Forever & Ever escrita por soulsbee


Capítulo 21
Da perfeição a perdição


Notas iniciais do capítulo

Tudo bem, nao demorou muito quanto previ então fiquem felizes o/ kkk isso se chama falta do que fazer dentro de casa

Enfim, nao tenho muito o que falar, e milagres acontecem u.u mas é isso ai, bora ler porque o nome do capítulo já da um spoiler tenso do que vai acontecer hehehe parey pq aqui nao é o Malditas Mudanças, mas chegou MUITO perto, então, divirtam-se :P



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Seu beijo ficou mais intenso a cada segundo que se passava, era impossível resistir a ele e a sua pele macia ou até mesmo ao seu cheiro amadeirado. Ele sempre foi meu sonho, por muito tempo, mas acabei o perdendo e agora é a chance de recupera-lo.

Passei meus braços ao redor do seu pescoço com mais força puxando-o para mim e ficando um pouco na ponta dos pés nivelando nossas alturas enquanto ele me beijava com uma vontade voraz de satisfazer toda sua necessidade. Nossas línguas mantinham uma dança agressiva e sua mão passeava pelo meu corpo arriscando algumas vezes, adentrar minha camisa e então um choque passou pela minha espinha cativando a tê-lo mais para mim.

Mordi seu lábio inferior puxando-o para mim, ele soltou um leve gemido de dor e então me pressionou contra seu carro, o que antes era calmo, agora era apressado. Ele me colocou sentada no capo do carro e eu passei minhas pernas ao redor de sua cintura travando-o comigo.

Coloquei minha mão por dentro de sua camisa, sentindo sua barriga gélida e macia e percorrendo um caminho até suas costas onde o arranhei com força ao sentir seus lábios sugando meu pescoço e descendo até minha clavícula com algumas leves mordidas.

- Jared... – Sussurrei me afastando dele alguns centímetros. Ainda sentia sua respiração bater contra meu rosto e me fazer estremecer como antigamente. Não me importava com as consequências, mas não era a hora certa e precisava recobrar minha sanidade antes de me arrepender depois.

- Senti sua falta... – Sussurrou de volta encostando sua testa na minha.

- Eu não... – Ele me calou colocando seu indicador sobre os meus lábios, olhou-me no fundo dos olhos por um longo momento e disse:

- Eu te deixo pensar. – Assenti um sim com a cabeça o observei o céu estrelado acima de mim por minutos intermináveis.

Permanecemos em silencio todo o resto do tempo, apenas trocando alguns olhares de vez em quando dos quais, na maior parte das vezes, desviava, pois não sabia o que estava acontecendo. Era terrível sentir novamente aquela confusão dentro de mim, coração pulsando, respiração falhando, coragem indo embora, ele me desnorteando... Então iria lutar com todas as garras para manter qualquer romance longe da minha vida ainda mais tendo o passado que tivemos e tendo essas alucinações incessáveis, mas outro algo dentro de mim, que talvez eu tente negar, mas já se tornou evidente... Sinto sua falta Robert...

Desci do capo do carro e deitei-me no banco de trás esticando as pernas o máximo que pude antes de me enterrar no couro do estofamento e fechar os olhos. Era um pouco confortável, pelo menos para quem já estava acostumada com aquilo. Usei uma camisa de Jared para me cobrir e então relaxei tentando afastar todos os pensamentos e simplesmente dormir.

...

Estava tudo escuro, apenas para variar um pouquinho, mas não o lugar a minha volta e sim meus olhos, não enxergava nada, nem mesmo um vulto qualquer. Ouvi o barulho de milhares pessoas a minha volta, caminhando para seus destinos, seguindo o rumo de suas vidas, algumas apressadas devido aos seus passos rápidos, outras pacientemente comendo um cachorro quente ou qualquer outra coisa com um barulho parecido e até o gritinho histérico de algumas crianças se divertindo. Era relaxante, não parecia muito com nenhum dos meus últimos sonhos, entretanto, não deveria contar muito com isso.

- Hey – Senti alguém tocar meu ombro com uma leve pressão. Virei-me rapidamente para trás e me surpreendi ao notar “brilhando” no meio da escuridão, um jovem rapaz, alto de cabelos loiros desgrenhados vestindo uma varsity vermelha e branca e um jeans preto. Ele era muito familiar para mim, inclusive sua roupa.

- Já nos conhecemos? – Perguntei. Fitava profundamente o mar castanho e penetrante de seus olhos.

