Pov. Emmett

Finalmente Rosalie completara 7 meses de gestação.

Pra comemorar resolvi levar minhas princesas a um ótimo restaurante.

Kebi ficou saltitante ao saber que iríamos jantar fora, já minha esposa se animou um pouco, mas desde a morte de seu pai ela não era a mesma.

Eu fazia de tudo para distraí-la e anima-la, mas sabia que era questão de tempo até essa dor passar.

Pelo menos, Rose estava ansiosa pela chegada de nosso garoto tanto quanto eu. Não víamos a hora de ver o rostinho de Kellan. Kebi também não parava de falar do irmão.

Voltamos do restaurante e minha princesinha já estava com muito sono. A coloquei na cama depois que Rose vestiu seu pijama.

Entrei em meu quarto e vi que minha mulher trocava de roupa. Ela colocou uma camisola branca e eu sorri ao perceber que ficava extremamente curta nela devido ao volume de sua barriga.

-Você fica linda assim, sabia? – falei enquanto a abraçava.

-É o que você diz. Nada mais serve em mim, mas eu não vou reclamar. Estou totalmente satisfeita com nosso bebê.

-Eu estou mais do que feliz. – sorri junto com ela e a beijei apaixonadamente.

Troquei-me e fomos deitar.

Dormir abraçado a Rosalie era a melhor coisa do mundo pra mim. Um sonho só que real.

Eu não poderia querer nada melhor do que estar ao seu lado.

Era quase 3 horas da manhã quando acordei e notei que Rose não estava na cama e a luz do banheiro de nosso quarto estava acesa. A porta estava meio encostada e me espantei ao ver algumas gotas de sangue no carpete.

Levantei-me e corri em direção ao banheiro abrindo a porta.

-Rose o que está acontecendo?

-Eu não sei. Ai... – ela gemeu colocando a mão no ventre – Me ajuda.

Segurei seu corpo. Ela parecia tão fraca. Estava ficando pálida.

-Rose, temos que ir para o hospital. Acho que o bebê vai nascer.

-Mas ainda não está na hora.

Eu a coloquei sentada na cama e fui me vestir o mais depressa possível. Peguei um casaco para ela e a carreguei escada a baixo.

-Estou com medo de ter algo errado. Eu não devia estar sangrando assim.

-Não se preocupe meu amor. Vai dar tudo certo. Vou ficar do seu lado sempre. Você e Kellan vão ficar bem.

Eu colocava toda minha fé nisso. Eu não podia mais viver sem ela. E não aguentaria se algo acontecesse a nosso filho.

Coloquei Rose no carro e fui pegar Kebi. Não iria deixa-la na casa de Alice aquela hora da madrugada. Teria que lava-la conosco.

-Papai? – Kebi sussurrou sonolenta.

-Shiii... Pode dormir meu anjo. Vamos levar a mamãe para o médico.

-Ela tá dodói?

-Não, mas acho que seu irmãozinho vai nascer.

Na mesma hora Kebi despertou, ficando toda animada, nem se importando por ter que levantar àquela hora.

Todos no carro, seguimos para o hospital.

Assim que chegamos, avisei na recepção nossa situação e logo enfermeiros vieram colocar Rosalie em uma cadeira de rodas e leva-la para dentro.

Peguei minha filha no colo e a seguimos.

Notei que Rose fazia força para não gritar de dor. Isso me perturbava. Queria poder fazer algo para ajudá-la.

 Minha esposa deu entrada na sala de parto. Entrei junto com ela e Kebi ficou sob os cuidados de uma enfermeira.

Um médico veio nos explicar que devido ao parto ser prematuro, para não haver complicações faria uma cesariana de emergência. Tudo às pressas, pois havia ocorrido um descolamento de placenta.

Rosalie foi anestesiada após vestirem-na a camisola do hospital e fazerem todos os preparos necessários.

Começaram a cirurgia. Fiquei segurando sua mão todo o tempo. Logo nosso filho nasceria. Mas minha felicidade ao constatar esse fato era ofuscada pela preocupação.

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Pov. Rosalie

Eu estava quase inconsciente. Após a anestesia minha cabeça girava.

Eu havia escutado quando o médico disse que minha placenta havia descolado. Isso significava que meu bebê estava sufocando e poderia morrer.

Àquela altura, as dores intensas das contrações eu já não sentia nada graças a deus, mas pelo menos a mão de meu marido eu podia sentir.

Sabia que Emmett não sairia do meu lado nenhum segundo sequer.

Eu tinha muito medo de perder meu filho. Mesmo sabendo que a gravidez era de risco, até agora nenhum problema havia acontecido, então não imaginava que durante o parto poderia haver alguma complicação.

A cirurgia começou e daí em diante meus sentidos foram ficando cada vez mais fracos.

Eu escutava ao longe o barulho incessante das máquinas que monitoravam meu corpo e ás vezes ouvia também as vozes dos médicos e enfermeiras.

Em meio a esses sons escutei um choro forte, que tomou conta da sala. Meu filho.

Kellan havia nascido.

Na mesma hora lágrimas de alegria invadiram meus olhos escorrendo por meu rosto.

Uma enfermeira o trouxe até mim, colocando-o sobre meu peito para que ele me reconhecesse.

Emmett beijou minha testa e a de nosso filho.

Kellan era perfeito. Ele era o bebê mais lindo que eu já. E era todo meu. Sorri ao encarar seu rostinho.

-Parabéns, meu amor. – Emmett sussurrou em meu ouvido.

Foram as últimas palavras que ouvi.

Minha visão foi ficando embaçada e parecia estar escurecendo.

Não vi, nem ouvi mais nada.

Estava perdida no escuro.