Nome Real: Trevor Crimson
Nickname: Caster Belmont
Classe: Nightmare Hunter [Castlevania]
Traços de Personagens: Iori Yagami (Flameless) [The King of Fighters], Gabriel Belmont [Castlevania]
Idade: 20
País: Inglaterra
Olhos: Marrom Avermelhado
Cabelos: Ruivos
Altura: 1,80
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Capítulo VIII:
Rise of the Whip - II

Com o baixar dos portões, a corrida foi geral, pega de surpresa, fui praticamente carregada para dentro do lugar. Dentro do castelo, cerca de vinte portas enviavam os milhares de jogadores para diferentes corredores. Observei o ruivo que esbarrei agora a pouco, abrir uma das portas e ser sugado por um portal.

- “Ele parece saber o que fazer... Além de aparentar ser bem forte, se eu o seguir, posso deixar que ele faça o trabalho todo e é só roubar a máscara depois!” – Pensei enquanto dava uma pequena risada e entrava no mesmo portal que o ruivo, tomando cuidado para não ser notada.

Segui o corredor adiante e cheguei ao final do mesmo, ficando surpresa com o design do lugar: Era diferente de tudo que eu já tinha visto, era tudo monocromático, parede, chão teto, tudo. As escadarias não seguiam nenhum padrão, e a gravidade também parecia não funcionar ali, uma vez que havia escadas no teto e paredes, e pessoas subindo e descendo elas.

- “O que diabos é isso?” – Perguntei mentalmente tentando encontrar Caster diante daquela imensidão de escadas. Eu não iria desistir da minha tática, estava certa de que ele tinha capacidade de achar a máscara, afinal, era o que mais aparentava ter um vasto conhecimento sobre o jogo.

- Achei! – Pensei alto o fazendo virar em minha direção. De súbito, corri para o outro lado para despistá-lo, após perceber que estava a uma distância segura do ruivo, percebi que ele havia entrado em uma porta escondida, ao lado de uma que parecia levar para o começo do labirinto. O segui, corri tentando alcança-lo, quando ele parou, e com um susto, decidi de me esconder atrás de uma mesinha de corredor bizarra, com várias fotos de fadas com uns sorrisos penetrantes e um olhar vazio. - “Essa tal Ninfia, é realmente uma amante das coisas fofas?”

Ao longe, podia-se notar pequenas criaturas de pele esverdeadas, pulando de uma maneira rápida e aleatória, quando o ruivo observou os monstros com desdém e cuspiu no chão.

- Flea mans... – O ruivo sacou quatro punhais de seu inventário, uma das criaturas pulou pra cima dele, e como num reflexo, Caster jogou seu corpo para trás apoiando uma de suas mãos no chão e com a outra, lançou o punhal para cima. O punhal atravessou o corpo do animal, que ficou agarrado no teto com o punhal cravado em seu peito. Outros dois se aproximavam velozmente em ambas as direções, o ruivo jogou mais duas adagas, uma acertou a cabeça do monstro, enquanto a outra passou de raspão no outro ser, que levantou o machado que trazia consigo e abriu um sorriso, era certo que Caster receberia um belo de um golpe.

- Ok, chega de brincar. – O garoto agarrou o monstro pela cabeça, que conseguiu se esquivar  e de forma inesperada, seu corpo cresceu, virando um humanoide muito mais desenvolvido.

- Tarde demais pra você, chore! - Caster usou as unhas cortando o peitoral do monstro de cima para baixo com a mão esquerda. - Grite! - Caster cortou novamente o peitoral do demônio, dessa vez de baixo pra cima, com a mão direita. Caster o agarrou e virou de costas o segurando com as duas mãos. - E morra! - Nesse momento ele o arranhou com as duas mãos, fazendo um xis, e fazendo com que o monstro desaparecesse.

