Porto Seguro - 2ª Temporada escrita por Allie Próvier


Capítulo 7
7. Mundo, você poderia vir e me salvar


Notas iniciais do capítulo

Eu ia postar só de noite, mas eu sou boazinha demais...
NÃO POSSO SER BOAZINHA! AHUAHAHAHAU.
Ai, ai... Espero que gostem. E que não queiram me bater. ♥
Boa leitura!



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7. Mundo, você poderia vir e me salvar

POV ALICE

   Sorri enquanto olhava – do canto do palco, escondida – Stephen terminando de cantar sua música. Faltava apenas ele terminar esse que seria a minha hora de entrar no palco. Hoje eu havia terminado de me arrumar rapidamente, e eu não gostava de atrasar na hora de iniciar meus shows.

   Senti uma mão em meu ombro e me virei, vendo Jasper. Senti um arrepio percorrer minha espinha, mas não era como antes.

- Está pronta? – perguntou.

- Sim. – respondi.

   Ele apenas assentiu e foi até os homens que trabalhavam com a iluminação do palco. Suspirei. Ele era tão frio comigo... Isso doía. Não pelo fato de eu ainda nutrir um sentimento por ele – o que eu achava péssimo -, mas pelo fato de ele ser meu empresário. Tínhamos que ter uma relação mais saudável, mas nem a isso ele estava disposto. Eu realmente consegui estragar isso quando aceitei interromper seu casamento com Maria...

   Mas eu não me arrependo. Eu me arrependi, na época, mas não agora. Eu tinha Stephen.

   Logo Stephen encerrou sua parte do show e tirou uma foto de todo o público. Estávamos no Ohio, e ao chegar com nossos ônibus na cidade, foi uma euforia só. Aquilo era maravilhoso. Logo ele saiu do palco e me encontrou, me dando um abraço de urso. Eu ri, envolvendo seu pescoço e beijando seus lábios.

- Já está pronta? Que milagre! – ele brincou.

   Ri novamente e revirei os olhos.

- Alice, espere mais cinco minutos e você pode subir ao palco. Venha de preparar! – Jéssica disse toda afoita. – Vem menina! Vem!

   Concordei e dei um selinho em Stephen, que sorria para mim. Corri com Jéssica até o local abaixo do palco. Eu subiria por uma plataforma. Peguei o microfone, eles fizeram os últimos ajustes, enquanto Jéssica dava um “up” em meus cabelos ondulados.

- Vai lá e arrasa, como sempre! – ela falou sorridente. – Ai meu Deus, como você tá linda!

- Obrigada! – agradeci rindo da sua carinha feliz.

Catch My Breath

   Rapidamente chegou a hora de iniciar o show, e eu pude ouvir em alto e bom som o início da música de abertura tocando. Sorri, sentindo um frio no estômago.

   Cinco anos se passaram, mas a ansiedade era a mesma de sempre.

   Pude ouvir a multidão de pessoas que lotaram o estádio gritarem, e o som ficou ainda mais alto quando eu finalmente cheguei ao palco de vez. Do alto das escadas que faziam parte do cenário, comecei a cantar.

Eu não quero ser deixada para trás

A distância era minha amiga

Recuperando o fôlego numa rede de mentiras

Foi como passei a maior parte da minha vida

Surfando em ondas, brincando de acrobata

Escondendo a outra metade

Aprendendo como reagir

Foi como passei a maior parte do meu tempo

   Fui descendo as escadas enquanto cantava, sorrindo abertamente. Céus, aquilo era maravilhoso!

Recuperando meu fôlego

Deixando para lá

Dando meu rosto para bater pelo bem desse show

Agora que você sabe

Esta é a minha vida

Não deixarei que me digam o que está certo

   Parei ao lado do meu guitarrista, Damon. Ele sorriu para mim, o mesmo sorriso que ele dizia fazer para tentar seduzir a princesinha dele. Eu.

   Não consegui evitar rir ao seu lado, assim como ele.

Recupero meu fôlego

Ninguém pode me impedir

Não tenho tempo para isso

Recupero meu fôlego

Não deixarei que me coloquem para baixo

Tudo é tão simples agora

   Comecei a andar em direção à “passarela” que havia, se estendendo até quase a metade do estádio. Os fãs gritavam, estendendo as mãos em minha direção. Consegui alcançar alguns deles, e eles gritaram mais.

