A Sereia escrita por Santori T
Notas iniciais do capítulo
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Eu respirei, aliviada, e concordei com sua decisão. Yen retirou o punhal de meu ombro e quando nos aproximamos do chalé, a ferida cicatrizou.
–O que fazemos agora? – Perguntou-me ele, examinando meus móveis, a estante de livros.
–Esperamos – Eu disse, deitando-me no sofá e respirando muito devagar. – Ela vai voltar.
–Como você sabe?
–Ela sempre me desobedece – Dei de ombros, fechando os olhos.
–Não que eu me importe, mas vai deixa-la correr solta por essa floresta, durante a noite?
–Acredite, as coisas mais perigosas nessa floresta estão dentro desse chalé – Suspirei, exaurida.
Yen ajoelhou-se em minha frente e passou a mão por meu rosto. Apesar de vir do mar, seu corpo era quente e a pele macia. Dentre todos os Sirens de meu clã, não havia como negar as habilidades e a beleza incomparáveis de Yen. Há tempos eu sabia que estava destinada a ele e ele a mim. O acordo de união fora firmado entre nossas famílias perante o Conselho, durante a infância. E quando Yen descobriu que eu o havia traído com um humano sobrevivente de um naufrágio, ele decidiu ir contra nosso compromisso e entrar para as tropas de batalha. Nosso acordo fora desfeito. Eu fui banida. E ele estava com o coração partido.
–Nós éramos muito jovens, Yen – Murmurei com fraqueza, segurando sua mão entre as minhas. – Eu não sabia o que estava fazendo.
Ele continuou quieto, me observando. Seus olhos ganharam um tom cálido de verde sob a luz dos abajures e as vestes de batalha realçaram seu corpo forte.
–Eu espero que um dia você me perdoe – As lágrimas desceram por minhas têmporas, afundando em meus cabelos.
–Eu já perdoei.
–Não – Eu apertei suas mãos, forçando um risinho sem graça. – Eu vejo nos seus olhos. Todo esse tempo o ressentimento esteve aí – Eu apontei para seu peito. – Você apenas o camuflou. Mas eu posso ver. Acho que sou a única que pode.
–Porque foi a única responsável por isso – Disse ele, amargurado. E então, se levantou. – Você parece faminta. Vou procurar algo pra comer.
–Não, eu não quero comer agora – Rebati, me sentando. – Estou muito cansada. Preciso apenas dormir. Me ajude a ir para o quarto, por favor.
Yen passou um braço por minhas costas e outro por baixo de minhas pernas. Ele me carregou pelas escadas e me deitou na cama quando chegamos ao quarto. Antes de ir, me cobriu com a colcha florida, passou os dedos por minha bochecha e saiu, fechando a porta.
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