A Colheita no Distrito Um

O Distrito um é um dos mais ricos de Panem. A sua principal atividade é a fabricação de artigos de luxo para a Capital, como diamantes e outras pedras preciosas. Os tributos do Distrito um se orgulham de participar dos jogos, e fazem parte dos Carreiristas, um grupo que se une para matar os mais fracos durante a competição

Mas nessa edição tudo estava prestes a mudar.

(...)

Megan Foster, 15 anos, dona de uma pele pálida, suas bochechas são naturalmente rosadas, os lábios pequenos e finos expressos em uma linha reta, seus olhos são pequenos dotados de cores esmeraldina, seu nariz é pequeno e empinado, os cabelos compridos e lisos, de cor rosado, um corpo pequeno e curvas desejáveis.

Por fora ela demonstra ser uma pessoa calma e infantil, com a aparência de uma boneca de porcelana, mas tudo isso é apenas uma mascara para esconder sua personalidade fria e calculista.

Mas Megan nem sempre foi assim, tudo havia começado após uma briga com um garoto de seu distrito que tentou roubar seu pão, ela lutou friamente, e saiu vitoriosa. Passou então a ser paparicada e mimada por seu distrito. Sua mãe e seu pai a mandaram para fora de casa após saber que ela tinha matado o garoto a sangue frio, no entanto, o administrador de seu distrito a levou para casa dele onde lá fora feita de boneca de porcelana, treinava no mesmo ritmo dos carreiristas, dez horas por dia.

Fora feita e desfeita várias vezes, vestia o que queriam, mudavam sua aparência, e tudo isso para estar sempre bem apresentável as autoridades, a partir de seus doze anos, quando já se tornará elegível para os Jogos Vorazes, começaram a trata-la como animal, lutava com caras fortes, e levava grandes feridas uma atrás das outras, até que percebeu que estava sendo manipulada e suja pelos administradores. O afeto que ela mantinha com o seu pai adotivo até então se tornou poeira, seu mundo era pó e escuridão. Passava a brigar nas ruas, a matar pessoas e assim a ser temida por todos os moradores de seu distrito, com 13 anos procurou a sua verdadeira família, mas foi rejeitado por eles.

“Eles pintavam e raspavam o meu cabelo, quantas vezes eu já fui marcada? Me matavam e me jogavam dentro de uma vala profunda, eu era uma boneca para eles, fui manipulada e agora não tenho como voltar arás. Eles me fizeram assim, uma mascara que esconde uma pessoa manipuladora e fria” ela pensava enquanto observava seu distrito pela janela de sua casa, o distrito que agora ela não tinha mais orgulho de pertencer, e sim nojo.

E assim ela foi se vestir para a colheita com um vestido de seda branco, cabelos amarrados em um rabo de cavalo e sapatilhas douradas.

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Peter Mason, 18 anos, Cabelos pretos, olhos castanhos, pele branca, alto e muito forte. Um garoto muito sarcástico, irônico, engraçado, mas que sabe ser sério quando lhe é necessário, apesar de parecer um pouco infantil, ele é extremamente frio, pode matar até mesmo um dos seus aliados se precisar.

Treinava em uma academia em seu distrito (apenas os distritos com carreiristas possuíam uma), um pouco antes dos onze anos. E em modéstia parte, manuseava espadas, facas e lanças perfeitamente.

Peter vivia com o peso nas costas, já que seu pai e seu irmão haviam sido vencedores de edições passadas dos Jogos Vorazes, por isso todo o distrito um tinha grandes expectativas de que ele também pudesse os trazer mais prestigio. Pois era só com isso que o distrito um se importava, prestigio e fama.

Seu irmão havia sido morto pela capital há alguns anos atrás, com a desculpa de que ele estava “iniciando uma rebelião”, mas Peter sabia que isso não era verdade, só não entendia os motivos da agora tão odiada por ele, capital.

E foi com esses pensamentos que ele se arrumou para a colheita, camisa preta, calça jeans, e tênis preto também.

Mas de uma coisa ele tinha certeza, essa era sua ultima chance de se vingar da capital, ele teria que ir para os Jogos Vorazes, teria que honrar a memória de seu irmão, mas temia que jamais pudesse retornar.

(...)

Há uma hora em ponto, todos os residentes do distrito um, estavam na bela praça da cidade, esperando ansiosos a colheita. Já não viam a hora de ter mais um “vitorioso”.

