Still Into You. escrita por paloma


Capítulo 23
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/346814/chapter/23

Estava calor, muito calor. Parecia que tinha algo em cima de mim. Muito pesado por sinal. Meio relutante, abro meus olhos. Olhando em volta, vejo que não é o meu quarto de hotel. Não é a cama que eu dormia, nem os lençóis. Muito menos o companheiro de quarto era o mesmo. Do meu lado, estava Eduardo. É, passamos a noite com ele, disse meu inconsciente a mim. Sabe aquela sensação de ter feito algo errado, mesmo você sabendo que no fundo de errado não tinha absolutamente nada? Pois então...

Olhando para o corpo brasileiro ao meu lado, completamente sem roupa, eu mudo de ideia. Pensei em me martirizar pela noite que tivemos. Não gostava dele. Só como amigo e aposto que ele também só gostava de mim como amiga, ou seja, isso foi apenas sexo casual e nada demais. Só para você saber, aqui é a vida real, ou seja, nada de roteiro como no filme Amizade Colorida. Se bem que, que o carinha aí, é bem gostoso igual ao Justin, falou meu inconsciente. Balanço a cabeça retirando aquela vozinha insuportável e resolvo me levantar sem fazer barulho. Não quero olhar na cara de Eduardo agora, não depois de algumas horas do nosso sexo casual barra sem compromisso.

Levanto da cama sem fazer movimentos bruscos. Vou catando minhas roupas jogadas pelo chão do quarto. Uma em cada canto. E pela distância delas, pelo jeito Eduardo estava louco para os finalmente. Vou até o banheiro, me visto. Ao sair, vejo que Eduardo ainda está no décimo sono. Menos mal, resmungo a mim mesma. Saio pé por pé, com passinhos de formiga. Já no corredor do hotel, solto um suspiro.

 - Pelo teu suspiro, a noite deve ter sido boa. - disse a voz que naquele momento era a última que eu pensaria escutar naquela hora da manhã

Me viro e me deparo com Matt, me encarando. Ela estava usando uma bermuda preta, com uma camisa branca, que deixava em evidência os músculos dele. Seus braços cruzados na altura do peito. Olhando assim, até o chamaria de meu pai, pois aquela posição parecia muito com ele.

- Falou comigo? - perguntei

Ele apenas olhou para mim, dos pés a cabeça e balançou a cabeça negativamente.

- Esperava mais de você. - disse baixo, me encarando. De repente olho para porta do nosso quarto sendo aberta, revelando a morena do elevador, usando uma roupa diferente roupa do show de ontem. Pelo jeito a vadia dormiu ali e ele vem dá bronca em mim, falo em pensamento. Olho para ela e depois olho para ele. Sorrio forçadamente de canto. Ela para ao lado dele.

- Tenho que ir. Beijos!! - dá um beijo na bochecha dele – Tchau – disse pra mim

Não respondo. Passo por eles e entro com fúria no quarto. Jogo meu sapatos com força em um canto qualquer e grito.

- Cass... - ouço a voz de Matt atrás de mim

- Não fala comigo - disse ríspida

Ficamos em silêncio por uns longos minutos. Eu tinha um monte de coisa pra falar, mas a coragem, o orgulho me proibiam de falar tudo que estava intalado na minha garganta. Sinto-o chegar mais perto de mim. Dou um passo para frente, a fim de não deixá-lo ter um mínimo de proximidade.

- Seria mais fácil se me deixasse falar e me escutasse. - disse ele com um tom de voz ameno, baixo, leve

- Escutar o que? Vai me diz? - ele ficou mudo – Ah quer saber, foda-se! Nem ligo. Transa com quem quiser e eu faço o mesmo. Não somos nada mesmo. - disse indo em direção ao banheiro

Nessa hora, ele me puxa pelo braço e me joga contra a parede, colocando ambos os braços, um de cada lado do meu rosto, me proibindo de ter qualquer pensamento de sair dali, de fugir dele. Sentia sua respiração bem perto do meu rosto. Mesmo com os olhos fechados, eu sabia que ele estava próximo, próximo até demais do meu corpo, da minha boca. De mim. Ahhhh...

- Transou com ele, não foi? - perguntou como um sussurro

Eu até podia jurar que ali, havia um pingo de decepção, raiva, ódio. Mas o que mais prevalecia era dor.

- Me responde, Cass. Transou com aquele cara, não foi? - insistiu

Estava na cara que eu havia passo a noite intimamente com Eduardo, por que ele perguntava?

- Pelo teu silêncio, acho que a resposta é sim. - disse se afastando de mim – Como eu disse, eu esperava mais de você. Bem mais. - saiu em direção a porta de cabeça baixa

A raiva, o ódio de mim, do sentimento que sinto por ele gritavam dentro de mim. Precisava dizer algo. Responder algo. Me expressar.

- Assim como eu transei com ele, você transou com ela. Estamos quites, Matt. - disse por fim – O pior é que quem começou com isso foi você. Não bastava comer aquela vadia no jardim do hotel, tinha que trepar com ela aqui, logo aqui. - falei com a voz embargada – Eu esperava isso de você já. - termino de falar e entro no banheiro trancando a porta

Me sento no chão e começo a chorar. Mas que porra. Por que fui amar dele? Logo dele?

