Sunrise - Nessiejake - escrita por esmecullen


Capítulo 1
Capítulo 1




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O sol nascia tímido como sempre em Forks, e pequenas faixas de luz dançavam pelo quarto, fazendo os pequenos diamantes de minha pele brilhar, e a pele dele adquirir aquele tom avermelhado que eu sempre amei. Deitada em seus braços, vendo-o dormir, eu sabia que estava no lugar certo, e nunca mais iria querer sair dali, ainda mais sabendo o que eu teria que enfrentar mais tarde.

 

No momento eu só queria agradecer o fato de tia Rosalie ter levado tio Emmett para Denali, caçar os lobos que ele tanto falava. Ele sempre reclamava de não poder brincar com os hiper-evoluídos daqui, pondo a culpa em mim, por andar sempre com um deles. Eu sabia exatamente o que ele teria pra falar sobre aonde eu tinha passado a noite, já tinha visto bastantes brigas entre ele e mamãe pra ter uma idéia. Ele era o meu tio favorito, mas eu tinha puxado muita coisa de minha mãe, e ia querer morrer quando o encontrasse.

 

E ainda tinha aqueles dois, céus, aqueles dois... Mas eu não tive como continuar me atormentando com pensamentos, Jake me puxou mais pra perto e eu instantaneamente perdi o medo de qualquer coisa que viria pela frente. Comecei a pentear os cabelos dele com os dedos, cantarolando a canção que eu tinha feito pra ele nas minhas primeiras aulas de piano com... Eu tinha medo até de pensar no nome dele agora. Então, eu ouvi o telefone tocar e barulhos no andar de baixo, e eu soube que a minha pequena bolha não podia durar pra sempre.

 

Em pânico, eu pulei da cama, atirando Jake longe, correndo para achar o que tinha restado das roupas em que tia Alice tinha me posto para a minha festa faz de conta de 18 anos que ela havia planejado por meses, junto com minha mãe, que apesar de todo o seu drama quando festa era com ela, coisa que eu também tinha herdado dela, se animou até demais com a minha.

 

- Que, que? Ele veio atrás de mim? – disse Jake atordoado, ainda sonolento.

 

Eu sabia exatamente de quem ele estava falando, mas eu logo tirei a idéia da cabeça, pra não entrar em mais pânico.

 

- JAKE! – berrou Billy.

 

- Acorda Jake – eu sussurrei, já completamente vestida – É o Billy. Você acha que a casa ainda estaria de pé se fosse ele?

 

- JAAAAKE! – Billy berrou de novo.

 

- Mas que merda – sussurrou Jake, se levantando – Já to indo, pai. Que que foi? – disse berrando na porta do quarto – E porque você ta vestida? – sussurrou ele pra mim, me puxando pra perto de novo em um abraço apertado me beijando. Ele sabia como eu que a noite tinha passado rápido demais.

 

- O Dr. Carlisle acabou de ligar, perguntou se você tinha visto a Nessie. Parece que ela não voltou pra casa ontem, e ele queria saber se você sabia de alguma coisa.

 

- Carlisle, sei. – resmungou ele. Eu enterrei meu rosto em seus ombros, sabendo exatamente quem tinha ligado. – Nessie está aqui, pai. Ela passou a noite aqui. Eu já tava levando ela pra casa. – ele disse, me apertando mais anda.

 

- Aqui? – berrou Billy - Jake, você não tem jeito. Quando é que você vai deixar as Cullen em paz? – ele completou, gargalhando.

 

Jacob me pegou pela cintura e fomos descendo as escadas. Eu completamente vestida, ele só com seus jeans de sempre, o que me fez pela primeira vez amaldiçoar a aversão dele por camisas.

 

- Nessie! Quanto tempo, menina! – disse Billy, com um sorriso sarcástico no rosto – Você fez uma bela confusão, tava todo mundo te procurando.

 

- É. Tia Alice meio que exagerou na festa, e eu fui dar uma volta na praia. Além do mais, eu estava com saudade de vocês – eu expliquei, corando.

 

- Ela herdou a aversão da Bella pra festas – disse Jake, se divertindo.

 

- Ah, claro quem precisa de uma festa pra duzentas pessoas, se duas bastam? – riu Billy.

 

Eu, corando mais do que devia, olhei feio pra Jacob, que gargalhava junto com Billy, segurando minha mão e apertando a minha cintura.

 

- Bom crianças, é melhor vocês irem, ou daqui á pouco vocês vão dar ao Paul uma desculpa para brigar com aquele vampiro grandão que ele sempre fala – lembrou Billy, ainda rindo.

