All I Need escrita por Katherine Marshall


Capítulo 14
He care about me.


Notas iniciais do capítulo

Oi amores, desculpem não postei hoje mais porque a tarde fui na casa da minha amiga, e agora fui numa outra cidade buscar uma amiga na rodoviária! Mas agora tô aqui e vou postar :)) Ê! Continuem comentando, tô amando ♥



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Eu simplesmente comecei a rir, porque tenho tipo muita cócegas no pescoço.

– Tira a mão daí, por favor. – Ele ficou me olhando sério, confuso. E depois riu também. – Eu tô bem, Pedro. Vamos dormir, boa noite.

– Não, você tá com febre.

– Não, eu não tô.

– Aonde tem um termômetro?

– Pedro, não precisa! – Eu disse olhando séria pra ele, que me ignorou. – Não precisa fingir que se importa. Eu tô bem.

– Não estou fingindo que me importo. – Ele revirou os olhos. – Só quero ajudar... Tá vendo, se sou chato você reclama, se sou...

– Na gaveta. – Disse interrompendo-o, nada afim de começar uma briga.

– O que?

– O termômetro tá na gaveta, aí do lado da cama. Na primeira. – Depois disso virei de costas para ele, deitada, eu estava me sentindo muito fraca, quase fechando os olhos quando Pedro encosta em mim.

– Coloca debaixo do braço. – Fiz o que ele pediu, ainda que muito cansada. – Fala comigo enquanto dá cinco minutos.

– Me deixa dormir, por favor.

Por favor, Beatriz.

– Ai, que saco. – Disse e me sentei, perdendo totalmente o sono, mas ainda me sentindo fraca. – Sobre o que você quer falar?

– Sei lá... Acho que não temos muito assunto.

– É.

Cinco minutos se passaram, ele pediu para que eu tirasse o termômetro, entreguei a ele e imediatamente me deitei.

– Você tá com 39 graus de febre! Vem, levanta.

– Me deixa... – Respondi, sonolenta.


– Até doente você é irritante, vem, para de ser teimosa. Você tem que tomar remédio, se não vai piorar.

– E?

– E... Eu não quero te ver assim.

– Engraçado, Pedro.

– Levanta.

– Não.

– Ta bom então, você que sabe.

– Até que enfim... Boa noite. – Fechei os olhos, finalmente, iria dormir. Até que sinto braços debaixo das minhas pernas, e... Ele estava me levantando. – Me poe no chão! Pedro, meu Deus, me deixa em paz garoto, eu só quero dormir, é pedir muito? – Ele me pois no chão. – Obrigada. – Eu disse e virei de costas para ele, indo subir as escadas, mas então ele me puxou pelo braço, me fazendo ficar de frente pra ele.

– Eu já te trouxe até aqui, custa tomar um remédio?

– Vai me deixar dormir daí?

– Vou.

Abri a gaveta e peguei um paracetamol, tomei, e em seguida bebi um copo d'água.

– Doeu?

– Demais, minha garganta tá doendo e pra descer isso foi um sacrifício. Feliz?

– Não.

Eu caminhei até a sala e me deitei no sofá.

– Não vai dormir lá em cima?

– Não, vou ficar aqui vento TV. O sofá é bem mais confortável, aliás. – Menti. A verdade é que eu estava me sentindo muito fraca para subir as escadas de novo, mas não ia pedir que ele me carregasse, obviamente.

– Mas você não tá com frio mais?

– Não, acho que a febre já passou. – Menti outra vez, mas com certeza ele não acreditou, eu estava tremendo.

– Aham... Vem, eu te ajudo a subir.

– Não precisa, eu tô bem aqui.

– Para de ser teimosa, eu não mordo.

– Eu não sou teimosa.

Magina.

– Não sou mesmo.

– É sim.

– Não sou.

– Tá vendo? Para de teimar, vai, vamos, eu te carrego.

– Eu já disse que tô bem aqui, não preciso que você me carregue. Se quer tanto que eu suba, ok, eu subo. Mas não me carregue. – Eu disse e levantei do sofá, e fui em direção a escada, ele logo atrás de mim. Subi alguns degraus, mas estava me sentindo zonza. Segurei com força o corrimão, mas mesmo assim, meu corpo insistiu em ficar contra mim, e ia caindo para trás, até que Pedro me segurou. Em seguida, me pegou no colo. Dessa vez não teimei, apenas deixei, ele me colocou no colchão ao lado do dele e me cobriu, e logo fechei os olhos, caindo num sono profundo.

POV Pedro narrando:

De manhã, acordei com Beatriz dormindo em meu peito. Ela dormia como um anjo, e era a segunda noite que ia parar ali. Dessa vez, ela estava tremendo, então não hesitei em abraça-la. Logo ela parou, parecendo estar aquecida. Com um braço que estava sobrando puxei uma coberta pra cima de nós dois. E então, Laura acordou, e ameaçou gritar ao ver a cena. Eu coloquei um dedo em cima da boca, indicando para que ela ficasse quieta.

– Ela tá doente. – Sussurrei, com medo de acordá-la. Eu nem sei porque estava fazendo isso, ela estava doente mas ainda assim, não era nada minha. Não tinha obrigação nenhuma de cuidar dela, mas... Eu queria.

– Eu vou fazer um chá, e... Tomar umas aspirinas. – Ela sussurrou, e desceu da cama, tomando cuidado para não pisar me cima de Beatriz, mas pisou no meu pé. – Foi mal. – Disse e por fim, desceu as escadas.

Beatriz narrando novamente:

Acordei no dia seguinte e dei de cara com... Pedro. Que parecia estar distraído, e nem me viu abrindo os olhos. Seus braços me envolviam e estávamos cobertos com minha coberta cor-de-rosa.

– Pedro? – Sussurrei.

– Bom dia. – Ele me soltou, e pareceu envergonhado. – Tá melhor? – Eu apenas assenti, achando aquilo tudo muito estranho. Esse era o mesmo menino que a alguns dias atrás perguntou se eu estava chorando por ter quebrado uma unha, que disse que odiava tudo em mim? E hoje estava me abraçando e demonstrando preocupação? – Que bom. – Ele disse, dando um sorriso.

– É. – Eu disse e saí de cima dele, me levantando, em seguida ele levantou também, comecei a dobrar as cobertas. – Cadê a Laura?

– Tá lá embaixo...

– Hum...

Eu fui até o banheiro, levando um vestidinho azul claro e uma sapatilha, tomei banho, lavei o cabelo e escovei os dentes. Assim que terminei, coloquei a roupa e a sapatilha, e ao sair dei de cara com Pedro, sem camisa e uma escova de dente na mão.

– Que susto!

– E eu digo o mesmo. – Ele disse, rindo ironicamente. Que ótimo. O ruim e velho Pedro.



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