POV Edward

Cheguei da reunião no final da tarde. Estava esgotado, afinal, ser presidente da empresa é um pouco cansativo. Fora que hoje eu tive que aturar a Tânia, uma maluca que simplesmente acha em sua cabeça oca que eu a amo. A única pessoa que eu amo de fato e de verdade é a minha querida Isabella. Falando nela, desejo que não seja nada grave o que ela estava sentindo. Não sei o que seria de mim sem ela e meu pequeno Tony.

Entrando em casa estranhei o silêncio, quando Tony está em casa jamais fica quieto. Os procurei em cada cômodo da casa e não os encontrei. Liguei para o celular da minha esposa e ele estava desligado ou fora de área. Já estava me corroendo de preocupação. Onde eles estão?

Decidi ligar para os pais da Bella, quem sabe ela não esteja lá. Mas infelizmente eles disseram que Isabella não apareceu lá em nenhum momento e pediu que caso Bella aparecesse era para avisá-los.

Liguei para meus pais, mas eles me deram a mesma resposta. Eu estava tremendo de nervosismo. Decidi ir até o endereço que Jéssica havia deixado. Peguei o carro e me dirigi até a casa, porém o endereço não existia. Como assim não existe?

Nesse momento o meu celular tocando. Era Jéssica. O que ela queria agora?

–Alô_ falei seco.

–Oi docinho_ aquela voz do outro lado da linha me causava nojo.

–O que você quer Jéssica?_ perguntei rude.

–Calma amorzinho. Só quero falar sobre seu filhinho e sua esposa querida.

–O quê? Você está com eles?

–Uhum.

–Por quê?

–Porque eu quero me divertir um pouco com eles_ deu uma risada forçada.

–SOLTA ELES AGORA JÉSSICA.

–Não antes de negociarmos um preço.

–Você quer dinheiro?! Eu te dou todo o dinheiro que quiser, mas solta eles.

–É assim que eu gosto.

–Quanto que você quer?_ perguntei impaciente.

–Hum... 1 milhão e meio.

–Okay. Quando e onde eu posso entregar o dinheiro?

Jéssica marcou o encontro para amanhã em um endereço que eu não conhecia. Deixou bem claro que era para eu ir sozinho.

–Docinho, você quer falar com a Bella?

–Ela está ai do seu lado?

–Está aqui pertinho. Se quiser falar com ela irá aumentar o preço para 2 milhões.

–Deixa eu falar com a Bella. Eu pago quanto você quiser.

Após alguns segundos a pessoa que eu tanto queria ouvir a voz atendeu ao telefone:

–Oi Edward_ falou com uma voz rouca por conta do choro.

–Bella! Você está bem?_ perguntei preocupado.

–Já estive melhor.

–E o Tony?

–Tony está bem. Só chora bastante, mas fora isso está bem.

–Eu te amo.

–Também te a...

Jéssica provavelmente tirou o telefone das mãos de Isabella.

–Acabou o tempo Edward.

–Jéssica, dê comida para eles.

–Vou ver o que poderei fazer em relação a isso. Até amanhã Edward.

Desligou o telefone na minha cara...

POV Isabella

Depois de ter uma breve conversa com Edward, Jéssica nos trancou no quarto e logo em seguida trouxe um lanche simples para mim e outro para o Tony.

Comi rapidamente o meu lanche e depois de insistir muito consegui fazer o Tony comer o dele. Após alguns minutos consegui fazer o meu filho dormir em um colchão velho que estava sob o chão.

Por algum motivo o lanche não caiu bem no meu estômago e eu sai correndo para o banheiro que tinha ao lado do quarto. Depois de colocar tudo pra fora, lavei a boca com a agua da pia tentando tirar o máximo possível aquele gosto horrível.

Voltei ao quarto e vi que Tony ainda dormia como um anjo. Jéssica me lançou um olhar de dúvida. Depois de alguns segundos deu um sorriso cínico.

–Isabella... Isabella_ começou ela falando com um pouco de sarcasmo.

Prosseguiu:

–Você por acaso está passando mal esses dias?

–Faz algum tempo, uns quatro dias talvez. Acho que é alguma virose ou algo do tipo. Por quê?

–Por um acaso seu ciclo está atrasado?

–Que droga de pergunta é essa?! Por que quer saber ? Não lhe interessa.

–Me responda Isabella, agora !

–Talvez esteja alguns dias... Mas não estou entendo aonde você quer chegar. Dá pra parar de fazer essas perguntas ?

–Você é mesmo uma lerda Swan ..._ Jéssica se aproximou de mim_ Já pensou na possibilidade de está grávida do Edward ?

Aquelas palavras fizeram-me tremer. Eu grávida?! Nunca. Como assim ?... Tudo bem que minha menstruação estava atrasada a alguns dias, ou talvez um mês, mais nada que se preocupar ... Meu Deus como eu não pensei nisso antes ? Enjoos, tonturas, ciclo atrasado ... Tudo apontava para uma única coisa: GRAVIDEZ.