Viciada no amor que encontrei

Um coração pesado, agora uma nuvem sem peso algum

Criando tempo para aqueles que importam

É como passarei o resto do meu tempo

Rindo muito com as janelas abaixadas

Deixando pegadas por toda a cidade

Mantendo a fé, o Karma sempre retorna

Eu não gastarei o resto da minha vida

.

Recuperando meu fôlego

Deixando para lá

Dando meu rosto para bater pelo bem desse show

Agora que você sabe

Esta é a minha vida

Não deixarei que me digam o que está certo

.

Recupero meu fôlego

Ninguém pode me impedir

Não tenho tempo para isso

Recupero meu fôlego

Não deixarei que me coloquem para baixo

Tudo é tão simples agora

   O show continuou, e eu fim da música, agradeci a presença de todos. Logo a próxima música começou, e eu me entreguei a aquilo que eu mais amava.

   Eu corria com Jéssica pelo camarim, enquanto arrumava a roupa para o dueto com Stephen. Fui esperta em ter escolhida apenas saltos firmes para os looks dos shows. Eu era baixinha, então tinha que usar salto, mas se eu não tivesse os escolhido corretamente provavelmente não estaria conseguindo andar agora!

   Jéssica me deu meu violão azul e eu rapidamente fui para o palco. Dois microfones já estavam lá, e assim que eu entrei, Stephen apareceu também. As pessoas gritavam, e no enorme telão atrás de nós, lá no alto da escada do cenário, a câmera que filmava todo o show mostrava nosso rosto.

- Às vezes, - eu falei ao microfone, começando a introdução da música – sua vida toma um rumo completamente diferente do que você imaginava. Pode ser através de um toque, um olhar, ou de um simples pedido. E aí, tudo muda. – eu e Stephen nos olhamos, e sorrimos. Aquela era a nossa música.

Everything Has Changed

Tudo que eu sabia esta manhã quando acordei

É que eu sei de uma coisa agora

Agora sei de algo que não sabia antes

E tudo que eu em tenho pensado há 18 horas

São olhos verdes, sardas e em seu sorriso

Na minha memória, fazendo eu sentir que...

.

Eu só quero te conhecer melhor, conhecê-lo melhor

Conhecê-lo melhor agora

Eu só quero te conhecer melhor, conhecê-lo melhor

Conhecê-lo melhor agora

Eu só quero te conhecer melhor, conhecê-lo melhor

Conhecê-lo melhor agora

Eu só quero te conhecer, te conhecer, te conhecer

.

Porque tudo o que eu sei é que nós dissemos "Oi"

E seus olhos são familiares

Tudo o que eu sei é um simples nome

Tudo mudou

Tudo o que sei é que você segurou a porta

Você vai ser meu e eu serei sua

Tudo o que sei desde ontem

É que tudo mudou

.

E todas as minhas paredes são altas e pintadas de azul

Mas eu vou derrubá-las

Vou derrubá-las e abrir a porta para você

E tudo que eu sinto são borboletas no estômago, do tipo bonito,

Pegando o voo e recuperando o tempo perdido , fazendo eu sentir que...

.

Eu só quero te conhecer melhor, conhecê-lo melhor

Conhecê-lo melhor agora

Eu só quero te conhecer melhor, conhecê-lo melhor

Conhecê-lo melhor agora

Eu só quero te conhecer melhor, conhecê-lo melhor

Conhecê-lo melhor agora

Eu só quero te conhecer, te conhecer, te conhecer

.

Porque tudo o que eu sei é que nós dissemos "Oi"

E seus olhos são familiares

Tudo o que eu sei é um simples nome

Tudo mudou

Tudo o que sei é que você segurou a porta

Você vai ser meu e eu serei sua

Tudo o que sei desde ontem

É que tudo mudou

.

Volte e me diga o por que

Estou sinto como tivesse sentindo sua falta durante todo esse tempo

Me encontre lá esta noite

E me deixe saber que não é tudo coisa da minha cabeça

Eu só quero te conhecer melhor, conhecê-lo melhor

Conhecê-lo melhor agora

Eu só quero te conhecer melhor, conhecê-lo

.

