A Saga de Ártemis escrita por Simon Lee


Capítulo 23
As Lendárias Armaduras de Sátiro e Clóris!


Notas iniciais do capítulo

Após algumas perdas, Artemis resolve despertar as lendárias armaduras de Sátiro e Clóris.
Os cavaleiros de ouro recém recuperados da dura batalha contra Hérmis e Walleria partem para o Santuário para ajudar Seiya e os outros, porém, não chegarão até lá facilmente.
Shiryu precisa bolar uma estratégia para derrotar Tábata.



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Os jovens cavaleiros continuam lutando contra as forças de Artemis, e a batalha torna-se cada vez mais decisiva.

Shiryu finalmente mostra para Tábata a lâmina da poderosa Excalibur, o que deixa a guerreira ainda mais entusiasmada para lutar.

Os cavaleiros de ouro partem para o Santuário após a ajuda de Hilda e Freya. Porém, Artemis busca surpreendê-los.

Na casa de Libra, Tábata e Shiryu estão confrontando seus cosmos. Tábata não retira os olhos do Dragão, que por suas vez, trajando a armadura de Libra, parece se incomodar pela mesma não ter se intimidado com sua Excalibur, apesar de ter sido ferida.

 

Shiryu – Tábata, estou avisando: da próxima vez que utilizar essa técnica, poderá ser fatal! Meu braço possui um corte que pode partir seus bumerangues, você não irá me vencer! Desista!

 

Tábata – você acha mesmo, que me limito aos meus dois bumerangues?!

 

Shiryu - o que está dizendo?

 

Tábata – Dragão, após tantas batalhas, ainda tão ingênuo!— o cosmo se eleva de repente, e surge a imagem de um belo Dingo mostrando suas presas atrás da caçadora.

 

Shiryu – mas que poder! Seu cosmo ficou ainda mais poderoso! O que mais ela tem além daqueles bumerangues?! - refletindo.

 

Tábata – destruirei sua armadura dourada, e mostrarei que as minhas lâminas são mais perfeitas que a Excalibur!

 

Shiryu— que obsessão é essa em superar o poder da EXCALIBUR?

 

Tábata— quando vi o corte deixado na terra por um único golpe de Shura, percebi que seria aquele o meu objetivo: me tornar portadora de um cosmo tão afiado quanto aquele! 

 

Nisso, a caçadora relembra de quando estava caminhando pelos arredores do Santuário a junto com Hérmia.

 

Tábata - olha isso, uma borboleta! - correndo para pegar o inseto, olhando para o alto e dando alguns pulos em zigue-zague.

 

Hérmia - cuidado!!— saltando e segurando a animada menina pelo braço.

 

Tábata - ahn??!!

 

Tábata agora vê a borboleta voando por cima de uma imensa fenda no chão, de onde sopra um vento quente, esvoaçando os seus cabelos.  Ela olha para baixo, percebendo o quão profundo era aquela fenda.

 

Hérmia - quase perde a vida por não olhar por onde anda!

 

Tábata - mas...eu não imaginava que existia algo assim por aqui!

 

  Hérmia— tenha cuidado! - puxando Tábata pelo braço e a afastando.

 

Tábata - Mas...como isso veio parar aqui?

 

Hérmia— segundo a lenda que me contaram, essa fenda foi causada por um único golpe do cavaleiro de ouro de Capricórnio, quando estava perseguindo o traidor Aiolos!

 

Tábata— mas...impossível! Como alguém consegue deter tamanho poder? - olhando para baixo, na beira da fenda.

 

Hérmia - por isso precisamos treinar e alcançar o poder desses cavaleiros de ouro! Não podemos ficar com um poder inferior ao desses sujeitos, nós podemos conseguir! Entende quando  digo isso?

 

Tábata apenas olha para a fenda, e estremece diante do poder que aquele cavaleiro deveria possuir.

Dias depois, após uma longa procura, e dias de espera,  ela encontra Shura nas ruínas das casas zodiacais.

 

Tábata - oi! - passando a mão na cabeça.

 

Shura - ahn, você é...? - abrindo os olhos e vendo a pequena garota sem jeito.

 

Tábata - ah, sim! Eu sou Tábata! Prazer! Poderia me treinar? Eu vi o que fez na luta com o traidor Aiolos!

 

Shura— tá falando daquela fenda no...

