3 meses depois...

Minha vida está melhor do que tudo no momento. Eu tenho o melhor namorado que alguém poderia querer não tem pessoa melhor do que este homem, ele é carinhoso comigo e sempre está demonstrando o quanto me ama e isso só me deixa mais feliz a cada dia. E além disso ele demonstra a cada dia o quanto ama os meus filhos, ele brinca quando tem que brincar e não interfere quando eu os disciplino e isso só reforça a certeza que tenho de que ele pode me fazer feliz.

Ele não mora aqui com a gente, eu não insisto no assunto por que sei que é um passo muito grande a se fazer. Mas passa aqui todo o dia pra fazer nosso café da manhã e as vezes passa a noite comigo- se é que me entendem.

Hoje é sexta feira e hoje é dia de trabalhar, faço minha higiene e ponho uma roupa que possa chamar a atenção do Peeta, mas que não me deixe muito vulgar. Fiz uma maquiagem leve e amei o resultado das minhas escolhas.

Fui até o quarto de Prim, provavelmente o Peeta já acordou ela, então ela deve está terminando de se arrumar.

–Bom dia bonequinha!- digo dando um beijo na sua bochecha rosada e ela gargalha com o apelido que eu dei pra ela quando ela era um bebê.

–Oi mamãe, arruma meu cabelo por favor- Pede me dando a escova.

– Está bem.- pego e ela senta em sua penteadeira enquanto eu escovo seu fios loiros. Ela já está com a roupa de líder de torcida mirim, confesso, que eu fico chateada quando a vejo assim, é sinal de que eu estou ficando velha e meu bebê está crescendo.-Pronto filha, agora vamos descer minha líder de torcida e vamos comer.

–Ta bom então, mas mãe eu estou bonita?- pergunta.

– É claro que você está, afinal você é a líder de torcida mais linda do mundo.- digo e ela sorri e me abraça.

– Você também está linda mamãe.-diz

– Por que não descemos e perguntamos ao Peeta e ao Ben se estamos bonitas?-digo e ela assente indo na minha frente enquanto eu pego sua bolsa de cheerleader. O Peeta quando vem aqui faz o café da manhã acorda as crianças e arruma o Ben enquanto eu durmo mais um pouquinho, ele diz que é porque eu acordo muitas vezes durante a noite, o que é verdade, mas eu sei que ele faz isso porque ele quer um tempinho com as crianças, o que é claro eu deixo por que sei que ele gosta.

Prim saiu correndo na frente enquanto eu descia as escadas tranquilamente. Chego na cozinha e vejo que o Peeta está com a Prim no colo abraçando ela enquanto ela falava com ele sobre como estava animada pra chegar a escola. Quando o Peeta me vê o seus olhos faíscam de desejo, eu não resisto a dar uma risada da cara dele.

– Bom dia amor!- digo na maior inocência enquanto ele me devora com os olhos. Ele solta a Prim e a põe na cadeira, e vem em minha direção e me enlaça na cintura.

– Bom dia meu amor- ele diz com aquela voz rouca sexy, que MEU DEUS!!!

– Me da um beijinho de bom dia- digo manhosa e fazendo círculos com os dedos no peitoral definido dele.

– Não precisa nem pedir bebê.- diz e ele me da um beijinho calmo, mas não muito demorado já que tem crianças na cozinha.

– A noite a gente termina.- digo no ouvido dele e dando uma mordidinha no local fazendo ele se arrepiar inteiro. Me solto dele e caminho até o Ben que está arrumadinho, mas também está com uma carinha de sono.

–Já dei a papinha dele, acho que ele que voltar a dormir- diz.

– Estranho ele não é assim. Mas vou colocar ele pra dormir.- digo e fico ninando ele um pouquinho.Não demora cinco minutos e ele já pegou no sono, levo ele até a sala, e o ponho no carrinho. Meu bebê está com nove meses e está na fase de falar, mas não consegue falar mamãe, o que me deixa louca. Volto pra cozinha calada e como em silêncio enquanto a Prim e o Peeta estão tendo uma conversa animada sobre algo que não consigo prestar atenção porque estou preocupada com o Ben e...

–Amor? Acorda- diz o Peeta estalando os dedos na minha frente.

–Oi?!?!- digo olhando pra ele.

–Está tudo bem? Você ficou calada o café todo e nem tocou no se café.- diz me olhando interrogativo.

– Não, está tudo bem é só que o Benjamim está muito molinho, acho que ele está ficando doente, ele comeu tudo?- pergunto

– Não, ele comeu só metade, mas como você sabe que ele está querendo ficar doente?- sorrio e digo:

– Intuição de mãe- dou de ombros- mas vamos logo, hoje temos que aplicar prova.