Uma parede apareceu onde deveria ser a continuidade do corredor e logo após, uma porta também aparece, o ruivo atravessou a porta correndo, sem a fechar, mesmo assim, a porta começou a se fechar sozinha. Num impulso, sai correndo em direção a porta, e a atravessei com ela quase fechando.

- Nossa, foi por pouco. – Sussurrei aliviada enquanto observava se alguém havia escutado.

A área onde a porta nos levou parecia o topo de uma montanha, mas especificamente de um vulcão. Ao longe dava pra se notar um verdadeiro poço de lava, este dificultava a passagem para uma espécie de arena circular, com vários desenhos de círculos e prismas no chão, e uma aura azul que vinha dos céus até o centro a arena, notava-se também que várias estátuas de lobos gigantescas feitas de pedra, observavam o centro da arena, uma em cada canto totalizando em dez.

Aproximei-me lentamente da arena, mas me escondi atrás de uma rocha, esperando uma hora conveniente para roubar a máscara. Caster estava no centro luminoso da arena, quando um homem de aparência bárbara o atacou por trás com uma marreta. A marreta ricocheteou contra o que parecia ser um escudo de energia.

- Holy Water Shield! - Caster virou-se para o homem de aparência canina. - Mostre sua verdadeira forma!

O bárbaro fincou seu machado em uma fenda criada no meio da arena, onde uma luz azulada batia, e aos poucos uma fumaça começou a sair de seu corpo, que lentamente começou a se deformar. Ele se transformou num lobisomem de três metros e meio, olhos escarlates presas enormes e ameaçadoras, suas garras eram de tamanho médio, e seu braço possuía umas marcas, da cor semelhante a de seus olhos que se espalhavam pelo seu tórax e abaixo de seu abdômen, além de uma densa fumaça negra, que saía pelos cotovelos entre a superfície da pele, em ambos os lados.

Seu rosnado podia ser ouvido de longe, aquela fera estava furiosa, e atacava o guerreiro bipolar sem piedade alguma. Até que eu finalmente entendi como funcionava a arma de Caster, era uma espécie de chicote, parecia pesado e difícil de usar, mas ele conseguia manobrá-lo com maestria enquanto desferia golpes contra o lobo. A luta se arrastava, o lobo acertou uma pequena parcela dos golpes que desferiu contra o guerreiro, já o mesmo teve mais sorte, acertando praticamente todos os golpes que usou. O HP do monstro já estava em 20% quando nenhum ataque surtia mais efeito.

- Anh? - Caster não entendia o que estava acontecendo. - Lembre-se Caster, lembre-se... Havia um motivo pelo qual ele ficava imortal! - Caster resmungava contra si, tentando lembrar-se do por que o lobisomem não recebia mais nenhum dano.

- “Espera um pouco...”– Pensou enquanto fitava o chão, e com uma grande confiança, o ruivo aponta seu chicote para o lobo.

- Sabe Cornell, se eu me lembro bem esse é o seu nome. – Disse enquanto acariciava seu pescoço. - Enfim, meu MP é um pouco diferente das outras classes, ele é dividido em duas partes... – Caster falava calmamente andando de um lado para o outro, enquanto o monstro parecia estar prestando atenção. - Como punição ele acaba mais rápido, porém, ele é usado para poderes diferentes, ambos muito úteis! O poder que vou usar agora é o poder supremo do meu lado luz: Ultimate Light!

- “Porque esse idiota está anunciando sua tática pro inimigo?!” – Perguntei para mim mesma enquanto serrava o punho.

Uma aura azul cobriu o ruivo, que segurava seu chicote com ambas as mãos, girando sobre o próprio eixo. A velocidade foi aumentando, Caster começou a direcionar aquele giro veloz e alguma forma, mandando seu corpo em direção as estátuas em volta da arena, destruindo todas, uma a uma.

- Pronto ,mas agora, como consequência, meu MP de luz acabou... Que pena não acha? – Falou dando de ombros. - Mas não é problema, afinal, eu já venci.

