A Saga de Ártemis escrita por Simon Lee


Capítulo 1
Uma Nebulosa Apresentação


Notas iniciais do capítulo

Os cavaleiros de Atena aproveitam o merecido descanso! Um momento de paz após a pesada batalha contra os Guerreiros Deuses de Asgard, seguido pelo confronto com Poseidon.
Porém, uma inesperada visita ameaça a paz no Santuário, e o cenário de uma nova batalha começa a se formar .



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Grécia, berço dos cavaleiros. Palco de grandes batalhas e grandes feitos. Suas ruínas transpiram lendas sobre jovens guerreiros que lutavam pela paz da Terra por gerações, combatendo o mal ao lado da deusa Atena, que era cheia de sabedoria e protegia a humanidade das ambições dos deuses.

Após um belo dia de sol, observando-se ao horizonte, ainda conseguimos perceber que há belezas além daquelas citadas nas lendas. Um belo oceano banha as costas da Grécia. Apesar das lendas sobre calabouços inundados pelo mar, onde cavaleiros traidores eram torturados, nada apagava o resplendor daquele cenário.

 São as última horas de sol daquele belo dia, mas dois adolescentes chegam correndo entre os rochedos da bela praia.

Os cabelos loiros da jovem de pele clara são avoaçados pela brisa que vem do mar. Ela é seguida de perto por um jovem de cabelos verdes, com seus suspensórios beges. Eles chegaram no momento certo para  aproveitarem esse belo espetáculo da natureza.

O pôr do sol no mar de Leskos é um evento único. Parece que Shun já sabia disso, e propôs à jovem June que fossem caminhar na praia. Os dois encontram toda a serenidade  a paz distantes das cruéis batalhas outrora travadas, observando as águas cristalinas, e o sol sumindo refletido no azul ao fundo da linha do horizonte.

Não há mais a preocupação com Poseidon, que foi selado na Ânfora de Atena, e o mar agora está novamente em equilíbrio. 

June consegue sentir toda aquela paz, agora que o risco das inundações cessou, e os guerreiros de Asgard foram neutralizados, e começa a puxar assunto com seu amigo. 

June - Que belo dia Shun, muito obrigada mesmo por ter me trazido aqui!Essa caminhada valeu muito a pena. Olhe só que bela paisagem! Muito obrigada mesmo, nãos ei como te agradecer!

 

Shun— sei que lhe trouxe muitas preocupações, por isso gostaria que aproveitássemos um pouco esse belo dia! Espero que seja o primeiro de muitos, agora que a paz na Terra voltou.

 

June— que estranho...

 

Shun— o quê? 

 

June— eu não sei...tive uma sensação estranha...

 

Shun— mas, você está bem? Como assim? - buscando se aproximar mais, preocupado.

  

June— Shun, como consegue continuar tão meigo após tantas batalhas! Você não mudou nada, mesmo após ter partido da Ilha de Andrômeda! — admirando o horizonte, mudando de assunto e de semblante de repente..

 

Shun - infelizmente, precisei derramar muito sangue para proteger Atena e os meus amigos, e isso me fez mudar. Nunca quis machucar as pessoas, mas tenho as mãos sujas com sangue inocente. 

 

Nisso, June encosta o dedo na areia, e começa a desenhar.

 

June - mas isso, continua puro! 

 

Shun - June!?

 

O cavaleiro de bronze se surpreende com o quê vê. June havia desenhado um coração na areia.

 

June - eu adorei a paisagem!— se aproximando de Shun bem devagar, e recostando a cabeça em seu peito.

Shun na mesma hora, começa a ficar com a face corada, mas acaba por abraçar a jovem, e começa a relaxar um pouco.


Shun - Que bom que gostou! Após tanto tempo caminhando sabia que valeria a pena chegar até aqui! É um dos melhores lugares para se admirar o pôr do sol. Você merece.