–M-mais... E-eu não..._ involuntariamente levei minhas mãos para baixo e alisei minha barriga.

–Agora vai me dizer que você não queria ? Ah me poupe querida_ riu_ Isabella seja sincera, você planejou essa gravidez de proposito somente para agarrar de vez o Cullen, não estou certa ? Bem que eu sabia, você é mais esperta do que eu pensava.

–Não sou uma vadia como você Jéssica ! _gritei_ Não me compara com você !

Jéssica me deu um tapa no rosto que me jogou no chão, em questão de segundos. E logo senti gosto de ferro em minha boca. Droga.

–Nunca me chame de vadia Isabella! Só se você quiser receber uma surra... Hm falando em surra, acho que você mereceu esse tapa, pelo menos agora ficamos kit só pelo oque você fez comigo no escritório do Edward.

Ela pegou em meu cabelo e o puxou para baixo, arrancando um gemido espremido dos meus lábios. E não evitar de sentir novamente aquele gosto horrível de sangue na boca. Ela me jogou contra a parede, me fazendo bater com força minhas costas. Estava muito fraca para reagir.

Com o barulho na parede, Tony logo acordou e ficou assustado com oque viu. Ele não estava entendo nada e logo arregalou seus pequenos olhos.

–Deixa minha mãe ! Você é ruim ! _ falou sério correndo para meus braços.

–Calado seu pestinha, ou se não quiser também levar uma surra. Assim fica você e essa vadia que chama de mãe, iguais _ Sua mão se levantou para ele e eu o coloquei para atrás de mim. Não poderia deixar Jéssica machuca-lo, mesmo eu estando fraca de mais. Segurei seu braço com o restante das forças que ainda me sobraram e a olhei.

–Não toque nele, o seu problema é comigo. Deixe o Tony em paz e nunca mais ouse em querer levantar a mão pra ele. Por que não faz comigo ? O Tony é só uma criança, deixa de ser covarde.

–Bem comovente, parabéns _ela puxou seu braço de volta e começou a bater palmas_ Acho que cansei de você, com esse pestinha tem mais graça. Mais tudo bem, vou deixar essa passar ou melhor, darei um descanso pra vocês. Aproveita por que logo essa bondade acaba.

Seus passos se apressaram e logo saiu do quarto, obvio trancando a porta. Deitei com Tony no velho colchão e o aninhei em meus braços. Pude sentir algumas lágrimas descendo de seu rosto. E um terrível aperto dentro de mim.

–Tony não se preocupe, vamos ficar bem eu prometo pra você. Vamos conseguir sair dessa e todo esse pesadelo irá acabar. Seu papai vai vim nos salvar dessa doida. Eu prometo _passei meus dedos em seu rosto limpando suas lágrimas e soltei um sorriso_ Não chore querido.

–Você promete mamãe ? O papai vai tirar a gente daqui ? _seus olhinhos brilharam e Tony me abraçou carinhosamente, e eu retribuir.

–Prometo querido.

–Eu te amo mamãe. Você é a melhor mãe do mundo.

–Também te amo meu... filho _sorrir novamente e alisei seu cabelo fazendo um carinho. Eu amava aquele pequeno garotinho como se estivesse saído de dentro de mim. Um amor incondicional que sentia pelo Tony.

Depois de alguns minutos alisando sua cabeça senti a respiração de Tony ficando regular, provavelmente já estava dormindo. Eu demorei um pouco para dormir, pois pensava na suposta gravidez e agoniada para que tudo aquilo acabasse logo. Incluindo também os terrível gemidos da Jéssica que ecoavam na parede. Vinha do quarto ao lado. E nesse momento agradeci a Deus por Tony está dormindo. Ele não merecia ouvir isso.

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Quando despertei o dia já havia amanhecido e o sol quase não pegava no quarto, oque fazia ficar ainda mais frio. Com meu corpo dolorido pelo que aconteceu ontem, quase não conseguir me mover e respirei fundo com reprovação por não conseguir levantar. Tony que ainda dormia ao meu lado, foi acordado sem querer pelas minhas tentativas frustrada de levantar.

–Bom dia meu pequeno.

–Bom dia mamãe. Hoje o papai vai nos salvar? _perguntou animado com um incrível sorriso no rosto.

–É o que espero filho, vamos orar para que isso aconteça _arrumei meu cabelo que devia está bagunçado e o olhei_ Está com fome ?

–Muita mamãe, mais eu sou forte e aguento se ninguém trazer comida _brincou.

–Esse é meu campeão _rir junto a ele e sem demorar muito James logo trás aqueles horríveis lanches mal feito e deixa no canto, embrulhado na sacola.

–Se quiser comer está assim o café da manhã de vocês. De preparam por que agente vai encontrar o Cullen daqui a pouco _ele saiu e trancou a porta.

Dei o lanche para Tony e o mesmo comeu. Já eu decidi não comer, meu estômago se embrulhava somente em olhar para aquilo. Se eu comesse obviamente logo estaria vomitando.