 

Tábata— ...chão!!! Isso! Aquilo foi incrível! Como posso aprender? Queria esse poder!

 

Shura— já vi que sabe quem sou. Mas, a pergunta principal é...você por acaso daria a sua vida por Atena?

 

Tábata— é...é eu...si-siim! A vida? !

 

Shura— isso menina, caso precisasse lutar até o fim, se sacrificaria em uma batalha pela nossa deusa Atena? 

 

Tábata— ahn....si-sim! 

 

Shura— me desculpe, mas não me parece convincente! Não deixarei a minha lâmina nas mãos de quem não está preparado para proteger Atena com a sua vida! 

 

Tábata— mas....

 

Shura— mocinha, eu sinto muito...e você me parece muito delicada para virar uma amazona. Talvez o seu compromisso seja com os estudos! - voltando-se para a entrada do Santuário, enquanto é observado pela garota totalmente desolada.

 

Após esta breve recordação, ela começa a fazer um movimento juntando as palmas das mãos, e concentrando o cosmo ao redor de seu corpo.

 

Shiryu - então, você foi atraída pela corte da EXCALIBUR que Shura detinha em seu cosmo! 

 

Tábata - isso mesmo, mas quando saí da Grécia, vi que podia fazer algo melhor, que não seria a frágil e débil mocinha que Shura pensou que eu fosse. E posso provar  com isso!

 

Shiryu— que ventania é essa? O seu cosmo é imenso!

 

Tábata— FURACÃO NAVALHA!!!

 

Colocando as duas mãos à frente, ela emana um cosmo absurdo, e um turbilhão formado por centenas de bumerangues cortantes é lançado em direção a Shiryu, que pouco pode fazer para tentar fugir do alcance do ataque.

 

Shiryuarrghhh!!!

 

Se protegendo com os escudos de Libra, mas é lançado longe, caindo ao chão com a armadura maltratada, e com alguns cortes pelo corpo nas mínimas partes desprotegidas pela armadura.

 

Tábata – hum, essa armadura dourada! Novamente te salvando!— limpando novamente um pouco de sangue que voltou a escorrer pela testa.

 

Shiryuessa não! Esse ataque teria me feito em pedaços se não fosse a armadura de Libra! E mesmo assim, ela conseguiu atingir as brechas que há na armadura!

 

Vendo que os cortes estão começando a sangrar, ele começa a se levantar.

 

Tábata – é muito resistente cavaleiro. Retirarei a sua cabeça no próximo ataque! Vai perceber que essa EXCALIBUR foi superada pela minha lâmina!

 

Shiryu – não posso voltar a perder mais sangue! Preciso escapar de seus ataques, e vencê-la logo, antes que fique fraco! Mas...como?! Qual será seu ponto fraco!?— refletindo.

 

Enquanto isso, Atena continua dando tudo de si no salão do grande mestre. Ela parece recuperada da mordida da víbora, e está ali apenas combatendo de perto o cosmo de Artemis, que agora se comporta de maneira estranha.

Parece que seus cavaleiros também entendem o recado, e estão dispostos a lutar por ela até o fim.

Seiya, Hyoga e Shun se dirigem para Escorpião. Milo continua subindo as escadarias com June e suas costas, chegando em Virgem, indo rumo à casa de Libra. Ele sente o cosmo de Shiryu.

 

Milo – esse é o cosmo de Shiryu!

 

June – e o outro cosmo poderoso que acabei de sentir é de uma das amazonas?!

 

Milo – Ele deve estar lutando em seu limite! Perdeu muito sangue antes melhor nos apressarmos!— preocupado com o companheiro.

 

Nesse momento, um cosmo envolve June. Milo é lançado para frente, enquanto uma esfera arroxeada começa a envolver o corpo de June.

 

June – mas o que é isso!?— levitando dentro da grande esfera roxa.

 

Milo – June! O que está havendo?!— virando-se sem entender o evento.

 

Nesse momento, Marin e Shina que haviam fugido de Hérmia, e estão descendo as escadarias rumo à casa de Sagitário, também são surpreendidas e envolvidas pela esferas de luz roxa.

 

Marin – Shina?!

 

Shina – o que é esse cosmo!?— ambas levitam envolvidas pelo grande cosmo.