June passa a mão nos cabelos que balançam com a brisa refrescante que vem do mar. Ao mesmo tempo, decide tomar uma atitude.

June - venha Shun!!! Quero sentir a água nos meus pés!— após olhar bem nos olhos de Shun, ela se solta dos seus braços, e se afasta, sorrindo, saltando sobre algumas rochas até chegar mais próximo das ondas, enquanto Shun observa tudo aquilo feliz por finalmente poder aproveitar um momento de paz com sua grande amiga.

Agora, a amazona brincava na bela paisagem, enquanto algumas gaivotas cortavam os céus. Shun olhava aquilo tudo admirando a bela natureza, enquanto a maresia lhe salgava o rosto! O sol já iria se pôr, e eles tinham pouco tempo para curtir aquele momento.

Agora, June faz um sinal para que Shun a acompanhe.

Shun – ok, já estou indo!— saltando para a praia, e se aproximando da amazona.

De repente, ao se aproximar, ele repara que June havia diminuído a intensidade de sua alegria. Ela estava parada, e parecia olhar para o horizonte, atrás de sua fria máscara, que escondia seu rosto angelical.

Shun – June, o quê foi?— se aproximando gentilmente.

Apenas se ouvia o som das ondas batendo levemente nas rochas, levantando um pouco de maresia naquela tarde serena que ia passando. Shun então, se aproxima mais.

Shun - Não está apreciando o mar? O que houve? Era para estar feliz!

June – Estou muito feliz Shun...é que esse lugar...parece muito com a Ilha de Andrômeda! Me vieram lembranças do nosso treinamento, do dia em que conquistou a armadura de Andrômeda, das amizades que fizemos lá.... do nosso mestre Albiore.

Uma lágrima escorre por debaixo da máscara, revelando-se ao descer pelo seu queixo. Shun desvia o olhar para o mar, e lembra de tudo o que aconteceu. São flashes em sua mente, que trazem boas, mas doloridas recordações também.

Shun – tudo valeu a pena! Nos tornamos mais fortes, e como por milagre, estamos aqui, vivos e desfrutando desse momento de paz. Veja que o sacrifício dos nossos companheiros não foi em vão! Detesto lutar, mas hoje percebo que fizemos aquilo tudo por um motivo maior. Infelizmente muitos pagaram com a vida, e isso eu lamento todos os dias!

June – é verdade, Shun.

 

Nesse momento, ela leva a mão ao rosto, e retira sua máscara, enxugando os olhos marejados, sem se importar com Shun. Nisso, ele já havia percebido o ato, e começa a ficar sem graça. Porém, June não parece se importar mais com isso, já que não era a primeira vez que aquilo acontecia. 

 

June - agora realmente é um momento de alegria, e não de tristeza! Temos que curtir esse lindo dia !!! O mestre Albiore e os outros estão lá em cima olhando para nós! Não podemos entristecê-los!

 

A amazona sorri, e passa a mão nos olhos novamente, enxugando algumas lágrimas. Logo depois, começa a correr, e ao mesmo tempo, vai tirando seus calçados para sentir melhor a areia. Em seguida, ela adentra parcialmente no mar.

June – Shun!!! Vem, a água está ótima!!! .

Shun olha sua amiga próxima às rochas, se distraindo um pouco, e relaxa. Porém, ele sente falta de algo para passar aqueles últimos momentos do dia. Queria comer alguma coisa, e lembrou que havia árvores frutíferas ali perto. Logo, precisaria se ausentar rapidamente para buscá-las.

Shun – June, acho que vou pegar umas frutas aqui perto pra gente comer, não demoro!

June – Ah Shun, mas você vai perder o pôr do sol!— sorrindo e com o rosto corado.

Shun – já já estarei de volta !— com o rosto corado também.


Ele corre pela areia com sua mochila nas costas, saltando pelas rochas, usando sua agilidade e velocidade para rapidamente ir até o local das árvores.

