{Hiatus} What The Hell Is A Hufflepuff? escrita por bunny


Capítulo 3
Capítulo 2 - Aquele com o Oompa Loompa


Notas iniciais do capítulo

Não demorei, né? Obrigada a todos que mandaram reviews no primeiro capítulo :33
Esse está um pouco longo demais, eu não curto capítulos tão grandes porque acho que as vezes pode ser um pouco cansativo para se ler, mas enfim, espero que gostem :)



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Como sempre, me sentei na mesa da Lufa-lufa. Vi alguns alunos olhando para mim e cochichando. Ignorei, pegando uma torrada e comendo lentamente. Não estava com tanta fome, mas mesmo assim, sentia falta da comida de Hogwarts.

A aula de feitiços foi bem chata. Não foi prática, o professor só ficou falando algumas das coisas que iriamos aprender aquele ano, não usamos nossas varinhas nem um segundo se quer.

Arrumei minhas coisas e saí da sala. Quando mais passos eu dava, mais eu percebia que as pessoas olhavam para mim. Cochichavam entre si. Eram só algumas pessoas, a maioria continuava nem prestando em mim. Aquilo já tinha acontecido antes e provavelmente já aconteceu com você.

Quando você vê alguém rindo ou cochichando algo enquanto passa por perto do grupinho, você automaticamente pensa que estão falando de você. Acredite, é paranóia.

Mas dessa vez não era paranóia. Eu tive certeza de que estavam falando de mim. Certo, era exatamente aquele resultado que eu queria.

Eu estava deixando de ser invisível, pelo menos eu acho que estava... só que quando eu tive a ideia de me "rebelar", eu não pensei na ideia de que todos olhariam para mim. Todos perceberiam que eu estava ali, e eles falariam de mim... aquilo me incomodava um pouco, talvez muito.

Bem, eu estava sendo notada. Era aquilo que eu queria... não era?
Tive vontade de cavar um buraco no chão e enfiar minha cabeça lá dentro, mas a única coisa que fiz foi continuar andando, agora com passos mais rápidos. Eu não queria mais ser notada. Eu queria voltar a ser invisivel.

"Ah, então você vai desistir assim tão fácil? Qualquer coisa boba e você já quer voltar para seu mundinho fechado" Pensei, criticando minha própria atitude. "Isso tudo porque você tem medo de ser incluída na sociedade?" Ok, agora eu já estava irritando a minha própria pessoa...

Meus pensamentos foram interrompidos quando alguém esbarrou com força em mim. Foi como naqueles filmes para adolescentes trouxas, quando a menina está andando pelos corredores do colégio, então o garoto esbarra nela e deixa seus livros caírem, então o menino ajuda a garota a recolher seus livros caídos e então eles se casam.

Mas tinham alguns detalhes que faziam com que minha situação não se encaixasse nessas cenas de filmes trouxas, como por exemplo:

Eu não estava segurando livros.

Eu tinha acabado de esbarrar em Alvo Potter, e não no amor da minha vida.

– Olhe por onde anda, oompa-loompa... - Disse ele, com um sorriso de lado.

O olhei com dúvida. Oompa-loompa... aqueles carinhas do filme trouxa, a fantástica fábrica de chocolate? Era daquilo que ele estava me chamando?

– Oompa-loompa, sério, Potter? Esse é o melhor que pode fazer? Não tenho tempo para suas "ofensas", com licença...

Continuei andando, até que encontrei com Lea.

– Ei, Becky - Chamou ela, se aproximando de mim no corredor. - Finalmente. Não falo com você desde ontem.

Concordei com ela. Então, Lea começou a falar de como Lorcan Scamander era bonito com aqueles "lindos olhos azuis e sorriso perfeito". Na verdade, Lea estava falando mal de Lorcan. Muito mal.

Mas como eu conhecia muito bem a Lea, sabia que tudo aquilo significava que ela realmente achava Lorcan lindo.

