Linha Tênue escrita por Anne Laurentino


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Oi meninas! Ai esta mais um capítulo pra vocês. Espero que gostem e obrigada pelos comentários. Beijos!



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 “Um sonho sonhado sozinho é um sonho. Um sonho sonhado junto é realidade.” – Raul Seixas.

O dia havia chegado e elas estava linda. E que inferno! Pra que tão linda? Juliana estava se arrumando no seu apartamento e tinha ido no apartamento de Fatinha para ver se estava tudo certo com a amiga, e lhe trouxera uma foto da mesma já com o vestido de noiva posto. Juliana também estava linda, seria uma das madrinhas e faria casal com Gil, seu vestido era azul turquesa de um lado só, longo com uma leva abertura nas costas. Gil também estava lá e vestia um terno simples preto de costura Argentina, estava lindo com gel no cabelo enquanto Ju estava com os cabelos presos em um coque. 

- Bruno, tu jura que vai ficar aí sentado olhando pra nossa cara? – Juliana perguntou exausta. Estava cansada de mandar o irmão ir se arrumar. – Vai se arrumar droga, daqui a pouco vamos estar atrasados. E se eu me atrasar por sua causa, não queira nem saber o que vou fazer contigo! Levanta anda! – Exclamou e tacou uma almofada nele, que estava sentado ao pé da cama ainda de pijama vendo a irmã se maquiar.

- Eu já falei um milhão de vezes que Eu. Não. Quero. Ir. Nesse. Casamento. – falou pausadamente. E Juliana bufou com raiva.

- Bruno, para de fazer o burro e entende. Você aceitou ser padrinho nesse casamento, se aceitou vai ter que ir.

- Ah Juliana, se eu não for ninguém vai sentir falta. Eles arrumam outro cara lá. – Ele deu de ombros. E a irmã resolveu ignorar de vez.

- Olha Bruno, faz o que você quiser, só não me estressa! – Juliana terminou de se maquiar e saiu do quarto.

Bruno continuou sentado feito um pastel de pijama. Um tempinho depois, Juliana voltou ao quarto pra avisar que já estava indo. E ele continuou ali...

...

Já na igreja... A decoração estava linda, cheia de rosas brancas. Copos de leite. E estava lotada, familiares de Fatinha, familiares de Arthur. Amigos de ambos, tudo perfeito. O noivo estava quase saltitante pronto para entrar na igreja, Arthur estava um espetáculo de noivo, além de toda a simpatia e beleza, ele estava com os olhos brilhando de felicidade! A hora de sua entrada chegou juntamente com a hora de entrada dos padrinhos, e o caos havia se instalado.

- Como assim o Bruno não vem, Juliana? – Lia perguntou quase gritando.

- Shiu! Fala baixo, mulher! – Juliana sussurrou – é ele não vem, disse que não queria vir e não veio. – Juliana falou baixo.

- Ah! Ótimo, e agora com quem eu vou entrar na igreja, cara?

- Isso eu ainda não sei, mais calma. Vamos achar um padrinho pra entrar com você. – Juliana falou enquanto revirava os olhos, porque Bruno tinha que complicar tudo?

- Acorda mulher! Os padrinhos do noivo já estão entrando, não vai dar tempo! Eu vou matar o seu irmão. – Lia sorriu diabólica e Gil gargalhou assim como Juliana.

- São vocês, entrem! – a cerimonialista chegou perto deles e chamou Ju e Gil.

- Já? – Juliana perguntou nervosa. E a mulher apenas assentiu e os empurrou de leve. – até já amiga! – Ju disse a Lia que permaneceu parada, com raiva de Bruno. Juliana e Gil entraram na igreja.

- Cara, eu vou te matar Bruno! Vou te matar, seu covarde infeliz. Não sou mais sua amiga! – Lia começou a falar sozinha enquanto via os outros casais de padrinhos entrarem na igreja e logo seria a vez dela.

- Não precisa me matar e nem me xingar! Eu estou aqui! – Bruno chegou de mansinho todo arrumado, lindo de morrer com um terno cinza escuro que parecia ser Italiano, a gravata era prata e os sapatos pretos.

- Eu vou te matar! – Lia deu uma bolsada nele e sorriu – mais não agora, porque temos que entrar! Coloca o sorriso mais bonito e falso que você tiver nesse rostinho de neném e vamos. – Lia brincou e deu o braço a ele. Ela também estava muito bonita com um vestido prata de alças final e corte reto. Prata para combinar com a gravata do padrinho né? Eles entraram e Ju deu um enorme sorriso de alivio. Todos os padrinhos, pais do noivo, mãe da noiva e noivo entraram.

E Bruno estava estranhamente calado. Lia o cutucava para falar mal dos outros e ele nada, ela já estava estranhando.

- Bruno o que houve? – Lia perguntou aos sussurros.

- Que foi mulher, me deixa quieto!