– está bem- diz Peeta enquanto pega o Ben pra levar pro meu carro enquanto eu levo as bolsas das crianças.

Peeta vai dirigindo calmamente até a escola. Chegamos lá em alguns minutos. Deixamos as crianças em suas devidas salas, deixando claro pra Annie (Lê-se: a Annie trabalha na creche) de que é pra me chamar caso o Ben piore. Caminhamos Peeta e eu de mãos dadas pelos corredores, no começo as pessoas estranharam eu e o Peeta juntos, mas agora eles até que se acostumaram. Adentramos a sala do 3º ano onde teríamos três tempos.

– Bom dia turma!!- digo assim que entro, ainda de mãos dadas com o Peeta.

–Bom dia senhorita Everdeen- dizem todos em uníssono e eu é claro sorrio pra todos.

– Bom dia meninos, hoje teremos prova então...mal dia pra vocês- diz meu sempre direto e chato namorado.

– A turma é toda sua Peeta- digo, eu estou muito preocupada com o Ben não estou conseguindo nem raciocinar. O Peeta me manda um olhar confuso e eu apenas sibilo um "por favor"e ele assente.

O Peeta aplica a prova enquanto eu escrevo uns avisos no quadro, sobre trabalhos, notas e matérias que serão abordadas no bimestre que vem. Quando estou terminando alguém bate na porta e eu murmuro um entre.

–Katniss chega aqui- diz Annie aflita eu vou até ela e fecho a porta atrás de mim.

– Oi Annie, aconteceu algo?-digo

– O Ben está com febre e não para de chorar.- diz e meu coração vai na boca.

– Já estou indo vou pegar minha bolsa.- digo e entro na sala de aula- Peeta o Ben Piorou eu vou levar ele no pronto socorro.- digo pegando minha bolsa.

– O que ele tem?- pergunta

– A Annie disse que ele está com febre, e está chorando.-digo- Termina essa aula e leva a Prim pra casa da Rue e vai pra lá por favor.

–Está bem, se cuida ta, e fica calma -diz e me da um celinho, que foi o suficiente pra arrancar gritos histéricos dos alunos.

–Quietos!- Exclamei e todos se calaram.- Vocês tem um prova na mesa, façam!- digo/grito/mando e saio apressada pela porta.

– Saio o mais rápido que eu consigo para a creche. Chego na porta já ouvindo o choro irritado do meu bebê.

– Oi meu amor, mamãe já está aqui. –digo assim que vejo meu bebê chorando no colo de uma Annie agoniada. –vem à mamãe vai te levar pro médico. –digo o pegando no colo e seu chorinho já vai cessando, ponho a mão em sua testa e vejo que ele está muito quente. –Annie obrigada por tudo. Vou levando ele, você pode levar a Prim pra sua casa?- digo porque quero eu o Peeta venha comigo e a aula já está acabando, e como só tínhamos essas três aulas ele pode ir comigo pro pronto socorro.

– Posso sim, depois você me liga dizendo o que ele tem. –Ela diz e me dá um beijo na bochecha. –Qualquer coisa liga amiga.

– Obrigada, ligo sim, tchau. – digo saindo da sala e vou até a sala de aula buscar o Peeta, falta só dois minutos pra ele acabar lá mesmo. Chego bato na porta e ele vem atender.

– Oi garotão, o que você tem em?- ele pergunta enquanto pega o Ben do meu colo enquanto o Bem se aconchega nos seus braços. –Amor você não ia pro pronto socorro?

– Eu vou, só passei aqui pra saber se você não quer ir comigo, já que sua aula acabou. –pergunto mesmo já sabendo sua resposta.

– A sim só vou pegar a minha mochila. – diz e entra ainda com o Bem nos seus braços e volta segundos depois murmurando um tchau pra turma. – Mas e a Prim, como ela vai embora.

– A Annie vai levar ela. – digo e o Bem que até então estava chorando só que baixinho, começou a chorar com mais intensidade. E eu o peguei do colo do Peeta e pus a mão em sua testa e vi que a febre está muito pior. – Peeta a febre dele piorou. – digo quase chorando o por ver meu bebê sofrendo. Peeta põe a mão na testa dele e anda mais rápido e chegamos no carro e o Peeta sai cantando pneu, pro hospital, enquanto eu vou no banco de trás com o Ben que não para de chorar, e eu choro junto é claro.

– Ai bebê, calma, calma já estamos chegando meu amor. – digo balançando ele, e chorando da agonia dele. – Amor, acho que ele está sentindo dor por que ele não para de chorar.

