Dexei Peeta ir na Frente, como se ele estivesse sozinho e caminhei lentamente com as crianças ao meu lado, não queria que os pais de Peeta vissem as “surpresa” logo de cara, seria um baque muito forte, então fui atrás, esperando que Peeta cumprimentasse seus pais.

– Pai, Mãe que saudades!- escutei-o falando de longe, ele abraçava seus pais e a tia Effie chorava emocionada. Muito tempo sem ver o filho deve ser doloroso.

– Filho também estávamos com saudades.- falou o tio Hay.

– Mamãe, eles são meus avós?- perguntou Prim e eu assenti, ela continuou.- Posso ir falar com eles?- perguntou.

– Ainda não, espere um pouco, deixe o papai chamar a gente e nós vamos está bem?- ela assentiu desanimada. Abaxei na sua altura e falei.- Hey, não fica triste, é só um pouquinho.- beijei sua bochecha e ela sorriu concordando.

– Mamã coio.(Colo)- pediu meu filho e eu disse que não podia por que ia machucar os irmãozinhos. Fui até um banquinho que havia alí e as crianças sentaram, dei um brinquedo pra cada um que tinha em minha bolsa, para destraí-los.

– Filho pra que tantas malas? Você não ia ficar somente uma semana?- questionou tia Effie e eu prendi a respiração, essa era a minha deixa. Andei até o lado deles e disse:

– Na verdade, são minhas.- falei, eles me encararam e tio Hay perguntou:

– Peeta quem é essa bela jovem?

– Não se lembra de mim tio Hay?

– KATNISS?!- falaram juntos e eu concordei, eles me abraçaram forte e eu sorri em meio as lágrimas.

– Senti tanta falta de vocês.- disse quando me soltaram.

– Como você cresceu, está tão bela, mas e sua mãe como está?- enguli a seco e falei.

– Ela morreu a oito anos.

– Sentimos muito.

– Não, tudo bem, faz muito tempo, ela me deixou um presente muito bom, insubstituível.- falei e eles me olharam curiosos. Me virei para o lado onde tinha deixado Prim e Ben sentados.- Prim, Ben venham aqui por favor.- eles correram em direção ao pai que os pegou no colo com uma facilidade incrível, Prim ficou tímida então encondeu o rosto no pescoço do pai, já Ben, olhava curioso para as pessoas desconhecidas a sua frente.

– Quem são essas crianças?- perguntou Effie, ela sorria e este foi meu alívio, soltei a respiração que nem percebi que segurava.

– São nossos filhos.- falou Peeta orgulhoso.

– Filhos?- falou Haymitch pasmo.

– Sim, filhos, este é o Ben.- falou Peeta mostrando o meu menino.- filha olha aqui pro papai, olha.- ela olhou, ela estava com medo de ser rejeitada, então abaixou a cabeça, com vergonha, Effie se aproximou e tocou o rostinho de Prim.

– Hey, querida como se chama?

– Primrose, mas pode me chamar de Prim senhora.- Effie riu da timidez de Prim.

– Pode me chamar de vovó se quiser.- falou Effie e ela sorriu assentido.

– Ta bom vovó.- falou e eu ri.

– E esse meninão?.- perguntou o Hay.

– Esse é o Benjamin, mas pode chamá-lo de Ben.- falou Prim, ela já havia deixado o colo do pai e me deu a mão.

– Você é muito esperta, quantos anos você tem Prim.- perguntou Hay

– Oito.- fez um oito com a mão e eu sorri.

– Nossa, e é grande desse jeito?

– É eu sou quase adulta.- todos gargalhamos.

– Que tal terminarmos a conversa em casa?- sugeriu Peeta.

– Sim, claro, vamos!- falou Effie.

Seguimos assim para o carro, fui em um taxi com Peeta e o Ben, e Prim, Effie e Haymitch em outro.

– Meus enjôos estão piores, parece que sinto cheiro de baunilha a quilômetros de distância.- digo em uma careta.

– Quando chegarmos na casa dos meus pais, toma aquele chá que a médica receitou, isso pode aliviar.

– É, quando vamos contar?

– Quando minha irmã e meu cunhado chegarem, pode ser.- falou.

– Estou com saudades da Johanna, será que se lembrará de mim?

– Com certeza, é impossível se esquecer de você mesmo depois de perder a memória.- rimos e eu lhe dei um beijinho. Deitei minha cabeça em seu ombro e fechei os olhos esperando chegar na casa.

***

Vi o carro da frente parar em frente a uma casa grande e bonita, ela era branca com detalhes amarelos, um jardim em frente. Amei a casa, ela era tão aconchegante, exalava aconchego. Saímos do carro e famos entrando na casa, as empregadas nos mostraram nossos quartos e nós fomos nos instalar. Quando acabei de arrumar as minhas coisas e as de Peeta, deitei na cama acabada, minha gravidez dupla estava sugando todas as minhas energias, fora o forte enjôo que estava sentindo desde que estava no avião. Minha sorte é que Peeta se ofereceu, para colocar as crianças para dormir, elas dividiriam um quarto ao lado do nosso.

