Dark Paradise escrita por liina


Capítulo 22
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOOOOOIII
genteee, mil e uma desculpas pela demora! mas olha, é final de ano, teve o enem, e ai teve mil provas (e ainda falta algumas ou seja, deixei de estudar hoje pra escrever porque minha consciência tava pesando já kkk). Eu seeei, são desculpas meio esfarrapadas como sempre, mas olha, são de coração kkkkkk.
ENFIM, desculpinha, não vou fazer de novo, ainda mais agora que tá acabando e bom, não ficou o melhor cap de todos, desculpa por isso também hahaha porém, espero que sirva pra pelo menos vcs não me matarem mais hehehe.

AAH, e Isabella, se vc me mandou msg falando pra eu escrever rápido e sendo chata como sempre, essa é pra vc pesar a consciencia::: meu celular caiu na água e parou de funcionar, então ta no concerto, bj não me liga kkkkkkk

BOA LEITURA :))



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Some things we don't talk about
Rather do without
And just hold the smile
Falling in and out of love
Ashamed and proud of
Together all the while

Eu estava no que eu gostava de chamar carinhosamente de Semana Do Inferno. O que basicamente significava que eu estava em semana de provas (ou seja, teria provas segunda, terça, quinta e sexta-feira), de TPM e, para melhorar, Sarah não falava nada com nada em suas mil páginas de diário.

Decidi, na manhã de quarta-feira, que era melhor matar aula e ficar estudando em casa do que ir para a escola e matar alguém lá.

Respondi as mensagens das meninas e de Lucas que chegaram por volta das 8:30 com um “só matei aula para estudar, nos vemos amanhã”. É claro que insistiram em saber o que tinha, teoricamente, de errado comigo e, graças aos céus, apenas mencionar aquelas três letrinhas os fez calar a boca pelo resto da manhã.

Minha paz acabou, no entanto, não muito mais tarde, quando Lucas resolveu aparecer em minha casa de surpresa depois da aula.

Lucas! – disse encarando-o parado no batente da porta do quarto – eu disse que não queria que você viesse!

– não – colocou as mãos nos bolsos e entrou no quarto – você disse “nos vemos amanhã”...

– isso quer dizer que eu não queria ver a sua cara feia hoje! – disse nervosa e ele pareceu segurar para não rir.

– você mandou a mesma mensagem para as meninas, achei que eu pudesse ter os privilégios de namorado...- deu de ombros dando uma olhada em volta. Minhas paredes estavam quase completamente cobertas por folhas de papel com resumos das matérias.

– Lucas, é sério, eu só quero ficar sozinha, ok? – disse sem nem ao menos me levantar da cama.

– não vou te atrapalhar a estudar. Inclusive eu vim estudar física com você – abriu um sorriso encorajador.

– eu não preciso da sua ajuda – disse mais alto, quase gritando, e ele me encarou com a sobrancelha levantada - ... agora que já terminei de revisar a matéria... – completei relutante, mas calma dessa vez.

– ok, nervosinha, só queria ajudar... – revirou os olhos teatralmente – acho que não era uma desculpinha esfarrapada quando disse que estava na TPM... – fez uma careta.

– não preciso de ajuda, pode ir agora – apontei a porta, mas ele não percebeu, pois estava muito ocupado olhando um gráfico de biologia que eu tinha desenhado explicando o funcionamento do organismo feminino durante a menstruação.

– ok, seus sintomas são baixa de estrógeno e progesterona, o que é a causa dessa TPM horrível que você está tendo e isso indica que seu endométrio pode começar a descamar a qualquer momento... – disse apontado tudo nos gráficos da folha e abrindo um sorriso logo depois.

– LUCAS!

Ele soltou uma risadinha.

– é só uma brincadeira, Ems. Além do mais, passei pra ver se você estava bem de verdade, não ganho nenhum crédito por isso? – deu um sorriso torto.

– tudo bem, obrigada, mas agora que já viu que eu estou bem, pode ir embora – ele fez com que ia dar alguns passos em minha direção, mas eu levantei a mão – não! Lucas, é sério tá legal? Eu não quero que você me veja assim... – bufei e seu sorriso abriu um pouco mais.

– assim como?