- Hawhawhaw, você conseguiu até aqui, mas e agora, o que vai faz-

Caster percebeu o descuido do monstro, e rapidamente atravessou seus punhos num golpe horizontal no Lobisomem, o cortando ao meio. O ruivo havia vencido.

- Corte da Escuridão. – Terminou enquanto fechava os punhos sujos de sangue.

Caster seguiu ao centro da arena, onde uma aura azul caia do céu em direção ao chão.

- Oblivion sepenteim daemonis!

Um pedaço de máscara caiu do céu, a mesma era prateada e ambas partes dos olhos e da boca eram tampadas com ferro, a máscara parecia representar o rosto de uma mulher pela delicadeza da peça. Caster levantou sua mão até a máscara, porém, antes de qualquer coisa, usei uma habilidade ocular que aprendi e me corri rapidamente até a máscara. Antes de pegar a máscara, segurei seu queixo e dei uma piscadela.

- Beijinhos mon' amour! - Falei em um tom sarcástico, enquanto corri com tudo que tinha. O ruivo estava estático, sem reação apenas olhava eu ir embora, em agradecimento, mandei outro beijo.

- O-O que diabos?! Ora sua maldita, volte aqui! – Gritou ao ar. – Depois de tudo que eu passei... Argh! Mas ela vai ver, não se pode fugir da JUSTIÇA! - Gritou dando ênfase em sua última palavra, e correu em minha direção, mas claro que inutilmente, pois eu já estava de volta a sala das escadas.

Havia outras várias portas e pelo visto era só derrotar os inimigos que apareciam nos corredores. E assim eu fiz, os Flea man eram fáceis de serem derrotados, não sei o porque daquele “carnaval” que Caster havia feito para matar apenas cinco deles. Com isso um portal se abriu para a próxima  área.

Uma arena vazia, mas quando eu falo vazia, é vazia MESMO, não tinha nada lá além de um chão de mármore e em seu centro, um círculo que emanava uma aura azul intensa semelhante a que vi na luta do ruivo com o lobisomem, e de lá surgiu uma mulher com um manto negro, mostrando boa parte de seus seios e seu abdômen nu.

- Hmm, o que  traz aqui bela jovem? – Perguntou enquanto se aproximava.

- “Pelo visto ela é a próxima boss.” – Pensei enquanto via seus status, todos marcados por pontos de interrogação.

– Carmilla não é?- Perguntei andando em círculos junto da mesma. – Eu vim pegar a outra parte da máscara.

- Oh, então, você quer me desafiar? Você parece ter bastante potencial. – Disse calmamente se aproximando e levantando meu queixo com seu indicador. – Será que consegue me derrotar cara gatuna?

- Quem sabe? Para isso... – Saquei minha adaga rapidamente e dei um corte em seu rosto. – Só basta tentar.

A vampira passou a mão em seu corte e lambeu do próprio sangue.

- Hum, você se parece comigo em certos aspectos garota, gostei de você, mas tudo bem, se você deseja tanto assim morrer, deixe-me lhe ajudar.

- Pode vir dentuça!

A mulher começou a flutuar e um globo de energia se formou em sua volta, e pouco a pouco várias gárgulas apareciam de tudo quanto era canto.

- Vão meus queridos, destruam essa garota! – Apontou para mim enquanto lançava alguns relâmpagos, que por sinal eram bem fáceis de se esquivar.

- Ah, finalmente vou poder me divertir! – Gritei estalando os dedos e correndo para cima de uma gárgula. Em um corte diagonal, cortei sua cabeça a transformando em cinzas, enquanto duas outras viam em minha direção. – Venham todos, eu sei que vocês querem o meu corpo. – Falei num tom debochado com um dedo na boca tentando ser sexy, ah mas isso eu já sou, então não deve ter sido tão difícil.

- Mas o que!? – Gritou o ruivo do chicotinho, observando a minha batalha com as gárgulas. – Ei garota, o que está fazendo?