- Talvez. – Respondeu mantendo o mesmo olhar confuso que o meu – Acho que sim, mas não sei por que vim falar contigo – Coçou a cabeça bagunçando ainda mais seus cabelos.

- É tudo estranho – Murmurei baixo. – Sonhos. –Revirei os olhos. Tinha a sensação e certeza de tudo não passar de mais um sonho criado pela minha mente conturbada apenas para me deixar apavorada, como todas as outras vezes.

- Não é um sonho – Disse. Meus pés se moveram automaticamente para frente, a passarela de madeira rangia algumas vezes sob meus pés e uma brisa fresca batia contra meu rosto. – Abra os olhos – E, após dizer isso, uma forte luz invadiu meus olhos forçando-me a olhar para baixo e então, finalmente, revelar tudo a minha volta. A roda gigante a minha direita, uma escadaria ao seu lado levando para um píer, a ponte sobre a qual andei e alguns estandes de jogos onde se concentrava um grande numero de crianças. Sem contar, é claro, com a imensidão do oceano cercando aquela plataforma de madeira. – Cuidado para não olhar para o Sol – Advertiu com um sorriso. Era uma cena deslumbrante e um lugar tentador a se divertir sem parar.

- Quem é você? – Perguntei por fim ignorando minha vontade de ficar ali e correr para uma barraquinha para jogar.

- Pietro, eu acho... – murmurou.

- Como assim, você acha?

- Eu não sei, bati a cabeça com força, sei lá, nem sei como estou falando essas coisas ou andando involuntariamente, mas tanto faz, não importa, você sabe demais e não deveria, corre riscos, sérios riscos e isso nunca vai terminar – Jorrou todas essas palavras contra mim como um tsunami invade a terra firme. Foi difícil compreender tudo de uma vez, até elas se encaixarem e fazerem um pouco de sentido em minha mente. Sempre era difícil pensar em sonhos, mas ele disse que não era um, apesar de parecer... Tanto faz, isso é um sonho e o sonho esta tentando me enganar, simples assim, essa é a resposta.

- Sei demais sobre o que? Porque não pode terminar? – Depois de um tempo, sua fala caiu à ficha despertando tal curiosidade.

- Não posso explicar! – Disse na defensiva se afastando de mim.

- Por favor! – Insisti

- Não, é perigoso! – Gritou e saiu correndo no meio da multidão que se formou em nossa frente em um piscar de olhos. Corri atrás dele me esquivando de algumas pessoas vestindo ternos e carregando suas pastas e depois de algumas crianças, carrinhos de bebes e animais. Observei-o desaparecer aos poucos no emaranhado de executivos. “No meio da praia?”

- Pietro! – Gritei seu nome milhares de vezes enquanto ele sumia. Corri ainda mais rápido e empurrando as pessoas a minha frente até ficar parada em uma barreira feita por todos eles. Seus olhares em desaprovação me encaravam, parecia o do meu pai quando eu fazia algo de errado.

Tentei caminhar para os lados, mas estava ficando presa em um circulo cerrado de pessoas dando alguns passos em minha direção não me dando nenhuma outra saída. Passei por debaixo de um deles, ao perceber uma brecha, e então notei Pietro sentado em uma cadeira sob um guarda-sol enorme tomando um copo de água gelada. Marchei até sua direção, deixando todos aqueles homens para trás, ainda me encarando antes de retomar suas vidas rotineiras e seguir seus determinados caminhos, como atores seguem um roteiro.

- Porque você fez aquilo? – Bati na mesa com força e o fitei furiosa.

- Você que fez – Disse indiferente dando um gole em seu copo.

- Como?! – Estava ficando ainda mais nervosa.

- Já se sentiu presa em alguma coisa? – observou o mar a sua frente perdido em uma lembrança distante.

- Sim.

- Está ai sua resposta.

- EU NÃO VI RESPOSTA NENHUMA! – Gritei decepcionada. Enterrei meu corpo na cadeira vazia a minha frente bufando.

- Você não vê, apenas percebe. – Manteve o mesmo olhar distante por longos instantes, talvez até minutos, não sei, não tinha muita noção do tempo ali dentro, pois tudo se movia dentro de um tempo parado como se estivéssemos nos movendo em velocidades diferentes. – Eu tenho o sonho de me salvar pessoas... – Suspirou profundamente entrando em um assunto completamente diferente. – Ver suas famílias felizes... Ser útil ao menos uma vez... – Brincou com as gotas de agua que escorriam pelo seu copo.