 

Eu concordei, fazendo uma anotação mental de comprar alguma coisa para tia Rosalie quando ela chegasse.  Segurando a mão de Jacob, fomos andando pra Ferrari vermelha da mamãe que eu havia pego emprestado na minha fuga.

 

- Porque que eu acho que você usa mais esse carro do que a Bella? – ele perguntou divertindo-se.

 

- Bom, meu... – e eu ainda estava com medo de falar o nome dele, efeito colateral do pânico que eu tinha da hora que eu chegasse perto o bastante para ele ouvir o que eu estava pensando - Sempre disseram que eu tinha um gosto melhor pra carros que a minha mãe. Ela ainda está procurando uma caminhonete parecida com uma que ela tinha – disse eu, dando de ombros, Jake caiu na gargalhada.

 

- Eu nunca vou entender a maluca da Bella – ele disse entrando no lado do motorista, e abrindo a porta do carona pra mim. Eu congelei, tremendo, com medo do rumo que as coisas iam tomar dali á alguns minutos.

 

- Eu acho melhor eu ir dirigindo, Jake. – eu disse, a voz entrecortada – Eu não quero abusar da paciência dos dois.

 

- Nessie, entra no carro. – ele riu – Eu não vou deixar você dirigir assim, você ta tremendo da cabeça aos pés. Eu sei que você é meio sanguessuga, e tem excelentes reflexos, mas eu ainda dirijo melhor que você nesse estado - ele disse, saindo do carro, e me abraçando pela cintura de novo.

 

- Você é sádico por acaso? Ele vai me matar – eu disse, choramingando - Na verdade, ele vai matar você.  – e um novo tremor descendo a espinha.

 

- Bom, da última vez que isso aconteceu, foi a sua mãe que veio pra cima de mim, e o coitado do Seth que levou a surra, então eu não to muito preocupado com isso. – ele disse enterrando o rosto no meu cabelo. – Além do mais, eu acho que eu não sou muito quebrável, não é senhorita Renesmée? – disse ele me puxando pra mais perto, pondo as mãos no meu cabelo, me deixando sem ar com um beijo demorado, e me fazendo corar mais do que eu achava possível.

 

- Ok, eu acho que esta na hora de enfrentar as feras. – eu disse tentando o máximo parecer confiante.

 

- Eu acho que com essas eu me viro – ele disse, me beijando de novo enquanto me punha dentro do carro.

 

- Eu acho bom checar as minhas mensagens, ver qual é o tamanho do estrago – eu disse tentando recuperar a linha de pensamento e procurando o celular no porta-malas, acessando a caixa postal, aonde tinham três mensagens me esperando.

 

“Renesmee? É bom que você tenha uma bela explicação para ter me deixado sem poder te dar seu presente de aniversário. Eu estou extremamente chateada. Como você pode fazer isso comigo?”, dizia a voz alterada tão conhecida de tia Alice, e eu fui logo ouvindo a próxima.

 

“Renesmee? É a sua mãe. Nem trezentos lobos vão te salvar quando eu por as minhas mãos em você, menina. Como é que você sai sem avisar á ninguém, no meio da sua festa? Seu pai está deixando sua tia louca querendo saber aonde você esta, esquecendo que ela não pode ver você. Me ligue assim que ouvir isso!”, dizia a voz revoltada de minha mãe, e eu, sabendo qual seria a próxima, demorei mais um pouco parar apertar o botão que ia liberá-la.

 

"Renesmee? Assim que você ouvir essa mensagem, pode avisar ao Jacob que eu estou esperando vocês dois em casa, e é bom que você não tenha um fio de cabelo fora do lugar”, dizia a voz áspera e controlada de meu pai, escondendo a tempestade que me esperava quando eu chegasse em casa. Se ele estava reagindo assim por uma noite fora de casa, imagina se ele soubesse como eu passei a noite. Isso ia ser difícil.

 

- E então, como estão as feras? - disse Jacob, rindo, apertando a minha mão, e me tirando do transe. Eu ainda estava paralisada com o celular no ouvido. – Chamo a matilha ou eu enfrento sozinho? – disse gargalhando mais ainda.

 

- Você pode parar de rir assim? Ele deve estar furioso. Eu nunca passei a noite fora de casa, a não ser pra ficar com o Charlie, e mesmo assim ele sabia onde eu estava.    eu disse, tentando defendê-lo.  – Você não podia ter posto uma camisa só hoje? – eu choraminguei.

 

Ele riu mais alto do que nunca, e eu fechei a cara, focando minha atenção nos borrões verdes passando pela janela.


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