– assim assim... – abri os braços – Lucas olha pra mim, olha de verdade! Eu estou completamente patética – meus olhos começaram a encher de água, mas eu controlei o choro - Estou sentada nessa cama desde hoje de manhã, descabelada, cercada de folhas de mil matérias que não sei e com tanta comida que dá pra alimentar uma família inteira; estou vestindo um moletom enorme do meu irmão, que por sinal tá sujo, com as comidas que comi hoje. Pra melhorar, eu choro e grito por tudo e minha paciência está no limite. Eu só não quero que você me veja assim, tá legal? – senti as lágrimas chegarem mais uma vez.

– é, você tem razão – concordou com a cabeça – acho que eu devia arrumar uma namorada tipo da quinta série. Vai ver ela não virou mocinha ainda e eu não vou ter que passar por esses problemas de TPM e tal... – deu de ombros.

Não consegui segurar as lágrimas mais e fiz uma careta enquanto sentia-as deslizarem pelas minhas bochechas.

– Emily! – ele disse rindo e vindo em minha direção – eu falei brincando!

– eu sei... – disse com a voz chorosa, tentando limpar as lágrimas.

– então porque você tá chorando? – disse segurando meu roto.

– não sei... – disse começando a chorar mais ainda e ele soltou outra risada, me puxando para um abraço.

Deitei a cabeça em seu peito e esperei as lágrimas secarem enquanto o sentia fazendo cafuné em meus cabelos.

Afastei-me dele e sequei o que sobrava das lágrimas, ainda fungando um pouco.

Quando o olhei mais uma vez, seu sorriso sincero de uma preocupação confusa comigo quase me fez chorar de novo.

– e você não está patética – disse colocando uma mecha rebelde de meu cabelo atrás da orelha – você não conseguiria ficar patética nem se tentasse – seu sorriso aumentou, como se tentasse me induzir a acreditar em suas palavras – e eu não me importo nem um pouco de te ver assim, porque eu sou completa e estupidamente apaixonado por você, Emily Westwick...

Fiz um gesto de quem não acreditava que ele tinha dito aquilo e comecei a chorar de novo. Lucas riu e me puxou para um beijinho rápido.

– tudo bem – disse secando minhas lágrimas um pouco mais desesperado e me lembrei vagamente de sua fobia a choro – sem declarações hoje, certo?

– completamente... – disse tentando dar um sorriso, mas quase voltei a chorar sem motivo mais uma vez.

– tudo bem, eu sei o que você precisa – Lucas disse de repente e se levantou.

Abriu a cortina, fazendo-me fechar os olhos e reclamar da luz, abriu o armário e pegou algumas mudas de roupas e me puxou da cama, levando-me até o outro lado do quarto logo depois. Entramos no banheiro e ele começou a fechar a porta.

– ei, se você acha que vai conseguir se aproveitar do meu estado emocional para fazer com que eu tire a roupa para você, você está complemente enganado, meu caro... – eu disse levantando a sobrancelha e Lucas soltou outra risada.

– uau, como você descobriu meu plano? – disse fingindo surpresa e tirou minha toalha do gancho atrás da porta, balançando-a na minha frente, como que para mostrar o motivo de ter começado a fechar a porta.

Dei de ombros e ele pendurou a toalha no boxe.

– você vai tomar um banho quente e relaxante para ver se anima um pouco – apontou o chuveiro atrás de mim com a cabeça – e, antes que você insinue alguma coisa: não, eu não vou ficar aqui no banheiro – disse levantando as sobrancelhas desafiadoramente.

– eu não ia insinuar nada... – dei de ombros e ele abriu mais um dos meus sorrisos tortos preferidos e saiu do banheiro, fechando a porta.

Fiquei parada debaixo da água quente por mais tempo do que o necessário, como que em uma tentativa de deixar a água lavar a chatice e a preguiça de meu corpo.

Saí trinta minutos mais tarde, realmente mais animada, e deparei-me com minha cama arrumada e a bagunça de livros, folhas e apostilas que estavam em cima dela, organizados na escrivaninha.

Balancei a cabeça desacreditada nas coisas que Lucas fazia por mim e desci.

Encontrei-o conversando com minha mãe na cozinha.

– finalmente, achei que fosse ter que cortar a água da sua casa pra você sair de baixo do chuveiro... – disse com um sorriso brincalhão e veio em minha direção com uma xícara de chá que disse ter feito.

Sentei-me na mesa e ele colocou uma bacia com pipoca com manteiga em cima da mesma. Levantei as sobrancelhas e ele sentou ao meu lado.

– você precisa sair daquele quarto se quer conseguir se concentrar e aprender alguma coisa – falou e colocou algumas apostilas dele em cima da mesa.