- Você pode – Tentei ser gentil, mas não consegui esconder um tom de raiva em minha voz.

- Não posso, porque tudo acaba hoje. – Seus olhos se tornaram mais escuros, chegando próximo do preto, e suas orbitas se focaram ao longe, atrás de mim.

Olhei na mesma direção, não via nada incomum, até uma multidão de pessoas sair correndo para frente aos gritos. Algumas caíram no meio do caminho e sangraram sem fim, seus membros estavam sendo arrancados por uma espécie de lamina e sendo jogados metros à frente. Subi o olhar encarando um homem de meio rosto deformado como se tivesse sofrido uma grave queimadura e a outra metade cheia de cortes profundos e cicatrizes abertas. Ele ostentava um sorriso prazeroso ao ver os corpos aos pedaços.

- PRECISAMOS FAZER ALGUMA COISA! – Gritei trazendo-o de volta a mesa onde estávamos.

- Venha comigo – Ele se levantou em um simples e rápido passo e puxou-me pelo braço arrastando-me na direção daquele assassino. – Precisamos salvar a única pessoa que pode te explicar tudo! – Dizia rapidamente. Estávamos a poucos metros daquela atrocidade e pude ver, com mais clareza, diversos humanos cortados em micro pedaços e o cheiro horrível da carnificina me fez enjoar. Era sangue, misturado com o osso e algumas tripas, tudo junto e misturado.

- Cadê ela? – Sua voz, terrivelmente grave e assustadora gritava enquanto serrava uma pessoa ao meio.

- SOCORRO! – Ouvi uma garota morena de cabelos castanhos e cacheados gritando ao longe. Ela corria na nossa direção tropeçando em alguns pedaços de membros e órgãos até cair de joelhos no chão. Suas lagrimas aumentaram ainda mais ao ver aquele monstro se aproximando dela com uma espécie de lamina motorizada na mão. “Lamina motorizada? Que porra é essa?”

- Você terá que passar por cima de mim antes de acabar com ela! – Gritou Pietro se pondo em sua frente. Foi inumada a velocidade com a qual ele se moveu do meu lado até a garota.

- Não será muito difícil! – O homem deixou aquela lamina na frente do rosto de Pietro e passou lentamente rasgando aos milhares de pedaço a pele de seu rosto e abrindo seu crânio ao meio e deixar as partes caírem separadas no chão. A garota gritou ainda mais alto ao sentir o sangue dele respingar em si e eu me controlava para não vomita. O cheiro se comparava ao de alguém sendo cremado. Era horrível.

- SALVA ELA! – Ouvi alguém gritar ao meu lado de uma maneira estridente. Levantei-me em um só pulo desesperada e sentindo minhas mãos tremerem incontrolavelmente enquanto meu coração pulsava feito um louco dentro do meu peito. Minha respiração estava muito falha e, por um momento, pensei sentir um gosto de sangue na minha boca.

- QUEM? – Gritei no mesmo tom, mas rouca por ter acordado há poucos segundos. Ainda mantinha uma expressão de medo na face, provocando risadas em Jared.

- A garota aqui do jogo. Desculpe-me se te acordei – Voltou a se focar no PSP a sua frente reclamando mais baixo.

Recostei a cabeça no banco, já sentada ao invés de deitada, e encarei o teto cinza sobre a minha cabeça imersa nos meus pensamentos e recordando involuntariamente aquele sonho pavoroso. Como odiava sentir aquelas coisas voltando à tona e essas charadas insolucionáveis, como peças de um quebra cabeça mental onde tenho pouco tempo para resolver.

Tentei recordar a face daquele garoto do meu sonho, tentar recordar de onde o conhecia, mas eu possuía apenas uma mera lembrança distante das características de todos, entretanto, a forma como eles morreram estavam marcadas em minha memoria e levaria muito tempo para sair, pois me lembrou daquela maldita floresta.

Senti o celular no meu bolso vibrar algumas vezes, tirando-me das memorias e trazendo-me de volta para o mundo terrestre. Tateei todos os bolsos até, finalmente, acertar e pegar o objeto. Robert estava ligando para mim, alias, não era de agora e sim de algumas horas atrás. Existiam umas cinquenta ligações dele, no mínimo e várias mensagens na caixa de entrada perguntando onde eu estava e dizendo que ele iria matar o Jared se algo de ruim acontecesse comigo.