- Por acaso, você não está pensando em fazer nenhuma merda não né?

- Não! Me deixa, eu nem queria ter vindo. – Bruno falou e quando terminou pode ouvir o começo da marcha nupcial.

Fatinha entrou na igreja de braços dados com seu pai. E como estava linda, seu vestido era tomara-que-caia e descia moldando um corpete até a cintura, lá começava uma saia um pouco rodada toda em cristais. Seus cabelos estavam soltos e neles havia uma tiara também em cristais. Nas mãos sobressaíam um buque de rosas brancas e amarelas, linda. De causar inveja! Assim que ela chegou ao altar seu pai lhe deu um beijo na testa e lhe entrou para Arthur no momento que Bruno instintivamente fechou os olhos. Caramba, como estava sendo difícil pra ele estar ali presenciando aquela cena do padre dando a benção, lhe passando o juramento, rezando o pai nosso com toda a igreja – menos com ele – porque que Deus o perdoasse novamente, pra merda tudo aquilo. Ele nem queria estar ali. Se manteve de olhos fechados a maior parte do tempo, e a hora do sim e do desespero dele havia chegado.

- Arthur Coimbra, você aceita Maria de Fátima dos Prazeres, como sua legitima esposa. Para ama-la e respeita-la até que a morte os separe?

- Sim! – Arthur respondeu todo sorridente.

- Maria de Fátima dos Prazeres, você aceita Arthur Coimbra, como seu legitimo esposo. Para ama-lo e respeita-lo até que a morte os separe? – Nessa hora Bruno sentiu seu coração comprimir num grau que parecia que todas as dores do mundo estavam nele. E os seus olhos que se mantiveram fechados por toda a cerimônia se abriram tão rapidamente e a encararam. Ele estava de mãos dadas com Lia, e a amiga pareceu entender o que se passava pela cabeça, e pelo coração dele, ela apertou a sua mão forte. Como se tivesse lhe passando força. Fatinha olhou pra ele no mesmo momento em que ele sustentava o olhar em cima dela. E ele petrificou, aquele sorriso dela era pra ser dele, quem tinha que estar naquele altar com ela era ele, e mais do que nunca quem tinha que estar prestes a receber aquele sim, era ele!

- Maria? Você aceita ou não Arthur como seu esposo, minha jovem? – O Padre voltou a perguntar devido à demora da resposta. – Fatinha sorriu sem graça e voltou a olhar para o padre.

- Aceito! – Fatinha respondeu. E alguém ali, por favor, poderia acudir o Bruno? Enquanto os noivos comemoravam, trocavam as alianças, se beijavam e sorriam felizes. Ele estava triste, desolado, paralisado. Então ela foi capaz de dizer sim, mesmo com o olhar de suplica que ele lhe dedicou segundos antes dela responder com uma afirmação aquele despautério.

- Eu vos declaro, marido e mulher!  Pode beijar a noiva. – o Padre vociferou e Lia apertou mais forte a mão do amigo.

Os noivos fizeram como o padre mandou e se beijaram, apaixonadamente? Não sei. Mas, pareciam felizes e tinham que estar eles estavam se casando. Eles foram saindo, enquanto tocava “ave-maria”. Do lado de fora, alguns convidados lhes jogavam arroz, era sorte e eles iriam precisar. Oh se iam... Os pombinhos, foram para o salão que ficava no mesmo espaço da igreja e começaram a receber os convidados... primeiro os parentes, logo depois os amigos.

- Fatinha! Parabéns doutora! – Fera parabenizou-a e abraçou-a.

- Obrigada, senhor Massafera! – Ela sorriu. – Não pense que agora que estou casada vou deixar de competir com você no vira-vira, hein?! – zombou e sorriu junto com o amigo.

- Sempre! – Fera riu e cumprimentou Arthur – parabéns cara! Cuide dessa doutora pé de cana. – ambos riam.

- Pode deixar comigo! – Arthur se bagou e Fera saiu.

- Fat, meus parabéns. Felicidades aos noivos! – Rita os cumprimentou com dois beijos no rosto e saiu.

- Mulher! Que vestido lindo, quase chorei o casamento foi lindo afilhada! – Juliana chegou para cumprimenta-la de mãos dadas a Gil. E abraço-a. – Meu irmão, pediu pra te desejar felicidades, mais disse que não vai vir, ok? – Ju sussurrou ainda abraçada a amiga.

- Obrigada, Ju! – Fatinha agradeceu emocionada. E voltou a abraçar a amiga. – Como assim ele não vem, Ju? Ele nem falou comigo, por que? – Fatinha falou baixo só para a amiga ouvir. E saiu do abraço. Juliana fez uma cara pra ela como se fosse obvio o motivo do irmão não querer ir.

- Amiga, você está linda! Muitas felicidades. – Foi a vez de Gil cumprimentar a noiva.

- Obrigada, padrinho! – eles sorriam e se abraçaram.