- Me divertindo ora. – Respondi subindo nas costas de um arrancando-lhe suas asas. – E não se atreva a me atrapalhar! – Meu olho direito brilhou em uma cor púrpura.

- Tudo bem então. – Falou se sentando e observando a minha luta. – “É uma boa hora para me recuperar da última luta.”

- Bom garoto. – Sorri, e pulei para a próxima gárgula. – Vamos, siga aquela vadia!

- O que?! – Gritou a vampira disparando vários relâmpagos em minha direção, enquanto eu esquivava encima da gárgula que se debatia feito um peixe.

- Gente, sua mira é podre! – Gritei apontando para a mesma. – Agora se me der licença. – Quebrei o pescoço da gárgula enquanto me apoiei em seus ombros para ganhar impulso em um pulo. – Eu tenho que te matar!

- Mas o que? – Surpreendeu-se antes de ser acertada por um chute nas costelas a fazendo quebrar o chão.

- Levante-se! – A chutei no estômago a fazendo voar alguns centímetros, carreguei um pouco de energia nas pontas dos pés. – Hora de morrer queridinha! – A chutei mais alto e então fiz um pequeno ciclone de energia com meus chutes e reapareci acima da mesma, a chutando com toda a força, o impacto a fez quicar alguns centímetros do chão, quando me aproximei da mulher morcego e segurei seu crânio. – E então, como é o gosto do chão? É gostoso, meu bem? - Joguei sua cabeça no chão com toda a força.

- Huhu, e então ruivinho? – Perguntei para Caster enquanto estava com o pé encima da cabeça da mesma.

- Se eu fosse você prestava mais atenção na batalha. – Respondeu com uma feição de tédio.

- Ela já morreu! – Respondi dando um pisão no crânio da vampira.

- Tem certeza? – Apontou para o chão.

Olhei novamente para o chão e notei que era apenas uma gárgula.

- Que!? Era uma ilusão!? – Gritei, enquanto procurava Carmilla.

- Procurando por mim? – Perguntou em meu ouvido quando cravou suas presas em meu pescoço, sugando um pouco do meu HP. – Me sinto revigorada.

-Argh! Sua vaca! – Olhei para a mesma tentando chutá-la, sem sucesso. – Mas o que?

A bela mulher havia virado uma gárgula gigante e levantou voo comigo em seus braços que haviam se tornado estupidamente enormes feitos de um morcego.

- Me solta! – Gritei enquanto via tudo ficar minúsculo à medida que íamos subindo.

- Curtindo a paisagem querida? Aproveite, será a sua última. – Gritou enquanto continuava levantando vôo.

- Tem certeza? – Puxei minha adaga do inventário e cravei em seu braço.

- Argh, Maldita! – Gritou aos céus forçando a me soltar.

- “Como sou idiota, meu deus!” – Pensei enquanto caía em queda livre.

- Ah, o que está fazendo?! – Gritou o ruivo apenas observando eu cair. – Ragel!

- Ai que é? Não me atrapalha. – Olhei para as costas de Carmilla. – “Espero que dê certo.” – Pensei e num súbito momento me “teleportei” para trás da vampira.

- Argh como fez isso sua maldita?– Gritou se mexendo de todas as maneiras tentando me retirar de suas costas.

- Fica quietinha, que eu vou acabar com você agora sua maldita! – Cravei minha adaga em suas costas e então pisei em seu cabo forçando a adaga adentro, para um corte mais profundo fazendo a vampira perder o voo e gritar de dor. – “Merda, estamos caindo.” - Antes do impacto acontecer pulei de suas costas e caí no chão rolando. – Toma isso!

Carmilla se desfez em uma fumaça densa e chamas negras,  e então minha adaga caiu de seu corpo.

- Ha ha, foi fácil. – Anunciei limpando a sujeira da minha adaga e me aproximei do círculo brilhante. – Ei ruivo, quais as palavras que você falou mesmo?