Porque tudo o que eu sei é que nós dissemos "Oi"

E seus olhos são familiares

Tudo o que eu sei é um simples nome

Tudo mudou

Tudo o que sei é que você segurou a porta

Você vai ser meu e eu serei sua

Tudo o que sei desde ontem

É que tudo mudou

.

Porque tudo o que eu sei é que nós dissemos "Oi"

Então se livre das suas maiores esperanças

Tudo o que lembro é a chuva caindo

E tudo mudou.

Tudo o que conheço é um novo encanto

Por todos os meus dias lembrarei do seu rosto

Tudo o que sei desde ontem

É que tudo mudou

   Ao fim da música, eu e Stephen demos as mãos e sorrimos para a multidão, que gritou. Eu ri, e nos abraçamos. Todos sabiam do nosso relacionamento, é claro. E o apoio que nos davam era a coisa mais fofa do mundo.

   Logo Stephen saiu do palco e dei início à última música.

(...)

   Terminei de vestir meu pijama e saí do banheiro. Já estávamos no ônibus a caminho do próximo estado: Kentucky.

   O ônibus era enorme, e possuí banheiro, cama, uma parte que servia como cozinha e uma “sala de estar”, com sofá, TV e rádio. Vi Jéssica sentada no sofá, mexendo em seu Blackberry. Ela viajava comigo no meu ônibus, para me fazer companhia, já que Stephen geralmente ia no dele.

   Amarrei meus cabelos em um coque frouxo, enquanto sentava ao seu lado.

- Vou ligar para Bella. Faz dois dias que não nos falamos. – falei, pegando o telefone que havia na mesinha ao lado do sofá.

- Mande um beijo para ela, Rose e as crianças por mim. – Jéssica pediu.

   Eu assenti, sorrindo levemente, e ela levantou e foi ao banheiro. Esperei pacientemente o “tu... tu... tu...” do telefone. Logo Bella atendeu.

- Olá, flor do dia! – falei animada.

- Alice?

   Meu sorriso vacilou. A voz de Bella estava muito estranha. Com certeza ela andou chorando.

- Eu mesma. – murmurei. – O que aconteceu?

- Nada. – ela falou, e pude notar que tentou melhorar a voz. – Como você está? Foi bem no show de hoje?

- Sim, tudo correu bem. E eu estou bem, já você...

   Bella suspirou.

- Eu estou bem, não se preocupe. – ela falou, e pude notar a mentira em sua voz. – E Stephen e Jéssica, estão bem? E o Jasper?

- Estão todos bem. Jéssica mandou um beijou para você, Rose e as crianças.

   Logo iniciamos uma conversa e ela me contou como todos estavam. Eu contei como fora o show, e para onde íamos agora. Eu tentava manter a conversa leve, mas todo momento me segurava para não fazer Bella me contar o que havia acontecido. Ela não estava bem, e eu sentia isso.

- Eu tenho que desligar agora, Allie. – ela falou. – E você tem que dormir, certo?

- Ok. – sorri. – Se cuida, ok? E por favor, se acontecer qualquer coisa, me diga. Por favor.

   Bella ficou em silêncio por alguns segundos, e suspirou.

- Tudo bem, querida. Eu te amo.

- Eu te amo mais. – sorri.

   Eu a ouvi rir baixinho. Nós nos despedimos e eu desliguei o telefone.

- Você sente a falta dela, né? – Jéssica falou sentada no outro sofá me observando com um leve sorriso no rosto.

   Assenti.

- Sim, de todos eles. Mas principalmente da Bella. – respondi.

   Logo nos distraímos com um filme que passava na TV, e mais tarde fomos dormir. Amanhã eu ligaria para Bella novamente, e tentaria arrancar a verdade dela. Ou talvez para Rose... Com certeza Rose me contaria o que estava acontecendo.

POV BELLA

Echo – Jason Walker

   Olhei para o papel em minhas mãos, ainda desligada do mundo ao meu redor. Passei as mãos no rosto. A vontade de chorar era enorme, mas nenhuma lágrima saía. E a agonia crescia cada vez mais.

