Never Let Me Go escrita por Strangers in Paradise


Capítulo 7
Capítulo 7. Transferência


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Estou maravilhada com os reviews!! Espero que continue assim!
Bem, aqui está o capítulo e eu quero deixar uma coisa clara com vocês: É Velocino Dourado pois achei melhor colocar este nome do que Velocino de Ouro. Me desculpem se vocês não gostaram, mas eu achei que ficaria melhor este nome.
Gene é uma senhora de 67 anos que é a zeladora do Deadly Fights, ok? Ela tem cabelos grisalhos e usa óculos. É uma senhora bem querida e agradável. É minha personagem.
Quero reviews!
Beijos, bye!
.-.



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POV. Annabeth Chase

A reação de Thalia fora muito diferente do que eu achei que iria ser. Eu pensei que ela pegaria o quadro e assim, o rasgaria, o incendiaria, e por fim, colocaria as cinzas em um pote, onde deixaria debaixo de sua cama. Mas não. Thalia fez algo que eu nunca achei que ela teria coragem de fazer. Ela o pendurou na parede de nosso quarto.

– Pronto. - ela disse, enquanto saía de cima de sua cadeira com um martelo, e alguns pregos que ela pedira para Gene, nossa zeladora, assim que eu levara o quadro ao nosso quarto. Thalia se aproximou do meu lado, enquanto eu parava de segurar a cadeira. - Está torto? Porque se estiver, foi sua culpa.

Eu analisei o quadro na parede, era mais ou menos de um metro e vinte ou um metro e quarenta de tamanho. Ele ficara bem em cima de nossas escrivaninhas, ou seja, no meio do quarto. Pelos meus cálculos, os quais sempre estavam certos, ele estava reto e centralizado perfeitamente no meio da parede.

– Não está torto, Thalia. - eu disse enquanto a ouvi suspirar.

Me virei em sua direção, e a vi deitada em sua cama, com os pregos e o martelo no chão. Me aproximei de sua cama, e me sentei ali. Thalia suspirou novamente. " O que será que a está incomodando? " - pensei. " Além do fato de tudo o que acontecera nos últimos 2 dias, é claro. "

– Quer desabafar? - perguntei. Não queria pressionar Thalia. Sabia que se ela quisesse desabafar comigo, ela iria. Mesmo se primeiramente ela negasse, sabia que depois de um tempo, ela iria desabafar.

– Eu tive um sonho estranho, Annie. – ela disse enquanto fechava os olhos. - Eu sonhei que estava em um quarto, mas tinha alguém comigo. Era jovem, teria no máximo 20 anos, eu acho. Ele tinha olhos azuis claros e cabelos louros como areia. Tinha uma cicatriz que cortava o rosto. Ele me chamava, pedia meu perdão e chorava. Mas depois, o sonho mudou. Eu estava naquele mesmo quarto, mas agora, eu estava nos braços dele, chorando. Ele me consolava, mas eu não entendi o motivo. Eu não o conheço, Annie. Nunca o vi em toda minha vida. Mas de algum modo, me senti protegida e totalmente á mostra com ele. - eu escutei cada palavra com toda atenção. Enquanto ela relatava o sonho, eu conseguia imaginar as cenas, menos o garoto que ela descrevera. Thalia suspirou e continuou:

– Eu não sei o que significa este sonho, Annie. - ela disse. Thalia abriu seus olhos, e depois virou sua cabeça em minha direção. - O que você acha?

Eu não sabia o que responder, então optei pela simples verdade.

– Eu não sei, Thals. Sonhos podem ser tudo. Significantes, aconselhadores, pequenas expectativas do que poderia ou poderá acontecer, até o que está acontecendo em um universo paralelo. Tudo. Desdo simples nada até o mais duvidoso tudo. - eu disse.

Thalia deu uma pequena risada e disse:

– Aonde leu isso?

– Não li em lugar nenhum. Simplesmente me veio á cabeça. - e assim, me levantei.

Olhei no criado-mudo, e vi no meu relógio que já eram 12:49. " Estamos perdendo o almoço. "

– Vamos, Tha. - eu a chamei. - Estamos muito atrasadas para o almoço. - e assim, a ouvi resmungar, dizendo coisas sobre poesias e comidas, enquanto me seguia para fora do quarto.

[...]

Todos nos olhavam com compaixão, pena e expressões de pêsames. Até mesmo Melisse, que em vez de estar rabugenta como sempre, estava quieta e até resolveu colocar o que parecia ser a sobremesa mais " comestível " das outras em nossos pratos, nos lançando um olhar um pouco significativo antes de gritar para o próximo da fila se aproximar.