Me levantei pronta para o banho, mas meu enjôo se tornou forte devido ao cheiro de baunilha que eu sentia não sei de onde, sai correndo pro banheiro vomitando tudo e mais um pouco, senti Peeta pegar meus cabelos e prendê-los no alto da minha cabeça.

– Quer que eu faça algo pra você comer, enquanto toma um banho?- perguntou Peeta assim que eu terminei e eu assenti. Ele saiu me deixando sozinha no bannheiro. Entro no chuveiro e deixo a água cair nos meus cabelos, é um banho rápido, mas relaxante. Saio com uma toalha envolta do corpo, procuro algo para vestir, e pego um blusão e uma calça de moletom confortável, ainda me sentia fraca. Me sentei na cama penteando os cabelos com os dedos e fazendo uma trança rápida nele. Me deitei e esperei Peeta voltar, não deu dois segundos e ele adentrava pela porta com uma bandeja e algumas coisas para eu comer.

Me sentia fraca e um pouco tonta, mas eu acho que é devído ao vômito recente.

– Se sente melhor amor?

– Sim, os bebês estão me dando um trabalho. Mas sinceramente eu estou amando cada segundo.- falei com sinceridade.

– Eu fico mal quando você não se sente bem, desejo a cada instante estar sofrendo em seu lugar mas a sensação de ouvir o coraçãozinho foi inexplicável, foi incrível, e eu te aagradeço pelos presentes que você está me dando, nossa família e seu carinho são coisas pelas quais eu não trocaria por nada.

– Eu amo você!- digo e ele me beija.

– Eu também te amo.

***

– Katniss querida venha aqui por favor.- pediu Effie.

– Sim tia Effie.- falo me encaminhando até a cozinha. Johanna e Gloss haviam chegado a poucas horas. Foi tão bom rever minha velha amiga, eu sentia tanta falta dela. Ela quase morreu de chorar quando me viu, me abraçou e chorou ao ver meus bebês e ao ouvir minha estória. Fiquei tentada a contar dos gêmios quando vi sua protuberante barriga de sete meses, fiquei tão feliz por ela e por Gloss, eles estão tão felizes que me contagiou.

Agora estávamos todos na sala depos do almoço maravilhoso da tia Effie e eu fui ver o que ela precisava de mim

– Eu fiz esse bolo e eu to fazendo a calda, vc pode pegar o bolo no forno, se não vai queimar.

– sim,claro.- vou até o forno e o abro, não sei como nem quando, mais imediatamente passei correndo pela sala, em direção ao banheiro, minhas mãos tapando minha boca, consegui chegar ao banheiro e coloquei todo o meu almoço pra fora, senti Peeta segurar meus cabelos no alto da minha cabeça e vomitei. Quando terminei sentei na tampa do vaso fraca e cansada.

– O que houve? Foi tão rápido.- Peeta disse tocando meu rosto.

– Sua mãe fez bolo de baunilha, e eu to enjoando fácil com esse cheiro.

– O estoque de Baunilha vai sumir dessa casa.

– Obrigado por isso.- falei. Lavei minha boca e bochechei com enxague bucal que tinha ali.- Acho que esse é momento certo para se contar as novidades.- ele riu e assentiu. Ele passou o braço por meus ombros, e beijou minha têmpora. sorri e agarrei sua cintura lhe dando um leve beijo. Andamos abraçados até a sala tia Effie me olhou preocupada junto com a Johanna.

– o que houve minha filha foi tão rápido...- começou tia Effie e eu ri e a parei.

– Não, vamos nos sentar eu e Peeta temos algo a dizer.- Sentamos todos nos sofás espalhados pela sala, Prim no colo de Peeta e Ben no meu. Dei a mão ao Peeta e o Peeta começou a falar.

– Estamos muitos felizes em dizer que vamos ter mais dois membros na família...- ele me deixou continuar. sorrindo eu disse:

– Estou grávida de gêmeos!!- a gritaria começou. Effie me abraçou chorando, Johanna chorava litros e eu comecei a chorar abraçada a Johanna.

– Esses hormônios vão acabar comigo.- falei abafado pois estáva com a cabeça em seu pescoço e ela também.

– Nem me diga.

A alegria estava evidente naquela sala. Me senti feliz por saber que mesmo que não seja de sangue eu tenho uma família que me ama e que cuida de mim. E Eu Amo Isso.

Finalmente eu terei paz, terei o meu final feliz e quando Peeta beija a minha testa e sussurra no meu ouvido:

– Confia em Mim?- eu lhe beijo e respondo:

– Sempre, com todo meu coração.