 

Hérmia, que se encontrava junto à Ártemis, também começa a levitar dentro de uma esfera arroxeada. Quando ela percebe, os olhos de Artemis também estavam arroxeados, e um cosmo esverdeado a envolvia.

 

Hérmia – mas isso é?!

 

Artemis – não apenas você, mas todas as amazonas estão sendo testadas. Seus cosmos estão respondendo ao chamado das armaduras de Sátiro e Clóris! Elas estão testando vocês, mas apenas quem possuir o brilho correspondente será digna de trajá-las! 

 

Walleria também é envolvida pela esfera, em meio á escuridão aonde se encontrava.

 

Walleria – hihihih...Hérmia ficará furiosa com isso!!!— sorrindo ironicamente, já notando que nenhuma delas seria escolhida por Artemis, apesar de seus esforços. Ela sabia que algo mais estava para acontecer.

 

Em Libra, Shiryu estava prestes a ser atingido por Tábata novamente.

 

Tábata - morra Shi- — um cosmo roxo a envolve enquanto partia em alta velocidade para atacar Shiryu.

 

Shiryu— ahn? o quê é isso? - buscando compreender o cosmo não ofensivo que havia surgido.

 

Tábata – Essa não! — vendo que está desprotegida.

 

Longe dali, duas jovens estavam correndo em direção ao Santuário, guiadas pelo luar, cortando florestas, vales e rios.

Ambas possuem cabelos longos e negros, uma pela morena e uma beleza indescritível. São idênticas nos movimentos, e nas feições. Apenas seus trajes as diferem, sendo que uma possui trajes de peles de felídeos, e a outra, com couros de crocodilianos.

Quando elas vão saltando sobre as pedras de um riacho, são envolvidas por uma esfera arroxeada, mas que logo torna-se dourada.

A amazona com peles de felídeos sorri, pois já sabe o que está acontecendo. A outra continua séria, e apenas aguarda o momento esperado por tanto tempo.

Do outro lado do continente, uma explosão ocorre em uma montanha, e dela parte um feixe de luz pardo que corta o céu.

Enquanto isso, em meio às raízes de uma imensa árvore ocorre uma explosão de cosmo, saindo um feixe de luz esverdeado, que corta os céus também.

 

Nisso, Artemis dá um leve sorriso em sua plenitude no Santuário.

 

Artemis – as armaduras já escolheram as guerreiras dignas! Despertem, armaduras sagradas de Sátiro e Clóris!!!— seu cosmo torna-se dourado e Hérmia, que estava ao seu lado, fica livre da aura que a envolvia, caindo ao chão.

 

Hérmia – ahn?! Essa não!

 

Tábata em Libra fica livre da aura que a evolvia também, e pousa no piso, esquecendo temporariamente de Shiryu.

 

Shiryu – o que acabou de acontecer?! 

 

Tábata —Isso foi um sinal de que não há mais o que fazer aqui! Acabarei logo com você, Dragão. Vocês cavaleiros de bronze não são uma ameaça, Hérmia e Walleria que se encarreguem de vocês! — olhando para Shiryu ameaçadoramente.

 

Shiryu – Não nos subestime! Sua companheira Gihan e as outras outras já foram derrotadas por nós! Não cante vitória antes do tempo!

 

Tábata – apenas por estar trajando uma armadura dourada, não significa que possa me intimidar!  Com toda a certeza, Shura teve misericórdia de você! Só pode ter derrotado Gihan por sorte!

 

Shiryu – você fala demais! — Elevando o cosmo, que fica dourado por um breve momento.

 

Tábata – hum, seu cosmo aumentou, cavaleiro! Mas isso não fará a mínima diferença!!!— seu cosmo explode repentinamente, quase junto com o do Dragão.

 

Shiryu - CÓLERA DO DRAGÃO!!!o golpe vai em direção à guerreira com uma potência absurda, mas algo acontece.

 

Tábata –  Tome isso! PRESAS DO DINGO!

 

Um imenso dingo surge com suas mandíbulas abertas, e parte confrontando o dragão. Os ataques se chocam e liberam um imenso clarão dentro da casa de Libra.

 

Shiryu – como pode alguém tão frágil ter um cosmo tão poderoso? - sendo arrastado para trás. Logo, o clarão se dissipa, e do outro lado, está Tábata no mesmo lugar. 

 

Tábata – já chega! —  abaixando o cosmo e a guarda.  

