Filha De Todos escrita por Anne Kath


Capítulo 27
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

Gente atrasei dois dias eu sei... vcs vão até pensar que eu fico dando desculpas mas não é isso, acabou a semana de provas e meu Pai entregou o meu pc para o meu primo formatar, e até hoje estou esperando por ele, hoje meus pais viajaram e eu pude escrever o cap no pc deles com mais calma, então... não fiquem irritados se eu demorar, culpem meu primo.rs :D Boa leitura e espero que gostem!



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“ ‘Vou roubá-la um pouquinho, tudo bem?’

–Não!- falei sozinho- Não está nada bem!”

Melany

-Está pronta?- perguntou Apolo.

-Estou sim!- falei.

-A sua primeira lição é aprender a controlar o calor do ar.

-Tudo bem!- falei.

-Feche seus olhos, Melany. –eu fechei- Sinta o calor a sua volta.- falou ele.- Tente se focar nele.

-Como posso diferenciar uma coisa que está em toda parte?- perguntei.

-Essa é a questão!- falou Apolo- O calor sempre irá existir.- explicou ele- Por mais que o lugar seja o Polo Norte, sempre irá existir locais que serão mais quentes que outros, por isso, você terá que aprender a focar esse calor em um só lugar.

-E como é que eu faço isso?- perguntei.

-Se concentre!- falou ele- Feche os olhos e sinta o calor. Pense que você quer controlá-lo.- disse ele- Eles deverão te obedecer.- suspirei e comecei a tentar seguir suas instruções. Senti como se vibrações estivessem saindo de meu corpo.

-O que sente?- perguntou Apolo. Eu ainda com os olhos fechados respondi.

-Como se...

-Vibrações estivessem saindo de seu corpo?- perguntou Apolo com a voz animada. Sorri com a interrupção dele. Como sempre ansioso.

-Isso!- confirmei.

-Perfeito!... É assim que deve se sentir!- disse ele ainda com a voz animada.- Agora... abra os olhos!- quando abri, dei um pulo de susto, estava quase toda a minha visão em vermelho, em alguns lugares estava um pouco rosa, mas a cor que mais aparecia era o vermelho.

-Está tudo... vermelho!- falei.

-É que agora você pode ver o calor.- arregalei os olhos. Isso era algo que eu não esperava poder fazer. Dei um gritinho, eufórica. Aí está outra coisa que eu não costumo fazer.

-Que legal!- gritei- O que eu faço agora?

-Erga suas mãos e as controle!- falou Apolo. Ergui uma de minhas mãos e comecei a movimentá-las de um lado para o outro.

-Não aconteceu nada!- falei chateada.

-Tente se focar em um só ponto!- soltei o ar, nervosa. Respirei fundo e me foquei no ponto mais forte de vermelho e repeti o movimento com uma das mãos que eu estava fazendo antes. Mal me conter quando percebi que o tom de vermelho seguia os meus movimentos. Sorri.

-Conseguiu?-perguntou Apolo.

-Você não consegue ver?-perguntei.

-Quando estou fazendo isso sim eu poderia ver junto com você, mas quero que você tenha essa experiência sozinha, primeiro. –explicou ele- Agora foque sua mente em dois tons ao mesmo tempo... O que você está se focando agora, e algum outro.- respirei fundo e me concentrei em outro tom, consegui, me foquei nos dois.

-Consegui!- falei.

-Tudo bem agora junte os dois.- assenti e movimentei minhas mãos unindo os dois tons, isso fez com que eles ficassem vinhos de tão escuros.- Tá legal! Já posso ver a vibração. - falou ele- Agora tente juntar todo o calor desta sala em um só lugar. –arregalei os olhos com o desafio de Apolo. Ele riu de minha expressão.

-Apenas tente, Melany!- suspirei e comecei.

 Concentrei-me o máximo que pude, mas por mais que eu tentasse, não conseguia juntar tudo. Aquilo estava me irritando, me esforcei mais. Podia sentir todos os meus músculos se retesando com meu esforço. Estava soando frio, minha respiração estava acelerada.

