A Filha Da Caçadora escrita por Cássia chan


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Quero apenas agradecer a todos que estão lendo e a Brenda Swan, Luiza T e Miss Mistery por favoritarem a história, vocês não sabem o quanto isso é inspirador. Faz você não desistir continuar escrevendo...



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A espera é uma tortura pra quem não tem a virtude da paciência. Cada minuto parecia levar o dobro do tempo pra passar.

Eu não podia me permitir ficar emocionalmente instável agora. Minha avó precisava de mim e se eu estivesse dominada por emoções ficaria vulnerável. Criei uma bolha em minha mente e me tranquei nela. Sem dar espaço a qualquer emoção.

— Encontrei um Renegado no saguão de entrada do prédio. — disse Simon entrando no quarto, fazendo minha atenção voltar-se para ele. — O que quer que tenha acontecido não foi obra de um Demônio só, ou de um Renegado.

— Jura? — falo sarcástica. — Eu achava que fora causado por ratos! Obrigada por me esclarecer tudo!

Abraço os joelhos e repouso a testa neles. As lágrimas estavam a ponto de vir e eu não deixaria Simon me ver chorando.

Eu não era mais a garotinha que ele deixara chorando ao se despedir. Não era mais aquela garota tola e apaixonada. Agora era uma ShadowHunter fria e sarcástica, que dedicava sua vida a proteger pessoas que desconheciam os perigos que corriam.

Ele não me veria derramar lágrimas novamente!

— Celine — chama ele e uma pontada de dor atinge meu peito ao perceber que ele não usou meu apelido.

Levanto a cabeça pra olhar para ele, mas uma movimentação ao meu lado prende toda a minha atenção.

Minha avó levanta-se lentamente. Eu me aproximo para ajudá-la, mas ela recua e a deixo. O há de errado com ela? Seus olhos parecem confusos. Ela parece não me reconhecer.

— Vó? — chamo e ela olha para mim confusa.

— Quem são vocês? — pergunta ela meio alarmada.

— Vó, sou eu Celine. Você não me reconhece?

Ela olha confusa para mim e Simon. Eu a encaro com um nó na garganta. Ela foi enfeitiçada. Só pode ser isso.

— Vamos levá-la ao Instituto. — sugere Simon — Vamos procurar pela Isabelle ou pelo Alec, se conseguirmos levá-la a Magnus Bane ele poderá ajudá-la.

Eu concordo com a cabeça. O nó em minha garganta me impede de falar qualquer coisa. E em pensar que há apenas uma hora minha única preocupação era o que eu iria vestir para ir à casa da Cassie.

— Nós vamos levá-la a um lugar seguro. — diz Simon para a minha avó. — Venha com a gente.

Ela olha para ele com certa devoção e concorda. Deve ser algum tipo de hipnose vampiresca porque ela se levanta e o acompanha sem protestar ou hesitar.

Nós três seguimos para o carro. Eu entro no banco do carona e minha avó passa o caminho inteiro até o Instituto em silêncio no banco de trás do carro.

— Ela vai ficar bem, não vai? — pergunto a Simon.

— Se encontrarmos Magnus e descobrirmos como ela foi enfeitiçada há uma chance. — diz ele, duramente.

— Você é péssimo em animar alguém. Um “não se preocupe, ela ficará bem” seria o bastante.

— Eu só digo a verdade. E você melhor que eu sabe que as chances dela dependem de um bom feiticeiro.

Era inútil argumentar contra ele. Onde estava o Simon divertido e gentil que eu conhecera? Ser imortal causa isso nas pessoas? Já conheci vampiros que tentaram me matar mais simpáticos que ele.

Em menos de 10 minutos havíamos chegado ao Instituto. Eu corri para a entrada e subi as escadas. Estava tudo tão silencioso. Caminhei pelos corredores procurando algum sinal que indicasse que havia alguém ali. Uma luz vinda do quarto de Max me fez caminhar até lá.

Não me dei ao trabalho de bater na porta.

Max, meu primo, filho de Isabelle, estava no quarto beijando uma garota loira. Ambos estavam vestindo apenas suas roupas íntimas. O restante de suas roupas estava jogado ao chão, próximo a eles. Os dois pararam e me encararam quando eu abri a porta. Confesso que se soubesse que o encontraria daquele jeito teria sido mais sutil ao abrir a porta.

— Eu queria ver a reação da tia Izzy se soubesse que você traz mundanas para cá pra se divertir. — digo, cruzando os braços e me apoiando na parede próxima a porta.

— O que você veio fazer aqui? — pergunta ele passando a mão pelo seu cabelo preto, deixando-o mais desarrumado do que estava antes.

— Eu preciso de ajuda. — interrompi a frase e olhei para a loira que me encarava com certo desprezo. — Você poderia nos dar licença, é assunto de família.

— Você nos interrompe e ainda me expulsa? — diz ela. — nem pensar que eu vou sair daqui agora.

Eu olho para Max e ele entende meu pedido silencioso.

— Gatinha, acho melhor você ir. Depois eu te ligo. — diz Max com um tom sexy que eu nunca escutara antes.

A loira demora um pouco ainda olhando para ele, mas por fim acaba desistindo. Ela passa por mim indo em direção a porta. Eu seguro em seu pulso e olho para as peças de roupa jogadas no chão. Ela revirou os olhos e as pegou. Vestiu uma saia jeans e saiu do quarto vestindo a blusa.

— O que você quer Line? — pergunta ele vestindo os jeans. — Deve ser importante para você me interromper numa hora dessas.

Reviro os olhos, sem me importar com o que eu interrompi ali.

— Minha mãe foi sequestrada e meu pai acha que pode ser obra de algum seguidor de Valentim. E quando eu fui até o apartamento da minha avó encontrei tudo destruído e ela inconsciente, e quando acordou estava sem memória.

— Que família essa sua. — diz ele colocando o seu cinto, mas ainda deixando os seus jeans baixos, expondo parte da cueca preta que ele usava. — Vocês têm tendência a arranjar encrenca. — ele veste a blusa e completa: — e das grandes!

— Ótimo! — digo meio irritada. — Você poderia me dizer onde a tia Izzy está? Ela vai poder ajudar, você não.

— Bom saber para que eu sirvo. Ela está cuidando de alguns Renegados em um shopping da cidade.

Renegados? Alguns deles aparecem na casa da minha avó e agora atacam um shopping? Isso parece ser algum tipo de distração, algo para esvaziar o Instituto.

— Eu acho que esse lugar não é mais tão seguro como pensávamos. — digo e ele parece ler meus pensamentos, chegando a mesma conclusão que eu.

Como que para confirmar nossa teoria, um baque ensurdecedor vem do andar de baixo. Rapidamente eu pego minha lâmina serafim e desço pelo corrimão da escada enquanto grito: “Nakir!”.




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Notas finais do capítulo

Bom, está aí mais um capítulo...
o que acharam do Max??
Notas: Se um ser humano que não possui o sangue do anjo, como os ShadowHunters, recebe as marcas de uma estela - diversas marcas poderosas, não apenas uma ou duas - surge um Renegado, que são seres assassinos insanos e impiedosos.
Bom, espero que a explicação tenha soado clara o suficiente.

Bjs e até o próximo.