 

Shiryu – como é? - também abaixando a guarda, surpreso, enquanto a garota que se vira e vai adentrando pela escuridão.

 

Tábata –  se sobreviver às minhas companheiras, voltarei pessoalmente para arrancar a sua cabeça! Mas ainda não é digno de ser meu troféu. Quero enfrentar a sua espada lendária, Shiryu! Vamos ver se é realmente digno dela! — a voz ecoa pela escuridão, enquanto Shiryu fica sem compreender a sittuação.

 

Shiryu – Espere! Tábata!— mas a amazona já havia se retirado e sumido na escuridão fora da casa de Libra. - então, ela quer enfrentar a minha Excalibur?  Preciso afiar a lâmina dessa espada! 

 

Shiryu segura o braço esquerdo, percebendo que não usou a técnica novamente pois não estava confiante, já que a lâmina ainda deixava a desejar.

 

Longe dali, próximo a um córrego, Thetis está de joelhos, olhando para o seu reflexo na água sob o luar.

 

Thetis - mas...o que foi isso?! Sinto meu cosmo mais perfeito do que nunca após ter ficado dentro dessa esfera roxa! E...de quem serão esses cosmos que senti?— erguendo a cabeça, após lavar um pouco o rosto.

 

Thetis - esse poder é magnífico! Preciso chegar logo ao Santuário... - refletindo.

 

Nisso, todas as outras amazonas haviam perdido o brilho arroxeado em seus cosmos, enquanto Shun, Seiya e Hyoga sentem tudo aquilo estarrecidos.

 

Seiya – mas que agitação de cosmo é essa?!

 

Shun – vejam aquilo!— ele aponta para o céu, e vê os dois feixes de luz cortarem a noite, descendo além do vilarejo.

 

Seiya - essa não! Precisamos resgatar logo Atena! Vamos!

 

Shun o acompanha, e eles partem rapidamente subindo os degraus.

 

Marin e Shina também presenciam os feixes de luz.

 

Shina – que luzes são aquelas?!

 

Marin – O cosmo de Artemis se acalmou após isso, e o cosmo de Atena também! Imagino que sejam... - nisso, ela olha para Shina, que arregala os olhos, trêmulos.

 

Mais acima, Hérmia está desiludida.

 

Hérmia – essas são as lendárias armaduras!?

 

Artemis – elas acharam suas donas!— com o cosmo mais brando.

 

Hérmia – mas não havia mais ninguém entre nós! Como chegaram aqui tão rapidamente?!

 

Artemis – pois não havia querida serva, com os cosmos convergindo, consegui teletransportá-las para próximo do Santuário, já que Atena me impedia de trazê-las para cá!

 

Hérmia - a senhorita está falando, delas?— com os olhos trêmulos.

 

No salão do grande mestre, Atena sente tudo aquilo surpresa.

 

Atena – esses cosmos... Isso não é nada bom! Mesmo retardando Artemis, não posso evitar o que está por vir. Não posso ajudar Mu e os outros daqui! — Cruzando as mãos como em uma súplica, enquanto que algumas serpentes começam a rodeá-la novamente.

 

Enquanto isso, os cavaleiros de ouro vão abrindo caminho pelas florestas, apressados em chegar ao Santuário quando sentem os cosmos. Mas esses novos cosmos os fazem parar por um momento.

 

Aldebaran – que cosmos são esses?!

 

Mu – isso não é nada bom! Vou procurar chegar logo ao Santuário! Não há como usar toda a nossa velocidade em meio há tantos obstáculos!

 

Aldebaran— vai interceptar aqueles cosmos sozinho?

 

Mu— somos cavaleiros de ouro, não há outro jeito! Até breve!— elevando o cosmo e sumindo, usando seu teletransporte.

 

Aolia – ele vai justamente para onde estão indo aqueles dois cosmos estranhos!— atentando aos feixes de luz que se aproximam do Santuário, e descem. Shaka e Aldebaran também observam.

 

Aldebaran – Mu, estaremos aí em em breve! Seja lá o que for, aguente firme! Vamos! — ele começa a correr, e logo é acompanhado pelos demais.

 

Os feixes de luz que haviam cruzado os céus agora vão descendo lentamente, até aonde estão duas moças gêmeas, que olham para cima.