-Tudo bem, Melany, pode parar!- falou Apolo. Franzi as sobrancelhas ainda mais, concentrada. Não queria me dar por vencida. E se eu precisasse desse poder para destruir Gaia? Não! Eu não podia desistir. Senti como se algo estivesse escorrendo de meu nariz, mas não me incomodei com aquilo, minha atenção estava totalmente voltada para os milhares tons de vermelho naquela sala. –Melany, para!- gritou Apolo. Cerrei os punhos, e continuei tentando.

Apolo correu e me abraçou, parecia que ele havia neutralizado meus poderes com os dele, pois minha visão havia voltado ao normal, não podia mais ver o calor.

-Perdi!- falei com a voz rouca. Não havia reparado que estava com sede até agora.

-Melany!- repreendeu-me Apolo- Por que você não parou?- Abri a boca para responder, mas Apolo não esperou por minha resposta- Nico!- meu corpo ficou ereto no mesmo instante ao ouvir o nome dele sair dos lábios de Apolo- Rápido traga alguma coisa para estancar isso!- Estancar? Olhei para aonde Apolo olhava, Nico me encarava paralisado.

-O que está acontecendo?- perguntei e passei minha mão embaixo do meu nariz, quando a olhei arregalei os olhos, minha mão quase toda suja de sangue me deixou enjoada. Eu estava sangrando? Meu nariz estava sangrando? Mas o que?

-Vai, Nico!- gritou Apolo. Nico desviou o olhar preocupado de mim para olhar para Apolo com ódio.

-Olhe o que você fez com ela!- gritou Nico.

-Vai logo, seu idiota, antes que ela tenha uma hemorragia, isso aqui não tá sangrando pouco.

Nico olhou para mim mais uma vez, engoliu em seco e correu pelo corredor.

-Levante a cabeça, Melany!- falou Apolo já levantando minha cabeça antes que eu mesma o fizesse. Senti meu sangue começar a descer. Nico volto com um pano branco e úmido na mão. Quando ele ia colocar o pano em mim, Apolo o tomou de sua mão e o colocou rápido demais em meu rosto, gemi incomodada.

Nico dirigiu um olhar furioso a Apolo.

-Por que você não parou quando mandei que parasse, minha linda?- Apolo parecia chateado, eu nunca deixava de fazer algo que Apolo pedisse, ele era como um irmão mais velho no qual eu admirava.

-Eu não queria me dar por vencida.- falei.

-E olha seu estado agora!- falou ele elevando o tom de voz. Apolo parecia culpado e com raiva, ao me encarar, ele suspirou. – Procure me ouvir da próxima vez!- ele disse. E eu assenti sem dizer mais nada.

Nico

Comecei a andar pelo corredor, minhas costas ainda estavam doendo, mas as ignorei, pelo menos não estão mais como estavam antes, diria até que as ninfas fizeram um ótimo trabalho.

Minha cabeça girava em torno de como Melany havia partido com Apolo. Ela havia me deixado lá sozinho, ferido (por causa dela) como se fosse um nada ao invés de seu noivo. Meu coração se apertou com meu pensamento, nunca culpava Melany por nada, e senti raiva de Apolo por ser o motivo de tudo isso.

Era como se Melany estivesse me trocando por Apolo. Eu sei que é loucura, mas... ele é um deus e eu... um semideus... ele é o Deus da Luz e eu... o filho da escuridão, ele é o deus da Beleza, e eu... o filho do inimigo, um garoto depressivo, com um cabelo rebelde e uma aparência tão pálida que chega a parecer um cadáver.

Não costumava a achar defeitos em mim, mas agora, com a aproximação de Melany e Apolo, simplesmente não podia evitar. Eu sempre me comparava a ele.