Enquanto passávamos pelas mesas, ouvíamos fofocas e sussurros como: " Aposto 10 reais que Annabeth não tinha chorado no funeral. " " Quer dizer que Lee e Rachel tinham um lance? E mesmo assim ele a matou por trair com Ethan? " " Annabeth parece estar de luto, assim como Thalia, não acha? " " É claro que elas estão! Eram muito próximas da ruivinha!" e entre outros que eu tive vontade de jogar o prato de pizza em cima da cabeça, e depois colocar minha sobremesa dentro das calças daqueles que inventavam mil coisas sobre o assassinato de Rachel.

" Eu já perdera meu pais e minha outra melhor amiga. O que mais você pode tirar de mim a não ser Thalia ou a minha vida? " - perguntei mais para mim do que para Deus, Jesus ou qualquer anjo que pudesse me ouvir.

Comemos em silêncio, e as vezes, eu pegava Thalia olhando diretamente para o lugar onde Rachel sempre se sentara, que era ao seu lado. Não podia negar que as vezes olhava diretamente para o mesmo lugar, imaginando Rachel sentada ali, comendo o seu almoço, provavelmente cantarolando baixinho uma música de uma banda que ela gostava.

Suspirei. " Quando uma coisa muda, nada mais será igual. Mesmo que seja a mais minúscula coisa, ela sempre terminará com um grande impacto em nossas vidas. " – pensei.

[...]

Depois do almoço, Thalia decidiu ir para seu quarto dormir. E eu decidi que iria para a biblioteca ler um pouco.

Eu já estava chegando na biblioteca, quando ouvi meu nome sendo gritado por uma voz masculina:

– Annabeth! Espera! - era Clovis correndo ofegante em minha direção. - Espera! - ele disse quando se aproximou ofegante.

– Sim? - perguntei fria como sempre

Clovis me olhou assustado, como se eu pudesse arrancar sua cabeça num instante. Mas tentou tomar a postura, e disse:

– Quíron quer te ver na sala dele. Disse que é importante. - concordei com a cabeça.

Clovis entendeu isso com um tchau e seguiu em frente, indo em direção á biblioteca, enquanto eu ia em direção á sala de Quíron.

" O que será? " – pensei.

[...]

Bati na porta do escritório de Quíron, e esperei. Contei 10 segundos, e ouvi a voz de Quíron.

– Pode entrar.

Abri a porta vagarosamente, e entrei encontrando uma pessoa que só vira 3 vezes enquanto estava aqui na Deadly Fights Academy: Zeus, o diretor da academia.

Ele estava sentado na cadeira de Quíron, enquanto o mesmo estava de pé ao seu lado. Ele usava um terno grafite, que combinava estranhamente com seus olhos iguais aos de Thalia. Ele estava ajeitando uma pasta beje, colocando alguns papéis dentro.

– Entre. - ele disse com a voz grossa e firme. Entrei na sala, e fechei a porta.

Dei uma olhada rápida em Quíron, que parecia desconfortável com alguma coisa. Conseguia dizer isso por causa de seus olhos aflitos que me acompanhando enquanto caminhava em direção á Zeus.

– Sente-se. - ele ordenou, e eu me sentei na cadeira que estava em frente á sua mesa. - Tenho algo importante á dizer, mocinha. Então vou direto ao assunto. - ele disse no momento que terminou de ajeitar a pasta beje e a colocou á minha frente. Não desconectei meus olhos de sua face, mesmo no momento que seus olhos se conectaram aos meus. - Aqui está tudo o que você precisa saber.

Me aproximei da mesa, e peguei a pasta. Ela estava um pouco pesada, por causa das folhas que Zeus colocara dentro da mesma. Eu a abri, e comecei a ler. Senti os olhos de Zeus e de Quíron em mim, mas não liguei. Todo o que eu estava prestando atenção, era o grande Transferência que estava escrito na primeira frase da folha.

– Transferência? - perguntei confusa. - Vou ser transferida?

Zeus me observou atentamente, e depois disse:

– Sim. Você pode arrumar suas malas pois amanhã de manhã vocês iram para London.

– Nós? - eu disse enquanto analisava.

– Você e sua amiga, Thalia. - ele disse. - Agora, preciso que assine aqui. - ele disse e eu vi que no final da folha, uma linha esperava minha assinatura. Vi que a de Zeus e a de Quíron estavam ali.

" Eles me venderam? " – pensei.

– Por que? - eu perguntei, tentando acalmar a fúria que estava surgindo em meu peito.