- Fiquem a vontade, pessoal. A festa é pra vocês! – Arthur tomou a palavra sorridente.

Eles ficaram ali a porta do salão recebendo as felicitações dos convidados, Fatinha já estava cansada queria curtir a sua festa, tirar aquele vestido, dançar seu funk. E procurar Juliana para saber direito cadê Bruno. Lia vinha chegando já sem o vestido longo da cerimonia, sem os saltos altos. Havia posto um vestido um pouco acima do joelho e uma rasteira. Fatinha sorriu pedindo licença para Arthur e foi ao encontro da amiga.

- Lia! Que história e essa que o Bruno não vem? – Fatinha perguntou abraçando a amiga e puxando-a para um canto do salão.

- Nossa! Parabéns pelo casamento, viu? – Lia riu e sentou numa mesa afastada junto com a amiga. – você não deveria estar recebendo seus convidados?

- Estou cansada de ficar em pé! – deu de ombros – E não muda de assunto, me conta. O Bruno foi pra casa mesmo? – perguntou em um muxoxo.

- Foi! Bom, pra começar ele nem vinha. A Ju saiu do apartamento dele com o Gil e ele ainda estava de pijama, e eu já estava xingando ele até a décima geração quando o filho da mãe apareceu na porta da igreja bem na hora da nossa entrada. Fat, eu sei que prometi não me meter mais na sua vida, mas, cara como o coitado sofreu o casamento todo. Calado claro! Mas, sofreu ficou a maior parte da missa com os olhos fechados, e na hora do “sim” eu achei que ele fosse fazer uma besteira. – Lia explicou tudo e viu a cara da amiga. – tinha que ter feito alguma coisa, foi um covarde. Queria ver o casamento pegar fogo! – Lia falou animada e sorridente, e recebeu um olhar de reprovação da amiga. – Está bem, já calei a minha boca. Deixa eu ir lá sentar com a galera, o Vitor deve estar me procurando. – Deu um beijo no rosto da amiga, e foi se juntar ao resto da galera.

- Está cansada, amor? – Arthur veio até ela e a abraçou.

- Ah! Estou um pouco. – sorriu – você está lindo! – ela levantou e se pendurou no pescoço dele e cheirou a sua pele.

- E você maravilhosa! – devolveu o cheiro foram para o centro do salão onde os fotógrafos os pararam pra tirarem as tais fotos para o álbum de casamento.

Fotos, dança dos noivos, mais fotos agora com os padrinhos, com os pais, com os amigos. Fatinha já estava exausta.

- Arthur, eu vou jogar o buquê, vamos cortar o bolo e vamos pra casa tá? Não quero mais saber de festa, estou cansada! – Fatinha afirmou ao agora esposo.

- Mais nós nem aproveitamos a festa, amor! – Ele fez um cara descontente e ela bufou.

- Por favor, Arthur eu estou realmente cansada. Vamos aproveitar para descansar esses dois dias que teremos, porque segunda eu já tenho que trabalhar.

- Está bem. Como você quiser! – Respondeu a contragosto.

Fatinha foi para a área descampada do salão e chamou as mulheres solteiras para pegarem o buquê.

- Vamos mulherada! Eu vou jogar o buquê! – Nessa hora foi um alvoroço só. Juliana, Lia e Rita se cotovelavam. E as outras mulheres também, Fatinha apenas ria. – no três em... 1, 2, 3 – ameaçou e não jogou e as mulheres exclamaram um “ah”.

- Pô Maria, jogo logo isso ai! – Lia gritou e as outras gritaram junto um “é” – quando elas estavam distraídas, Fatinha jogou o buquê e o empurra-empurra voltou o buquê voou alto e caiu das mãos da Juliana.

- Peguei! Peguei! – ela gritou saltitante e foi pular do colo do namorado.

- Não valeu! Eu não aceito! – Rita exclamou chateada.

- Nem eu, que droga. – Lia também reclamou. E as duas voltaram pra mesa.

O casal com direito a noiva estressada foi até a mesa do bolo, cortaram o mesmo e tiraram mais fotos. Pronto festa acabada.

- Vamos? – Fatinha pediu.

- Vamos, vamos. Mas, sem se despedir de ninguém?

- É, Arthur! E tem mais, ninguém vai sentir a nossa falta. Eles já querem saber de comer e dançar. Vamos logo! – Ela saiu puxado o marido pelo braço. Pegaram o carro e foram até o hotel que Arthur estava hospedado. Eles ainda iam resolver onde iam morar e Arthur ainda tinha que voltar pra Espanha, as férias estavam acabando. Quem mandou querer correr com as coisas? Vão ter que pagar o preço.


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Notas finais do capítulo

1° não me matem, por favor! 2° cadê o Bruno? Esta na bad, isso eu posso afirmar.
Mereço comentários? Até a próxima, beijos ;DD



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