- Oblivion sepenteim daemonis .

Assim como na primeira arena, um pedaço da máscara caia dos céus, dessa vez, era o pedaço do olho direito, me inclinei para pegar a máscara, porém, assim como eu tinha feito, Caster fez. Uma corrente se enrolou contra a máscara, e o ruivo a puxou, em súbito, correu de forma disparada, mesmo sabendo que a classe gatuna é a mais veloz de todas, ele tentou ao menos, ter a dianteira.

-Nesse jogo dois podem jogar Gatuna! – Gritou o ruivo anunciando mais uma de suas impactantes e estranhas frases.

- COMO EU PUDE SER TÃO IDIOTA! – Berrei com toda raiva que tinha e corri atrás do patife. -  VOLTA AQUI!

Nós dois chegamos ao mesmo tempo ao local que ia criando um caminho de pedras automaticamente durante chegávamos ao local. Aquele lugar parecia um mundo alternativo, onde as pedras não obedeciam a gravidade, e uma tempestade de areia eterna atacava o local.

-Devolva meu pedaço da máscara! - Caster gritou furioso.

-Devolva você o meu! – Revidei igualmente.

-Mas foi você que começou a roubar as máscaras!

-Porque EU sou uma gatuna, qual é a sua desculpa?! - Perguntei com as mãos na cintura.

- A minha desculpa é que eu peguei ela primeiro, você me roubou, só dei o troco! Ou você acha que eu sou estúpido?

- Bem, acho sim. – Respondi abafando o riso.

- COMO É?!

Enquanto discutíamos, acabamos não notando uma aura negra que se aproximava, que aos poucos, foi tomando forma de fumaça, e da fumaça, saiu um cajado negro que foi lançado contra nós dois. Ferindo gravemente o ombro do ruivo.

-Droga, logo agora que o meu MP de luz acabou, não vou ter como me... – O ruivo parou de falar e fitou sua barra de MP que fora completamente regenerado. - Como assim? Ragel, você usou algum item de regeneração?

-Claro que não né idiota, teríamos que estar em um grupo para fazer isso. – Respondi sacando minha adaga novamente.

-Mas então como? – O mesmo pôs a mão em seu ombro. - Não importa! O que importa agora é, quem nos atacou?

-Fui eu... - Um homem com o cajado negro em mãos apareceu, tinha cabelos castanhos escuros, que iam até a altura do quadril, ele não usava roupas, apenas uma densa fumaça negra tapava suas genitálias. De sua pele saltavam-se pequenas veias azuladas, seu corpo era musculoso. Ele também possuía um olhar profundo, como se quisesse invadir a alma de suas presas e descobrir o pior de seus segredos.

-Satan... É você não é?

-Então vocês sabem que não podem me vencer no nível que está não é... Caster e Ragel? – Falou criando um trono de suas chamas negras. - Pra me vencer vocês deveriam estar no mínimo no nível 70,  mas estão respectivamente no nível  48 e 42... O que vão fazer?

-Ragel... – O ruivo chamou minha atenção enquanto olhava para o ser das sombras.

- Mas que diabos de nome é esse o dele? – Perguntei olhando para o mesmo.

- Argh, isso não é hora de perguntar isso! Ele está certo, o HP dele é oito vezes maior do que o dos outros dois senhores. – Anunciou olhando para o chão.

- Pois bem, o que sugere, “Senhor da Justiça” e das frases ridí-

- EU JÁ DISSE, QUE NÃO É HORA PARA ISSO! – Me interrompeu enquanto me olhou nervoso. O que me assustou fazendo cair no chão. -Sabe o que acontece com quem morre aqui? Você sabe não é? Eles não deslogam, e sim morrem!

Quando Caster terminou de falar a cena na caverna de cristal me veio a tona novamente.