– Você já olhou nos olhos dele? É como se ele estivesse sempre planejando algo... como se estivesse esperando a hora certa para te atacar - Comentou ela, com uma voz cheia de indignação.

– Uhum - Disse, simplesmente.

Não tinha mais oque dizer, eu nunca tinha olhado nos olhos de Lorcan Scamander e nem me importava em fazer isso.

– E o sorriso dele? É tão irritante - Continuou Lea, agora ela nem prestava mais atenção no caminho que estava fazendo. Mal sabia ela que eu estava a guiando para a aula de DCAT, justamente a aula que ela tinha me dito que iria cabular. - Onde estamos?

– Aula de DCAT - Disse, simplesmente. Não pude ver, mas tive a certeza de que Lea tinha revirado os olhos. Fomos as primeiras a chegar na sala.

Com o passar dos minutos, os alunos foram chegando e em pouco tempo todos já estavam nas sala. Bem, é claro... as pessoas geralmente NÃO se atrasam nas aulas do professor Nélius.

Prof° Nélius é como a versão mais gentil de um antigo professor chamado Severus Snape. Não que isso faça de Nélius um cara legal, ele é insuportável, anti-social e não gosta de ninguém.

Os alunos conversavam animadamente quando o professor entrou, dizendo um "bom dia" em tom de desprezo, como era típico dele. Foi até a frente da sala, fitando cada pessoa com um olhar superior. Depois de alguns instantes, que foram preenchidos por um silêncio angustiante, disse:

– Este ano será díficil para vocês e não creio que todos consigam aprender oque será ensinado. Estudaremos os mais difíceis feitiços de proteção e defesa. Em primeiro lugar, os feitiços não verbais. Hoje em dia, são usados, principalmente, no cotidiano, para levitar simples objetos, acender lareiras, fechar gavetas...

Eu tentava prestar atenção em cada palavra, mais era um pouco dificil. A voz do professor Nélius era tão melancólica que dava sono. Depois de uns minutos, eu não aguentava mais e só queria que aquele velho ficasse quieto.

Olhei ao redor, metade dos alunos pareciam estar apreciando cada palavra como se fosse um poema, praticamente toda a Corvinal dedicava toda sua atenção á explicação do professor; menos Lea, que fora a primeira a dormir.

– Qualquer feitiço pode ser mudo, basta ter total concentração - Terminou ele, agora olhando diretamente para onde eu estava junto com Lea, que dormia calmamente debruçada na mesa, com o rosto afundado nos braços.

Veio até nós parecendo irritado, comecei a cutucar Lea para acordá-la, levariamos uma grande bronca, com certeza.

– Espero que a senhorita Louliese saiba muito bem sobre oque estamos falando, já que parece não ter a necessidade de prestar atenção em minhas instruções.

Para meu espanto, Lea levantou a cabeça, olhando para o professor. Com um sorrisinho meio sem graça, ajeitou-se em sua cadeira.

– Sei fazer um feitiço não-verbal muito bem, professor. Obrigado.

Professor Nélius a olhou com uma cara não muito bonita. Com certeza ele estava pensando algo como: "Como ousa dizer isso á mim, pirralha insolente?". Pelos olhares que ele dava á minha amiga, presumi que a qualquer instante ele lhe lançaria uma maldição imperdoável, mas do contrário do que pensei, ele só sorriu um pouco desdenhoso.

– Creio eu, então, que possa demonstrar como fazer um feitiço não-verbal. Agora.
 

Lea concordou, com um aceno de cabeça. Esticou seus braços preguiçosamente no ar, como se tivesse acabado de acordar de um longo tempo de sono profundo. Agitou sua varinha no ar, apontando para as janelas, que se abriram, deixando a luz entrar na sala escura. A garota tinha um sorriso convencido nos lábios e, o professor, parecia querer lhe matar.

– Cinco pontos para a Corvinal - Disse prof° Nélius, não muito feliz.