 

Uma armadura possui forma do lendário Sátiro, a criatura que tomava conta das florestas e campos, tocando seu aulo com formosura e fazendo brincadeiras. A armadura é bege e rosada, com traços cinzas e dourados.

 

A outra, parece um misto de folhas, troncos e raízes. Era a armadura da deusa da primavera, Clóris, com traços verdes e marrons, pardos e brancos, além de detalhes dourados.

 

As gêmeas se aproximam das armaduras e ficam admirando sua beleza por um breve período de tempo. Mas a atenção delas é desviada por um cosmo dourado que se aproximava.

 

Gêmea  – que cosmo imenso é esse?!— vendo uma aura iluminando a escuridão da noite, se aproximando rapidamente.

 

Mu – então, agora vocês foram escolhidas para trajarem as lendárias armaduras dos protetores das florestas! Pelo que vejo, estão do lado de Artemis! Quanto tempo, Daphne e Latona!— ele amansa o cosmo, e vai se aproximando serenamente.

 

Daphne – o cavaleiro de ouro Mu em pessoa...estou surpresa por ainda lembrar de nós! O quê faz longe da casa de Áries?

 

Mu— na verdade vim atrás das armaduras. Foi uma surpresa encontrar logo vocês duas por aqui.

 

Latona – abriremos uma exceção para você Mu! Normalmente qualquer homem que estivesse em contato a essa distância de nós, já estaria morto!— relaxando sua postura.

 

Mu – como não lembrar das amazonas gêmeas rebeldes, que foram exiladas na Ilha Espectro! Como fugiram de lá?! Jamais pensei que se juntariam à Artemis.

 

Latona – agora Artemis nos concedeu a honra de podermos trajar essas armaduras. Assim, podemos nos vingar do Santuário que repudiou a nossa força! - olhando para próprias mãos.

 

Daphne – éramos realmente muito boas para ficarmos reprimidas aqui! Mas você não sabe o quanto foram amargos esses anos longe do Santuário.

 

Mu – peço para que se retirem daqui, e deixem essas armaduras. Não pretendo ter um confronto vocês. Preciso resgatar Atena, e meus amigos estão dando suas vidas nesse momento.

 

Latona não se reserva e começa a rir, enquanto Daphne a olha repudiando aquela reação.

 

Latona – hahahah! Que senso de humor cavaleiro! Acha mesmo que para conquistarmos essas armaduras, não treinamos e nos fortalecemos muito?! Não acha que merecemos estar aqui nesse momento tão especial?!

 

Mu – não tentem fazer isso amazonas, voltem de onde vieram! Artemis está iludindo vocês com todo esse poder! – elevando o cosmo dourado, o cavaleiro é surpreendido pelo cosmo de ambas, que confrontam o seu praticamente em igualdade – posso sentir uma imensa cosmo energia vindo das duas!

 

Na mesma hora, as armaduras reluzem e se desfragmentam, e partem para proteger o corpo das guerreiras. Elas logo estão revestidas com as armaduras de Clóris e Sátiro.

 

Daphne – guerreira de Clóris, Daphne!— fazendo uma posição  sobre uma perna só, e aparece a fundo uma imensa floresta cehia de raízes e flores criada com seu cosmo, após estar trajando sua armadura.

 

Latona – guerreira de Sátiro, Latona!— já protegida pela armadura do ser mitológico, surge logo ao fundo a imagem de um Sátiro tocando uma flauta dupla, o aulo, e Latona em posição de trote.

 

Mu – essa não, acho que terei problemas! Não posso subestimá-las, ainda mais agora trajando essas ledárias armaduras! — refletindo e olhando para as duas um pouco temeroso.

 

Latona – você ficou muito bem irmã! Caiu muito bem essa armadura em você!— dando um leve sorriso, observando Daphne com a armadura de Clóris.

 

Daphne – você também irmã!— mais séria que a irmã, a caçadora volta-se para Mu, que está surpreso com aquilo tudo.

 

Mu – o poder de vocês é realmente formidável! Não é menor do que as guerreiras que enfrentamos nas doze casas!

 

Daphne – ah, então você já conheceu as outras guerreiras?! Estou ansiosa para revê-las! Aquelas traidoras...— o tempo parece parar, e ocorre uma troca de olhares fria e calculista. O vento sopra, e as folhas se denunciam ao passarem voando sob a luz do luar.