Quando se passou uma hora, James apareceu e amarrou minhas mãos e a do Tony. O seguimos até o carro, onde Jéssica já estava a nossa espera com aquele sorriso idiota dela. Estava finalmente na hora daquele inferno acabar.

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POV Edward

Não consegui pregar os olhos em nenhum momento à noite. De manhã comi somente uma torrada e quando deu o horário do encontro peguei meu carro e liguei para a policia já ir para o endereço determinado. Sim, eu liguei para a policia. Mesmo sabendo que era arriscado.

Já no local do encontro, avistei alguns policiais escondidos e também Jéssica e James ao lado de um carro, supostamente deles. Segurando a mala com o dinheiro caminhei até os sequestradores.

–Bom dia Cullen_ Jéssica falou cinicamente.

–Pare com essa bobeira Jéssica e me mostra logo minha mulher e meu filho ! Eu quero ver eles.

Jéssica olhou para James e o mesmo abriu a porta traseira do carro e mandou as duas pessoas que completavam meu mundo saírem do veiculo. Ambos estavam com as mãos amarradas. Isabella estava com os olhos inchados e Tony não estava diferente. Senti um aperto ao vê-los assim.

Aproximei-me mais deles e Jéssica me embarreirou.

–Nem pense nisso Cullen. Ouça bem, no três você joga a mala e eu te entrego, a sua doce Isabella e o pestinha do garoto.

Assenti.

–Um... dois... três.

Joguei a mala e James a agarrou rapidamente. Eles deram alguns passos para trás. Corri até a minha esposa e meu filho Tony. Os abracei com força.

Os policiais saíram de seus esconderijos e a guerra começou.

–Solta a mala e os dois com as mãos para o alto!_ um dos policiais exigiu.

James jogou a mala não satisfeito.

–Você não cumpriu com o acordo Cullen, que merda é essa ?

Ele colocou a mão na cintura e rapidamente apontou uma arma em minha direção. E apertou o gatilho. Em um segundo.

Tudo se passou em câmera lenta para mim. Isabella saiu dos meus braços e foi para minha frente, a bala a atingiu no braço e caiu no chão pelo impacto. Agachei-me a seu lado e comecei a chorar desesperado. Ela estava começando a perder muito sangue.

Os policias prenderam James sem o mínimo de misericórdia. Jéssica deitou no chão e logo suas mãos foram algemadas. Gritei por ajuda e os policiais disseram que já haviam chamado a ambulância.

Tony estava ao meu lado chorando, assim como eu. Bella ainda estava consciente. Analisei seu braço e parecia que a bala passou de raspão. Mas saia muito sangue.

Logo a ambulância chegou e a colocou na maca. Eu liguei rapidamente para os pais de Bella e para meus pais, expliquei tudo e os informei o hospital que Bella estaria. Tony e eu acompanhamos Bella na ambulância.

–Amor pelo amor de Deus, permaneça acordada. Não feche seus olhos _implorei segurando sua mão.

–Ed... estou... fra... _ ela disse com enorme dificuldade e seus olhos se fecharam.

–Isabella não ! Acorde por favor ! Não faça isso comigo ! _agora eu tinha me desesperado de uma vez.

–Calma senhor Cullen. Ela está fraca_ uma enfermeira me informou. Fiquei um pouco mais aliviado _Somente isso. Logo ela acordara.

Logo chegamos no hospital e Bella rapidamente foi atendida. Infelizmente não pude entrar no quarto. Oque me deixou ainda mais nervoso. Enquanto estava na sala de espera com meus pais e meus irmãos, os pais de Bella e sua irmãzinha chegaram preocupados.

Depois de explicar tudo a eles, ficamos esperando alguns minutos que mais pareciam horas por alguma noticia do estado de Bella. Alice levou Tony e Meg para a lanchonete do hospital. Tony precisava se acalmar, já basta tudo oque ele e Bella já tinham passado presos.

O doutor Lewis apareceu na sala e nós rapidamente nos levantamos dos assentos.

–Olá_ ele disse.

–Olá_ respondemos uníssono.

–Quem é o marido da paciente Isabella Cullen?

–Sou eu_ manifestei-me.

–Até o momento conversarei apensa com o senhor. Acompanhe-me.

Segui o doutor até a sua sala.

–Como minha esposa está? Ela está bem? Ela acordou ?

–Ela está muito bem, tenho que acrescentar que sua esposa é muito forte. Felizmente a bala passou apenas de raspão e...

Suspirei aliviado.

–E... ?

–Você sabia que sua esposa está gravida ?

Como assim minha Isabella grávida? Eu não estava sabendo de nada disso, por que ela não tinha me contado. Minhas mãos suaram e passei por toda extensão do meu rosto de nervoso. Eu iria ser pai novamente ? Era realmente verdade ?

–Grávida?!_perguntei incrédulo e me sentei na cadeira ao lado.

–Exatamente. Isabella está grávida. Imagino que não sabia dessa noticia.

E lhe perguntei sobre o que tanto queria saber:

–E como está o bebê doutor?