Agora, é 2017 em Hogwarts escrita por victoriacosr


Capítulo 7
Capítulo 7




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CAPÍTULO 7

 

Cinco semanas se passaram em Hogwarts desde aquela tenebrosa aula de Defesa Contra as Artes da Trevas. Cinco semanas maravilhosas. Foram dias que todos os alunos aproveitaram para se enturmarem mais, estudarem, praticarem algumas coisas incorretas, conhecerem a maioria dos lugares do castelo... Enfim, nenhum tempo fora desperdiçado.

Rosa caminhava pelos longínquos corredores do térreo, juntamente ao primo Alvo e aos amigos Escórpio e Miranda. Sussurravam sobre o almoço do dia.

- Adorei o ensopado de cogumelos! - Deliciava-se Alvo. - Estava demais! Divino...

- Pessoal... - Mirando falou. - Eu vou para o Salão da Grifinória apanhar os livros da aula de História da Magia... Certo?

- Ok, Miranda!

- Eu vou com você. - Retrucou Alvo, apressando os passos para alcançar a garota.

Os dois amigos que restaram ali se entreolharam, e riram por alguns segundos. Alvo sempre parecera esquecer de algo. Aquilo, com certeza, deveria ser uma mania ou algum costume muito maluco. Riram novamente, e continuaram a caminhar. Por sorte, a sala onde seria dada a próxima aula não era longe de onde se encontravam. Rosa e Escórpio subiam devagar as escadas que os levariam até o primeiro andar. Estavam prestes a pisar no último degrau, quando um garoto alto e corpulento e outro um tanto magricela se puseram a frente deles.

- Olha só, Christian! Olha só com quem nos deparamos justamente agora!... - Berrou o gordo.

- Nossa... - Falou com sarcasmo, enquanto fazia uma careta de bebê com biquinho. - Um Mal-ricas e... Uma... Weasley! - Completou, aparentando nojo ao observar a garota da cabeça aos pés.

- A filha da sangue-ruim! Aquela de quem te falei... - Aproximou-se de Rosa. - Como é mesmo o nome dela?... - Riu. - Hermione... Granger, não é? ISSO! - Fez expressões de vitória e superioridade. Aproveitara para pegar a varinha escondida no bolso lateral da calça. - Que tal, Christian... Se a gente... Humpt, jogasse uns feiticinhos neles?

- Boa ideia, Carl. - Os olhos negros daquele garoto penetrou instantâneamente nos olhos de Rosa, que o olhava assustada. - Estamos precisando treinar alguns meros feitiços. O baixinho do Flitwick vai ver só... - Também sacou a varinha. - Que tal o Conj...

- NEM PENSE NISSO! - Escórpio gritou.

- Ah, tá  com medinho, é Mal-ricas? - Carl sussurrou. - Então prova isso! CONJUNCT... - A garota arregalou os olhos ao ver o feitiço sendo lançado. Correu na direção dele para repelí-lo, mas alguém foi mais rápido que a mesma.

- PROTEGO! - O feitiço retornou violentamente para Carl, fazendo uma barreira mágica defensiva para Escórpio, Rosa e o garoto que o lançara. Carl se jogou no chão. Sua visão estava um pouco embasada. Seus olhos doíam.

- DEMÔNIO!!! - Esperniava-se. - OLHA O QUE VOCÊ FEZ! SEU MALUCO!!! - Tentou se levantar, mas não obteve sucesso. - Você vai pagar pelo que fez! - Apontara a varinha para o garoto.

- O que está acontecendo aqui? - Um professor perguntou, expressando curiosidade.

- Foram eles, professor Slughorn. Os três! - Denunciou o comparsa.

- Não é verdade, professor. - Rosa retrucou.

- AH, É? - Intrometeu-se Carl, ainda debruçado sobre o chão de mármore. - E como explica isso em meus olhos?!

- Por favor, os três, dirijam-se a minha sala. Você, Christian, leve o Carl para a Ala Hospitalar agora. Ele precisa de curativos. - Encarou-os, com seus bigodes prateados. - Depois quero vê-los também.

O professor andava a frente de Rosa, Escórpio e do garoto desconhecido que os defendera há minutos atrás. Na outra direção do corredor, seguia os dois infratores, rindo de tal situação. Horácio Slughorn, na opinião de muitos era o melhor docente da escola. Tornou-se diretor da Sonserina por volta de 1997 e desde então, começou a ensinar Poções. Seus passos curtos e apressados, rapidamente os levaram para a sala onde continha o estoque de poções, no Subsolo do castelo. O corpo extremamente gordo sentou-se em um banquinho de madeira nobre ao lado direito daquele local.