June então, está sozinha agora. Ela se lança na água mesmo com algumas vestimentas, e nada de costas. Logo, já está boiando e apreciando o belo céu tingido de laranja, com nuvens desenhadas pela bela natureza.

Uma estrela já aparece no céu. A amazona agora vai relaxando, deixando as leves ondas levarem seu corpo para cima, e para baixo.

 

De repente, em meio ao belo cenário ensolarado, uma neblina começa a cobrir o lugar. Ela havia fechado os olhos brevemente, mas por sentir algo estranho, decide averiguar o que está acontecendo, e quando percebe, está boiando no meio do nevoeiro.


June - que estranho! Esse nevoeiro não é comum para um fim de dia ensolarado! E ainda nem anoiteceu! Quanto tempo eu devo ter ficado aqui? Melhor ir para a praia.

Ela consegue ir se guiando pelas rochas, e chega até a areia. Apesar de achar aquilo tudo muito estranho, ela procura manter-se concentrada para achar aonde estavam suas coisas. De repente, ouve-se uma voz.

Voz Feminina – você é a amazona que treinou com Albiore de Cefeu...?

A voz ecoa vindo do vasto nevoeiro. Não se sabe de qual direção ela vem! June agora sabia que aquele nevoeiro era controlado pela dona da fria voz...

June – Quem está aí? Como conhece o mestre Albiore?

Voz Feminina – hahaha, sei muito sobre você....aliás, você deveria saber que as amazonas não poderiam conviver com os homens, ou será que rendeu-se ao poder infeliz amor?

Nisso, um vulto vai surgindo dentro da neblina caminhando pela orla da praia. Aos pouco, a névoa que envolve a dona da voz vai se dissipando, e ela aparece para June. É uma moça alta, com olhos castanhos, cabelos curtos, pele morena clara. Tem uma voz de menina, mas o olhar é forte como o de um felídeo selvagem. Ela se aproxima de June, serenamente.

 

June - mas, essa armadura? Você é uma amazona?! — mudando de postura, agora, cautelosa em sua posição.

 

June repara que a estranha trajava uma armadura parecida com as de prata, mas havia algo diferente das conhecidas pelo Santuário. Um elmo delicado, as ombreiras bem delineadas, e a coloração que lembrava as manchas de camuflagem da pele de um felídeo vão se definindo em meio à neblina.

Estranha – June, você foi treinada por um grande cavaleiro. Com certeza adquiriu um grande poder. Sabe, gostaria de saber se está interessada em unir-se às caçadoras de Ártemis.

June – Ártemis? Está falando da deusa da caça e da Lua? O que ela quer?

 

Estranha - como sabe, Artemis sempre possuiu uma classe de guerreiras a seu serviço. A primeira linha de batalha de Artemis sempre foram as satélites, guerreiras que usam  arcos e flechas com extrema destreza. Não sou uma simples arqueira! O cosmo que possuo me tornou digna dessa armadura que está além do poder das satélites!

 

June - sim! Já ouvi falar delas, porém, você não me parece precisar disso! Seu cosmo também não deve estar no nível de uma simples guerreira! 

 

Estranha  - vejo que percebeu! Esse é o poder que adquiri com o despertar de Artemis! Estou aqui para convidá-la a unir-se à nós, antes que seja tarde, e a ira de nossa deusa caia sobre você também!

 

June— Eu sigo Atena, que me acolheu quando mais precisei. Não tenho interesse em deixá-la para seguir aquilo que desconheço! O que ganharia com isso?

 

Estranha – ah sim, Atena... Será que Atena pode te honrar com a imortalidade? Você pode sair dessa vida vergonhosa que tem levado, uma amazona que desonra a nossa imagem, caminhando com um homem! Eles são perigosos, rudes e não são confiáveis! Por isso, escravizaremos ou aniquilaremos todos eles!