As horas se passaram, Matt não voltou pro quarto depois daquela quase briga nossa. Eduardo me ligava ou até mesmo ia até meu quarto, mas eu o ignorava. Não queria ver ninguém, falar com ninguém. Calli e Nate foram até o quarto, me chamar para irmos a praia, eu disse que não. Que estava com ressaca por causa de ontem e eles acreditaram, ou fingiram acreditar.

No meu celular, marcava sete da noite. O clima estava ameno na capital do carnaval. Hoje seria o segundo dia de Rock in Rio, mas estava sem animo algum para diversão. Deitada, ou melhor jogada na cama, eu chorava baixinho escutando alguma música depressiva. Matt, para a minha sorte, não estava lá. Aposto que está no quarto daquela vaca comendo ela e a tratando como puta. Pensar naquilo, me fez chorar mais ainda.

- Ah não! Pode tratar de se arrumar. Tem show hoje, amiga. - disse Calli adentrando o quarto

Coloco o travesseiro em meu rosto a fim de não permiti-la me ver naquele estado.

- Ficar aí, não vai adiantar em nada, Cass. Vai levanta. - puxa o travesseiro do meu rosto – Me conta!

Contei tudo a ela. Tirando os detalhes de certos momentos pessoais.

- Está apaixonada por ele, Cass. - disse Calli por fim

- Devo mesmo, mas não queria. - disse em prantos

- Agora é tarde pra de arrepender. - disse

Depois de longo tempo me convencendo a ir para o segundo dia de show, lá estava eu e ela indo em direção ao hall do hotel se juntar com os outros. No meio deles, vi Matt, ele me viu e ficou me fitando por alguns minutos. Depois abaixou o olhar e fitou o chão. Calli foi a única que percebeu o clima entre nós dois.

No local do show, a música eletrônica tocava a todo vapor. Os shows principais não haviam começado. Os outros logo foram para a pista de dança. Eu fui direto para o bar, me sentei e pedi uma garrafa de água com gás. Enquanto tomava minha água. Olho para a pista, lá vejo Calli dançando sensualmente com Nate e Alex e Kristen fazendo a mesma coisa. O dj tocava Sexy Bitch, do David Guetta. Olhando mais para o lado, eis que vejo a cena que me deu mais náusea e ódio naquele momento. Uma loira peituda se esfregando em Matt que nem para afastar estava. Pelo jeito, ele estava gostando. - murmuro a mim mesma. Viro para o barmen e peço uma dose de tequila pura. Viro de uma só vez.

Já era a quarta dose de tequila que virava.

- Pelo jeito anda fugindo de mim depois de ontem, é? - pergunta Eduardo ao meu lado

Me viro e sorrio para ele. O nível de álcool era tanto em minhas veias que não filtrei o cérebro antes de pensar em meus atos. O puxei para um beijo. Ele logo retribuiu.

- Bora dançar? - pergunta e eu assinto

Ele me puxa pelas mãos para o meio da pista. O dj agora trocou de música. My Love, do Justin Timberlake tocava nas caixas de som. Eu estava sóbria, não tanto, mas estava. Sabia o que estava fazendo. Dancei no ritmo da música. De repente, me vejo em cima do ombro de alguém. Tento olhar para cima e ver quem é. Mas logo reconheço o corpo abaixo do meu.

- Matt, me larga! - gritei

- Cala a boca, Cassie Bowen – disse ele ríspido

Ele havia me chamado pelo meu nome e sobrenome. Cade o Cass? Ou o linda?, pensei. Ele me jogou dentro de um táxi. Se acomodou ao meu lado, olhando para o lado de fora. Nem ousou me olhar. Estava ficando possessa já. Por que ele fez aquilo? Chegando no hotel, me recuso a sair dali. Tinha um evento ótimo, com vários show hoje e eu não perderia por causa dele. Peço para o motorista me levar de volta, mas antes de pensar em algo, Matt me puxa pelas pernas e me joga em seu ombro novamente.

Na entrada do hotel, as pessoas que estavam ali, ficaram nos olhando abismadas. Uns riam, outros ficavam com cara de bunda.

- Matt, porra! - gritei o socando nas costas – Me larga!

- Continua gritando e chamará a atenção de todos aqui. - disse ainda ríspido

É sério isso? Ele que está nos fazendo chamar a atenção, penso.

No elevador, continuo gritando. Dou um tapa forte na sua bunda, O mesmo revida e dá um mais forte na minha. Grito com o ato dele. Já em nosso quarto, ele me põe no chão.

- Seu filho da mãe! - grito – Por que fez isso?

- Porque eu quis. - disse simples assim

Aquela resposta me fez sentir mais raiva ainda dele. Voei em cima dele, o estapeando com força e gritando.

- Porra, Matt!! Eu estava me divertindo. Te odeio! Te odeio! - gritei

Ele apenas se virou, ficando por cima de mim no sofá. Segurou meus braços a cima da minha cabeça, chegou seu rosto perto do meu. Onde sua boca ficava a centímetros da minha.

- Que bom, pois eu te amo. - disse ele por fim e me beijou


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

COMENTEM GENTE!!

ALELUIA ELES SE RESOLVERAM...