 

No Santuário, Hérmia de Ninfa sente os cosmos das gêmeas, e decide fazer algo.

 

Hérmia - senhorita, se me permite, irei até as casas abaixo, ajudar minhas companheiras!

 

Artemis – sei que está incomodada com a situação Hérmia, claro que pode arrumar com o que se distrair...— leve sorriso.

 

Hérmia – veremos se as duas realmente são tudo aquilo que imagina senhorita... – ela corre, retirando-se.

 

Artemis – se aquelas duas trouxerem as cabeças dos cavaleiros de ouro, nada mais importará...— refletindo, ela fecha os olhos e se retira.

 

Próximos dali, Mu, Latona e Daphne se encaram. O cavaleiro de Jamiel mesmo surpreso, agora não subestima mais o poder das amazonas após a derrota para Hérmia e Walleria em Áries.

 

Mu – me perdoem, mas não posso permitir que continuem! Adeus!— seu cosmo se eleva absurdamente, e estrelas cobrem o lugar, começando a se desintegrar. As guerreiras apenas observam o cosmo exuberante de Mu, admiradas.

 

Daphne – esse é o cosmo de um cavaleiro de ouro?Hahah, isso será muito interessante! Quanto tempo não sentia o cosmo de um de vocês!  – A guerreira fecha os olhos, e seu cosmo também se eleva.

 

Latona agora desloca-se um pouco mais atrás, posicionada em defesa e preparada para qualquer equívoco.

 

Mu – EXTINÇÃO ESTELAR!!!— as constelações se unem à dimensões estranhas e vão desintegrando as estrelas, e envolvem as amazonas à velocidade da luz, sumindo em uma linha dourada. O cosmo se aquieta, e apenas a escuridão prevalece agora. – ...acabou! Mas...?

 

O cavaleiro vê ao seu redor, brotarem arbustos e pequenas gramas, os brotos vão virando troncos que vão crescendo aceleradamente, e ele fica rodeado por uma densa mata. 

Nessa hora, surgem as gêmeas saltando de uma das árvores.

 

Daphne - hahahah, realmente o cosmo dos cavaleiros de ouro é formidável! Com apenas um ataque seu, conseguimos criar essa linda floresta! Será fantástico usar todo o seu cosmo para criar novas florestas, Artemis ficará maravilhada!

 

Mu – então, quer dizer que meu cosmo foi utilizado para criar as plantas que nos cercam! Que bela artimanha!— rindo um pouco, e vendo dezenas de flores surgirem, enquanto suas pétalas voam com a leve brisa.

 

Daphne – do que está rindo?!

 

Mu – você é ingênua, será que não vê que não dependo apenas disso para lutar?! 

 

Como um feixe de luz cortando a noite, ele agora está ao lado da guerreira, e algumas árvores que estavam pelo caminho caem destruídas. Mu, com o punho fechado, desfere um soco no abdômen de Daphne, que é lançada contra um árvore, chocando-se e caindo ao chão. Só um gemido de dor ecoa pela floresta, e o  ruído do tronco, que vai cedendo aos poucos, tombando ao chão logo em seguida.

 

Latona – Daphne!!! ora seu!— avançando sobre Mu e girando, buscando acertar-lhe uma voadora, que é defendida com seu braço esquerdo. Ele revida com uma rajada de cosmo, que é esquivada pela guerreira ao saltar para trás rodopiando. Algumas árvores são atingidas e caem destruídas.

 

Mu – ...era para ter evitado a sua velocidade! 

 

Latona – Mu, acertar minha irmã foi um golpe de sorte! Ela com certeza o subestimou, pois você não possui o nosso nível!

 

Nisso, Daphne já está levantando, com um pouco de sangue escorrendo pela narina esquerda, e eleva o cosmo que clareia a mata ao seu redor.

 

Mu – vamos ver se me convencem disso! — Ele eleva o cosmo também, e alguns troncos vão se partindo ao seu redor. Agora, avança em direção á Latona, que acompanha sua velocidade e se defende. Seu cosmo brilha intensamente, mas ela lança o cavaleiro para frente com uma explosão de cosmo repentina. Nisso, Daphne o surpreende, surgindo ao seu lado em alta velocidade.

 

Daphne – mesmo que não exploda seu cosmo cavaleiro, para se deslocar à essa velocidade, você utiliza alguma parte dele, e isso já me é suficiente! 