– Nenhuma informação irá ser revelada aqui. Você será transferida e assim será feito. - ele disse e a fúria cresceu mais. - Você tem até amanhã ás 09:00am para comparecer no saguão para que Argos a pegue.

– Está me dizendo que eu irei ser transferida sem pelo menos saber o motivo? - perguntei fechando a pasta.

– Annabeth. - Quíron deu um passo á frente, em olhando preocupado. - Se acalme. Tudo o que precisa saber está no contrato.

– Contrato? - eu perguntei intrigada e raivosa. - Vocês me venderam?

Zeus continuava a me analisar, enquanto Quíron me olhava com preocupação.

– Não á vendemos, Senhorita Chase. - disse Zeus calmo. - Estamos apenas dando um outro lar, se preferir assim.

– Eu estou praticamente morando nesta academia faz quase 8 anos, e o senhor está me dizendo que de uma hora para outra, eu vou ser transferida sem nenhum motivo aparente? - eu perguntei.

– Existem motivos, Senhorita Chase. Dos quais você e minha filha não precisaram saber. - ele disse e olhou para a pasta beje em minhas mãos. - Eu a aconselho aceitar a posição em que está, e assim assinar este contrato. Ou se não, irei fazê-la assinar por bem ou por mal, Senhorita. E eu aconselho que faça por bem. - seu tom era de raiva e de determinação. Não tive medo, e ele percebera isso em meu olhar.

Olhei para o contrato e assim para Quíron. Ele tinha um olhar penetrante em mim, o qual eu revidei com o meu melhor olhar frio.

Olhei para Zeus, e olhei para a pasta que continha o contrato de transferência. " Para onde? " – pensei.

– Para onde seremos transferidas? - perguntei e levantei meu olhar para Zeus.

– Para uma outra academia, muito parecida com a nossa. Somente com algumas alterações. - ele disse e eu fechei meus olhos. - Não se preocupe com os detalhes, que eu mesmo já os cuidei Senhorita Chase.

– O que acontecerá depois? - eu perguntei.

– Simples. - ele disse e me alcançou uma caneta, a qual eu não peguei. - Esta academia ficará a mesma, enquanto esta outra academia irá receber vocês duas. - ele disse. " Por que ele não quer me dizer o nome da maldita academia? " – pensei.

Olhei para a caneta em sua mão, e a peguei.

" Se é assim que o destino quer, quem sou eu para contrariar? " pensei relutante.

Abri o contrato e o coloquei em cima da mesa de Zeus, o qual me olhava com uma expectativa.

– Eu ainda verei Thalia? - perguntei.

– Vocês não sairão do lado da outra. Inclusive, irão dividir o mesmo quarto. - ele disse.

Suspirei e cliquei a caneta para que funcionasse.

– E eu ainda poderei fazer uma visita á esta academia depois que partir? - perguntei.

– Se você está se referindo ao cemitério, onde sua amiga está, sim. Visitas que eu determinarei em quanto tempo você e Thalia virão.- ele disse e eu movi minha mão para o final da folha, deixando a caneta pronta para assinar meu nome na linha onde minha assinatura deveria permanecer.

– E uma última coisa, Senhorita. - ele disse e eu prestei atenção. - Meus pêsames.

" Desgraçado mentiroso. Nem compareceu ao enterro e quer desejar pêsames? " - pensei.

Com um suspiro, abri meus olhos. Relutante, mas decidida, apertei a caneta contra o papel.

Annabeth Chase.

E assim, acabara de assinar o contrato que poderia mudar minha vida.

– Obrigado por colaborar, Senhorita Chase. - Zeus disse e pegou o contrato em suas mãos. - Amanhã ás 09:00 am no saguão com suas malas e pertences. Tudo o que ficará, bem, digamos que não estará esperando por sua visita.

E assim quando me virei para ir embora, vi que na pratilheira onde Quíron guarda os troféus e medalhas da academia, estava o Velocino Dourado. ( N/A: O Velocino é um troféu nesta versão. ) Me aproximei do mesmo e li o que estava escrito na placa na frente do troféu:

Pertence á Rachel Elizabeth Dare.

Por honra e coragem.

– Ah, sim. - Zeus disse. - Colocamos o troféu em honra á sua amiga. Digamos, que ela mereceu depois de tudo o que ela... - mas eu saí da sala antes que ele pudesse colocar mais raiva dentro de meu peito.

[...]

Ao entrar dentro de meu quarto, ouvi Thalia xingando alto.