June— acho que você não compreende....eles são meus amigos, descobri que posso conviver com isso! E afinal, se o quê você realmente queria era fazer esse convite, já pode se retirar! Não preciso de mais cosmo ou de uma nova armadura, sou muito grata pelo que tenho!

A neblina fica menos densa...a menina dá um leve sorriso, abaixa a cabeça, e dá meia-volta...por um instante, parecia aceitar a decisão de June. Mas...

Estranha — sabe, acho uma falta de bom senso isso que acabou de fazer...não posso deixar que isso fique assim....Não posso retornar e deixar para trás alguém que  envergonha a linhagem das amazonas! 



June - mas você acha que é uma amazona de linhagem pura? Isso é uma lenda! Você está sendo iludida!  - posicionando-se defensivamente, preparada para qualquer surpresa, enquanto a amazona ainda está de costas e parada.


De repente, a guerreira se vira para June, e a neblina fica novamente densa, ao ponto de June não conseguir enxergar um palmo sequer na sua frente! Nesse momento, apenas se veem traços luminosos rasgando a neblina, e logo depois, ela percebe que seus braços e seu rosto estavam retalhados!

June – ahhg! Mas como ??? O que foi isso?— sentido o ardor dos cortes, e o sangue quente lhe escorrendo pelo rosto, turvando sua visão.

Estranha – você ainda tem a chance de mudar de escolha...não perca sua vida, por uma decisão infantil!

Dos braços de June escorre o sangue carmesim que mancha a areia da bela praia...seu rosto também foi ferido, e o sangue começa a cobrir mais ainda seu olho direito, atrapalhando de vez sua visão. Agora, ela não consegue sequer sentir a presença de quem a ataca, e é uma questão de tempo para sucumbir, ainda mais sem sua armadura.

June – acho que está me subestimando! Não vai me vencer assim facilmente, se escondendo de forma covarde nessa neblina!


June eleva o cosmo, tentando fazer um turbilhão de ar, para dissipar a neblina, mas parece que sua tentativa foi em vão...a areia se levanta ao seu redor, um breve turbilhão se forma, mas a neblina parece deixá-la pesada...o cosmo de June parece sufocado pela neblina anormal que se formou.

June - o que houve com meu cosmo??? 

Estranha - aqui dentro dessa neblina, você é como uma mosca na teia de uma aranha...quanto mais se debater, mais energia vai perder! Vou acabar logo com isso, uma pena que não tenha percebido seu papel na nova era que Ártemis quer trazer!

June – essa não, estou totalmente indefesa! Shun!!? Logo agora...Shun!!!! Shun!!!

 

June clama pela ajuda do amigo, totalmente indefesa diante daquela ameaça. A técnica da estranha inimiga é algo surpreendente, jamais enfrentado por ela.

 
Estranha - espero que tenha pelo menos aproveitado seus últimos momentos de vida! Adeus, amazona fraca! Nem mesmo tive tempo para me apresentar. Também, isso pouco importa, não precisa saber quem acabou com sua desprezível vida!

 

A voz misteriosa vem de todos os lados....parece que o final chegou para June, ela apenas fica em posição defensiva! Quando o desfecho trágico está para acontecer...uma ventania  invade a praia, fazendo uma nuvem areia, e dissipando a neblina e revelando as amazonas.

Estranha – mas o que??? isso não veio de June....

Ela procura a fonte do cosmo, e quando percebe, sobre os rochedos, está Shun, com uma sacola nos ombros, e controlando as correntes de ar, que tumultua as ondas, e dissipa a neblina. Ele estava com o braço estendido, e agora, salta em direção à praia, ao lado de June...

 

June - Shun!


Shun – June, você está bem? O que houve? Quem é essa mulher? -  posicionando-se á frente dela, em posição defensiva. Ao observá-la melhor, percebe o sangue em seu corpo...a areia está manchada. Do rosto de June escorre mais sangue. Ele não entende o que está acontecendo.