-Agora tente juntar todo o calor desta sala em um só lugar.- ouvi a voz de Apolo. Me esgueirei pelo corredor. Vi Melany arregalar os olhos, que estavam em um tom estranho de laranja, como aquele laranja do pôr do sol em contraste com o rosa. Cerrei meus punhos com raiva. Lembrei-me de quando Melany havia ficado com a cor dos meus olhos.

Apolo riu.

 -Apenas tente, Melany!- Melany respirou fundo voltou a encarar o nada com muita atenção, tentei ver o que ela via, mas não consegui. Até que reparei em umas vibrações no meio do grande salão, como aquelas que vemos quando o asfalto está quente demais. Voltei a encarar Melany impressionado, mas quando a olhei, ela estava suando. Eu era capaz de ver o peito dela subindo e descendo com uma velocidade fora do comum.

-Tudo bem, Melany, pode parar!- falou Apolo também percebendo o estado dela. Melany franziu suas sobrancelhas, se concentrando ainda mais. Vi uma gota de sangue começar a descer de seu nariz, por instinto corri em sua direção, mas Apolo, por estar mais próximo dela, foi mais rápido do que eu.

 –Melany, para!- gritou Apolo. Quando ele a abraçou, vi as mãos de Apolo a apertarem e seus olhos começarem a brilhar em verde enquanto Melany piscava e seus olhos voltavam ao normal. -Melany!- a forma como ele a repreendeu com carinho, me deu nos nervos. Eu podia sentir o sangue fervendo em minhas veias, percebi que minha visão estava ficando vermelha, isso nunca havia acontecido antes, será que a raiva estava afetando minha visão? - Por que você não parou?- perguntou Apolo. Melany abriu a boca para responder, ela parecia tão frágil, aquilo amenizou minha raiva, e minha visão não estava mais vermelha, Apolo me viu e não esperou pela resposta de Melany. - Nico!- Vi Melany ficar ereta, um meio sorriso inconsciente brincou em seus lábios. - Rápido traga alguma coisa para estancar isso!

-O que está acontecendo?- perguntou Melany. Melany passou a mão em baixo do nariz e a olhou, vi ela ficar com uma cor meio esverdeada ao encarar a mão.

-Vai, Nico!- gritou Apolo.  Olhei para Apolo com ódio.

-Olhe o que você fez com ela!- gritei para ele.

-Vai logo, seu idiota, antes que ela tenha uma hemorragia, isso aqui não tá sangrando pouco.

Não sou seu empregado seu... olhei para Melany, seu nariz sangrava cada vez mais, engoli em seco e corri pelo corredor, pedi um pano úmido limpo a primeira ninfa que encontrei, ela colaborou e foi rápida me entregando o pano úmido. Corri de volta rezando para que ela não tivesse uma hemorragia. Cheguei no salão e fui direto em Melany, Apolo tomou o pano de minha mão no instante em que ia colocar nela.

Melany gemeu e fez uma careta incomodada. E mais uma vez o olhei furioso, estava pronto para dar uma bronca nele quando...

-Por que você não parou quando mandei que parasse, minha linda?

Minha linda?

MINHA LINDA?

Cerrei os punhos. Eu vou acabar com elem eu vou socar aquela cara imortal até não restar nada além do seu crânio completamente esmagado, eu...

-Eu não queria me dar por vencida.—disse ela, a encarei incrédulo. Eu estava prestes a brigar com ela mas...

-E olha seu estado agora!- como sempre, ele foi na minha frente– Procure me ouvir da próxima vez!- ele disse. Fiz uma careta com a velocidade com que a voz dele foi de brava a carinhosa. Trinquei os dentes.

Melany assentiu sem dizer nada. Ela vai obedecer ele. Eu vou explodir, eu vou explodir de raiva. Minha visão voltou a ficar vermelha.

-Nico!- Melany me chamou com a voz abafada pelo pano, minha visão deixou de ficar vermelha no mesmo instante. A olhei logo em seguida- Fica comigo?- pediu ela. Sorri, senti meus músculos relaxarem um pouco.- Claro, meu amor, sempre!- ajoelhei-me ao seu lado e ela segurou minha mão.

