Between Heaven And Hell escrita por Ariany


Capítulo 10
Capítulo 8 - Reações.




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POV Elena

– O que você quer agora, Rebekah? – respondi exasperada.

– Quero que você fique longe do meu namorado. – respondeu à loira, com petulância.

– Olha minha querida, Matt antes de ser seu namorado, era meu amigo. Então, eu só vou me afastar dele se ele me pedir - coisa que eu duvido muito, por sinal – e não porque você está supostamente querendo me intimidar.

– Não tenha duvida, Gilbert; ele vai se afastar de você.

Olhei para Matt que nos observava com uma expressão cansada. Era notável como ele já não aguentava mais aquele mesmo drama de sempre.

– Que seja, mas agora eu preciso conversar com ele, se você nos der licença. – Disse virando as costas para Rebekah e puxando Matt pela mão.

– Deixe meu namorado em paz. – Rebekah deu um tapa na minha mão, fazendo soltar a de Matt.

– Quem você pensa que é garota? Largue de ser infantil, pois se eu quisesse roubar seu namorado de você, eu não precisaria fazer muito esforço para conquista-lo. – Falei sibilando.

– Você é uma puta, Elena Gilbert. – Ela respondeu em voz alta.

As pessoas que estavam passando por nós pararam para ver a nossa discussão e todos prenderam a respiração quando Rebekah me insultou. Aproximei-me dela com um sorriso sarcástico no rosto.

– Claro, eu aprendi observando a melhor puta que já passou por essa faculdade.

Todos soltaram um “vixi” coletivo, enquanto Rebekah escancarava a boca surpresa por minha resposta.

– Escute aqui, sua... – Ela veio para cima de mim com a mão erguida, como se fosse me bater.

– Escute aqui você, Rebekah. – Matt se enfiou no meio de nós duas nos apartando. – Eu estou cheio desses seus chiliques sem necessidade. Elena é minha amiga e eu não vou perdê-la por infantilidade sua. – Ele a encarava com raiva. – Depois conversamos.

Matt pegou minha mão enquanto se virava para ir embora.

– Matt, volte aqui agora. A gente precisa conversar. Matt! – Rebekah se esgoelava atrás de nós.

Matt parou e devagar virou de volta para ela.

– Eu já disse que depois conversamos.

E virando novamente, saiu comigo, Bonnie e Caroline, daquele circulo tenso que havia se formado ali.

– Olhe quem está de volta! Matt Donovan voltou a ser um dos nossos! – Bonnie dizia enquanto ria e batia nas costas de Matt. – Senti sua falta, loiro!

– Eu nunca deixei de ser ‘um’ de vocês, morena. – Ele agarrava Bonnie em um abraço, seguido de um beliscão.

Eu ria dos dois que pareciam duas crianças se estapeando no meio da rua. Finalmente minha turma de amigos estava de volta e agora com um novo membro, Caroline.

– Hey Caroline, quer ir para minha casa assistir um filme com a gente? – Perguntei a Caroline que se mantinha calada, porém rindo.

– É Car, vamos! Vai ser divertido! – Falou Bonnie que tinha voltado ao nosso lado novamente. – Vamos garota!

– Eu não sei, eu tenho que falar com meu primo. – Caroline respondeu.

– Ligue para ele lá da casa de Elena, garanto que ele não vai discordar. – Matt disse piscando para ela.

Matt Donovan estava flertando com Caroline Forbes? Bem, era definitivamente preferível ela, do que Rebekah...

– Ok, ok. Eu vou. – Caroline revirou os olhos sorrindo.

***



Quando chegamos em casa, Matt pegou meu carro e foi na locadora pegar um filme para nós, enquanto Caroline ligava para o primo dela.



– Hey Stef, eu não vou almoçar em casa hoje. O quê? – Caroline fez uma careta enquanto ouvia a pessoa do outro lado do celular. – Não, não. Não tenho novidades sobre isso. Sim, eu vou almoçar na casa de uma amiga que eu fiz na faculdade. Você vai ter paciente essa tarde? Ok, então. Te vejo mais tarde. Beijo.

Espere, ela tinha tido ‘Stef’ e ‘pacientes’? Não era possível. Seria coincidência de mais, não seria?

– Hey Car, como se chama seu primo? – Perguntei tentando não deixar evidente a euforia dos meus pensamentos.

– Stefan. Stefan Salvatore. Eu tenho Salvatore no nome também, mas prefiro não usar. – Ela respondeu.

– Não acredito. – Bonnie que vinha da cozinha, se enfiou na conversa. – Seu primo é o deus do Doutor Stefan Salvatore?

– Sim. – Caroline respondeu olhando de Bonnie para mim com a expressão confusa. – Vocês o conhecem?

Assenti com a cabeça.

