi, sentado em sua carteira, gritou:

–Esse é o cara! Conseguiu pegar a monitora durona!

Ele se levantou e apontou para mim. Com determinação, continuou:

–Eu sou o seu sempai no amor, mas não te ensinei isso não! Qual é o seu segredo?

Todos, ainda em silêncio, seguravam uma risada para ouvirem minha reposta. Porém minha mente estava em branco. As palavras que deveriam sair da minha boca haviam sido deletadas pelo meu inconsciente. O silêncio estava presente pela primeira vez no ano naquela sala, e antes que eu pudesse disser algo, Noyogi-san endireitou os óculos e se levantou. Mesmo vermelha até a alma, conseguiu dizer em voz alta:

–Deixem ele em paz! Ara-kun faz o que ele quiser... com quem ele quiser, e vocês não têm direito algum de se envolver na vida dele!

–OOOOOOOOOOOOOOHHHHHHH!!!! – todos disseram em uníssono, menos eu e Tomodachi. Até mesmo o professor participou do alvoroço.

–Agora você tem uma rival, Shoujo-chan! – Shogi declarou – Tome cuidado e boa sorte! Acho você...

Noyogi-san pegou seu estojo e tacou na cara do professor, porém ele pegou o objeto no ar. Todos uivaram como antes. Ele riu um pouco e respondeu:

–Acho que terei que rever meus conceitos...

–Hmpf! Idiota! – Noyogi-san murmurou, sentando-se.

Tomodachi suspirou e disse:

–Parece que esse ano vai ser divertido! – e se sentou.

Suspirei pesarosamente e sentei na minha carteira. Logo Yui retornou a classe, mas todos fingiram que nada tivesse acontecido. Mas mesmo assim cochichavam, o que me fez receber um e-mail dela:

O que eles tanto cochicham?

Fiquei constrangido, mas decidi ser sincero.

Eles ouviram nossa conversa...

Enviei a mensagem. Cinco segundos depois, ela estava tão constrangida que tremia sem parar. Ela permaneceu assim até o final das aulas.

***

–Finalmente acabaram aquelas aulas chatas!! – Tomodachi gritou ao término da classe.

–He he... Você parece animado. – comentei.

–Mas é claro! Meu kouhai aprendeu a pegar! Como eu poderia estar desanimado?

–Ei! – Yui chamou atenção – Não foi... bem assim...

–Então foi como? – Tomodachi estava com uma cara perversa enquanto falava.

Ela enrubesceu. Depois de alguns segundos, pegou sua mochila e saiu sem dizer nada. Tomodachi riu pateticamente. Peguei o meu PSP do bolso e comecei a jogá-lo enquanto saía de sala.

–Ja ne, minna... – despedi-me, saindo.

[N/A: Ja ne, minna = Até mais, pessoal, do japonês.]

–Espera, nós vamos voltar para casa junto com você, não? –Tomodachi perguntou.

–Então tá... Me sigam.

Tomodachi e Noyogi-san pegaram suas mochilas rapidamente e me seguiram. No portão da escola, senti alguém me cutucando.

–O que quer, Tomodachi?

–Não sou eu, é a...

–YUI?! – gritamos em uníssono.

–Não permitirei que façam algo imoral por aí... O tipo do Shizuka-kun é o pior de todos...

–Você é muito suspeita para falar, não, Yui-chan? – Tomodachi zombou.

–Cale-se, Shinrasei-kun. – ela ordenou.

Noyogi-san segurou uma risada. Eu já havia retornado ao meu jogo.

–Yahoo, minna! – Junko gritou, aparecendo na nossa frente.

–O que está fazendo aqui, Junko-chan? – Noyogi-san perguntou.

–Ora, esperando o Onii-chan! É perigoso ficar andando desacompanhado nesta época do ano!

–OK, vamos logo. – afirmei friamente.

–Onii-chan, larga esse jogo! Odeio quando você fica com isso na mão!

