A segui até o jardim, ela olhou para trás e me viu e disparou a correr.

-Princesa! Princesa! Espere! –Corri atrás dela.

-Me deixe Hook. –Ela estava me chamando pelo meu apelido.

-Espera! –Continuei correndo atrás dela até que ela se cansou e se encostou em uma árvore. –Até que enfim você se cansou!

-Me deixa em paz!

-Não consigo! Eu preciso aproveitar cada segundo ao seu lado princesa.

-Emma. Meu nome é Emma.

-Princesa Emma! Lindo nome.

-Fico lisonjeada.

-Porque tem medo de mim?

-Não estou com medo de você! Porque acha isso?

Aproximei-me e tentei tocar o rosto dela e ela deu dos passos atrás.

-Por isso!

-Eu não sou qualquer uma!

-Eu sei! Você é única.

-Pare com isso! Está me deixando envergonhada com essa situação.

-Perdoe-me não era a minha intenção.

-Tudo bem.

-Mas me responda por que tem medo de mim? Eu jamais faria mal a uma senhorita tão linda quanto à senhorita é.

-Eu tenho medo de você.

-Então o que é?

-Eu não sei. –Ela começou a andar e me olhou dando sinal para que eu a seguisse. Ficamos alguns minutos em silêncio. –É linda não é? –Ela disse apontando para uma bela roseira com belas rosas brancas.

-É sim.

-Meu pai disse que elas parecem à pele branca da minha mãe e essas aqui a boca. –Ela apontou para algumas rosas vermelhas.

-São belas flores.

-Não gosta de flores não é?

-Não é isso. –Eu cocei a cabeça. –Eu só não sou acostumado a falar sobre rosas.

-Então vamos falar dobre tulipas. –Ela riu e peguei olhando para aquela bela moça não como se quisesse beija-la e depois abandona-la, mas queria ficar olhando para o rosto dela todos os dias da minha vida. –O que foi?

-O que?

-Você está estranho.

-Estou? –Olhei para ela com as mãos atrás das minhas costas.

-Está. –Ela sorriu novamente. –Temos que entrar antes que alguém venha atrás de nós dois. Meus pais me matariam se soubessem que estou sozinha no jardim com você.

-Que pena.

Fomos andando de volta ao palácio.

-Princesa...

-Oi.

-O que você deseja?

-Como assim?

-Para o futuro.

-Amor. Eu preciso de amor, eu quero conhecer o amor. E você?

-Mar. Eu amo o mar, aquela imensidão azul me seduz. Mas... Como uma princesa que tem tudo deseja apenas amor?

-Não sei explicar. É só que nos meus livros parece que o amor é tão lindo queria um dia poder senti-lo.

-Você nunca amou?

-Não, meus pais não gostam que eu saia muito do castelo. E você já amou alguém algum dia? Ou apenas o mar?

-Além do mar, nunca amei ninguém. Mas acho que estou começando. –Ela olhou encabulada para mim fazendo com que suas bochechas ficassem coradas. –O que foi?

-Nada. Só achei bonito o jeito que você falou. Quem é donzela que está prestes a roubar o coração do futuro pirata?

-Emma. –Ela olhou para baixo com vergonha e sorriu.

-Belo nome.

-Eu sei e a moça ainda consegue ser mais bela ainda.

-Quando eu era criança amava correr dentro desse jardim. Era tão bom não ter que ficar me preocupando com o cabelo ou com a roupa.

-Quer?

-O que?

-Correr...

-Eles ficariam irritados se soubessem.

-Eles não estão aqui.

-Então tudo bem. –Ela pegou levemente no vestido fazendo com que ele arribasse um pouco deixando os sapatos brancos a vista e começou a correr e eu sai correndo atrás dela. Era mágico estar ali com ela.

-Você corre demais para uma princesa!

-Não consegue me acompanhar pirata?

-Consigo sim!

-Então me prove. –Corri o máximo que pude e de repente ela parou bruscamente e quando parei do lado dela tomei um grande susto.

-Emma entre! –O pai dela estava carrancudo. –Emma entre! Não me faça repetir isso. –Ela me olhou com os olhos merejados e eu assenti com a cabeça e ela se afastou e sua mãe pegou em seu braço delicadamente fazendo com que ela entrasse.

Agora estava apenas eu, meu pai, Regina e o pai de Emma.

-Roger eu não quero o seu filho perto da minha filha! Ela é uma donzela! E seu filho... Seu filho não tem uma boa fama.

-Você está dizendo que o meu filho não é bom o suficiente para sua amada e idolatrada filhinha?

-Estou.

-Pois eu quero que ela se perca antes de se casar! Só para você abaixar esse nariz! Você não será rei!

-Pai não fale assim dela! –Gritei com meu pai.

-Cale-se Killian!  -O pai de Emma virou as costas e saiu andando quando meu pai desenbaiou a espada e partiu para cima do principe que fez a mesma coisa Regina correu e segurou a mão de meu pai.

-Vamos Roger! –Ela puxou levemente o pai.

-Isso mesmo tire-o daqui! E você também saia e nunca mais olhe em direção a minha filha! Saia. –Eu o obedeci sem falar nada, quando desci a escadaria que dava para fora do castelo ouvi...

-Hook... Hook! –Olhei para trás e vi Emma no topo da escadaria. –Por favor, não vá Hook! Por favor! –Então seu pai a puxou de volta para dentro do castelo fazendo com que todos os convidados olhassem assustados então o grande portão do castelo se fechou. Entrei dentro da carruagem.

-Hook, você tá bem?

-Não. –Whale me olhou preocupado.

 "E eu comecei a chorar na escadaria

Te implorando, por favor não vá!"