– Calma, nós já chegamos. –ele diz enquanto estaciona. Ele abre a porta pra mim e pega a Bolsa do Bem, e entramos correndo no hospital com o Bem ainda chorando no meu colo. Peeta vai até a recepção e eu fico tentando acalmá-lo. – A Dª Madge está esperando. – diz e eu assinto, e seguimos em direção a sala da Dª, que por acaso é uma de minhas melhores amigas. Madge e eu nos formamos juntas então nos conhecemos há muito tempo.

Chegamos à sala e o Peeta bate na porta por que eu estou com o Ben no colo. Madge murmura um entre e nós entramos, assim que ela nos vê, abre um sorriso, mas seu sorriso morre quando vê minha cara de choro.

– Amiga o que ouve. – diz pegando o Ben do meu colo e o colocando na maca.

– Ele acordou mole hoje, mas eu tinha que trabalhar então levei ele só que ele piorou e não para de chorar e eu não sei o que eu faço.- digo e ela pega estetoscópio e vai examinando meu neném enquanto eu abraço o Peeta .

– Já pode pegar ele Kat. –pego e ela faz sinal para que eu me sente a sua frente. – Bem, ele está na idade de nascer os dentinhos então é normal ele ter febre, não conseguir comer direito e ficar mais chorão, nos próximos dias ele pode ter diarréia, salivação abundante, dificuldades para dormir, e também irritação na gengiva devido ao dente está nascendo, essa irritação causa muita coceira na gengiva, recomendo que use os mordedores para coçar a gengiva dele quando ele sentir irritação. Faça em movimentos circulares, isso vai aliviar. E quanto a febre eu vou passar um remedinho pra ele.- ela diz e começa a anotar tudo.

– Obrigada Mad, quase morri aqui de preocupação.- digo suspirando ruidosamente e olhando pro meu bebê que agora está um pouco mais sossegado, mas ainda sim um pouco manhoso.

– Amiga esse é meu trabalho e também eu amo essa coisa fofa.- ela diz brincando com o Ben.

– Amor pega o Ben um pouquinho, quero falar com a Mad um pouco.- digo e ele pega o Ben.

– Vamos garotão, não somos mas bem vindos.- diz e eu gargalho enquanto ele sai da sala me deixando sozinha com a Mad.

– Estou com saudades de você Mad, faz tempo que não nos vemos.- digo e ela assente.

–Faz mesmo, desde a morte do...- diz morrendo a frase no meio do caminho.- Você o amava Katniss, amava mesmo?- diz e eu sei do que ela está falando, suspiro e viro o rosto.

–Não, não como eu achava que amava, e isso me quebra porque ele morreu achando que eu o amava e o pior de tudo comigo achando que amava ele. Sabe Madge se eu te contar uma coisa você promete que não fala pra ninguém?- digo e ela ri.

– Mas é claro que sim, eu sou sua amiga.- diz e eu sorrio, ela é a mesma Madge de anos atrás, a pessoa que eu podia contar pra tudo.

– Por mas que eu negue, e eu vou continuar negando eu nunca o amei, ele só foi a pessoa que me encontrou no momento que eu estava fragilizada, precisando de alguém pra preencher o vazio que tinha no meu coração. Madge eu não tinha ninguém, somente a Prim que me fez querer me manter viva, mas eu ainda precisava de amor, eu precisava de alguém pra me sustentar emocionalmente, eu me sinto péssima em admitir isso. Eu me sinto péssima em ter tomado ele pra mim, mesmo não o amando de verdade quando sabia que você o amava. Eu peço desculpas Madge pelo que eu te fiz, peço desculpas pela pessoa egoísta que foi. Eu amava o Gale, sim eu o amava, mas como um irmão, eu sabia que ele gostava de mim, e eu precisava disso de alguém que me amasse. E o Gale supriu todas as minhas necessidades, amou a Prim como uma filha, me amou e eu tinha que retribuir de alguma forma, por isso dei um filho a ele. Quando ele morreu, meu mundo desabou, eu perdia a única pessoa que me amou quando eu precisava... e mesmo assim e-eu não retribui a ele nada a altura.- digo e uma lágrima solitária cai de meus olhos.

– Katniss você não tem o que se perdoar, eu amava o Gale, mas só amava, não amo mais eu amo o Marcos, eu estou noiva e estou feliz.- diz e eu sorrio- agora eu só te faço uma pergunta: você ama o Peeta ou ele te pegou em um momento de fraqueza.- sua voz não sai com deboche e sim como uma boa amiga querendo o bem da outra.

– Esse é o meu segredo eu amo o Peeta por que eu já conheço o Peeta, mas ele não se lembra de mim. Madge, eu e o Peeta já fomos melhores amigos quando criança. Ele foi o meu primeiro amor!- digo e é como se um peso tivesse sido tirado das minha costas.

Continua...