Hajimaru escrita por teffy-chan


Capítulo 21
Capítulo 21 - Re-unindo a Rainha e a Às




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Mikoto não foi assistir ao resto das aulas daquele dia. Não se deu ao trabalho nem de inventar alguma desculpa para não ter assistido as aulas, visto que ainda se encontrava nos terrenos da escola. Tinha se refugiado no pátio dos fundos, junto à uma porção de árvores, flores, arbustos e um monte de outras plantas que serviam de camuflagem, tornando difícil para as pessoas encontrá-la ali. As palavras de Midori ainda ecoavam em seus ouvidos, e não desapareciam de jeito nenhum, por mais que ela tampasse as orelhas ou tentasse pensar em outra coisa.


O fato era que Midori tinha jogado na cara dela uma incontestável verdade: Mikoto realmente gostava dele. As horas que passava treinando com o capitão do time de vôlei masculino do sexto ano eram as mais felizes de sua vida. No início era realmente uma pura rivalidade, e o interesse mútuo por esportes realmente tinha ajudado a aproximar os dois, mas com o passar do tempo, se tornou muito mais do que isso, e agora Mikoto sabia disso. Se a Rainha não tivesse lhe dito nada, ela certamente demoraria muito mais pra perceber, ou talvez até nunca perceberia sozinha. Mikoto estava confusa, nervosa, embaraçada e totalmente perdida daquela situação. Estava tão abalada que teria até se esquecido de sua briga com Midori... se ela não tivesse dito aquilo bem na frente de Souma, e de pelo menos mais meia dúzia de pessoas, expondo-a dessa maneira.


– O que eu faço agora... hein Haa-san? - ela perguntou à sua Chara
– Ah, Mikoto... acho que o mais difícil você já fez, que foi perceber os seus sentimentos - a Chara respondeu gentilmente - Agora que você já se deu conta disso, creio que o próximo passo seria... se declarar
– Não seja ridícula! - a garota rebateu, como se a Chara tivesse falado um enorme absurdo - Imagina, eu... m-me d-d-de-declarar.... como raios eu faria uma coisa dessas?!
– Bom, existem várias maneiras - a Chara murmurou pensativa - Você pode entregar uma carta de amor, pode fazer uma serenata, ou até...
– Eu não vou fazer nenhuma dessas coisas Haa-san!! - a garota a interrompeu, sentindo seu rosto queimar - Isso é... embaraçoso demais... eu simplesmente não conseguiria fazer isso! Além do mais, a Midori-chan... aquela patricinha idiota tem razão afinal. Eu não sou nem um pouco feminina, muito menos bonita... eu só iria conseguir ganhar uma rejeição se fizesse alguma dessas coisas
– Concordo que falta feminilidade em você... mas talvez o que você disse não esteja completamente correto afinal - sem esperar por uma resposta da dona, a Chara levantou vôo, e desapareceu num piscar de olhos. Ao virar a cabeça na direção onde a Chara tinha ido, Mikoto viu um rapaz andando na sua direção. Seu coração quase saltou pela boca quando ela percebeu de quem se tratava.

