Still Into You. escrita por paloma


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capítulo aíReviews para eu saber se estão gostandoBoa leitura!!



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Denver, Colorado, maio de 2017.

Cá estou eu, deitada na minha cama sozinha. Do lado direito não há ninguém. Respiro fundo. Sozinha em plena manhã de domingo. que beleza! Era pra eu está feliz, não é. Ou melhor contar como eu,  uma mulher de 22 anos, está fazendo sozinha na cama. A história é bem longa. Tipo, bem longa mesmo. Não estou aumentando nada. É a verdade. Agora a pergunta que não quer calar: contar ou não contar o porque da minha solidão nessa cama enorme aqui? Sim, claro que conto. A história não é nada parecida com os contos de fadas da Disney. Muito menos com as histórias melosas desses livros românticos modernos e clássicos. Tá mais para realidade mesmo. Com tudo que tenho direito e se der, um pouco mais. Então vamos lá, sem enrolação.

Denver, Colorado, abril de 2013.

''Say my name. And every colour illuminates... '', meu despertador toca ao som de Florence And The Machine. Com os olhos fechados, eu tento achar o despertador que ainda toca na mesinha ao lado da minha cama. Derrepente escuto um barulho no chão. Sim, agora sim eu posso dormir em paz, pensei. Fui me aconchegando mais e mais no meu colchão dos deuses, como eu chamo. Quando estava já pegando no sono e voltando ao meu sonho perfeito, onde eu estava pronta pra dizer, ''me coma, Jensen Ackles.'', meu irmão de 16 anos, Alex pula em cima de mim aos berros.

- Acorda maninha. Acorda! - gritou

- Porra, Alex. Volta pro seu quarto, vai e me deixa dormir. - disse colocando o travesseiro na minha cara.

Podia escutar as gargalhadas escandalosas dele. 

- Acorda menina, teu aniversário de 18 anos é hoje. 

Tinha me esquecido desse pequeno e mero detalhe. Hoje eram eu aniversário de 18 anos. Eu esqueci meu aniversário. Como alguém esquece o próprio aniversário? Euzinha, pensei para mim mesma.

- Será que eu vou ter que te jogar um balde de água gelada pra você acordar, Cass?

Menino chato!

Pronto acordei, satisfeito? - disse o empurrando da minha cama e me sentando

Ele apenas riu. 

- Que foi? - perguntei

Ele tinha uma cara de eu-aprontei-algo-e-foi-com-você-ou-seja-se-ferrou. 

- O que tu aprontou agora, Alex?

Ele deu de ombros. 

- Nada. Por que acha que aprontei alguma coisa? - fingiu inocência.

- Simples, porque você é meu irmão e eu te conheço há 16 anos e porque você tá com cara de que aprontou alguma.

Ele assobiou e saiu do meu quarto. Balancei a cabeça em negativa e segui até meu banheiro. 

Desci até a cozinha, lá estava minha mãe toda alegre e contente. Parecia que tinha ganhado na loteria ou mais, conhecido o George Clooney ao vivo e a cores. 

-Bom dia, Cass. - disse minha mãe - Tá crescendo hein? - me abraçou - 18 anos já. Tá virando uma menina-mulher agora.

- Mãe... - repreendi

Minha mãe as vezes exagerava quando o assunto era emoção. Ela sempre mostrava mais do que o necessário.

Me sentei para tomar café.

- Filha, parabéns. - disse meu pai.

Até que enfim alguém sabe o que é dar parabéns civilizadamente. 

Depois do café da manhã, fui até meu quarto, peguei meu Ipop e saí para dar uma volta pelo bairro. 

Os vizinhos eram bem simpáticos. Alguns nem tanto. Como por exemplo o vizinho da casa 10. Aquele ali só não era mais grosso por falta de espaço. Como diz o Alex, ''é falta de sexo, mesmo.'' E devia  ser mesmo. Ele aparentava ter seus cinquenta anos. Nunca o vi com ninguém. Vai que ele é gay e tem vergonha de assumir. Menos, Cass. Menos. Sorri sozinha.

Fui andando até a casa da minha melhor amiga, Calli. Meio doidinha. Mas com juízo. De nós duas, eu era a mais certinha digamos assim. Ela fazia cada loucura que cá entre nós, nem o mais louco do mundo faria.

Apertei a campainha e ela antes de abrir já gritava feito uma louca.

- Já vai, porra! - disse - Ow! Cass, minha querida. Parabéns, baby! - me abraçou. Um tanto forte. Por pouco não quebro meus ossos. - Entra! Tenho um presente pra ti, gata. 

Fomos até seu quarto. Chegando lá, levei um susto. Mas que bagunça, cara, pensei pra mim. 

- Ignora a bagunça ok? - pediu

Vou tentar, vou tentar. Acho meio impossível, mas vou tentar.

Então, qual é o meu presente? 

Um fato sobre mim, amo presentes. Amo ganhar, dar já é outra história.

- Toma! 

Me entregou dois ingressos para a La Creyz. Uma boate bem badalada daqui de Denver. 

- Vamos? Já temos 18 anos mesmo. Área vip, viu aí. - assenti - To mega ansiosa pra irmos. Temos que escolher nossas roupas urgente.

- Calma, Calli - pedi

Ela me olhou com o tipo de olhar que dizia temos-que-ficar-lindas-e-gostosas. Ri com aquilo. Ficamos uma meia hora ou mais a procura da roupa perfeita. Confesso que esse tipo de diversão não é a minha praia. Se Calli não fosse tão persuasiva, eu diria não, voltaria para casa e me jogava na minha cama ao som de Creed ou qualquer outra banda de rock. Tá aí outro fato meu, eu amo rock. Um dos meus estilos de música preferido.

Mais tarde, quando deu uma quatro da tarde, me despedi de Calli e fui a caminho de casa. Fui andando pela calçada escutando Misery Business, do Paramore. Estava bem distraída escutando a música. Cantarolava baixo, ou pelo menos achei que estava cantando baixo. Com os olhos fechados apreciando o som, esbarro em algo e caiu de bunda no chão. Porra, que dor. Me levanto meio desconjuntada. Limpo minha calça na parte de trás, tirando a poeira dela.

- Valeu aí, Liam... - disse uma voz grave e ao mesmo tempo doce - Foi mal aí gatinha, é que eu sou meio...

- Desastrado? Eu sei - disse ríspida 

Ele me olhou de cima a baixo e ergueu uma sobrancelha. 

- E mais, tenho nome e não é gatinha.

Ele apenas riu de lado. Ow, que puta sorriso é esse?

E qual seria o nome da gatinha?

Sorri irônica.

- Não te interessa. Licença

Me virei e fui embora. Mais ele gritou algo para eu escutar.

- Pelas roupas que usa, deve ser muito certinha mesmo. Adoraria corromper a santidade da gatinha. 

Menino abusado. Ignorei a cantada mal feita e segui meu caminho. 


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Me mandem reviews dizendo.Valeu!!