–Foda-se. Não ligo para sua opinião de merda.

–O-o quê? O-onii-chan?

Tirei o fone de ouvido, desliguei o PSP e percebi com quem eu estava falando.

–J-junko-neechan? Não tinha percebido que era você e... Me desculpe!

Ela estava chorando.

–Desculpa onii-chan... Vou parar de te incomodar...

E saiu correndo em lágrimas. Iria correr atrás dela quando Tomodachi me segurou e sussurrou em meu ouvido:

–Você deu mancada, cara. Sabe muito bem que ela te ama. Dê um tempo para ela... Quando a garota esfria a cabeça que se deve conversar...

–OK... Valeu... – sussurrei de volta.

–O que vocês estão fazendo?! – Yui gritou, pensando em merda.

–Apenas conversando! – inventei – Assuntos masculinos!

–Não foi o que pareceu daqui... – ela murmurou.

–O quê?

–Nada! Vamos andando!

Suspirei, e então prosseguimos. No caminho, garotos da turma de Junko-nee-chan conversavam em frente a uma loja de conveniências e doces, quebrando o monótono silêncio. Decidi prestar a atenção na conversa.

–Aí, você soube que o que aconteceu com aquela aluna nova? – um garoto perguntou

–Não. – uma garota respondeu – Só sei que ela saiu da sala do nada! O que ela foi fazer?

–Nivelamento. – um outro garoto respondeu.

–Nivelamento? – o primeiro inquiriu. [N/A: Adorei essa palavra, obrigado, Debby-chan!]

–Sim. Ela amanhã estará no primeiro ano do colegial. – o segundo respondeu.

–Mentira! – o primeiro discutiu.

–Sério! – o segundo afirmou.

–Hu hu hu... Acho que a Shizuka-chan vai ficar triste... – a garota comentou.

–Com certeza! Foi à única amiga que ela fez na turma! – o segundo respondeu.

–Com licença. – me intrometi na conversa. – Quem ficou amiga da minha irmã e vai estudar no meu ano?

–Ah, olá, Shizuka-sempai! – a garota me cumprimentou.

–Olá. Agora me fale mais sobre--

–Conhece eles? – Yui me interrompeu.

–Não! – respondi furioso por ter sido interrompido. – Enfim, falem sobre essa aluna nova. Fiquei curioso...

–Bem, ela se chama Hikari Yuri. Ela tem olhos púrpuros e cabelos escuros, mas de cor indefinível. – o primeiro garoto descreveu.

–Além disso, ela é fria com todos! Mas é um gênio. E quando ela descobriu que Junko-chan era sua irmã, começou a conversar com ela.

–Acho melhor você ter cuidado com ela, sempai! – a garota recomendou brincalhona.

Os três começaram a rir. Tomodachi, com um semblante de dúvida, perguntou:

–Ela por acaso tem uma mochila roxa?

–Sim, por quê? – o segundo garoto respondeu, também em dúvida.

–Por nada, he he he... Até mais, crianças!

–Ei! Não somos mais crianças!! – os três gritaram em uníssono.

–Arashi-chan, vamos para sua casa. – Tomodachi sussurrou. – Tenho algo para falar com você...

–OK...

Passamos pela casa dele, a mais próxima, e continuamos seguindo. Noyogi-san perguntou ao passarmos por ela:

–Você não vai parar em casa?

–Não. Tenho que conversar com Arashi-chan antes!

–Mas...!

–Eu sei, você também... Prometo que serei rápido.

Ela sorriu, e eu fiquei mais confuso.

–O-o quê?! – Yui gritou – Dois garotos grandes e duas pequenas em uma casa! Isso não está certo...

–Hã? Como as—

–Eu também irei. Tenho que ficar de olho em vocês!

Todos ficaram sem reação. Senti que alguém nos seguia, e então olhei para trás. Não vi nada.

Só coisas estranhas estão acontecendo hoje..., pensei.