 

Mu – do quê está falando?!— ele se esquiva de um breve soco, e para a uma distância segura. E se assusta ao perceber que a mata está ficando mais densa.

 

Latona – seu cosmo está sendo absorvido Mu, em breve não restará mais nada dele! Será que não percebeu?— com um leve sorriso no rosto.

 

Mu – essa não! Realmente minha velocidade diminuiu, e meu cosmo está diminuindo.

 

Daphne – não precisarei mais perder tempo com você, já me causou desconforto!

 

Daphne eleva mais ainda o cosmo,  levando Mu a se teletransportar, aparecendo atrás dela , tentando acertá-la, mas esta se vira e desfere um soco em seu rosto antes que ele consiga atacá-la, lançando-o contra uma imensa rocha.

 

Mu – arghh!!!— a rocha se parte em duas, e ele cai, mas levanta-se logo e seguida – com minha cosmo energia diminuindo cada vez mais, não terei chance alguma...— refletindo.

 

Daphne – como dizia, adeus cavaleiro!— Seu cosmo se expande, e ilumina a clareira criada pelo confronto.

 

Mu – não posso deixar que me vença!— Elevando o cosmo também, e uma luz dourada ilumina a clareira mais ainda – REVOLUÇÃO ESTELAR!!!

 

Latona – Que poder incrível!

 

Os feixes dourados explodem vindo de focos de estrelas que circundam Mu. É um ataque terrível, e Latona percebe que sua irmã estava em perigo! Mas o cosmo de Daphne brilha tanto quanto o do cavaleiro, e surge uma bela imagem de flores e raízes ao seu redor, e ao seu comando, essas raízes se erguem, interpondo-se entre ela e o ataque de Mu.

 

Daphne – EXTRAÇÃO DA EXCÊNCIA!!! – o ataque de Mu, ao deparara com a barreira de plantas, é totalmente absorvido pelas raízes que circundavam Daphne, que continuam sugando a cosmo energia do cavaleiro.

 

Mu – absorveu meu ataque!! E continua puxando minha cosmo energia! Não consigo controlar meu cosmo!!!— vendo seu cosmo dourado saindo de seu corpo, e enfraquecendo rapidamente.

 

Daphne – isso só acabará agora quando a sua última centelha de cosmo tiver desaparecido Mu!— com os olhos brilhando arroxeados, e acumulando todo o cosmo do cavaleiro em uma espécie de esfera, que reluz intensamente. As raízes estão sob o cavaleiro agora, e sugam sua cosmo energia sem parar.

 

Mu – essa não, preciso fazer algo!— olhando para os lados, e vendo que não havia mais o que fazer, ele começa a perder as forças mas, se teletransporta, sumindo dali. Daphne está com a esfera em mãos agora, e sorri levemente.

 

Latona – essa não, você o perdeu!

 

Daphne – esqueça isso! Essa cosmo energia será usada para refazer as florestas que Artemis está almejando!— Ela direciona a esfera para baixo, que invade o solo, sendo absorvida. De repente, a terra começa a tremer, e imensas árvores e plantas começam a nascer, por quase todo o lugar.

 

Na escadaria para a casa de Virgem, Tábata, que havia acabado de deixar Shiryu, sente o solo tremer, e observa a imensa floresta se formando ao longe, iluminada pelo luar.

 

Tábata – o cosmo dos cavaleiros de ouro...elas estão usando a cosmo energia deles para reerguer as florestas! - passando a mão pela testa e percebendo que o sangue havia parado de descer.

 

Seiya, Hyoga e Shun estão subindo rumo à Sagitário, e sentem o cosmo de Mu quase sumir.

 

Hyoga – os cavaleiros de ouro! Eles se recuperaram! Mas...

 

Seiya – não, eles não podem ser derrotados novamente! O cosmo de Mu está próximo, mas sumiu de repente!

 

Shun – parece que estava confrontando com outro cosmo estranho! 

 

Mais acima, Artemis olha para o luar, e vê o céu outrora nublado totalmente aberto, e a lua intensa.

 

Artemis - esse cosmo...essas caçadoras não deixarão nenhum cavaleiro vivo! Agora sim terei as cabeças dos cavaleiros de ouro! HAHAHAH! — a risada da deusa ecoa pelo Santuário, causando certo calafrio em Hérmia, que descia para a casa de Peixes.