“– Não tem como reaparecer!! – O silêncio prevaleceu na caverna, somente o eco das palavras de Yuki era possível de ser ouvida. - As pessoas morrem de verdade aqui.

– De... verdade? – Minha voz falhou lentamente.

– Sim – Falou com lágrimas nos olhos.

– Isso quer dizer que eu poderia ter morrido ali? – Perguntei para a lutadora que somente assentiu com a cabeça.”

Parei de fitar o chão e olhei para o ruivo. - Se está com medo de morrer... Você está no jogo errado. – Respondi tentando me levantar enquanto tirava a poeira da minha roupa.

- E quem disse que estou com medo de morrer? – Estendeu a mão para me ajudar a se levantar. - Nesse jogo, eu sou quem realmente quero ser, um herói, e um herói não teme a morte! – Retirou a mão de seu ombro machucado, e olhou para mim. - Mas teme que os outros morram e... Não irei me perdoar se você morrer aqui.

O meu rosto corou bruscamente, de alguma forma, Caster transmitia segurança em suas palavras, com certeza era a melhor pessoa em quem se confiar naquele momento, voltei a realidade quando uma tela de pedido de grupo apareceu em minha frente.

- Quer que formemos uma dupla? – Perguntei ao mesmo que assentiu com a cabeça. - Certo, mas é só por enquanto, depois que derrotarmos ele, lutaremos pelo pedaço da máscara, e o primeiro que ficar com o HP abaixo de 20 perde.

- Certo, parece justo! - Caster abriu um sorriso, no qual eu acabei me perdendo por alguns segundos, mas logo voltei a real e fiz uma pose de combate. – Vou te mostrar que não preciso ser protegida pelo herói do chicotinho!

Ambos nos deslocamos cada um para cada extremidade do local, se entreolhando, como forma de mostrar que iríamos seguir adiante com o plano. O homem posicionou seu cajado contra o chão, fazendo com que o mesmo se deslocasse do centro para as extremidades, como em um terremoto.

Ambos saltamos, e eu desci em um giro dando um chute certeiro no ombro do boss que acabou soltando o cajado, que pouco antes de cair no chão fora enrolado por uma corrente. Era o Chicote do ruivo, que fora girado com o intuito que o cajado acertasse o próprio dono,  batendo em cheio no homem.

- Light Magic, a primeira parte do meu MP, ele me dá a capacidade de aumentar meu HP, enquanto suga o seu! – Anunciou enquanto sua barra de HP regenerou-se por completo, mas a de Satan quase não se alterou, aquele era apenas o primeiro golpe.

O ser invocou vários espíritos ceifeiros, que, segundo Caster, poderia nos matar em um ou dois golpes. Cercado, o ruivo levou um golpe de um dos ceifeiros, seu HP foi para 4%, perto de levar o segundo golpe, corri em direção aos espíritos e mandei vários chutes e cortes com minha adaga nos malditos que iam caindo um a um.

- Não era você o Herói que ia me proteger, príncipe? – Brinquei enquanto levantei minha perna em forma de combate.

- Espere só e verá! - Caster ativou sua magia de luz, e desferindo alguns golpes contra o Boss regenerando seu HP por completo novamente.

- Crianças, o que estão fazendo? Esses golpes nunca me afetarão.

- Eu sei, só precisava regenerar o meu HP. – Falou estalando seu pescoço. - Vamos tentar uma coisa Ragel.

- E o que seria? – Perguntei ainda com a perna levantada.

- A minha outra metade do MP, a Shadow Magic.

-Mas não vai ter todo aquele discurso denvovo não né? Porque meu deus, como isso irrita. – Falei correndo em direção ao boss.

- Ai cale a boca. – Respondeu com um olhar raivoso.

Caster ficou com uma aura vermelha em volta do seu corpo, e começou a desferir vários golpes contra o inimigo enquanto eu desferia vários chutes certeiros no boss , seu HP descia consideravelmente mas não o suficiente. Esquivamos e respiramos um pouco.