– Souma... senpai... - a voz dela saiu tão fraca que não passou de um breve sussurro
– Yoo Mikoto - ele respondeu em um tom animadamente forçado - Olha... eu acho que... bom, precisamos conversar - ele sentou-se ao lado da garota na grama, e antes que ela conseguisse gaguejar alguma coisa, e prosseguiu - Sabe, aquilo que a Midori-chan disse na hora do almoço pouco antes de você ir embora... por acaso aquilo... significa o que eu penso que significa?
– E o que você pensa que significa, senpai? - ela indagou baixinho, tentando por tudo no mundo não olhar para os olhos dele agora
– Ah, você sabe... bem... q-que você... por mim... ah, vamos, não me faça dizer isso, Mikoto, é embaraçoso! - o garoto exclamou, e quando a Às o mirou com o canto dos olhos, viu que ele também estava corado
– O que você faria... se aquilo significasse o que você pensa que significa? - ela perguntou, torcendo a barra da saia entre as mãos trêmulas
– E-Eu não sei... quero dizer... - ele coçou atrás da cabeça, sem saber o que responder - Bem, eu já ouvi muitas vezes o Hotori e o Fujisaki me dizendo que têm muitas quintanistas que... s-se sentem desse jeito por mim, mas... nenhuma delas nunca me falou nada à respeito, então eu pensava que era brincadeira deles pra me deixar sem graça. Mas eu nunca pensei que... q-que você poderia, bem... a-afinal, isso é verdade ou não, hein?! Porque, se for mentira, então estamos tendo essa conversa constrangedora por nada
– Eu não sei - Mikoto finalmente conseguiu reunir coragem para encará-lo, ainda que seu rosto estivesse em chamas - Como você mesmo disse, eu nunca tinha parado pra pensar nesse assunto. Tudo na minha vida era jogar vôlei e lidar com as tarefas do Conselho Estudantil. Jamais parei pra pensar nesse tipo de assunto... ainda mais se tratando de... de v-você. Então, me desculpe, mas eu não sei como responder à sua pergunta
– Então, quer dizer... que existe uma possibilidade? - ele indagou incerto
– Eu já disse que não sei, que coisa! Por que você continua insistindo nisso?! É tão importante assim pra você saber se eu... ou se eu não... v-você sabe!
– Tá bem, tá bem, eu já entendi! Desculpe! - o sextanista ergueu as duas mãos no ar, como se estivesse se rendendo
– Francamente... - Mikoto soltou um suspiro, sentindo o embaraço se misturar com raiva - Você também, hein?! Não devia acreditar em qualquer coisa que os outros falam! Você viu como a Princesinha do Conselho estava alterada, é claro que ela diria qualquer cosia pra me atingir, seja verdade ou não!
– Ah, certo... a Midori-chan parecia bem nervosa mesmo - ele concordou - Por que vocês brigaram afinal?
– Porque ela cismou de ficar tentando me mudar... queria me levar pra fazer compras com ela, pra me fazer vestir saias com babadinhos, e vestidos cheios de lacinhos, e rendas, e um monte de outras roupas embaraçosas e frescas... e quando eu me recusei à ir, ela jogou na minha cara que se eu continuar do jeito que sou, vou parecer uma mulher-macho e me tornar uma brutamontes sem cérebro feiosa
– Sério, é? - o mais velho falou depois de vários segundos pensando, desviando o olhar para o céu - Que engraçado... a maioria dos garotos da minha sala realmente preferem meninas meiguinhas e vaidosas, como a Midori-chan mesmo... alguns até são fãs dela, ainda mais com aquele jeito de Princesinha que ela tem. Mas... acho que você não ficaria bem se começasse a agir como ela. Não combina com você, não faz parte da sua personalidade
– Sério mesmo?! - a garota o encarou com espanto - E você não acha que eu pareço... uma gorila sem cérebro, ou que sou... feia?
– Bem... eu mesmo já fui chamado de gorila sem cérebro tantas vezes que pra mim já virou até elogio - ele encolheu os ombros, rindo sem graça - Quero dizer, se pensar bem, as pessoas estão dizendo que você possui uma enorme força física! Acho que você está bem do jeito que é agora, Mikoto... sem toda essa frescura de ficar horas fazendo compras, ou na frente do espelho se emperequetando... essa é uma das coisas que mais gosto em você - ele sorriu para a garota, que sentiu seu queixo cair ao ouvir a palavra "gosto". Vários segundos depois, ele enfim percebeu o que havia dito, e sentiu seu queixo cair também, os olhos se arregalando - Isto é...! Err... q-quero dizer... q-quando eu disse "gosto", eu não quis dizer... b-bom, não significa que... você sabe... n-não é como se eu... p-por você... bem...
– Pff.... hahahahahahahahahaha!! - do nada, Mikoto começou a rir, interrompendo o gaguejar do rapaz, que enfim parou de falar e a fitou confuso - Daijobu, daijobu, Souma-senpai... não se preocupe, eu sei o que você quis dizer. Obrigada
– Bom... se você entendeu, então acho que tudo bem.... - ele murmurou, ainda meio confuso, como se ele mesmo não tivesse entendido o que queria dizer
– Nee senpai... será que eu posso faltar ao treino de hoje?
– Ahn... sim, é claro. Sem problemas - ele respondeu, surpreso, e estranhamente aliviado com isso. Realmente, depois dessa conversa, nenhum dos dois estava no clima pra jogar vôlei - Bem, então acho que já vou indo. Mas do treino de amanhã você não escapa, ouviu?!
– Claro, pode deixar! - ela sorriu para ele, um pouquinho mais animada, enquanto o garoto se levantava - Até amanhã senpai.