“- Vou falar de um modo mais simples, Bella. – Dr. Volturi havia falado para mim no consultório. – O seu tumor é menos agressivo. Ele tem um crescimento relativamente lento, e é improvável que ele retorne uma vez que seja retirado completamente. Então, no seu caso, uma cirurgia resolverá tudo. Ele ainda não está tão avançado, então você não precisa se desesperar.”

   Levei as mãos à cabeça novamente, puxando levemente os cabelos. Não me desesperar? Ele pediu mesmo para que eu não me desesperasse? Seria cômico se eu não sentisse essa dor tão grande no peito.

   “Tumor cerebral.” – essas duas palavras martelaram em minha cabeça por horas e horas.

   Alice me ligou, e eu tive que me controlar para não chorar ao telefone como uma criança desprotegida. Ela não podia saber de nada disso agora. Apenas Rose sabia, e apenas ela saberia. Eu não tinha forças para contar isso a ninguém mais.

   Dr. Volturi foi bem firme ao dizer que eu ficaria bem, mas mesmo assim...

   Senti uma mão em meu ombro, e ao me virar vi Rose com um copo de suco na mão.

- Beba. É maracujá. – ela disse. – Você está tremendo muito, Bella. Precisa se acalmar.

   Rose se sentou ao meu lado e eu bebi o suco que ela me ofereceu. Senti ela me abraçar pelos ombros, e deitei a cabeça em seu ombro. Eu queria colocar toda a agonia para fora, eu queria chorar para ver se a dor passava, mas nenhuma lágrima saía. Céus, isso é horrível.

- Pretende contar a Edward quando? – ela perguntou baixinho.

- Eu não sei. – respondi. – Ele com certeza irá ligar hoje... Mas eu não conseguirei contar. Talvez quando ele voltar.

- Talvez?

   Suspirei.

- Você sabe que ele irá surtar. Você sabe como Edward é.

   Rose apenas assentiu, e suspirou.

- Quer que eu ligue para Esme e peça para que as crianças fiquem mais um tempo lá?

   Desencostei de seu ombro, balançando a cabeça.

- Não. – murmurei. – Não, eu os quero aqui comigo.

- E se eles desconfiarem de algo?

- Eles sabem que eu não ando muito bem, mas devem suspeitar que seja apenas uma virose ou algo assim. Eu manterei a suspeita. – falei.

   Rose assentiu, e eu percebi que ela tentava se mostrar calma. Segurei sua mão.

- Fica aqui comigo também? – perguntei.

   Seus olhos claros encheram-se de lágrimas, e ela respirou fundo, desviando os olhos dos meus.

- Essa pergunta é muito idiota! – falou, sorrindo levemente. – É óbvio que eu ficarei aqui com você. Sempre. Você é a minha melhor amiga, é a única família que eu tenho, Bella.

   Nós nos abraçamos apertadamente e Rose chorou no meu ombro. Logo eu a acalmava. Um tempo depois, Rose saiu para buscar as crianças na casa de Esme, com a promessa de que iria num pé e voltaria no outro.

   Aproveitei para tomar um banho e colocar uma roupa confortável, já que já estava anoitecendo e eu ainda usava a roupa de hoje de manhã.

   Lembrei que o Dr. Volturi pediu exames complementares, como eletroencefalograma, tomografia computadorizada, ressonância magnética, entre alguns outros. O tumor poderá ser identificado através de uma tomografia computadorizada ou uma ressonância magnética. Esses dois exames poderão dimensionar o tumor e indicar sua localização exata. Como eu não estava em um estado crítico, marcaríamos uma data para a cirurgia da retirada do tumor. Eu realmente esperava que tudo desse certo...

   Oh Bella, o que mais você poderia esperar? Sua tonta.

   Cale-se, consciência. Você estava ótima aí, quietinha, durante esse tempo.

   Tomei banho e vesti um short e uma blusa regata para ficar em casa. Calcei minhas pantufas e fiz uma trança meio frouxa em meus cabelos, que caía sobre meu ombro.

   Eu sentia meu corpo cansado, não sei se porque passava mal ou se era o emocional. Praticamente me arrastei até o primeiro andar novamente, e me dirigia até a cozinha quando ouvi o telefone da sala tocar. Me apressei até lá e peguei o aparelho, enquanto me sentava no sofá.