- Isso não está adiantando cristão. Como iremos vencê-lo?

- Use o seu melhor golpe, e eu usarei o meu, essa pode ser nossa melhor chance. – Disse, Caster aparentando estar bastante cansado de lutar.

- Certo.

Caster se aproximou freneticamente do boss se esquivando habilmente dos ataques do mesmo, e retirou de sua armadura, um cristal róseo com uma aura branca saindo dele.

- Destrua, Dark Cristal!

Caster esmagou o cristal com a mão, um espírito começou a se levantar detrás do mesmo, era uma espécie de demônio com uma enorme cauda de uma serpente, e o resto do corpo semelhante ao de uma mulher, com exceção dos dentes e unhas, que pareciam respectivamente presas e garras. O Demônio quebrou as correntes que prendiam seus braços, e começou a girar de forma enlouquecida pelo local. O poder não atingia nem a mim e nem a Caster, mas atingira o boss que de 70% de HP, foi para 30%.

O ser urrava de dor, o demônio invocado do poder de Caster havia sumido. Paredes de energia começaram a se levantar em torno do inimigo.

-Ele vai tentar regenerar o HP, Ragel, AGORA! - Gritou unindo as mãos para que eu pudesse dar um impulso para um salto, e por fim consegui passar pela barreira de energia.

- Esse é seu fim seu desgraçado! – Canalizei um pouco de meus poderes em minhas pernas. -  Fusion Power! - Uma energia elétrica começou a rondear o meu joelho direito e meu olho direito brilhou com mais intensidade, me causando uma pequena dor aguda, mas agüentei ao máximo, e minha perna havia ficado púrpura com alguns raios saltando da mesma. – Lightining Fuharenjin!

Projéteis de energia eram lançados contra o boss e no final lhe dei uma joelhada desintegrando-o por completo.

- Wow, não sou eu que irei querer receber uma joelhada sua. - Disse Caster com um sorriso maroto no rosto.

- E quem diabos iria gostar de receber uma joelhada? – Respondi em risos, me ajoelhando cansada, eu estava exausta. Na verdade, ambos estávamos.

- Parabéns, vocês dois foram os primeiros a vencerem o último boss da missão! – Anunciou Ninfia aparecendo em nossa frente com o ultimo pedaço da máscara.

- Obrigado.  – Falou Caster se levantando.

 - Muito bem, aqui está o seu prêmio, mas espere... Eu só tenho a permissão de dar um único item, quem deve recebê-lo? – Perguntou com a arma em mãos.

Caster olhou para mim, então eu sorri para o mesmo.

- Pode ficar, eu não tenho jeito com chicotes, e além do mais, vendê-lo depois de tudo que passamos seria uma baita de uma sacanagem contigo. – Falei com um sorriso de canto.

Caster deu um grande sorriso e então recebeu a arma das mãos da administradora.

- Pois bem, obrigada por participarem! A saída fica por ali. – Apontou abrindo uma porta iluminando o local. – Espero que tenham gostado do evento! – Desapareceu em um pó brilhoso.

Caster pôs seu novo chicote em seu cinto e me estendeu a mão para me levantar, segurei em sua mão e com o impulso acabei o abraçando.

- Obrigada, por ter se importado comigo. – Falei em seu ouvido.

- N-Não foi nada. – Falou ainda me abraçando.

Me afastei, lentamente e quando já ia embora, me virei.

- Mas é meio óbvio que esse chicote não ficou barato para você queridinho, o que eu tenho de beleza eu também tenho de inteligência. Beijinhos! – Falei acenando para o mesmo.

- Ah tudo bem! – O ruivo saiu de seu transe. - Não espera... – Desesperado, Caster abriu o seu menu e notou que tudo estava devidamente lá. – Ué, mas está tudo normal então o que foi que ela... – O mesmo olhou para cima e notou o seu medidor de dinheiro totalmente zerado.

– Ora sua filha de uma...