Poucos segundos depois que o garoto foi embora, outra pessoa apareceu esbaforida, chamando pelo nome da Às.


– Mikoto-chan! Finalmente te encontrei! - a voz chamou, e a Às se surpreendeu ao ver que era Midori
– O que a Princesinha faz aqui, hein? - a ruiva falou, seu sorriso desaparecendo tão rápido como se nunca tivesse estado no rosto dela - Não estou afim de discutir com você agora, então se me der licença...
– Não é isso!! - a Rainha falou séria - Tsukasa-kun está chamando. Apareceram Batsu Tamas aqui na escola!


E por incrível que pareça, elas realmente não discutiram. Mikoto seguiu a Rainha em silêncio, enquanto ela a guiava até onde os garotos estavam. Correram por alguns minutos em silêncio, e quando chegaram, viram que a situação estava ainda pior do que quando Midori deixou o grupo: Tsukasa e Aruto tinham feito seus Chara Naris, mas estavam presos em esferas arroxeadas diferentes, que flutuavam no ar. Tsukasa socava as paredes da esfera, gritando por ajuda e tentando sair, embora aquilo obviamente não estivesse funcionando. Aruto já tinha perdido suas forças há tempos e agora parecia estar inconsciente. Uma pessoinha de uns dez centímetros de altura, que lembrava muito um Shugo Chara, só que era todo preto, com um "Xis" vermelho na testa e um sorriso maligno no rosto, estava posicionado entre as duas esferas flutuantes, aparentemente mantendo os garotos em suas prisões aéreas. Daisuke estava de pé no chão, a alguns metros deles. Tinha feito o Chara Nari com Junjou, e agora lutava com outras duas pessoinhas idênticas à que flutuava, mas era óbvio que não podia lutar com os dois ao mesmo tempo. Aparentemente, as outras "pessoinhas negras" não tinham conseguido aprisioná-lo pelo fato de ele possuir o Humpty Lock, que agora agia como um escudo brilhante, pendurado em seu pescoço. No entanto, enquanto ele atacava uma das "pessoinhas negras", a outra lhe causava danos. Tinha dois cortes na bochecha, e o ferimento em seu braço esquerdo feito anteriormente por sua mãe tinha aberto de novo, e agora pingava sangue, manchando sua roupa branca.


– Mas que raios são aquelas coisas pretas?! - Mikoto exclamou, chocada com a cena diante de seus olhos - Não são Batsu Tamas... o que...?
– São Batsu Charas - Loli falou, aparecendo ao lado dela, anormalmente séria - Assim como os Shugo Charas nascem dos Shugo Tamas, os Batsu Charas nascem dos Batsu Tamas quando eles chocam. Geralmente é difícil de acontecer, só quando a criança dona do Batsu Tama está muito revoltada, ou à beira do desespero
– E, acho que nem precisa dizer... que eles são mais fortes que os Batsu Tamas, né? - Midori perguntou, já prevendo a resposta
– Sim... eles são muito mais fortes e resistentes, possuem diversos tipos de poderes, como em um Chara Nari, e são bem mais difíceis de derrotar - Loli contou de modo sombrio - O Daisuke só encontrou eles uma vez antes, mas era só um então, conseguimos lidar com ele de alguma forma. Mas, três... o Daisuke não pode lutar com eles sozinho
– Pare de ser agourenta, Loli! - o Coringa gritou, como se estivesse ouvindo a conversa delas - Se continuar sendo pessimista assim, aí que eu não consigo mesmo!
– Mas Daisuke, eles são três! E você já está machucado! - a Chara exasperou-se
– Grande coisa.... estou acostumado a me machucar, você sabe disso - ele fez um movimento rápido com o báculo em suas mãos, lançando os dois Batsu Charas contra uma árvore, e soltou uma exclamação de dor ao fazer força com o braço machucado, caindo de joelhos no chão
– Daisuke-kun!! - Midori correu até ele, se ajoelhando ao lado do garoto - Pare de esforçar tanto, desse jeito você só vai ficar ainda mais machucado!!
– A Loli-chan tem razão, você não pode lutar com eles sozinho!! - Mikoto acrescentou, parando ao lado da Rainha
– E o que esperam que eu faça?! Que fique aqui parado olhando enquanto eles sugam toda a energia dos nossos amigos? Que fique aqui sentado esperando eles me capturarem também?? - ele gritou de volta - Eles pegaram o Tsukasa-kun e o Aruto-kun, se eu não fizer nada...
– O que estamos tentando dizer é que você não precisa lutar sozinho!! - Mikoto o interrompeu - Sabe, quando eu jogo vôlei... eu sempre trabalho em equipe com o resto das meninas. Eu não conseguiria ganhar um único jogo sozinha, mas estamos em primeiro lugar até hoje porque trabalhamos juntas. Aqui também é assim... somos um time, não somos?
– Mikoto-chan tem razão - milagrosamente, a Rainha concordou com ela - Você está se esquecendo de que aqueles dois não são só seus amigos, são nossos amigos também! Então, nada mais justo do que nos deixar ajudar a salvá-los! Não tente fazer tudo sozinho, Daisuke-kun, nos deixe te ajudar!
– Meninas... - Daisuke não queria admitir, mas três Batsu Charas era mesmo demais pra ele, ele precisaria de toda ajuda possível pra derrotá-los. A alguns metros, os Batsu Charas se recuperavam lentamente do golpe, e se preparavam pra voltar a atacá-los - Mas, vocês não podem lutar... vocês não podem fazer o...


