– Isso é... Covarde demais - Travis faz uma careta, tal como Connor, Chris e Luke.

Estamos reunidos na casa dos Stoll e diga-se, nosso humor não é o dos melhores.

O ataque com Annabeth nos abalou de tal forma, que resolvemos agir por conta própria. Estamos tentando descobrir quem fez isso.

– Do que você lembra quando foi atacado, Chris? - pergunta Luke, pela milionésima vez.

– Lembro que falaram que me achavam nojento. Uma aberração. - deu de ombros - Não entendi direito o porque disso. Eu ando sempre cheirosinho.

Eu ri fracamente, balançando a cabeça.

– Precisamos saber o que tem de comum entre os ataques. O que todos faziam uqando foram atacados, o que faziam antes... - declarei, ainda pensando sobre o tinha acabado de falar.

– Ok, Sherlock Jackson, acho que tem toda a razão. Pra saber isso precisamos conversar com a vítima. Chris O.K, Emily também. Só precisamos esperar Annabeth conseguir falar sobre e aí podemos realmente chegar a alguma conclusão. - Luke acrescenta, e todos nós assentimos.

Thalia entra, tirando-nos de nossos devaneios e conclusões íntimas. Certo, minha prima aqui é novidade já que quase nunca ela vem até a casa dos Stoll - pelo simples fato de não suportar Travis e Connor.

Graças à minha lerdesa, só entendo o objetivo de Thalia quando ela para em frente a Luke sem cumprimentar qualquer um de nós ou ele mesmo.

– Precisamos conversar, Castellan - diz, cruzando os braços.

Dou um sorriso malicioso, ao mesmo tempo que Travis e Connor. Chris faz uma careta e murmura um "você se ferrou, Luke".

– Tá - concorda ele, levantando-se. Fico surpreso ao perceber que Luke não parece com medo, muito pelo contrário, parece se divertir.

Ambos deixam a casa, sem falar nada para qualquer um de nós.

– Ok, agora já sei com quem ppodemos começar a zoar, Connor - Traviz debocha, com um de seus sorrisos marotos na face.

– Certamente, Travis - concorda ele.

Balanço a cabeça negativamente. Os gêmeos Stoll não levam nada a sério. Aposto que Thalia vai ficar puta quando a zoação começar.

(...)

Quando alguns dias se passam, minha ansiedade atinge o nível mais alto desde que Annabeth sofreu o ataque.

Ela ainda não despertou, o que se tornou frustrante. Algumas vezes, arrisquei ligar para a "minha querida sogrinha", mas as notícias sempre são as mesmas; Annie ainda está adormecida.

Nesses últimos dias, alcancei o inferno pelo simples fato de não tê-la ao meu lado.

Sem Annabeth Chase, minha vida perde o pouco sentido que possuía. É estranho, mas desde que a conheci, não consigo mais ficar sem ela.

Graças a Deus hoje já é sexta-feira. A faculdade se tornou estressante para mim desde que os ataques começaram.

Às vezes fico pensando no porque não ter sido atacado. Até agora, nenhuma das vítimas fez algo de ruim, então por que não me atacaram?

Em meio à esses pensamentos, não percebo meu celular vibrando loucamente. Os alunos que saem da faculdade, conversando animadamente, só aumentam minha dor de cabeça. Por isso resolvo pegar meu celular e verificar o que é, quando já estou distante das conversas e risos.

Ah, é só uma mensagem.

Suspiro aliviado. Pelo menos não é nenhuma ligação que me deixe pior do que já estou.

Abro a mensagem e a leio, sorrindo pela primeira vez em dias.

Cabeça de Alga,

Annie acordou!!!

Vem logo para o hospital/1

Mais do que depressa, pego um táxi qualquer e peço para que me leve ao hospital da cidade.

Se Annabeth acordou, além de ser uma luz para mim, é a fonte de novas pistas sobre os ataques.