– Desgraçado! Filho da mãe! Aquele.... - ela parou de xingar quando abri a porta do nosso quarto. - Você já soube da grande novidade? - ela perguntou irônica e eu assenti com a cabeça. enquanto eu fechava a porta com. Sabia que ela se referia á transferência. - Ahhh! Não acredito! Como ele pôde? Bem agora que ele sabe que Rachel morreu, que Lee fora expulso, que Ethan está na solitária e que toda a academia está em crise por causa disso tudo!

Enquanto ela dizia, eu me joguei na cama frustada. Olhei para o relógio no criado mudo e vi que era somente 14:59pm. Bufei de raiva.

– E olha o que deixaram na porta. - ela disse e eu me virei para ela. Ao lado de sua cama, 4 malas estavam colocadas uma do lado da outra. - São as malas para a transferência para amanhã. Amanhã! - ela disse enquanto se jogava na cama.

Suspirei, ainda frustada, mas disse calma

– Então temos que fazer nossas malas, Tha.

– Como é que é? - ela disse levantando a cabeça e me olhando como se eu fosse louca.

– Temos que fazer nossas malas agora, Thals. - repeti.

– Você está desistindo? - ela disse se sentando na cama.

– Não. - eu disse suspirando. - Mas estou aceitando que amanhã de manhã, nós vamos ter que sair daqui. Não estou gostando muito menos suportando a ideia de ter que mudar desta academia para outra. Você sabe disso, mais do que ninguém. - eu disse . - Aqui foi minha casa quando eu não tive nenhuma.

Ela abaixou seu rosto, e começou a mexer na barra de sua blusa. " Ela também não está contente em sair daqui. " – pensei.

– Vamos. Falta algumas horas para o jantar e temos que nos arrumar para a viajem de amanhã. - eu disse e ela se levantou da cama, ainda estava com a cabeça um pouco abaixada.

– Eu só não estou pronta para deixá-la, Annie. - ela disse baixo e eu entendi. Ela não queria deixar Rachel para trás.

– As vezes precisamos ser fortes mesmo quando não estamos, Thalia. - eu disse suspirando. - As vezes é mais difícil deixar algo para trás não por opção nem por escolha, mas sim, por sentimento. Rachel sempre estará em nossos corações e mentes. Ela nunca terá partido realmente.

Thalia concordou e fui pegar uma mala. A colocou perto de seu guarda-roupa, e o abriu. Pegou uma blusa, a dobrou, e a colocou na mala aberta, fazendo o mesmo com outra blusa.

Suspirei. " As vezes é difícil aceitar que as coisas nunca mais serão as mesmas. " – pensei.

Peguei uma mala, e fui em direção ao meu guarda-roupa. Eu tinha muita coisa para colocar nas malas.

[...]

As malas estavam prontas. O quarto estava irreconhecível. Não tinha nada nos guardas-roupas, nas escrivaninhas, no banheiro, basicamente no quarto todo.

Do lado da porta, as quatro malas estavam postas assim como o quadro de Rachel. Eu e Thalia tínhamos concordado em levá-lo junto.

No jantar, Quíron disse que estávamos sendo transferidas para outra academia. A reação da academia toda? Silêncio. Um sinal de respeito. Simples, mas significativo.

Olhei no relógio no criado-mudo, onde os números em neón estavam indicando que era 23:54 pm.

Thalia já estava dormindo. Tinha caído num sono de pedra quando era 22:58 pm. Mas eu, não conseguia dormir. Simplesmente não conseguia. O sono não vinha. Eu estava preocupada em relação á outra academia. Mil pensamentos ocupavam minha cabeça e eu não conseguia me concentrar em um único pensamento só. Essa história de transferência estava acabando comigo, e com meu sono.

00.00 - O relógio deu um sinal indicando que hoje seria a transferência.

" Maravilha. " –pensei. " Ainda não consegui dormir e provavelmente não conseguirei. "

Mas não demorou muito até que eu pegasse no sono. Tendo diversos sonhos sobre o que o destino aguardava para mim. Sobre a misteriosa academia, da qual eu não sabia o nome, mas sabia que seria lá que eu e Thalia, seríamos transferidas.




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Notas finais do capítulo

Para o pessoal que favoritou a história, eu quero reviews!! Quero saber mesmo daqueles que não favoritaram comente! Preciso saber se querem que eu continuei, ou que eu mude algo, ou até mesmo uma dica do que vocês acham que deve acontecer! Eu quero saber! Se você for tímido, mande só um " Oi, estou lendo a fic" e outras coisas afins, mas deem sinal de vida!



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