–Alguma coisa errada, Arashi-chan?

–Quantas vezes vou ter que te dizer para PARAR de me chamar assim?! – gritei.

–Calma, cara! Só tô zoando!

Suspirei.

–Yo! – uma voz familiar falou atrás de mim – Procurando algo?

Virei e vi Yami-san. Todos estavam boquiabertos, inclusive eu.

–Yami-san? – questionei. – O que faz aqui?

–Apenas acompanhando meu noivo, oras!

–N-noivo?! – Yui estranhou.

–É uma longa história... – Yami-san disse.

–Não é não! Você inventou tudo isso!

–Hu hu hu... Talvez... – ela estava com um olhar aterrorizante – Mas vamos ver se você vai gostar dos resultados, amor... ♥

–Não me chame assim!

–Pare de ser tão rude! Eu te ajudei... com muitas coisas...

–Por que você tá olhando para mim?! – Yui inquiriu.

Yami-san apenas riu baixinho.

–Vamos, amor... Sua casa está próxima, não?

–É, mas... Você não vai pra lá!

–Por que não?

–Sei que você quer fazer perguntas para ela. Essa não é a sua chance? – Tomodachi sussurrou, me assustando.

–Okay...

Chegamos a minha casa, e eu deixei meus amigos na sala de estar, dizendo:

–Vou no quarto e já volto.

Quando eu entrei em meu quarto, ouvi alguém trancando a porta. Virei-me para ela, e vi Noyogi-san a minha frente com alguns botões da camisa do uniforme abertos... Ela me encarava de forma estranha, e respirava pela boca. Tremia. Enrubescida. Nervosa.

–Você que trancou a porta? – perguntei.

–Sim... Preciso conversar com você, Ara-chan...

–Mas... Precisava trancar a porta?

–Sim...

–Me devolva ela. Você não devia fazer isso...

–Então venha pegar...

–Onde ela está? – perguntei, pois não conseguia vê-la.

–Aqui. – ela respondeu, abrindo um pouco da camisa e apontando para o sutiã.

Senti minhas bochechas queimarem. Os meus dias não serão mais chatos com essa maldição, mas... Isso será perigoso..., pensei.

–--ENCERRAMENTO---

IN NEXT/JIKAI (decidam!):

Arashi: A aluna nova, Hikari Yuri, é conhecida como PURPLE DESTROYER, e parece que eu terei que ter cuidado com ela... Por que minha situação só piora?

Tsuki: Bem que eu te avisei que sua vida viraria um inferno...

Arashi: Mas não era só se eu administrasse mal? Eu nem comecei a viver com essa maldição!

Tsuki: Deixando isso de lado, vamos dormir! Estou com sono... Você prefere que eu fique em cima ou em baixo?

Arashi: O-o quê? Espera! Você não vai dormir aqui!

Tsuki: *chuinf* Você é tão mau! *chuinf*

Arashi: ... Pare de fingir.


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Notas finais do capítulo

Chegamos aqui finalmente! Quero dizer que eu já escolhi minha favorita: Chitsujo Yui! Para mim, ela é tão kawaii em seu jeito tsundere, porém extremamente carente que me faz em estilhaços! Sim, me baseei na Kotegawa Yui do To Love Ru, e aí? Amo ela! Tão kawaii~!!! *_*

Quanto às alternativas, aí estão!

( ) Yami Tsuki
( ) Shizuka Junko (Imouto xD)
( ) Chitsujo Yui
( ) Noyogi Shoujo
( ) Chie Toshiko
( ) Hikari Yuri (PURPLE DESTROYER O.o)
( ) Outra (?)

Se escolher a última, diga quem é (desde que faça parte da fic ^^)
SEGUNDA ENQUETE!! Quero saber se devo colocar IN NEXT ou JIKAI! VOTEM!

( ) JIKAI
( ) IN NEXT
( ) Sem preview, por favor