Antes que o Coringa terminasse a frase, o Humpty Lock começou a brilhar, mais forte e mais intensamente do que seu dono jamais o vira. A luz do cadeado parecia estar sendo atraída pelas duas garotas, até que as envolveu, e por um instante brilhou tanto que Daisuke teve que fechar os olhos para não ficar cego com aquela claridade toda. Quando os reabriu, a Rainha e a Às estavam novamente de pé ao lado dele, só que com roupas diferentes:


Midori usava um vestido longo, em vários tons de rosa e lilás, com muitos babados e jóias encrustradas nas mangas curtas. Usava longas luvas brancas, que iam até o cotovelo, e uma tiara dourada sob os cabelos soltos.

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Mikoto usava um vestido num tom vermelho pálido, mais simples e mais curto que o da Rainha, indo até os joelhos, com meias listradas em branco e verde horizontalmente, um avental branco com babados por cima do vestido e sapatos verde-escuro. Os cabelos ruivos estavam presos em duas maria-chiquinhas, caindo por cima dos ombros. Parecia muito um uniforme de maid, exceto pela ausência daquelas típicas tiaras na cabeça.

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– Chara Nari: Last Princess - anunciou Midori
– Chara Nari: Maternal Protection - completou a Às. Daisuke ainda olhava boquiaberto para elas, enquanto as duas sorriam para ele
– E então, Daisuke-kun... somos um time ou não somos, hein? - Midori estendeu a mão para ajudá-lo a levantar
– É claro... um time - ele a aceitou, e colocou-se de pé novamente
– Então... vamos acabar com esses caras ou não vamos, hein? - a ruiva indagou animada - Estou louca pra chutar esses idiotas onde mais dói!
– Ahahahahaha... infelizmente não dá pra usar o golpe secreto da Yui-chan nesses caras - Daisuke riu, imaginando a cena
– Então, já que a Yui-chan não vai entrar em ação hoje... vamos deixar que a outra dama graciosa aqui cuide deles - Midori pronunciou-se, colocando-se na frente deles na hora que os Batsu Charas iam atacar.


Ela posicionou as duas mãos ao lado da cabeça, na altura de sua tiara, que começou a emitir uma forte luz dourada, que ganhou forma aos poucos, até virar uma enorme esfera de energia, envolvendo aos três e repelindo os ataques dos Batsu Charas. Mikoto colocou-se ao lado da Rainha, e juntou as duas mãos em concha, como se estivesse segurando uma bola invisível. Aos poucos, uma esfera branca começou a surgir entre suas mãos, que foi crescendo até ficar do tamanho de uma bola de vôlei. Ela fez um saque e arremessou a esfera contra os inimigos, que atravessou o escudo de Midori e acertou em cheio os Batsu Charas, que voaram para longe, batendo contra a árvore outra vez. Daisuke aproveitou que os Charas tinham sido nocauteados e colocou-se à frente delas. Segurando seu báculo com as duas mãos, ele começou a emitir uma prece em voz baixa, e o báculo brilhou, emitindo uma forte energia, misturada à do Humpty Lock. Ela atingiu os três Batsu Charas ali presentes, que começaram a gritar de agonia. Aos poucos, foram perdendo as forças, e as duas metades da casca de Batsu Tamas materializaram-se entre eles, prendendo-os ali. Os ovos aos poucos foram retornando à cor normal, até que saíram voando para longe, na direção de seus donos.