Os alunos da Corvinal ficaram felizes por Lea, que sorria como se dissesse: "Ahá, seu velho babaca, achou que eu não conseguiria, não é?".

– Mas essa aula se chama Defesa contra a Arte das Trevas, oque significa que não usaremos os feitiços não-verbais para abrir uma janela - Exclamou ele, andando lentamente, mais uma vez, até a frente da sala. - Na próxima aula, vocês treinaram feitiços como "Estupefaça", por isso, formem duplas. É claro que não espero que vocês consigam lançar esse feitiço de maneira não-verbal.

Arrumei minhas coisas e saí da sala, junto com todos os outros alunos. Lea já dizia que eu formaria dupla com ela e eu não discordei, todos os trabalhos que podíamos fazer juntas, nós faziamos. Também falava algo sobre o professor Nélius, (É impressão minha ou tio Nelly mudou o corte de cabelo?).

Sempre achei engraçado o modo como ela chamava os professores, tio Nelly para Nélius, tia Minnie para Minerva McGonagall, tio Nev para o prof° Longbottom, nosso professor de Herbologia. Com o tempo, peguei o mesmo costume dela de chamar os professores por esses apelidos, mas diferente de Lea, eu só os citava quando eles não estavam perto. Tenho certeza de que professor Nélius não gostaria de ser chamado de "Nelly", é um apelido meio gay.

Lea se despediu de mim, andando até um grupinho da Grifinória que ria freneticamente. Admiro essa capacidade que Lea tem de se dar bem com todo mundo, menos com os professores. Andei pelos corredores, avistando Natan McGregory e andando até ele. Nunca tinha conversado com o garoto e só estava prestes a falar com ele naquele momento por que ele era capitão do time de quadribol da Lufa-lufa e eu realmente precisava conversar com ele.

– Ei - Disse, chamando sua atenção. Ele conversava com uma rodinha de meninas da Grifinória.

É claro, nem todos lufanos são invisiveis como eu. Alguns - só alguns - são populares na escola, todos meninos altos e bonitos que fazem parte da lista dos mais desejados de Hogwarts. Natan McGregory fazia parte dessa lista.

– Ei - Repeti, agora tocando seu ombro para chamar sua atenção. Ele se virou para mim, exibindo seu sorriso galanteador, eu poderia até me derreter com aquele sorriso se eu fosse uma das garotas daquela rodinha. - McGregory, não é?

Ele "despistou" as outras meninas, ainda com o sorriso no rosto, como se elas estivessem atrapalhando-no a prestar atenção no que eu tinha para falar. "Uau" Pensei, um pouco ironica, me imaginando como uma daquelas garotas. "Ele despitou as outras meninas só para falar comigo, acho que vou desmaiar".

– A professora McGonagall já te deu a data exata dos testes para o time de quadribol? - Perguntei, agora com um pouco de pressa. Teria que passar no dormitório para guardar meus livros e não estava muito a fim de me atrasar para a aula de Herbologia, mesmo que fosse péssima nessa matéria.

– Uau, primeiro ano na escola e já quer fazer parte do time? - Perguntou ele, me olhando da cabeça aos pés como se eu fosse algum tipo de comida. Lancei a ele um olhar incrédulo. Ele estava mesmo falando sério? E porque diabos ele estava me olhando daquele jeito?

– Eu estou nessa escola desde o primeiro ano - Respondi, meu tom de voz saiu como se eu estivesse muito irritada. Eu não estava irritada, só não podia acreditar que ele, uma pessoa da minha própria casa, não sabia da minha existência.

– Ah, é mesmo? Eu nunca tinha reparado em você - Disse ele. Revirei os olhos.

– Tem ou não as datas do teste de quadribol? - Perguntei e ele me respondeu que seriam só na semana que vem. Agradeci e corri até a sala comunal, guardar os livros e ir o mais depressa possível para as estufas.