– Stefan é o novo psicólogo de Elena! – Bonnie sorriu abertamente. – Que mundo pequeno, não?

– Não tinha nenhum filme de terror decente na locadora, então trouxe uma comédia romântica e um de ação. – Matt que tinha voltado, olhou para nós três. – Do que vocês estão falando?

– De uma coincidência estranha. – Ri sem graça, abaixando a cabeça.

Um celular começou a tocar na sala, interrompendo o breve silêncio que havia se formado. Era o de Caroline.

– O que houve Stefan? – Caroline falava com Stefan de novo. Minha nuca se arrepiava só de pensar naquele rosto e naquela voz. – Não, eu estou sem chave. Ok. Oh, você não vai acreditar em quem é minha nova amiga. Dica: você a conhece. – Ela riu enquanto escutava a resposta do outro lado. – Não, não é ela. É Elena Gilbert, eu estou na casa dela agora. – Ela riu novamente. – Ok, vou te aguardar então. – Caroline desligou o celular.

– Elena, tudo bem se Stefan passar aqui para deixar a chave de casa comigo? Eu acabei esquecendo a minha hoje de manhã.

Stefan vir aqui novamente? Uma pequena crise de pânico ameaçava começar dentro de mim, enquanto Bonnie me lançava um olhar conspirador.

– Cl-claro. Sem problemas. – Soltei um sorriso torto.

– Péra, péra. Quem é Stefan? – Matt perguntou olhando para Caroline.

– É o meu primo com quem eu moro, e aparentemente o psicólogo de Elena. – Ela respondeu sorrindo mostrando seus belos dentes perfeitamente brancos.

– Bem, então eu vou colocar mais pipoca no microondas. Quem sabe ele resolve ver o filme conosco? – Bonnie disse.

– Boa ideia, ele anda precisando se divertir. – Caroline respondeu dando o braço a Bonnie e indo em direção a cozinha.

Minha mente trabalhava rapidamente. Eu iria vê-lo novamente depois daquela conversa em que tivemos. Como ele me trataria agora? Como seria tudo a partir daquela conversa? Sentei-me no sofá enquanto uma vertigem me atingia.

– Hei, está tudo bem com você? – Matt se sentou ao meu lado segurando minha mão. – Você ficou pálida de repente.

– Está sim, Matt. Só foi uma tontura de leve. – Disse olhando para seus olhos azuis e lembrando que precisávamos conversar. Talvez aquilo me distraísse do assunto “Stefan”. – Nós precisamos conversar, venha. Peguei sua mão levando ele para a outra sala, sentando na escada.

– Elena, eu sei que eu fui um idiota esses últimos tempos, e ter permitido que Rebekah te tratasse daquele jeito aquele dia... Eu não podia ter permitido aquilo. Me perdoe? Eu sei que não vamos ser namorados de novo, mas sua amizade é muito importante para mim.

Matt me olhava com uma expressão de “cachorrinho abandonado”. Era impossível resistir a ele enquanto me olhava daquele jeito.

– Claro que te perdoou, Matt! – Disse jogando meus braços em torno do seu pescoço e o puxando para um abraço e encostando a cabeça em seu ombro. – Aliás, sou quem devo pedir desculpas. Mesmo com minha vida tendo se tornado o inferno que virou, eu não podia lhe virar as costas. Eu fui uma sem noção com você, então vamos deixar isso de lado, ok? – Levantei o rosto para olha-lo novamente e lhe estendendo o dedo mínimo. – Amigos novamente?

Um belo sorriso que enrugava o canto dos seus olhos estampou-se em seu rosto, enquanto ele cruzava o dedo mínimo no meu, repetindo o nosso gesto de criança.

– Amigos novamente. – Ele confirmou me puxando para outro abraço.

Enquanto ainda conversávamos na escada, a campainha tocou e Bonnie foi atender.

– Elena, olhe quem está aqui!

Levantei-me com cuidado e fui em direção à sala de entrada.

Era ele.

– Olá Senhorita Gilbert, como vamos? – Stefan estava com uma roupa de dia-a-dia na minha sala e com um belo sorriso no rosto. Ele era perfeito de qualquer jeito.

– Doutor Salvatore! – Respondi sorrindo abertamente – Eu vou bem, e o senhor? Conheci sua prima hoje, a..

– Hei Stefan, cadê as chaves? – Caroline que vinha da cozinha, nos interrompeu.

– A Caroline. – Terminei minha frase rindo e apontando para ela.

– Ora, ora! Então vocês já são amigas? – Stefan olhou de mim para Caroline enquanto ria.

– Destino, não? – Bonnie que estava escorada na porta, perguntou.

– Com certeza! – Caroline respondeu.

Revirei os olhos para eles e vi Matt, que observava nossa conversa calado.

– Stefan, esse é um dos meus melhores amigos, Matt Donovan. Matt, esse é meu psicólogo, também meu amigo e primo da Caroline, Stefan Salvatore. – Fiz as apresentações.

