Pov. Rosalie

A luz entrou pela janela do meu quarto, me acordando.

Quando abri os olhos sorri ao ver uma cena linda: Emmett com Kellan nos braços. Emm conversava com ele como se nosso bebê realmente entendesse o que lhe dizia.

-Bom dia. – falei me espreguiçando.

-Olha só amigão sua mãe acordou. – Emm disse vindo em minha direção e se sentando na cama. –Bom dia. - ele me beijou.

Virei-me na cama e notei que Kebi dormia ao meu lado.

-O que nosso batalhão faz aqui há essa hora? – perguntei.

-O garotão aqui acordou molhado e tive que troca-lo. Kebi acordou com o choro dele e pediu pra deitar com você.

Olhei para minha filha e acariciei seus longos cabelos.

-Acorda princesa. –sussurrei em seus ouvidos.

Ela bocejou.

-Oi mamãe.

-Vamos tomar café bebê?

-To com sono ainda, mãe.

A puxei para meu colo. Notei que ela estava quente, mais quente que o normal.

-Você está bem meu amor? Está um pouco quente. -coloquei a mão em sua testa e depois em baixo de seu pescoço. Suas bochechas estavam vermelhas. –Querido, pega o termômetro pra mim, por favor. – pedi a meu marido.

Emmett saiu do quarto com Kellan, o levando para o berço e voltou com o termômetro nas mãos.

Medi a temperatura de minha filha. Marcava quase 38 graus. Febre.

-Emm ela está com febre. – falei preocupada para ele.

-Ursinha o que você tem? Está se sentindo mal? – ele perguntou acariciando o rostinho dela.

-Não papai. Só to com sono e com um pouquinho de frio.

-Vou dar um banho nela pra ver a febre abaixa. Senão melhorar a levo no médico. – falei.

-Está certo. Vou descer com Kellan pra cozinha e preparar o café. Me chame se precisar. – ele disse se levantando da cama. Antes de ir beijou a testa da filha e meus lábios.

Levei Kebi para o chuveiro. Quando tirei suas roupas notei várias pintinhas vermelhas espalhadas por seu corpinho. Passei a mão por seu braço e instantaneamente ela se coçou.

-Está coçando muito filha?

-Tá mamãe.

-Ai meu bem, acho que você está com catapora.

-Que isso mamãe?

-São umas pintinhas que aparecem no corpo e coçam muito. Isso provoca febre, por isso você está quente, mas sentindo frio. Em pouco tempo você sara, não se preocupe. Catapora só dá uma vez.

-O papai já teve catapola?

-Já sim e eu também. Você não pode se coçar pra não machucar, meu anjo, está certo?

Ela assentiu como se fosse uma coisa difícil de cumprir, e realmente era. Eu sei como é. Insuportável.

Dei banho nela com todo cuidado, evitando provocar mais ainda a coceira nela. Terminei e a vesti em um moletom lilás confortável. Penteei seus lindos cabelos castanhos- dourados, os dividindo no meio e prendendo dos dois lados.

Ela ficou adorável.

-Agora vamos tomar café florzinha?

-Mas eu não to com fome mamãe.

-Vai comer só um pouquinho, meu amor, pra você sarar mais rápido. Está bem?

-Tá bom. - ela respondeu fazendo um biquinho. Quando suas caretas eram de charminho ela ficava igualzinha ao pai. Quando estava realmente emburrada se parecia comigo.

Desci as escadas indo pra cozinha com ela em meu colo.

-Está melhor princesa? – Emm perguntou a tirando de meus braços.

-To papai, a mamãe disse que eu to com catapola.

-É catapora, meu bem. Ela está cheia de manchinhas vermelhas pelo corpo e coçam muito. Não tem outra explicação. Vou leva-la ao médico esta tarde.

-Eu não quelo ir. Papai fala pra ela me deixar ficar aqui.

-Vai ter que ir boneca, pra você sarar.

-Mas papai...

-Nada de papai Kebi. – eu a interrompi. -Não quero você doente. Vamos e pronto.

Ela colocou a cabeça na curva do pescoço de Emmett como se fosse chorar. Eu tinha que um pouco exigente se não ela não me obedeceria.

-Ursinha sua mãe só quer seu bem. Eu também. Você vai sim e vai ficar tudo certo. Quando você voltar a gente brinca bastante, ta legal? – ele disse a girando pelo cômodo.

-Tá papai. – ela logo sorriu. Emmett era uma verdadeira criança perto dela.  Eu adorava seu jeito. Não mudaria nada.

Terminamos o café e eu liguei para Alice me acompanhar ao médico. Fomos depois do almoço. O pediatra apenas receitou uma pomada para aliviar a irritação na pele e disse que em 15 dias ela estaria ótima.