- Alô. – atendi.

- Amor? Sou eu. – Edward disse no outro lado da linha, e eu senti uma pontada no peito. – Como você está? Como foram os exames?

   Ai meu Deus, o que eu diria?

   Respire fundo, fechando os olhos. Forcei um sorriso, mesmo que ele não pudesse ver.

- Foram bem. – falei com a voz meio trêmula. – Mas e você? Como está indo tudo aí? Emmett está bem? – rapidamente mudei de assunto.

   Edward começou a me contar como andava as coisas em Londres, e eu me peguei sorrindo das coisas que ele dizia sobre Emmett.

- É sério, eu nunca mais caio nessa de “Vamos beber para relaxar” do Emmett! – resmungou. – Quase fomos expulsos do bar.

- Ah, vai ver ele nem queria arrumar briga de verdade com o cara. Devia ser brincadeira, você sabe como o Emmett é!

- Ele é louco, isso é tudo que eu sei. – pude imaginá-lo revirando os olhos. – Eu sinto a sua falta.

   Sorri.

- Também sinto a sua. Tenho acordado meio gelada esses dias.

- Logo eu chego aí para te esquentar. – ele falou, mas pude perceber a malícia em sua voz.

   Revirei os olhos.

- Edward, vai trabalhar, ok?

   Ele riu junto comigo, e logo nos despedimos. Assim que coloquei o telefone sem fio no gancho, suspirei, deitando no sofá e olhando para o teto. Eu não gostava de mentir para ele, mas era preciso. Eu não podia dar uma notícia dessas por telefone... Conhecendo Edward como eu conhecia, eu tinha certeza que ele pegaria um voo de volta para NY hoje mesmo.

   Quando ele chegasse, eu contaria. Estava resolvido. Faltavam apenas 4 dias.

(...)

   Rose havia acabado de sair para levar as crianças ao colégio. De lá, ela iria direto para o seu escritório para terminar o planejamento do apartamento do seu casal de clientes. Luce e Katherine estavam trabalhando hoje, e logo Luce me encontrou na sala.

- Querida, você tem alguma preferência para o almoço? – perguntou.

   Sorri para ela. Luce era um amor comigo, e me lembrava a minha mãe.

- O que você quiser, Luce. Não quero nada em especial hoje.

   Ela sorriu e assentiu, voltando para a cozinha em seguida. Eu me acomodei melhor no sofá, olhando ao redor. A sala era grande e moderna. Silenciosa.

   Eu queria Edward aqui.

   Deitei minha cabeça no encosto do sofá, olhando para o teto, e fiquei assim por minutos. Logo ouvi um barulho de carro no lado de fora, e tentei olhar pelas imensas janelas que havia na sala para ver se conseguia ver quem era.

   Fiquei de pé rapidamente, enquanto conseguia ouvir o barulho da porta do carro batendo. Se os seguranças do portão deixaram entrar sem anunciar antes, então era alguém de confiança. Fui até a porta e, assim que a abri, ele me olhou e sorriu.

- Edward! – gritei de felicidade, me jogando em seus braços. Ele riu me abraçando. – Você não iria vir daqui a três dias?!

- Decidi vir mais cedo e deixei Emmett tratando das últimas coisas por lá. – falou com o rosto em meu pescoço. – Eu estava com muita saudade.

   Sorri feito idiota e peguei seu rosto entre minhas mãos, beijando seus lábios. Logo o beijo ficou mais urgente, e Edward me pegou no colo. Rodeei sua cintura com as minhas pernas, sentindo que meu peito explodiria a qualquer momento.

   Céus, eu não conseguia ficar muito tempo longe dele de jeito nenhum!

   Edward me carregou até o quarto, me deitando na cama. Começou a depositar beijos pelo meu corpo, enquanto cada peça de roupa ia sendo retirada. E logo nos entregamos um ao outro.

(...)

   Estiquei os braços, sentindo a cama vazia ao meu lado. Abri os olhos, procurando por Edward, mas não o achei no quarto. Olhei no relógio na mesinha de cabeceira ao lado da cama e vi que ainda era 11:30 da manhã. As crianças chegariam do colégio 13:00 da tarde.

