Sougo: Bateu saudade china girl?

Kagura: Como se alguém sentisse falta de um verme feito você... Só vim devolver a jaqueta pra você não ter nenhuma desculpa pra ir atrás de mim.

Sougo: Não precisa ser tão grossa, está desarmonizando essa roupa tão linda.

Kagura (corada): Cale a boca maldito!

Sougo: Eu não estou mentindo. Apenas é uma pena que eu vou acabar deixando ela toda amassada... (agarra Kagura)

Kagura: O que está fazendo?

Sougo (sorriso sádico): O que parece?

Ela não teve tempo de responder, selei seus lábios com um beijo antes que falasse alguma besteira. Agora que tínhamos nos entendido e esclarecido tudo, eu podia aproveitar muito mais a situação, mas logo quando as coisas começaram a ficar interessantes Kagura se afastou e me encarou.

Sougo: O que foi?

Kagura: Eu queria te perguntar uma coisa...

Sougo: Não podia ter esperado?

Kagura: Não... É que eu ainda estou meio confusa com o que estamos fazendo.

Sougo: Não entendi.

Kagura: Quero dizer, eu te amo, mas qual a diferença desse amor e do amor que eu sinto por outras pessoas?

Eu nunca ia entender como ela era tão ingênua, mas essa situação estava ficando bem interessante, e só de pensar em como eu iria me aproveitar dela, um sorriso cruzou meus lábios. Puxei delicadamente a ruivinha mais pra perto antes que ela percebesse minhas intenções. Discretamente, deslizei minha mão por dentro da blusa dela, fazendo Kagura corar de uma maneira que eu nem achei que fosse possível.

Kagura: O que va-vai fa-fazer?

Sougo: Apenas responder sua pergunta. Está sentindo isso?

Kagura: O q-que?

Sougo: Vamos admita, você não sente absolutamente nada comigo te tocando desse jeito?

Kagura: Sinto vontade de quebrar sua cara, pervertido!

Sougo: Qual é, seja sincera.

Kagura (abaixa a cabeça): Bem... Eu...

Sougo: Tudo bem, não precisa mais colocar em palavras. De qualquer forma, você não tem vontade que outras pessoas façam isso com você, certo?

Kagura: E se eu sentisse?

Sougo: Eu arrancaria os olhos dessa pessoa pra jogar ping-pong, mas isso não vem ao caso...

Kagura: Mas não, eu nunca senti isso antes.

Sougo: Bem, isso diferencia bem o tipo de amor que nós sentimos um pelo outro do amor que se sente por amigos ou familiares.

Kagura: Só isso?

Sougo: Tem outras coisas, mas infelizmente, essa não é a hora nem o lugar pra eu te mostrar...

Parecia estar tudo bem. Kagura se sentou no meu futon e começou a rir de uma hora para outra.

Sougo: O que foi, ficou maluca de vez?

Kagura (joga um travesseiro em Sougo): Não é isso idiota! É que... Dá pra imaginar que nós estaríamos assim agora...

Sougo: Se dependesse de você nunca ia acontecer nada.

Kagura: Você fala como se fosse fácil se declarar para alguém que parece tão insensível.

Sougo (se senta do lado de Kagura): Ei está magoando meus sentimentos!

Kagura: Oh, você sabe o que são sentimentos, estou realmente surpresa!

Sougo: Quer que eu mate você, pirralha maldita?

Kagura: Tenta que eu quero ver!

(Sougo pula em cima de Kagura, e os dois caem deitados no futon)

Kagura: Ei super sádico, o que será que vai acontecer quando o pessoal descobrir sobre nós?

Sougo: Como assim?

Kagura: Ou você vai querer esconder isso...

Sougo: Talvez fosse melhor, por um tempo.

Kagura: Por quê? Você está com... Vergonha de estar comigo?

Sougo: Não fale assim... O problema é que quando todos souberem da verdade eu tenho certeza que a espada de madeira do Danna vai acabar enfiada em mim. E seu pai não é um caçador de monstros? Você acha que ele vai deixar barato o fato de eu estar corrompendo a filhinha dele?

Kagura: Não seja tão exagerado...

Sougo: Parece que você quer mesmo se livrar de mim depois de 1 dia de namoro.

Kagura (corada): Na-na-namoro?

Sougo: Aham. Você achou que isso não era um namoro? Não seja boba, desde ontem você é toda minha Kagura-chan, minha n-a-m-o-r-a-d-a.

Kagura: Não me chame assim, é esquisito.

Sougo: Me obrigue!

(alguém abre a porta do quarto e se depara com Sougo e Kagura deitados no futon)

Kondo: Oh, me desculpem, não sabia que estava atrapalhando!

Sougo: Kondo-san, não é nada disso que está pensando!

Kagura: Volte aqui, seu gorila pervertido.

Kondo: Eu só queria avisar que o Gintoki e o Shinpachi-kun estão esperando você. E que sorte que eles não vieram até aqui, porque senão a cabeça de alguém ia rolar. Vou deixar vocês a sós por um minuto. (vai embora)

Kagura: Acho que ele nos pegou...

Sougo: Deixa que eu resolvo isso. É melhor você ir.

Kagura: Certo. Quando... nós podemos conversar?

Sougo: Eu te encontro logo que meu turno de hoje acabar.

Kagura: Tá. Tchau!

Sougo: Espera, você esqueceu uma coisa!

Kagura: O que?

Sougo: Isso aqui. (beija Kagura por quase um minuto)

Kagura: I-idiota e se al-alguém en-entrasse aqui?

Sougo: O risco valeu à pena.

(Kagura vai embora e encontra Gintoki e Shinpachi na porta do Shinsengumi)

Gintoki: Finalmente, o que ficou fazendo ai por tanto tempo?

Kagura: Nada demais.

Gintoki: Sei... Vamos logo que temos um trabalho.

Kagura: Sério?

Gintoki: Claro que não, como eu vou pensar em trabalhar estando com uma ressaca dessas?

Kagura: Se só ia ficar fazendo inutilidades, era melhor ter ficado dormindo.

Gintoki: Impressão minha ou a mocinha estava querendo ficar nesse lugar por mais tempo?

Kagura (cora): Eu estava no meio de uma briga com o Sougo e...

Gintoki: Espera, como disse? Você o chamou de Sougo? Não quis dizer sádico Kagura-chan?

Kagura (fica nervosa): É que... Bem... Eu...

Shinpachi: Gin-san, pare de encher a Kagura-chan com suas maluquices. Aqui, porque não pega esse dinheiro e vai comprar um parfait?

Gintoki: É, talvez isso me deixe melhor. (vai andando na frente de Kagura e Shinpachi)

Kagura: Ei, porque está fazendo isso?

Shinpachi: Kagura-chan, eu sei que está acontecendo algo entre você e o Okita-san.

Kagura: Eu sabia! Foi você que deu o meu cartão a ele?

Shinpachi: Não, eu apenas dei pra mana olhar.

Kagura: Então a Anego também sabe de tudo?

Shinpachi: Sim, mas pode ficar tranquila, nós não vamos contar pra ninguém.

Kagura: Obrigada Shinpachi!