Estranha – Ora ora, se não é o cavaleiro de de bronze de Andrômeda! Demorou para voltar! O que trouxe aí?

A garota caçoa, dando um leve sorriso. Nesse momento, Shun fica furioso, e olha para a menina, cerrando os punhos, enquanto June cai de joelhos na areia!

Shun - porque fez isso com ela? O que você quer???? Quem é você?

 

Estranha— bem queria apenas uma fruta, mas vou me apresentar, já que agora fui interrompida. Sou Key, guerreira de Pantera Nebulosa, uma das protetoras de Ártemis!

A guerreira some rapidamente, e aparece atrás de Shun, que apenas vê um rastro de cosmo passando...

Key— obrigada! - atrás de Shun, com uma maçã na mão, já dando uma mordida.

Shun— nem a vi passar, como é rápida...por isso June teve tanta dificuldade...como farei sem minha armadura ? Se ela quisesse teria me matado! - refletindo brevemente com os olhos trêmulos, enquanto uma gota de suor lhe escorre pelo rosto. Agora, ele se vira lançando um chute, mas a amazona salta para trás.

 
Key— não era meu objetivo acabar com você hoje, mas você viu o meu rosto. Logo, não poderá continuar vivo!

 

Shun vê as unhas de Key tornarem-se garras reluzentes, ela joga a maçã para o mar, e em seguida, eleva seu cosmo, surgindo a imagem de uma Pantera Nebulosa ao fundo!
Shun se posiciona para tentar usar a TEMPESTADE NEBULOSA, mas já é tarde...

 

Shun— cale a boca! TEMPESTADE...!

Key— GARRAS NEBULOSAS!!!

 

Shun não consegue controlar as correntes de ar a tempo de deter os movimentos de Key, e vê-se agora com vários cortes pelo corpo...a sacola de maçãs cai ao chão, e as mesmas estão fatiadas...Shun, ajoelha-se  sangrando devido à profundidade dos ferimentos, buscando forças para revidar, enquanto June não consegue reagir devido á dor.

 

June - Shun! Não!— buscando ajudar, mas cai logo em seguida sobre a areia, sem poder ver realmente o que se passa devido á densa neblina que se formara.

 

Mas Key parece não brincar em serviço, e surge novamente atrás de Shun, agarrando seu pescoço.

 

Shun - argh! Essa...não! Não posso morrer aqui! Dro-ga!  — tentando reagir.

Key – pensei realmente que os cavaleiros de Atena fossem mais espertos, mas você foi uma frágil presa sem sua armadura....deixe que June leve sua cabeça para Atena!

 

June— Shun!!! Não!!! Por favor! - rastejando.


Shun está ajoelhado, e sua frio, com um temor como nunca havia sentido antes! Parece que agora a sua jornada havia acabado! Nesse momento, lembra do irmão, mas não tem coragem de chamá-lo como sempre fez...simplesmente se entrega ao seu destino, lembrando de Atena e dos companheiros também...

 

Shun— Ikki, meu irmão! Seiya, Hyoga, Shiryu, me perdoem! Atena...! - refletindo, procurando livrar-se das garras da guerreira, em vão.


Quando Key lança as garras no pescoço de Shun, algo a atinge, ferindo sua mão esquerda. Sentindo uma forte ardência, ela detêm seu ataque.

 

Key— mas...o quê? -  olhando para a mão ferida, enquanto um ponto avermelhado surge no ferimento.


Shun olha para Key, e a vê segurando a própria mão, com sinal de dor. Nisso, a neblina se dissipa um pouco.

Shun— Ikki??? - ele grita, achando que é seu irmão.

Mas entre as rochas logo acima, eis que surge um brilho dourado. Há um homem trajando uma armadura, que brilha com os últimos raios de sol que a iluminam. Uma armadura dourada! Trajada por um cavaleiro de cabelos azuis, um olhar mortal e com um sorriso irônico! Sua capa branca é marejada pela brisa que vem do oceano.

