Linha Tênue escrita por Anne Laurentino


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Meninas, espero que gostem. Gostaria de avisar que os capítulos em geral são grandes. Caso isso incomode, me avisem, sim? Obrigada, tenham uma boa leitura. Nos vemos...



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“A amizade é um amor que nunca morre...” – Mario Quintana. 

Bruno e Maria de Fátima – Fatinha - eram amigos desde os tempos da infância, amigos não! Confidentes. Ambos quando crianças moravam no mesmo condomínio e agora dezessete anos depois eram vizinhos no mesmo prédio. Bruno havia se formado em arquitetura e Fatinha acabara de se formar em medicina. E estava de malas prontas, iria fazer residência fora do país... Aquela era a noite de despedidas da moça que ficaria um ano em Madrid, aos cuidados da festa ficaram Juliana – irmã de Bruno -, Lia, Gil, Vitor e é claro Bruno. A festa seria no apartamento dele, pois como o mesmo já havia dito a amiga ia viajar na manha seguinte e não merecia ficar ate tarde arrumando a bagunça.

- Juliana, as comidas já chegaram? – Bruno perguntou quando entrava porta adentro, ele fora comprar as bebidas.

- Já sim, maninho! E cadê meu namorado, que saiu com você e não voltou? - Juliana perguntou enquanto arrumava as ultimas coisa na cozinha, com a ajuda de Lia.

- Ele foi com o Vitor, buscar as coisas pro som na casa dele. – dizia indo ate a cozinha, lá deu um beijo da testa da irmã e outro na bochecha de Lia. – E ai marrenta querida, como anda a faculdade? – Ela cursava o quarto período de Veterinária na federal da cidade.

- Graças a Deus, ta tudo bem. Ainda não quis desistir. – indagou e sorriu. – cara a que

Horas a Fatinha vem?

- Não sei, marcamos para o pessoal chegar as 19h, ela deve descer antes, vou ligar pra ela! – Bruno falou já puxando o celular e discando o numero da amiga. Que atendeu no terceiro toque. – Oi minha doutora preferida, a que horas a vossa majestade vai dar o ar da graça da sua festa de despedidas?

- Oi amigo, então eu já desço estou terminando de me arrumar e aproveitando pra dar uma olhada no que eu possa vir a esquecer amanha. – Ela dizia e ia se maquiando, o celular estava no viva voz.

- Certo, mais não demora. Daqui a pouco o pessoal já vai chegar. Vou me arrumar também, beijos.

- Sim senhor, beijos. – Desligaram.

Passadas meia hora, o pessoal já começou a chegar. Bom, eles chegavam a bando, Morgana, Álvaro Gabriel, Lionel e Frederico. Foram os primeiros, depois foi à vez de Rita, Maná, Gil, Lia (que foi pra casa se arrumar) e Vitor.  A música já estava em um tom considerável porem não tão alto, por se tratar de um dia de semana. Bruno apareceu na sala vestindo uma camisa pólo preta, bermuda marfim e um tênis branco. Eles já dançavam, cantavam, curtiam mesmo sem a anfitriã chegar. Ate o momento que a campainha tocou e o Bruno foi atender.

- Uau, doutora. Que linda que você esta! – Ele disse ao se deparar com a amiga na porta. Entre a casa é sua e a festa também.

- Muito obrigada, amigo! – Ela deu um beijo na bochecha dele e entrou. – Cheguei meus fãs! – gritou no meio da sala, chamando a atenção toda pra ela. Que de fato estava linda, com um vestido preto justo ao corpo que ia até o meio das coxas e tinha um decote em v nas costas.

- Finalmente, pensei que eu ia ter que beber isso aqui tudo sozinho - Fera disse e apontou pra mesa de bebidas.

- Não será necessário meu caro Frederico, vamos começar a festa! – ela dizia enquanto caminhava ate a mesa e enchia um copo. – vamos dançar pessoal, que gente mais morta. Eu só vou embora por doze meses, não vou morrer! Vem Bruno. Vem dançar comigo! – disse e puxou o amigo pro centro da sala, enquanto os outros faziam o mesmo.

- Vai com calma na bebida, Fat amanhã você vai embarcar bem cedo. – Bruno dizia ao pé do ouvido dela, que já estava no quarto copo de tequila.

- A medica aqui sou eu, fica caladinho e vamos dançar. Eu sei o meu limite! – Ele se calou e assim continuaram dançando.

Scream - Usher http://www.youtube.com/watch?v=FPRQNZ1K6CY

                               

- Amiga, vamos morrer de saudades! – Juliana e Lia, diziam abraçadas a ela. Altas por causa da bebida.

- Eu também vou sentir saudades. Mas vocês têm meu telefone, email, skype. – Fatinha indagou já alta também.

