All I Need escrita por Katherine Marshall


Capítulo 17
I miss you, mother.




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Sete dias se passaram, e o "agora" que eu disse a mim mesma que seria só um dia com Pedro, se prolongou por uma semana. Eu tinha consciência de que era errado, mas meu coração parecia insistir em não saber disso. E para mim, nada importava mais. Estar com ele, perto dele... É a melhor coisa que já senti em minha vida. Ele me faz esquecer de tudo e todos a minha volta, me faz sorrir só de ver o seu sorriso, de ouvir sua risada, sentir o seu cheiro. Se for errado, que seja. Eu erro por ele. Se for estúpido da minha parte, eu sou a estúpida mais feliz do mundo todo. Mas apesar de tudo isso, eu ainda tinha medo, muito medo do amanhã. Medo de tudo mudar de repente, de ele perceber que não sou boa o suficiente ou achar alguém melhor. Medo de que tudo acabe tão rápido quanto começou. Não é o que dizem? "Tudo que vem rápido, vai rápido..." , Bom, eu acho que é isso pelo menos. Nesses sete dias que se passaram, ele já demonstrou que mudou, e muito. E eu estou realmente amando conhecer esse novo lado dele. O lado carinhoso, gentil, engraçado, cheio de humor e que se preocupa comigo.

Meu pai voltara de viagem, as férias estavam acabando, minha gripe passou... Por sinal, Pedro também ficou meio resfriado, e eu cuidei dele, assim como ele fez comigo, e não durou nem três dias.

– Bom dia, pai. – Eu disse dando um beijo na testa dele.

– Bom dia, minha filha. – Ele deu um longo gole no seu café, mordeu um pedaço de sua maçã e me olhou. – Sua mãe ligou...

– Sério? Quando? – Senti meu coração bater mais forte, de felicidade. Eu estava com muita, muita saudade dela.

– Agora de pouco, disse que quando acordasse, era para ligar pra ela.

– Ok, vou lá então.

Subo as escadas e pego meu celular no meu quarto, e disco o número dela.

– Meu amor, que saudade!

– Oi, mãe. – Meus olhos aguaram ao ouvir aquela voz, desde que cheguei ao Rio ela não me ligou, não me atendeu, e eu não entendia o por quê. Estava brava com ela, mas não mais.

– Me desculpa não ter te ligado... Mas e...

– É, por que não ligou? – Perguntei interrompendo-a.

– Era o Lucas...

– O Lucas? O que aconteceu com ele?

– Calma, filha, seu irmão está bem. Bom, ele estava doente, ficou muito triste por você ter ido embora, parou de comer e... Você sabe, não queria te deixar preocupada. E se eu te atendesse também não iria conseguir disfarçar minha tristeza ou mentir pra você. Resolvi cuidar dele, e agora ele está melhor, por isso te liguei hoje.

– Ah... – Uma sensação de alívio e tristeza tomou conta de mim, Lucas ficou doente por minha causa... Mas tudo bem, ele já está melhor. – Como estão as coisas aí?

– Aqui tá tudo bem, ah, suas amigas estão com saudade.

– Diz que eu também tô com saudade delas.

– Ok, eu digo sim... E por aí, como anda? Já fez amizades? E os gatinhos? – Ri ao ouvir minha mãe dizer "gatinhos" querendo parecer uma adolescente descolada.

– Fiz amizades sim, o nome da menina é Laura, mora aqui perto de casa. E.. Bom, tem um menino.

Conversei com a minha mãe por mais ou menos uma hora, contei tudo, de como conheci Laura, do Pedro... Menos a parte que a gente já "se odiou", pois sei muito bem que ela não gostaria nada disso, e faria um típico discurso de mãe. Até que o assunto acabou, e ela tinha que ir cuidar do Lucas, que tinha caído e ralado o joelho.

– Tchau, filha, te amo muito! Se cuida, tô com saudades.

– Tchau mãe, também tô.. Com muitas saudades. Beijo, te amo.

– Beijo!

(...)

– Pai, tô saindo...

– Vai pra onde?

– Só dar uma volta.

– Juízo hein.

– Eu tenho, pai. – Disse revirando os olhos, em seguida peguei a chave e saí de casa, Pedro estava me esperando no carro.

– Oi. – Ele disse, me cumprimentando com um selinho demorado assim que entrei.

– Oi... Então, pra onde você quer me levar?

– Você vai ver. Coloca isso. – Ele disse me entregando um pano preto. – Nos olhos.

– Sério? – Eu perguntei, caindo na risada.

– Coloca logo. – Obedeci, e quando eu não enxergava mais nada, ele me surpreendeu com um beijo, demorado, calmo... E que me deixou sem ar, como todos os seus beijos. – Agora fique assim pelas próximas duas horas, sem enxergar nada.

– Por que? Não posso ver nem o caminho? Ah Pedro, fala sério. Isso é tortura, você parece um sequestrador.

– Talvez eu seja... – Ele disse em meio a uma risada, me fazendo rir também.


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Notas finais do capítulo

Bom, esse é um capítulo curtinho, o próximo vai ser maior, e mais legal e tudo... Postarei hoje a noite.
O que estão achando? Dêem suas sugestões do que pode acontecer, comentem!



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