O prefeito do distrito 1, um homem elegante, dá início a leitura, ele conta a história de Panem, que todos já estão cansados de saber e do dias escuros, o levante dos 13 distritos, assim chegando aos Jogos Vorazes, uma forma de punição que a Capital arrumou para mostrar para os distritos uma mensagem bem clara, “Veja como levamos suas crianças e as sacrificamos, e não há nada que vocês possam fazer a respeito. Se levantarem um dedo, nós destruiremos todos vocês da mesma forma que fizemos com o Distrito Treze”...

Susan, a representante do distrito um, recém-chegada da Capital, e com seus assustadores cabelos roxos e vestido primaveril amarelo se apresenta e conversa um pouco com as pessoas que estão na praça. Cintilante e borbulhante como sempre, ela encaminha-se para a bola de vidro que contem o nome dos tributos femininos.

_ Bright Moore, a sorteadora diz com sua vozinha fina.

Uma menina loira de apenas 12 anos sai do meio do seu setor indo em direção ao palco, tremula, mas antes de alcança-lo, Megan grita.

_Eu me ofereço como tributo.

A sorteadora e o distrito um, não conseguiram esconder a empolgação que sentem, todos sabiam de sua história e como havia treinado praticamente a vida inteira.

Megan e levada pelos pacificadores até o palco, ela observa seu “pai adotivo” que espumava de raiva mais ao longe, ela sabia que o plano dele era que ela fosse para os Jogos Vorazes apenas quando completasse dezoito. Mas ela não pretendia voltar para aquele distrito, e nem sabia se iria vê-lo novamente. E assim a colheita prosseguiu.

_Agora vamos sortear nossos lindos meninos, diz Susan aparentemente feliz.

_Não vai ser preciso, eu me voluntário. Disse Peter saindo da seção dos garotos de 18 anos e seguindo até o palco.

Mesmo Peter afirmando a si mesmo que estava indo para os Jogos Vorazes apenas para se vingar da Capital, seu subconsciente o dizia que aqueles olhos esmeraldinos haviam o influenciado mais ainda.

O Distrito um, estava em êxtase, eles acreditavam que nenhum distrito teria dois tributos mais fortes e bem preparados que eles.

(...)

Peter olhava para sua mãe aos prantos, e para seu pai aparentemente desapontado, essa pode ser a última vez que você os verá, uma voz tilintava em sua cabeça.

_Por que você fez isso, era seu ultimo ano, depois disso você estaria livre da colheita. – Sua mãe lhe fazia essa pergunta novamente.

_ Calma Mary, ele tem muitas chances de vencer. – Disse John, seu pai.

Um pacificador aparece na sala, informando que o tempo havia se esgotado. Seus pais saem e sua mãe o lança um último olhar reconfortante.

_Eu vou honrar a memória de Adam... – Ele gritou para os pais antes que a porta se fechasse por completo.

Na outra sala.

Megan olhava as paredes decoradas da sala em que estava, não esperava receber visita de ninguém, por isso estava apenas esperando a levarem.

Mas para a sua surpresa um pacificador abre a porta, e sua “verdadeira” família vem a seu encontro.

_Megan, nos desculpe, por tudo. – Disse sua mãe com lagrimas nos olhos.

_Eu acho que já é tarde de mais para isso, não?. – Disse Megan friamente.

_Nós agimos errado em não te aceitar de volta. – Disse seu pai, Maxell.

_Sim, talvez se não tivessem me expulsado daquela primeira vez, eu não teria sido manipulada por aquelas pessoas, e não estaria indo para os Jogos. – Ela disse duramente, não podia aceitá-los de volta.

Sua irmã mais velha, saiu do canto da sala, onde esteve observando a briga, e parou ao lado de Megan.

_Eu sei que você não vai nos perdoar, e muito teimosa, mas quero que aceite isso. – Disse Rosemeri retirando seu colar em forma de arco e flecha e entregando a irmã, ela era a melhor arqueira do distrito um, sempre havia treinado, mas já não tinha mais idade para ir ao Jogos.

O pacificador entra na sala e informa que já se passaram os dez minutos. Megan observa o pequeno colar em suas mãos, enquanto sua família deixa a sala.

(...)

É assim embargaram para o trem que os levaria para capital, A Assassina e o Vingativo do 1.