- Certa então essa é a hora que nós vamos embora, né?! – Juliana, perguntou afirmando.

- É amor, vamos logo que você precisa de um banho e cama. Amanha você trabalha e eu também. – Gil disse enquanto saia do apartamento carregando Ju. – amiga, faça uma boa viagem e não se esqueça da gente! – Ele falou e abraçou Fatinha pelos ombros.

- Não vou esquecer! – Ela sorriu.

- Tchau amiga, amo você. Trás presentes, vem no natal. – Lia disse rindo.

- Vai com Deus, Maria. Juízo e cuide bem das criancinhas. – Vitor se despediu dando um abraço em Fatinha e saiu rumo ao elevador carregando Lia. Os outros já tinham ido, restou somente fatinha e bruno.

- Agora é a nossa despedida. – Ele falou e voltou pra dentro do apartamento com Fatinha no seu encalço. – Vou sentir tanta a sua falta loira, são dezessete anos te agüentando dia a dia, vai doer mais eu agüento. – Ele sorriu e a trouxe pra um abraço.

- Lhe digo o mesmo! E não ouse a me esquecer, se não eu volto revoltada e nunca mais olho dentro dessa sua cara. – Ela riu e saiu do abraço, sentando no sofá junto com ele. – Não falando sério, eu estou feliz por ir, mas ao mesmo tempo estou triste.

- Por quê? Você acha que não vai valer à pena? – ele a encarou.

- Não por isso, sei que vai valer. Mas estou com medo, residência em um país totalmente diferente do nosso, com idioma diferente. Não sei. – ela apoiou a cabeça no ombro dele e suspirou.

- Sei que pode parecer babaca o que vou dizer, mais eu vou estar aqui para o que precisar. Digo aqui a quilômetros de distancia, mas aqui. E sei também o quão capaz você é para encarar esse desafio. – ele abraçou-a. ficaram abraçados por longos minutos, ate que Fatinha desfez o abraçou o tomou a palavra.

- É... acho que preciso subir, vem comigo? Não quero dormir sozinha. – fez bico e ele sorriu. Hm, dormir com ela não seria muito difícil sempre fizeram isso, são como irmãos, não havia nada de errado em irmãos dormir juntos, não é? Será?

- Tudo bem, só vou buscar meu travesseiro. E meu pijama. – Bruno disse e saiu em direção ao quarto.

- Tem um pijama seu lá! Não precisa de outro e tem uma escova de dente também! – gritou da sala. E ele murmurou um “aham” do quarto.

- Vamos? – ele apareceu na sala com o edredom nos braços. Eles saíram Bruno trancou a porta e subiram três andares elevador acima, Fatinha abriu a porta, eles entraram e ela voltou a trancar.

- Vou tomar banho no meu quarto, você usa o outro banheiro se quiser. Já volto! – ela seguiu pro quarto. E ele foi até o banheiro do corredor. No armário onde ficavam as suas coisas. Ele pegou o pijama, a escova de dente e ate uma cueca dele havia lá. Tomou um banho e foi pra sala, esperar-la vestindo apenas a calça de abrigo. Fatinha assim que entrou no chuveiro sentiu-se aliviada, pois o dia havia sido logo fez varias coisas e ainda tivera a festa. Estava cansada, saiu do Box secou-se e vestiu uma camisola branca curta, até a metade da coxa, penteou os cabelos e o gritou chamando-o para o quarto.

- Me leva no aeroporto amanhã? – perguntou enquanto se acomodava na cama ao lado dele.

- Claro! Não precisava nem pedir. – Ele sorriu e deu um beijo na testa dela. – boa noite.

- Obrigado, melhor amigo do mundo. – Foi à vez de ela sorrir e fechar os olhos – boa noite! Sonhe comigo e não caia da cama. – riu e logo pegou no sono.

- Eu sempre sonho, linda! – Ele vociferou baixinho e atreveu-se a acariciá-la no rosto. – Vou torcer pra nenhum espanhol de merda tirar você de mim, vou te ligar, mandar emails todos os dias. Pra não ter a chance de que você me esqueça. – contornou a boca da mesma com os dedos e em seguida depositou um selinho ali. Se recriminando logo após. – merda eu não tinha que fazer isso, somos amigos. Irmãos, nunca que eu podia ter feito isso. – bateu na própria testa em reprovação. – Mas também com essa camisola micro e esse rosto tão junto do meu fica difícil. – bufou – melhor eu dormir, isso dormir vai ser o melhor remédio. Amanha acordaremos cedo. – virou de costas pra ela, pois o celular para despertar as cinco, o vôo só sairia as nove, mais sabia o quanto a amiga demorava pra se arrumar. Fechou os olhos e dormiu.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Acharam legal o capítulo grande, ou não? Por favor, não me ignorem rs. Beijos e até a próxima! :)



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