No táxi, de volta pra casa...

-Ali obrigado por vir conosco.

-Imagina amiga. Quando precisar é só chamar.

-Tia a Kenzie já teve catapola? – minha princesa perguntou sentada no colo de Alice.

-Não Florzinha, mas eu e o tio Jazz já.

-Coça muito tia. Eu não gosto. – Kebi fez uma careta de reprovação e encostou-se em Alice.

-Vai passar boneca. – Ali disse embalando minha pequena no colo. Pisquei e sorri pra minha melhor amiga. Minha fada madrinha, Alice.

Chegamos em casa por volta das 15 horas, me despedi dela e entrei.

-E aí. Como está minha filhona? – meu marido perguntou pegando a filha nos braços.

-Está bem, em duas semanas já estará completamente bem. É só ela parar de se coçar. – falei tirando a mãozinha de Kebi do pescoço, onde ela já coçava.

-Tenho que ir Rose. Kellan está dormindo no berço.

-Ok. Tchau meu amor. – beijei seus lábios já sentindo saudades.

-Tchau papai. – Kebi abraçou o pescoço de Emm. – Volta logo.

-Claro ursinha. – ele beijou sua bochecha e saiu.

Ficamos apenas eu e minhas crianças.

Minha pequena agora sentada no sofá bocejou.

-Está com sono?

-Uhum. – ela assentiucoçando o olhinho e esticou os bracinhos esperando que eu a pegasse.

A levei para sua cama.

-Mamãe canta pra mim? – ela pediu com a voz sonolenta.

-Que música, meu anjo?

-Aquela que o vovô cantava pra mim.

Quando íamos para casa de meu pai ele sempre cantava pra neta. Era a mesma música que ele cantava pra mim quando eu era criança. Cresci ouvindo aquela melodia todas as noites.

‘’Você é tudo o que eu sempre precisei

Você é tudo o que eu sempre precisei

Eu te amo, mais do que eu sabia que poderia amar alguém.

Tenho tudo tão profundo, que eu mal posso respirar.

Se eu precisar de um abrigo da tempestade

Você é tudo o que eu sempre precisei

Você é tudo o que eu sempre precisei’’

Ela logo adormeceu.

Escutei o choro leve de Kellan ao passar por seu quarto.

Meu príncipe já estava com 3 meses. Entrei em seu quarto e o peguei.

-Oi meu amor. – beijei sua testinha e acariciei seus cabelos claros, que antes liso agora já formavam cachos. Kellan era minha cara, mas agora estava começando a parecer com a família de Emmett. Ele tinha a cara sapeca e invocada de Bella. O que restou de mim só foram as pintinhas no rosto.

Eu ao constatar isso.

Verifiquei sua fralda, mas estava limpa.

Fome. Só podia ser.

Meu bebê mamava muito. Estava finalmente no peso ideal. Tinha as bochechas gordinhas e as covinhas como do pai. Até os lábios rosados dele, Kellan puxou.

Eu carrego a criança nove meses na barriga e ela se parece com todos, menos comigo.

Meu filho era um verdadeiro príncipe. Eu tinha orgulho de ser sua mãe.

-Quer mamar, né lindinho? – falei e ele logo começou a balançar os bracinhos, nervoso. Agarrou uma mecha de meu cabelo que estava solta no rabo mal feito. Sentei-me e o amamentei. Ele não largou meu cabelo.

-Eu não vou fugir, seu Kellan. – lhe disse rindo e ele sorriu. Um sorriso sem nenhum dente, mas chegava a doer de tão lindo.

Depois que ele terminou o fiz arrotar e descemos as escadas indo pra sala.

Liguei a TV e me sentei no sofá com meu pequeno no colo.

-Mamãe! – ouvi Kebi chamar.

--Já volto meu anjo. – beijei Kellan e o coloquei no cestinho em cima do sofá.

Subi rapidamente e entrei no quarto dela.

-Sim florzinha?

-Quelo ficar lá embaixo com a senhora. Não to mais com sono.

Descemos as duas.

-Fique aqui com seu irmão que eu vou à cozinha preparar um lanche pra gente.

-Ta mamãe. Cadê ele?

Coloquei o cestinho com Kellan nele no tapete e sentei Kebi ao lado.

-Aqui bebê. – puxei sua mãozinha e coloquei na barriguinha do irmão. Ela logo começou a acaricia-lo. – Cuida dele.

Ela assentiu e eu saí.

Preparei cupcakes para nós. Eu não gostava de me gabar, mas eu era boa na cozinha. Emmett adorava minha comida.

Quando voltei para sala, vi minha filha debruçada sobre o cestinho do irmão.

Era lindo ver meus filhos juntos.