-Desculpe!- disse ela.

-Pelo que?- perguntei confuso.

-Era para eu ter ficado com você ao invés de ter vindo treinar!- dei um meio sorriso, mas logo respirei fundo, se nos casaríamos teríamos que aprender a dizer o que nos incomoda, sempre. Olhei para Apolo e logo depois para ela.

-Deveria mesmo!- comecei- Eu sou seu noivo, Melany, não podia ter me deixado lá sozinho machucado pelo seu irmão, por fazer uma coisa que...- suspirei, não queria conversar sobre isso na frente de Apolo. Melany me encarou pelo canto do olho com a cabeça ainda levantada e o pano em seu nariz, ela fechou os olhos lentamente.

-Eu sei! Desculpe!- ela falou com a voz abafada- Isso não vai acontecer de novo!- encolhi os ombros arrependido de ter despejado isso tudo em cima dela dessa forma. Me senti mal, ela não estava bem, deveria ter esperado.

-Desculpe!-falei- Não devia ter despejado tudo em cima de você dessa forma e... agora!

-Realmente!- se intrometeu Apolo, virei minha cabeça na direção dele lentamente, o olhava com a esperança de ele se debater no chão até a morte só com o meu olhar... o que mesmo que eu pudesse fazer... ele é imortal então...- A garota está quase tendo uma hemorragia e você...

-Eu acho que você não deveria se meter!- falei entre os dentes.

-Devo sim!- falou Apolo também pelos dentes- Não vou permitir que a trate dessa forma!- gritou Apolo.

-Chega!- gritou Melany- Parecem duas crianças!- falou ela tirando o pano do nariz- E Apolo...- Vi a grande mancha de sangue no pano, mas o nariz dela não sangrava mais.- Nico tem  todo o direito.- disse ela autoritária como sempre, sorri com o pensamento de que eu ia ter uma esposa durona.- Eu não fui uma boa noiva!... Quero dizer serei a esposa dele, não deveria tê-lo deixado sozinho.

-Mas...-começou Apolo.

-Mas nada!- falou Melany o olhando ameaçadora- Nico é o meu noivo, e é minha obrigação cuidar dele.- Apolo engoliu em seco e assentiu. Melany suspirou.

-Sei que quer me defender!- falou ela- Sei que se sente nessa obrigação desde aquele dia.- Apolo engoliu em seco de novo e estremeceu- Mas Nico é meu futuro marido, e tenho que cuidar dele, e ele de mim.

...desde aquele dia.”

Mas que dia?

O que ela fez?

Apolo deu um meio sorriso para Melany.

-Não importa no que você se transforme... sempre será a minha irmãzinha sapeca!- Melany revirou os olhos teatralmente.

-E você o irmão mais velho mais encrenqueiro que eu conheço!- falou Melany.

-Olha que Percy vai ficar com ciúmes em?!

-Percy não é meu irmão mais velho.- falou Melany.

-Na verdade é sim!- falou Apolo- Por umas horas ou minutos, mas sim ele é seu irmão mais velho.- Melany ergueu as sobrancelhas, e Apolo riu de sua expressão- Percy nasceu primeiro.

-Como sabe disso?- perguntou Melany.

-Tive a curiosidade de saber e perguntei a Poseidon.- Melany riu.

-Por que não estou surpresa?- falou ela meio que para se mesma- Bem,... então posso dizer que vocês estão empatados.- E então os dois riram. Dei um meio sorriso, eles pareciam mesmo irmãos. Aquilo amenizou um pouco meu ciúme, mas algo ainda me deixava inquieto. Que dia era esse, o que Melany havia feito para ficar tão importante para Apolo?

Afinal... o que Melany havia feito?


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Notas finais do capítulo

Gente eu achei esse cap um pouco sei lá... enfim, o que vocês acharam?
Comentem, ainda posso responder pelo cel!! Bjsbjsbjs E me perdoem se eu demorar!