- Um dos três agora vai me explicar o que houve lá, no corredor. - Sussurrou, aparentando um pouco de humor.

- Professor, se me permite... - Dirigiu-se Rosa, com educação. - Eu e o... Escórpio, estávamos indo para a aula de História da Magia. Aí, apareceram aqueles dois alunos da Sonserina. Eles... Bem... Nos ameaçaram, e na hora que o Carl, eu acho, ia lançar o Conjunctivitus em Escórpio, bem, ele apareceu e nos protegeu... - Olhou para o garoto de pele morena.

- Bom, eu vou ter que ouvir a versão dos outros dois. - Continuara. - Mas, de qualquer forma, terão que cumprir uma razoável detenção. Vocês, por ato de defesa ou maldade, machucaram um colega, e o mais justo neste momento, é que respondam pelo que fizeram. Me entendem?

- Sim, professor. - Apenas responderam Escórpio e Rosa.

- Tenho uma pequena tarefinha para realizar amanhã à tarde. Acho que vocês podem fazê-la para mim... - Falou pretensioso. - Amanhã, durante minha aula, lhes digo. - Sorrira, tornando o rosto ainda mais arredondado. - Estão liberados.

Os três alunos balançaram suas cabeças, assentindo a ideia do professor, e aproveitaram o consentimento para sair dali. Fora de tal local, Escórpio parou para respirar possivelmente um ar puro. A sala dos estoques era um ambiente bem abafado.

- Obrigado. - O louro agradeceu ao corvino, que expressava uma constante aparência emburrada. Desta vez, o garoto forçou um sorriso para o agradecimento do colega e seguiu para algum determinado lugar. Escórpio arregalou os olhos para Rosa, demonstrando um ar de não entendi nada. Ela riu e aproximou-se do amigo.

- Aula. - Retrucou.

- É, restam só poucos minutos! É melhor adiantarmos!

Sairam disparados pelos corredores até alcançarem novamente o primeiro andar. Passaram pelas mesmas escadas do ocorrido e, por fim, chegaram a porta da sala de História da Magia. Entraram em seguida.

- Demoraram, hein... - Alvo sussurrou. - Pensei que iam chegar antes de nós dois e olha só... Quase se atrasaram para a surpreendente, maravilhosa e indistinguível chegada do professor Binns. - Abrira um largo sorriso.

- Ah, Alvo... Você nem imagina o que aconteceu a pouco. - A garota suspirou, enquanto sentava-se na carteira ao lado. - Dois sonserinos praticamente nos atacaram.

- Não praticamente... Ele nos atacaram. - Escórpio falou.

- É... Por sorte, um garoto nos... - Olhou para o fundo da sala e avistou o tal garoto. Ele os olhava discretamente. Sabia que falavam dele naquele exato momento. - ... Defendeu.

O barulho de uma onda de vento ecoou. Todos direcionaram suas atenções para o professor Cuthbert Binns. Este, como de costume, gostava de adentrar repentinamente em sua sala de aula. Atravessara um quadro negro. Era curioso o interesse dos alunos em observar a chegada de Binns, já que sendo um fantasma, sempre atravessava paredes e objetos, como os demais outros. O docente olhou os rostos deslumbrantes que estavam a sua frente.

- Abram o livro na página cento e quatro. - Disse frio. Esperou alguns segundos e começou a ler. - "Com a assinatura do Estatudo Internacional de Sigilo em Magia em 1689, os bruxos entraram para sempre na clandestinidade. Talvez fosse natural que formassem pequenas comunidades dentro de uma comunidade. Muitas aldeias e pequenos povoados..."

Cuthbert prosseguia a aula, sem ao menos perceber o desinteresse dos alunos. Lia algumas anotações de seu pergaminho velho e surrado. O estado de semi-consciência estampava aqueles que não demonstravam sequer uma atenção forjada para o assunto falado, ou melhor, lido, pelo professor.

O sinal batera, para a tristeza de muitos, que utilizavam o tempo para cochilar. Vergonhoso, pensava Rosa, levantando com todo o material escolar.

- Dormir em plena aula. - Resmungou.

- O que disse Rosa? - Miranda dirigiu-se à amiga.

- Os alunos. Dormindo em plena aula! Se ao menos soubessem o quanto História da Magia é importante para os N.O.M.s...

- Concordo com você. - Sorriu, saindo ao lado de Rosa e dos outros. Escórpio ainda anotava pequenas observações em seu pergaminho. Era apressado por Alvo, que queria logo sair dali.

