Normal’s POV

A garota chinesa saiu de seu armário e foi direto até o quarto de Gintoki.

Kagura: Eu não consigo dormir.

(Gintoki continua dormindo)

Kagura: EU NÃO CONSIGO DORMIR!!

Gintoki: AHHH O QUE ACONTECEU, QUEM MORREU?

Kagura: EU NÃO CON-SI-GO DOR-MIR!

Gintoki: Ah não, isso de novo não!

Sa-chan: Hein, Kagura-chan, o que foi?

Gintoki: Não é nada, essa pirralha só não acha o bastante o desgosto que me deu mais cedo e ainda não vai me deixar dormir...

Kagura: Eu não entendo... Porque eu preciso ir dormir agora? Porque Gin-chan está dormindo agora? Ele não costuma dormir mais tarde? Porque vocês dois resolveram namorar justo agora? Gin-chan, se você gostava dela porque não disse antes? Um par romântico dá muito mais audiência. Será que você está fingindo? Será que só está usando ela porque percebeu que a Ketsuno Ana nunca vai te amar?

Gintoki: CALADA PIRRALHA!

Sa-chan: Então é isso?

Gintoki: Você não vai entrar na onda dos delírios da insônia dessa pirralha!

Kagura: Não deixe ele te enrolar Sa-chan.

Gintoki: Oy, só porque não consegue dormir vai instalar o inferno na vida dos outros?

Sa-chan: Kagura-chan, porque você não tenta isso: Lembre-se de o que te fez dormir ontem e repita.

Kagura: O que me fez dormir ontem.... Já sei! Valeu Sa-chan, eu vou dar uma saída! (sai correndo)

Gintoki: Finalmente podemos voltar a dormir...

Sa-chan: Tem certeza que não prefere ir dormir na porta do estúdio de TV?

Sougo’s POV

Eu estava dormindo tranquilamente, quando senti algo me empurrando, como se tentasse me acordar. Na boa, se fosse Hijikata-san me chamando pra alguma missão noturna de ultima hora, eu ia parar de colocar laxante na maionese dele e começar a por veneno... Mas ao invés de ver a cara desprezível dele, logo que tirei a mascara de dormir avistei um par de olhos azuis cansados me fitando.

Sougo: China girl? O que faz aqui essa hora?

Kagura: Eu não consigo dormir.

Sougo: E o que eu tenho a ver com isso?

Kagura: Sa-chan disse pra eu lembrar o que tinha me feito dormir ontem, e como eu dormi com você, decidi vir pra cá. Esse futon parece confortável, eu vou dormir ai.

Sougo: Eu não vou me levantar.

Kagura: Ótimo, eu durmo ai com você então. (deita no futon)

Aquilo já estava passando dos limites, eu não conseguia mais aguentar a tentação. Num movimento rápido, me virei e fiquei em cima de Kagura, que agora parecia mais acordada do que nunca.

Kagura: O que está fazendo?

Sougo: Você invadiu meu quarto no meio da noite e deitou no meu futon. Serio que não pensou que isso ia acontecer china girl?

Kagura: Como eu ia saber que você ia me agarrar, seu tarado!

Sougo: Você me conhece muito bem. Além do mais, eu ainda não fiz nada, e se você já deduziu que eu vou te agarrar, é porque estava esperando por isso.

Ela não falou mais nada, apenas ficou um pouco corada e depois me beijou. Mas hoje eu não conseguia me controlar, a tentação da situação estava me consumindo, então me soltei dos seus lábios e deixei uma trilha de beijos e mordidas do queixo até o pescoço dela. Me senti meio culpado quando vi as marcas avermelhadas naquela pele tão clara e sensível.

Sougo: Eu te machuquei?

Kagura: Nossa, quem diria, o rei dos sádicos está preocupado com isso... Fica frio, eu não sou de porcelana.

O comentário me irritou um pouco, até eu perceber o sorriso malicioso nos lábios da ruivinha. Entendi, aquele era o jeito dela me dizer que eu podia continuar. Levei minhas mãos até a blusa do pijama, mas eu estava tão cego pelo desejo que não conseguia abrir os malditos botões, então acabei arrancando eles da costura com a boca mesmo. Eu fiquei surpreso com o fato de que Kagura não estava apresentando a mínima resistência, mas quando eu estava prestes a tirar seu sutiã, ela finalmente me afastou e se cobriu com as mãos.

Sougo: O que foi?

Kagura: Eu não vou deixar você ver nada para depois ficar me chamando de tabua.

Sougo: Deixa de ser boba.

Kagura: Não quero saber... A ultima coisa que eu quero agora é você dizendo que eu sou feia e que tenho o corpo de uma pirralha ridícula.

Sougo: Não fala assim... Kagura, me escuta bem, eu nunca disse que te acho feia nem muito menos ridícula. Você é perfeita.

Kagura: Não minta.

Sougo: Não estou mentindo. Você é perfeita... Pra mim. Simplesmente pelo fato de que...

Kagura: De que?

Sougo: De que... É difícil dizer por que eu nunca falei isso pra alguém, mas vamos lá... Você é o amor da minha vida sua pirralha. E não há nada que vá mudar isso.

Kagura: Sádico.. Quer dizer, Sougo. Eu também te amo.

Sougo (com sorriso irônico): É eu sei.

Kagura: Convencido idiota.

Aquela curta conversa fez com que as coisas voltassem a como estavam há alguns minutos atrás. Kagura parou de se cobrir com as mãos e as colocou no meu cabelo, e eu dirigi minhas mãos novamente para o seu sutiã, tomando cuidado na hora de tirá-lo. A cada segundo eu tentava fazer meus toques ficarem mais suaves, não queria de nenhuma maneira machucar aquele corpo que nunca tinha sido tocado antes, e admito, também estava bastante nervoso com o que viria a seguir. Porque apesar de todos pensarem que eu sou um sádico de mente poluída, eu nunca havia realmente chegado a esse ponto com alguém, talvez porque ninguém nunca mexeu comigo ao ponto de tirar palavras românticas da minha boca. ‘‘Você é o amor da minha vida’’ quem esperava que eu, Okita Sougo, falaria isso um dia?

Kagura: Sádico? Oy, você tá bem?

Voltei à realidade e percebi que durante meus devaneios estava olhando pra um lugar aleatório do quarto, completamente imóvel.

Sougo: Sim, tudo certo... China, você tem certeza que quer continuar com isso? Porque se quiser parar, eu não vou ficar bravo.

Kagura: Idiota, acha que eu estou fazendo isso por você? (dá um sorriso malicioso) Você nunca ouviu que normalmente quando não se consegue dormir é só fazer algo pra ficar cansado.

Sougo: Esse é o seu jeito nada feminino de dizer que quer ir adiante?

Kagura (fica corada): Sim...

Toquei seus lábios levemente nos meus, aproveitando cada segundo daquela sensação maravilhosa que se espalhava no meu corpo. Podia ser idiota, e até mesmo um pouco clichê, mas era como se o amor estivesse no ar. Deus, agora eu tinha extrapolado os níveis de cafonice romântica... Mas quer saber, que se dane tudo, se eu puder ter essa idiota do meu lado vai ficar tudo bem.