– bons estudos – minhas mãe disse rindo e deu um beijo em minha cabeça e se despediu de Lucas antes de sair para trabalhar.

– tudo bem – suspirei – você venceu – dei um pequeno sorriso e ele chegou mais perto para me dar um beijo.

– agora, você prefere começar pelo Princípio de Arquimedes ou pela conservação de energia mecânica? – disse apontando para a apostila de física e eu quase comecei a chorar mais uma vez.

*****

Três dias depois, faltavam apenas três paginas do diário de Sarah e eu já estava começando a ficar frustrada por não achar nada importante, lendo-o sentada no chão do banheiro de meu quarto.

Peguei mais um biscoito do pote ao meu lado e comecei a ler o que seria o último dia dos pensamentos de minha amiga.

“Querido Diário.

Sei que já não escrevo há algum tempo, mas você não pode me culpar, estava com uma semana atarefado, correndo de um lado para o outro ainda tentando resolver aquele problema que, agora, me parece não valer tanto a pena assim. Quer dizer, se a menina é burra o suficiente para não acreditar nem mesmo no que suas amigas falam sobre o cafajeste que ela está namorando, não me parece restar muita coisa a fazer. Mesmo assim, ainda me sinto em dívida com ela, por causa de algumas coisas que ela vem fazendo por mim desde o início do ano, e também não sou de largar o osso assim tão fácil.

De qualquer maneira, o motivo do meu sumiço foi uma pequena e curta viagem (será que posso chamar assim?) que fiz até Sunnyville... “

Ajeite-me no piso gelado. Finalmente, depois de páginas e páginas do que poderia ser uma novela mexicana com os casos que Sarah contava do colégio, alguma coisa chamou minha atenção.

Lembrei-me vagamente de quando Lucas disse que ela tinha ido a uma cidade vizinha e escrevi o nome da que ela acabara de citar na mão, a fim de pergunta-lo mais tarde sobre isso.

“Se posso dizer alguma coisa desse passeio é que ele me abriu os olhos para a carreira de atriz. Enganar a Coelhinha foi mais fácil do que tirar doce de criança...”

OK, Sarah, temos que conversar sobre esses apelidinhos. Eles ficam cada vez mais ridículos. E digo isso no melhor sentido da palavra.

E também as metáforas. São péssimas, e clichês...

“Foi fácil também conseguir todas as informações que eu precisava depois de um simples telefonema e um pedido para me encontrar com ela. E só posso dizer uma coisa: se isso não convencer quem preciso, eu desisto, e deixo essa história como está... “

Virei a página esperançosa apenas para me deparar com uma em branco.

Respirei fundo durante alguns segundos e decidi ligar para Lucas. Decidimos nos encontrar na pracinha e menos de vinte minutos depois eu já o tinha colocado a par da situação, sentada perto de uma árvore.

– então acabou? Sem mais nada escrito no diário? – ele perguntou parecendo um tanto quanto frustrado.

Concordei com a cabeça.

– o que quer que tenha se desenrolado dessa história foi o que matou Sarah pelo jeito – disse com um nó na garganta e ficamos em silêncio por alguns instantes.

Soltei uma risadinha de repente e Lucas me olhou confuso.

– eu sou tão idiota... – disse já me levantando – vamos – estendi a mão para ele – temos que ir

– ir aonde? – perguntou parecendo ainda mais confuso agora.

– pra casa – sorri – a agendinha de telefone. Eu vi alguém com o nome coelhinha lá – disse com um sorriso ainda maior.

Não demorou para que chegássemos em casa e menos ainda para pegar a agendinha e o telefone de Sarah. Procurei pelo nome que queria e encarei o papel por alguns segundos assim que o encontrei.

Era nossa última chance. Tinha que dar certo.

Respirei fundo e disquei o número. Segurei a mão de Lucas mais fortemente a cada toque, como se tentasse segurar o que restava para nós conseguirmos entender o que tinha acontecido com Sarah.

Cada toque parecia mais distante um do outro, e quando minhas esperanças já estavam se esvaindo:

– Alô?


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Notas finais do capítulo

E AIIII??? me contem as espectativas pra esse alô kkkkkkk

PS URGENTE: QUEM VIU EM CHAMAS??? PRA VC QUE VIU:::: VOCÊ MORREU IGUAL EUUU????? só isso mesmo, bjks kkk

música (que eu amo) do cap: http://www.youtube.com/watch?v=Aihu16RyYp8