 

 

-  -  -  -  -  -  -

 

 

O tempo estava frio naquele final de tarde, principalmente no Salão Comunal da Grifinória. Tiago, exageradamente agasalhado, alegando já ser inverno, descia, desta vez as escadas do Dormitório. Estava com um olhar bobo no rosto. Um olhar diferente de todos que fizera, pelo menos na opinião de Alvo.

- Louis... - Tiago chamou minucioso o primo. - Vem cá... - O puxou para um canto longe dos demais. - Eu preciso te contar um coisa...

- O quê? - Louis percebera o jeito estranho de Tiago.

- A Lúcia... Bem... Err... Ela... - Gaguejava. - Ela... É...

- Fala. Sou todo ouvidos. - Sorriu.

- Ela... Me... M-me deu um... Um... Beijo. - O garoto corou instantaneamente. Falar sobre aquele beijo era algo extremamente confuso e vergonhoso para ele.

Nossa Tiago... Calma. - Perguntou Louis, curioso. - Quando isso aconteceu?

- Agora. Agora... - Tiago respondeu um pouco nervoso. Sentia ansiedade, medo, milhares de questões vinham em sua mente quando pensava naquele momento. - Eu estava fechando a porta do meu quarto, quando simplismente ela... Apareceu e me deu um selo, um selinho... Um beijo... Sei lá!

- E você?

- Eu? Eu apenas fiquei parado. Até tentei corresponder mas... Aí me veio a lembrança de que ela é minha prima. Ela é mais velha do que eu Louis.

- Hei, você já tinha beijado alguma garota antes? - Louis continuava com suas perguntas nada discretas. Parou um instante para fitar o primo seriamente. As poucas sardas do rosto de Tiago tornaram-se ainda mais vermelhas. A partir daquela reação, já era possível formular a resposta para a pergunta sem ao menos pronunciar sequer uma palavra. - Fala, primo. Eu sei que isso é constrangedor, mas...

- Tá, tá, tá! Eu... Você já sabe! Não precisa eu aprofundar o assunto, não é?!

- Olha, Tiago... - Segurou o ombro do primo. - Você precisa tomar uma decisão agora. - Pausou. - Lúcia já teve a iniciativa, se é que chamamos isso de iniciativa... Agora é a sua vez.

- Mas, Louis! Eu e ela... Nós somos primos... Isso é muito estranho! E o tio Percy, o que ele vai pensar de mim? - Ficara nervoso novamente. - A... A tia Audrey... A Lucy também é dois anos mais velha do que eu! E se ela me achar um completo idiota? Ou, ou... Uma criancinha?...

- Você tem que ter mais auto-confiança. Se ela gosta de você e você gosta dela, tudo vai dar certo. - Aconselhou Louis, tentando acalmá-lo.

- Você tem razão. - Sorriu com o canto da boca. - Obrigado...

O garoto recostou-se sobre a pilastra. Louis se afastou em seguida, andanda até o centro da sala. Observou o olhar atento de Alvo, sentado na grande poltrona, para o irmão. Ele parecia saber o que os dois conversavam minutos atrás. Ou melhor, ele sabia. Com certeza, iria se aproveitar da história para criticar ou até para se vingar do irmão Tiago, era o que pensava Louis. Algumas pessoas que estaval ali, saíram para o Salão Principal, na intenção de logo poderem jantar. Alvo os fitava, e passava a mão esquerda pelos cabelos negros, pensativo. A outra mão, a direita, batucava dedo por dedo no braço da poltrona. Seria uma ótima oportunidade aquela, para enfernizar um pouquinho a vida de Tiago Sirius Potter.


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Notas finais do capítulo

Ameeei escrever!
Peço, antes de tudo, milhões, milhões de desculpas pela demora em postar este capítulo. Vocês devem saber, né? Existe uma coisinha chamada "escola" que a gente tem que se preocupar - e muito - para poder no final do ano, passar tranquilamente e, ESCREVER MUUUITOS CAPÍTULOS! Então, espero que entendam meus motivos.
Ah, o próximo capítulo que escreverei vai ficar muito mara, ok? Vou colocar ação, aventura e mais uma pitadinha de... Quem sabe... PIMENTA?!
Gente, esse final de semana vou me dedicar ao oitavo capítulo, então, para isso, preciso de incentivos, se é que me entendem. Ou seja, REVIEWS. Eles são importantíssimos para mim e também para todos os outros autores. Imaginem a J.K. sem seus amigos para apoiá-la ou incentivá-la?

POR FAVOR, DEIXEM REVIEWS PARA ME INCENTIVAR... Garanto que os Reviews abrirão minha imaginação para muitas aventuras.

BEIJÃO, e um enorme obrigada a todos que leram, que leem e que continuarão a ler minha Fic. VALEU MESMO!