Key— então, foi você quem me acertou...?!

Shun— Milo, o que faz aqui??? argh! – cuspindo sangue, e buscando contato com o cavaleiro de ouro de Escorpião.

Logo em seguida, meteoros são lançados em direção à Key, que se esquiva de todos, e salta para trás, afastando-se de Shun...

 

Key— mais um cavaleiro?!


Seiya— melhor se afastar dele, moça! Eu sou Seiya, o cavaleiro de Pégaso?? - Seiya surge, trajando a armadura de Pégaso, saltando ao lado de Shun, após desferir os METEOROS DE PÉGASO.

Key— Seiya de Pégaso, finalmente tenho prazer de conhecê-lo...ouvi falar muito sobre você...

 

Seiya— é mesmo? então, vou apresentar alguns truques para você! Deixe o Shun fora disso!


Shun— Seiya, você e Milo vieram me ajudar? Pode deixar que assumirei daqui pra frente! - tentando ficar de pé...

 

Seiya – calma Shun, deixe isso comigo!

Milo agora salta e surge ao lado de Seiya, não desviando os olhos da guerreira.

Milo - deixem isso por minha conta rapazes, Seiya Retire Shun e June daqui, eles precisam de cuidados!

Seiya - não Milo, eu quero lutar!

Milo – guerreira, não sei porque fez isso, mas te aconselho a retirar-se daqui antes que apresente o resto de minhas agulhas, e mostre o meu verdadeiro poder! - ignorando Seiya.

Key, de mãos na cintura, parece provocar Milo, sorrindo.

 

Key – ah sim, ou você irá me alfinetar? Que medo! Hahahah! — às gargalhadas, irritando Milo que já estava de pavio curto.

Milo – vamos ver se acha isso engraçado! Mesmo sendo uma mulher, não me deixa outra opção... AGULHA ESCARLATE!— ele mira com seu dedo, e dispara quatro agulhas à velocidade da luz! – mas...o que ??

Quando as agulhas chegam até Key, parecem acertar o nada, e a figura da guerreira some como se fosse uma miragem, dentro de uma névoa que logo se dissipa. Milo se vê em meio a uma pequena neblina, mas nada da guerreira.

 

Milo - ... parece que sabe usar teletransporte...não é uma amazona qualquer então!— Milo sorri parecendo surpreso...

Seiya carrega Shun com June, não entendendo como Milo errou suas agulhas, mas precisam correr para cuidarem de Shun, que encontra-se ferido , e de June que está perdendo muito sangue.

Seiya – Milo, deixe isso pra lá, vamos levar os dois logo para algum lugar onde possam cuidar de seus ferimentos!

Milo observa o vazio na praia deserta, e o sol forte batendo sobre as pegadas que iam-se embora na areia lambida pelas ondas. Ele parece surpreso com algo, mas, busca manter a discrição

 

Milo - tem razão Seiya, vamos levá-los! Ela voltará, com certeza! E precisamos alertar o Santuário sobre essa estranha!— caminhando com os olhos fechados, buscando ajudar, sustentando June.

 

Seiya - talvez Atena tenha respostas! Vamos logo!

 

Nisso, eles partem, carregando Shun e June, que deixam um rastro de sangue naquele paraíso. O sol finalmente se põe, e a noite chega, surgindo novas estrelas no firmamento.

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Com qual propósito uma amazona atacaria os cavaleiros de Atena? Qual o interesse de Artemis pelas amazonas do Santuário?
O poder da guerreira Key de Pantera Nebulosa surpreende Shun e os outros, e até mesmo Milo, provando não ser uma oponente qualquer. Parece que a cortina de uma nova batalha será aberta.
Não percam o próximo capítulo de Saint Seiya - A Saga de Artemis:

A NINFA DAS ÁGUAS!