- Oi? – Disse ao decidir atende-lo, mas sem querer dar explicação alguma sobre o que aconteceu.

- OI? OI? VOCÊ DESAPARECEU Há HORAS COM UM MANIACO E ISSO É O MINIMO QUE VOCÊ ME DIZ? – Gritava do outro lado da linha. Afastei o celular de meu ouvido e ainda assim pude ouvi-lo perfeitamente bem. – EU JÁ IA MANDAR O ESTADO ATRAS DE VOCÊ! – continuava sem para.

- Estou bem... – Murmurei - Eu só não aguentava mais ficar presa lá dentro. – Fui sincera.

- EU SEI, MAS... – Suspirou profundamente – Fiquei preocupado e não dormi... – abaixou o tom da voz gradativamente até ela obter um tom suave – Você é importante para mim, se esqueceu? – Perguntou em um tom meio manhoso. Senti a pulseira escorregar pelo meu braço e não controlei um sorriso ao me lembrar daquele dia.

- Desculpa... – Pedi.

- Desculpa bah, desculpa – Resmungou Jared do banco do motorista.

- Idiota. ­Robert reclamou do outro lado da linha.

- Eu posso te ouvir como se estivesse no viva voz – Jared provocou

- Então você poderia ir tomar no...

- CALA A BOCA AS DUAS CRIANÇAS! – Interrompi-os com um grito desafinado.

- Você ainda terá que escolher um de nós... Eu aposto – Jared disse em um tom baixo o suficiente apenas para nos dois do carro ouvirmos.

- Espero que não... – Sussurrei apenas para mim e abaixei o volume do celular. – Mais tarde estarei de volta...

- Volta agora. – Ordenou – Por favor... – Amaciou o tom, pois sabia que eu não seguia ordens de ninguém.

- Mais tarde – Fui firme. Não conseguia controlar meu tom de voz quando alguém agia de maneira que eu não gostava, na verdade, era meio involuntário algumas respostas e isso já me trouxe sérios problemas com meus pais.

- Tudo bem... – Concordou depois de algum tempo. – Não demore...

- Relaxa... Tchau... – Desliguei o celular e guardei-o no mesmo bolso. Fiquei um tempo estática sentindo minha mente indo para outro mundo até Jared a intercepta-la falando:

- Antes de voltar, porque sei que você vai me pedir isso, vamos comer qualquer coisa em qualquer lugar longe daqui e deles.

- Tá – Respondi com um sorriso no rosto.

Ele virou as chaves no contato dando ré no carro e dirigindo para um caminho oposto pelo qual entramos e indo em mata fechada cuidadosamente para não bater em nada. Aquela escuridão, devido o Sol não poder passar pelas copas, era tenebroso e ainda mais algumas sombras que apareceram por ali na forma de cães selvagens. Queria sair dali o quanto antes, entretanto, ao notar algumas raízes grossas e um campo aberto no meio de uma mata fechada, tive um déjà vu do nosso acampamento e foi impossível não focar meus olhos ainda mais lá.

- Para o carro. – pedi a Jared, entretanto ele apenas aumentou a velocidade – PARA O CARRO! – Gritei tentando faze-lo parar, mas ele apenas olhava fixamente para frente.

- Aqui é perigoso demais. – Tentou ser indiferente.

- Por quê? – semicerrei o olhar.

- Animais selvagens – Deu de ombro

- Uhum... – Cruzei os braços ainda encarando a paisagem morta ao meu lado esquerdo.

- Escuta aqui, você tem que parar de meter o nariz onde não deve para não se machucar ainda mais, assim como você fez lá na arvore na casa dele – Disse enojado e em um tom de ameaça, entretanto, despertou ainda mais a minha curiosidade pelo simples fato de:

- Como você sabia o que aconteceu se eu não te contei nada?


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Notas finais do capítulo

Pensaram que ia ter mais ne? A Hayley não é safadinha igual a Kristen ( que ja ficou na vontade pakas por culpa da Taylor)
As paranoias dela, senti falta também, e deem graça pelo pesadelo que tive a alguns dias que deu origem a essa coisa tensa e a uma possivel mudança de planos no rumo da história e, só pra terminar, voltou aquele suspense do Jared?

Coments? ♥

Até daqui umas duas semanas se tudo der certo ou até menos y.y



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