 

Hérmia - nossa deusa está muito confiante...vou mostrar o quan-...

 

Walleria - ....pare de ficar se remoendo!— a voz da guerreira ruiva interrompe a reflexão de Hérmia, enquanto surge das sombras.

 

Hérmia - ...o que está fazendo aqui? Era para estar nas casas zodiacais!

 

Walleria - e estava...mas cansei né, derrotei dois cavaleiros de bronze, inclusive o grande "matador de deuses", mas vocês me interromperam! Então, deixei Tábata se divertir com eles...

 

Hérmia - mas me parece que o cosmo dela ficou tranquilo de repente...será que...?

 

Walleria - acho que ela, assim como eu, não viu perigo nos cavaleiros de bronze. Gihan, Key e Barberia devem ter subestimado muito esses sujeitos....

 

Hérmia - ...e Darren, que não conseguiu exterminar de vez os cavaleiros de ouro moribundos!? Como se protegeram? 

 

Walleria— pelo jeito se recuperaram de alguma forma. Senti o cosmo de um deles por perto. Acho que Artemis está um pouco chateada conosco, hihihi... - levando a mão à boca.

 

Hérmia - e você se diverte com isso. A intenção era tê-los como escravos, e agora eles se recuperam! Como superaram os nossos cosmos?

 

Walleria - vamos aguardar que cheguem até nós! Não estou nem aí para estes insetos....E ainda temos que dar uma lição em Shina, Marin e na tal June! Acho que elas merecem mais a nossa atenção!

 

Hérmia - estava com Marin e Shina em minhas mãos...mas vamos aguardar os acontecimentos...até porque Artemis sabe o que faz...— olhando para o horizonte, iluminado pelo luar.

 

Agora, Latona e Daphne estão na copa de uma grande árvore, observando as doze casas ao longe, mas aguardam os cavaleiros de ouro antes de partirem para conhecer Artemis pessoalmente.

Aldebran, Shaka e Aiolia estão quase ali, e sentem o cosmo de Mu quase desaparecer.

 

Aldebaran – essa não, o que aconteceu agora?

 

Shaka – não foi dessa vez que Mu! Precisamos chegar ao Santuário logo!

 

Aldebaran - para Mu ter se retirado do campo de batalha, esses oponentes devem ser realmente fortes!

 

Aiolia – logo agora que acabamos de nos recuperar...— cerrando os punhos, e olhando para o céu, quando uma estrela cadente cruza a noite.

 

As batalhas ficam cada vez mais complicadas. As novas adversárias surpreendem com o seu poder, nem mesmo Mu de Áries conseguiu detê-las.

Shiryu ainda tenta se recompor da derrota para Tábata, enquanto Milo percebe que agora, June já está de pé.

 

Milo – Não sei como isso aconteceu, mas você recuperou seus movimentos! – observando June perplexa consigo mesma, caminhando em sua direção.

 

June - isso foi....o cosmo de Artemis?! — refletindo, enquanto admira suas mãos e pernas enquanto caminha de encontro ao cavaleiro.

 

Milo -  Não tenho um bom pressentimento. Não sei porquê. Há algo errado com o cosmo dela...— observando June, receoso e enquanto reflete.

 

Atena está preocupada com os cavaleiros, enquanto Artemis já canta a vitória.

Na floresta, Shaka, Aiolia e Aldebaran chegam aonde Mu estava, e só encontram destruição. Porém, parece que percebem que estão sendo vigiados.

 

Aiolia - ...acho que temos companhia...— olhando para o nada no meio da mata.

 

Apressem-se cavaleiros, o prazo de Artemis está chegando ao fim! Avante, Seiya, não permita que Atena continue desgastando o seu precioso cosmo com Artemis !!!


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Notas finais do capítulo

Os cavaleiros de ouro deparam-se com amazonas ainda mais desafiadoras! Conseguirão chegar a tempo para ajudar seus companheiros de bronze?
E, qual será o destino das amazonas do Santuário após esse contato com o cosmo de Artemis?

Não percam o próximo capítulo de Saint Seiya - A Saga de Artemis:

CAÇADORAS INDOMÁVEIS: O COSMO PODEROSO DAS GUERREIRAS GÊMEAS!!



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