Assim que as esferas de energia negra se dissiparam, Tsukasa e Aruto caíram no chão, aterrissando com um baque surdo. O mais novo soltou um gemido de dor, enquanto que o violinista finalmente abriu os olhos e murmurou:


– Ai, essa doeu... alguém anotou a placa...?
– Seja bem-vindo de volta, Aruto-kun - Daisuke cumprimentou, andando na direção deles, sendo seguido pelas duas garotas
– Ai, meu bumbum... - Tsukasa reclamou, esfregando o local dolorido com a mão, pois tinha caído sentado
– Seu bumbum é a última coisa com a qual devemos nos preocupar agora, Tsukasa... cadê os Batsu Charas, hein?? - Aruto indagou, olhando para os lados confuso, até que avistou as duas meninas - Ué... por que a Princesinha está usando roupas da realeza? E por que a Mikoto está de vestido??? - ele levantou-se abrupdamente ao notar esse fato, de tão grande que foi o choque
– Realmente... acho que essa é a primeira vez que vejo a Mikoto-san usando saia, com exceção ao uniforme escolar - Tsukasa também se levantou, boquiaberto - E ainda assim ela usava shorte por baixo...
– E estaria usando agora, se fosse possível! - a Às exclamou, visivelmente envergonhada - Droga, por que meu Chara Nari tem que ser um vestido?! E ainda mais com esse avental cheio de babadinhos e lacinhos...
– Vai ver é por causa do seu instinto materno, eu acho - Tsukasa sugeriu incerto
– Se for isso mesmo, então significa que a Midori-chan tem instinto de Princesa? - a ruiva indagou, erguendo uma sobrancelha
– Eu não duvido nada - Aruto sentenciou
– Vamos, vamos, deixando os instintos de lado... o importante é que a luta acabou e que conseguimos derrotá-los! - Daisuke exclamou - Como você está se sentindo Aruto-kun?
– Bem, eu acho... pelo menos estou melhor do que você - o Valete apontou para o braço ferido do mais velho
– Ah, não se preocupe com isso, é só passar remédio e enfaixar que melhora num instante - ele escondeu o braço atrás das costas, como se isso fosse mudar o fato de seu braço estar machucado - O importante é que tudo acabou bem! Inclusive entre vocês duas, ao que parece, não é? - ele olhou para as duas meninas
– Ah, sim... vocês fizeram as pazes? - Tsukasa indagou curioso. As duas se encararam, meio surpresas. Estavam tão preocupadas em salvar seus amigos que tinham se esquecido completamente da briga. Midori arrastou os pés, abaixando a cabeça, meio sem graça
– Bem, eu... acho que te devo desculpas. Me empolguei na hora, e não percebi o que estava dizendo... acabei passando dos limites. Então, bem... d-desculpe
– Realmente não é todo dia que se vê a Princesinha pedindo desculpas pra alguém... não tem como eu recusar uma honra dessas - Mikoto fingiu uma reverência, e Aruto deu uma risadinha - Também passei dos limites, dizendo aquelas coisas grosseiras pra você... foi mal. Então... amigas de novo? - ela ergueu a mão incerta, sorrindo sem graça
– Claro... amigas - Midori apertou a mão dela, retribuindo o sorriso - Lamento mesmo, Mikoto-chan... principalmente pelo que eu disse sobre o Souma-senpai...
– Ah, não se preocupe com isso. Você... estava certa afinal - ela murmurou tão baixo que os outros duvidaram se tinham ouvido corretamente - Mas, por favor, não toque nesse assunto de novo, ouviu bem?!
– C-Claro... pode deixar - Midori concordou na hora, não querendo começar outra briga. E finalmente, os cinco puderam sorrir e respirar aliviados de novo... pois os Guardiões estavam unidos outra vez.

*** Próximo Capítulo: Compras, Jogos, e... Desilusões? ***


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Notas finais do capítulo

Yoo minna!
Pois é, finalmente a paz reinou mais uma vez e tudo está calmo e tranquilo... pelo menos na fic, porque aqui em casa é outra historia, meu pai inventou de fazer obra bem aqui do meu ladoi enquanto escrevo e eu to morrendo de medo dele desligar o pc antes de eu postar então não vou me prolongar... deixem reviews onegai, me façam feliz e espero que consiga enviar esse cap!!!



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