– E ai Stefan, prazer. – Matt estendeu a mão com um sorriso simpático para Stefan.

– Prazer é meu, Matt. – Respondeu Stefan retribuindo o gesto e sorrindo também.

Stefan poderia ser um bom amigo para Matt e vice e versa...

– Stefan, você tem algum compromisso para hoje à tarde? Quer se juntar a nós e assistir um filme? – Bonnie perguntou me tirando de meus devaneios.

– Olhem que sorte a de vocês, eu não tenho nenhum paciente para hoje à tarde, então terão o prazer de minha companhia. – Stefan respondeu brincando e fazendo todos rirem.

– Cuidado Stefan, ninguém gosta de metidos. – O adverti e rimos novamente.

Fomos todos para sala para podermos começar o filme, quando Matt que estava voltando da cozinha fazendo careta, falou:

– Elena, você não tem sorvete e nem refrigerante aqui.

– Verdade. Com esse negócio do hospital, eu nem fiz compras ainda, Matt. – Disse meio constrangida.

– Deixem que eu vou no supermercado e compro. – Stefan se prontificou. – Não vai custar nada, já que entrei como penetra na história. – Ele falava enquanto pegava a chave do seu carro e se levantava.

– Eu vou com você. – Respondi de imediato. – Preciso comprar alguns itens de urgência que estão faltando aqui, para mim e Bonnie.

Ele assentiu enquanto aguardava eu pegar minha carteira.

Realmente eu precisava comprar algumas coisas para minha casa, mas o intuito de me disponibilizar a sair com Stefan, era aproveitar a oportunidade de ficar sozinho com ele para terminarmos o assunto do outro dia. Eu não aguentava mais ficar naquela insegurança.

O supermercado ficava a 4 quadras de minha casa e como o estacionamento estava cheio, Stefan resolveu parar uma rua antes. Ele não falou o caminho todo, só quando insistiu em pagar as compras. Ao chegamos ao carro, enquanto ele colocava as compras no porta-malas, eu tomei coragem. Se não fosse naquele momento, não seria em outro. Era agora. Assim que ele fechou o porta malas, eu segurei em sua mão, chamando sua atenção e comecei a falar:

– Stefan, precisamos terminar aquele assunto.

Ele olhou minha mão segurando a dele e em seguida olhou para mim. Sua expressão era engraçada; um misto de surpresa e agonia. Ignorando isso, eu continuei.

– Escute, aquele dia você saiu as pressas e não pudemos terminar nossa conversa. – Olhei nossas mãos soltando um pesado suspiro. – Eu queria saber o que você sente, se temos algum futuro e...

– Elena, eu não posso. – Stefan me interrompeu.

Sua voz era um sussurro, mas que me dilacerava como milhares de navalhas afiadas.

Ele não me queria. Ele não sentia nada por mim.

Um silêncio constrangedor se instalou entre nós e quando eu ia soltar sua mão, ele apertou a minha de leve. As lágrimas já ardiam em meus olhos enquanto eu levantava o rosto para olha-lo.

– Por quê? – Perguntei baixinho.

– Por que o que eu sou, impede que a gente fique juntos. – Stefan sussurrava. – Várias coisas impedem o nosso relacionamento, Elena.

Ele tinha a expressão desolada e seus olhos estavam tristes e agoniados, como se fosse chorar também e me fazendo lembrar as tais supostas vezes em que eu já o tinha visto.

O que impedia ele? Por que não podíamos ficar juntos? Eu não o compreendia.

– Como assim, Stefan? – Minha voz saiu embargada, enquanto lágrimas teimosas começavam a cair de meus olhos.

Stefan estendeu a mão para o meu rosto limpando as lágrimas e eu automaticamente inclinei minha cabeça para ela. Ele me fitava em silêncio.

Olhos verdes tristes e sem esperança, em olhos castanhos tristes.

– Porque eu simplesmente não posso.

Enfim ele respondeu, soltando a minha mão e abaixando a sua do meu rosto, virando de costas para mim.

Aquilo não era uma resposta e eu não ia me dar por vencida.

– Não Stefan, você pode sim.

Respondi puxando seu braço, fazendo com que ele virasse novamente e em um ato desesperado e corajoso, joguei meus braços entorno de seu pescoço o puxando para mim, finalmente encontrando sua boca com a minha.

Stefan soltou um suspiro surpreso por minha atitude, apresentando certa resistência no inicio, porém quando eu me aproximei mais dele e meus lábios se tornaram mais exigentes contra os seus, ele se rendeu com um gemido baixo, me puxando cuidadosamente pela cintura, se entregando àquele beijo e tornando-o mais urgente.

Stefan havia se entregado e a partir daquele momento ele havia se tornado meu.


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