   Sentei na cama, enrolada no lençol, e já me preparava para ir tomar um banho quando Edward saiu do closet vestindo apenas uma calça jeans e um tênis.

   Com o papel dos meus exames nas mãos. Lendo-o.

   Arregalei os olhos, sentindo meu coração falhar uma batida. Fiquei de pé rapidamente, tropeçando no lençol e rapidamente indo até ele. Edward não saiu do lugar quando eu retirei o papel de suas mãos bruscamente. Seus olhos encontraram os meus, num misto de confusão, raiva e dor.

- Tumor? – ele disse, a voz dura. – Você está com Tumor?

- Edward...

   Ele não me deixou falar.

- Quando pretendia me contar, Isabella?! – ele disse, e eu pude perceber que ele se controlava para não gritar.

   Merda.

   Ele me chamou de Isabella.

   Ok, respira e expira. Respira e expira. Respira e ex...

- Eu ia te contar logo. – falei rapidamente.

   Edward fechou os olhos com força, fechando as mãos em punhos. Logo os abriu, e me olhou friamente. Senti a ardência em meus olhos. Droga, eu não posso chorar agora.

- “Logo” quando? Eu ficaria sabendo quando tivesse que escolher um caixão para você?

   Controlei a vontade de revirar os olhos. Ele realmente estava chateado, e com raiva. De mim.

- Não é tão grave assim. – falei com a voz falha. – Eu ficarei bem.

- E CUSTAVA ME CONTAR, ISABELLA?! – gritou.

   Eu me encolhi enrolada ainda no lençol, observando ele andar pelo quarto nervoso.

- Eu ia contar! Edward, por que está tão nervoso? Eu...

- POR QUE EU ESTOU NERVOSO? – ele riu cético. – TALVEZ PORQUE A MINHA MULHER ESTEJA COM UM MALDITO TUMOR E NÃO ME CONTOU NADA! E AGE COMO SE ESTIVESSE TUDO BEM!

- NÃO GRITA COMIGO!

   Eu me sentia sem fôlego, e ele respirava pesadamente. Edward entrou no closet novamente e saiu vestindo uma camisa. Larguei os papéis dos exames em cima da cama e fui até ele.

- Edward, por favor, eu...

- Cale-se. – ele murmurou, com a expressão fechada.

   Fiquei parada no meio do quarto, enquanto via ele se afastando e saindo do cômodo. Engoli em seco. Fui até a janela que dava vista para a frente da casa. Ao lado do chafariz estava seu Volvo, e ele entrou, dando partida no carro e indo embora.

   Mordi o lábio inferior e senti as lágrimas atravessando o rosto. Passei os braços ao redor do meu quarto, enquanto me encolhia na poltrona ao lado da janela. 


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Notas finais do capítulo

Agora vocês vão ficar com raiva da Bella, do Edward ou de mim? HAUHUAHAHUHAU.
E eu sei, eu demorei para postar, mas é que eu me enrolei toda aqui, como sempre. MAS AÍ ESTÁ O CAPÍTULO! *-*
Ah, eu queria agradecer a Jussara Cullen pela recomendação!
E gente, todas as leitoras pediram por uma 2ª Temporada, mas a fic até agora tem poucas leitoras se for comparar com a 1ª, e tem algumas leitoras que nunca mais deram as caras...
Eu queria saber a opinião SINCERA de vocês: a 2ª Temporada está ruim?
Porque eu penso nisso várias vezes, eu sempre acho que está fraca demais e tudo mais. E ok, eu não planejava fazer como a 1ª até porque 5 anos se passaram, e a Bella agora é mãe, Edward é pai e tudo mais, eu queria mostrar mais da vida deles dessa forma... Mas poxa, me digam se está ruim, que eu tentarei melhorar, ok? Eu sempre tento, a cada capítulo, mas se vocês falarem o que estão achando mesmo eu vou saber onde acertar!
É isso, eu tenho que ir para o colégio agora! HUAHHAHUAUAHU. Deixem reviews, tá?
Ah, para quem ainda não faz parte do grupo no Facebook:
https://www.facebook.com/groups/524763704223492/
Bora lá, amores!
Beeeeeeeeeijos!