Eu iria fazer teste para ser apanhadora da lufa-lufa. Eu sempre achei que seria péssima no quadribol, já que sou péssima em qualquer outro tipo de esporte. Mas passei uns dias na casa de Lea e conheci seus dois irmãos: Louis e Lana, mais velhos e já formados em Hogwarts. Louis, que também fora da Corvinal, me emprestou a vassoura e Lana me ajudara a descobrir meu talento como apanhadora. Depois de levar várias balaçadas (não sei se essa palavra existe, mas para quem não entendeu, balaçada é quando você leva um balaço na cabeça ou algo parecido) decidimos que eu não sirvo como batedora, não conseguia agarrar a goles nem se jogassem bem na minha frente, então deduzimos que eu simplesmente não tenho talento como artilheira, e como não consegui defender nem um gol, também não posso ser goleira. Mas apanhadora, bem... digamos que eu simplesmente não era tão ruim como apanhadora.

Tinha comprado minha vassoura no começo do ano mas pedi que só a entregassem na primeira semana em Hogwarts, estava ansiosa para ela chegar. Era uma "Lightning" e na loja me disseram que era a mais nova no mercado, quase idêntica á Firebolt mais avançada. Tinha economizado muito para comprá-la e estava torcendo para que fosse boa, realmente.

A aula de Herbologia passou rápido. Depois do almoço, encontrei com Lea, queria contar a ela a novidade sobre o meu teste de quadribol.

– Então essa coisa de quadribol... você levou a sério, mesmo?

Até me senti mal depois daquela pergunta. Oque Lea estava tentando me dizer? Que talvez eu não fosse boa no quadribol... ou que eu simplesmente não devia fazer aquilo.

– Quero dizer... você quer entrar no time por vontade própria ou é por que quer "mudar a visão do mundo sobre a lufa-lufa"...?

– Não, eu realmente quero entrar para o time - Respondi, confiante.

– Nunca pensei que você seria boa no quadribol...

– Eu também, sempre pensei que não era boa nisso, aí eu percebi que nunca tinha tentado.

Lea sorriu, se levantando.

– Ei! - Protestei, quando ela me puxou. - Onde vamos?

– Para a cozinha, estou com fome.

– Por Merlin, Lea! Acabamos de almoçar!

– Idaí, Becky? Eu estou com fome, okay? Vai me julgar por causa disso? - Perguntou, um pouco dramática. Levantei as mãos como se me rendesse e então a segui até as cozinhas de Hogwarts.

Era o mesmo caminho para a sala comunal da lufa-lufa, mas acho que ninguém das outras casas desconfia de que seja ali. Também não sei onde fica a entrada da sala comunal da Sonserina... só sei que fica nas masmorras...

– Tudo bem então, vocês não são tão legais quanto Blink - Ouvi a voz da menina do fundo da cozinha, ela estava falando com alguns elfos que insistia que ela tinha que ir embora. Reconheci a garota pelos cabelos ruivos e rosto sardento, Rose Weasley.

– Rose? Que está acontecendo? - Perguntou Lea. Rose revirou os olhos, apontando para os elfos que ainda a tentavam empurrar para fora da cozinha.

– Eles não querem me dar nem mais um pedaço de torta! Cheguei atrasada na hora do almoço hoje...

Sempre ouvia os professores dizendo que Rose Weasley se parecia com seu pai, mais do que com sua mãe.

– Quem diabos é Blink? - Perguntei. Lea me olhou como se eu fosse uma completa idiota por não saber quem é Blink.

– Blink é a elfa mais simpática de Hogwarts! - Lea exclamou, com os olhos brilhando.

– Ela nós dá quantos pedaços de torta nós pedirmos, diferente de alguns elfos rabugentos daqui... - Completou Rose.

– Certo, então... já que não tem torta, podemos voltar? - Perguntei, Lea e Rose encolheram os ombros, decepcionadas por não sairem da cozinha com seus pedaços de torta.


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Notas finais do capítulo

Gostaram, não gostaram, amaram, odiaram? Espero que tenham gostado ;3



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