Nosso Destino escrita por Isabella Cullen, Lia_Cullen


Capítulo 35
Capítulo 35- Tempo


Notas iniciais do capítulo

Bem meninas pedimos desculpas pelo atraso, mas pra compensar vamos postar cedo hoje.....



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BELLA

Eu estava me olhando no espelho e respirando para não surtar. Eu tinha que trabalhar porque esse era o meu emprego. Eu tinha que ver Edward todos os dias por mais alguns meses sem fim. Meus cabelos estavam soltos e meu vestido vermelho combinava com os sapatos pretos. Tudo bem, essa não era a ideia de tempo que eu imaginei, mas era o suficiente.

Fiz o caminho tão decorado para empresa. Eu estava atrasada, mas não vi o carro de Edward e entrei desanimada pelo dia.

- Mandaram a senhora se apresentar no RH. – disse o segurança assim que cheguei. Estranhei, mas fui para o terceiro andar vendo os funcionários agitados com vários papéis e todos os telefones que estavam tocando sendo atendidos.

- Me mandaram vir aqui. – disse a uma menina que veio ao meu encontro.

- Sim, senhorita Swan. A chefe do departamento é naquela sala.

Ela apontou para o fim e fui para lá olhando o relógio. Ainda estava cedo, mas para empresa do Edward esta é na hora de trabalhar e como sempre estavam todos ali. Uma senhora sorridente me atendeu.

- Bom dia senhorita Swan.

- Bom dia.

- Sente-se, por favor. – fiz o que ela pediu e ela tirou uma pasta dos arquivos e voltou ao seu lugar na minha frente. – O senhor Cullen pediu para lhe dar a rescisão do contrato.

- O quê?

- Ele cancelou o contrato. Então a senhora tem na sua conta 100 mil já depositados pela contabilidade e também assine aqui, por favor...

- Como?

Ela me olhava como se fosse uma maluca.

- A senhora está liberada do contrato.

- Eu... ele...

- Assine aqui, por favor.

Um balde de água fria caiu sobre mim sem que eu percebesse porque eu estava gelada e sem saber o que fazer. Assinei o papel que ela tinha na minha frente e mais uma vez eu não o li, só peguei uma cópia do comprovante e do recibo de pagamento. Levantei e fui até a porta.

- Ele pediu algo pessoal.

Parei antes de abrir a porta.

- Sim. – me virei ainda em choque.

- Ele pediu para entregar isso.

Ela tinha um pequeno envelope nas mãos. Peguei saindo da sala e sentindo todos olhando para mim. Eu era a ex-noiva dele sendo demitida. Eu podia sentir em minhas costas os olhares. Não conseguia mais ver nada além de meu carro quando cheguei ao estacionamento e antes mesmo de pensar em outra coisa eu abri a carta assim que entrei.

“ Minha vida e eterno amor,

Não estou fazendo isso de total vontade. Eu gostaria de vê-la todos os dias na minha cama e na minha empresa. Só que eu errei com você e isso não se apaga da noite para o dia. Eu te amo Isabella. Amo tudo que há em seu ser e sinto sua falta como do ar que respiro, dói em cada parte do meu ser essa distancia. Só que eu não posso te obrigar a mais nada. Eu te amo tanto... queria seu perdão e seu retorno. Eu queria seu corpo junto ao meu todas as noites, seu cheiro em mim como hoje assim que acordei.

Mas a mágoa que causei é grande e tirei seu chão com todas as minhas decisões e entendo que hoje esteja magoada e ferida. Espero o dia que seus olhos não carreguem mais essa dor, que possamos ficar juntos sem nenhum impedimento, passado ou presente, espero o dia em que for minha por completo. Não vou mentir, estarei sempre a sua espera... do seu perdão. É eterno o que sinto eu tenho certeza.

Tome seu tempo, viaje se quiser... conheça e espaireça. Só volte.

Do homem que te ama mais que tudo nessa terra. Edward Cullen.”

Se eu estava perdida antes. Estava mais ainda agora.

EDWARD

Entrei na casa dos meus pais desanimado. Tinha acabado de voltar da empresa. Como estavam todos ainda tomando café eu subi sem ser notado e deitei na nossa cama. A cama que partilhei por um tempo com ela. Eu queria ficar em nossa casa até ela voltar, mas de certa forma aquilo tudo me torturava demais e derramei lágrimas quando deitei e senti seu cheiro, vi algumas coisas ainda no quarto e olhei uma foto nossa. Ela tinha o sorriso mais lindo e feliz que poderia. Estávamos na praia, foi em um lual e Bella nunca pareceu tão jovem e despreocupada.

O que mais matava era perceber que estraguei tudo. Que quando corri atrás era tarde demais. Que ela escorregou de minhas mãos e eu não soube segurá-la e nem o futuro incrível a nossa frente.

- Posso ficar um pouco? – Alice entrou no quarto.

- Você já está dentro Alice. – disse a vendo entrar e fechar a porta. Ela deitou do meu lado.

- Eu a demiti. – disse.

- Sério? Por isso não está trabalhando?

- Quando ela chegar vai só assinar a papelada e... ir embora.

Eu chorei mais e mais. Alice me abraçou confortando.

- Ela te ama Edward. Bella só tem olhos para você.

- Só que eu a magoei, demais. Ela confiou em mim e meu Deus eu sou um idiota que rastejaria aos pés dela se ela falasse que era isso que ela precisava para me perdoar... só que eu a feri como aquele desgraçado fez...

- Nós erramos Edward e ela só precisa de um tempo... vocês precisam de um tempo...

- Eu a amo e dói cada célula estar longe dela. Dói demais. Eu queria matar Victória, queria acabar com aquele homem... mas a culpa é minha não é? Então do que adianta?

Alice ficou quieta por algum tempo.

- Bella arrebentou a cara de Victória. – ela disse e eu olhei assustado para ela.

- O que?

- Ela foi à clínica comigo e com Rose e ela arrebentou Victória. Torceu o pulso dela, deixou a cara dela bem vermelha e com vários arranhões. Você sabia que ela batia daquele jeito?

- Bom... James...e ela também não tem o melhor gênio do mundo...

Alice riu.

- Você precisava ver, ela quebrou a cara da outra.

Alice ria dessa história e eu me preocupei dela ter se machucado.

- Ela se machucou?

- Não, mas Victória saiu bem quebrada é isso que importa.

Rimos juntos daquilo e Alice começou a tagarelar até eu dormir.

Os dias se passavam sem muitas novidades. O lugar de Bella estava vazio, eu ainda não tinha conseguido colocar ninguém ali. Uma secretária estava me ajudando, ela era de outro departamento, mas era eficiente o suficiente. Eu sentia falta dela todos os dias, da sua boca atrevida, suas respostas certeiras, dos nossos beijos, do jeito dela e do cheiro que cada dia parecia menos presente em tudo. Eu sabia que ela estava bem, todos os finais de semana Nessie passava com ela e Alice ia busca-la no domingo, então afinal de contas ela não viajou, estava em algum lugar. Eu queria perguntar, mas eu sabia que correria para lá assim que tivesse essa informação, mas ela precisava de tempo.

Por fim, eu morava com meus pais e deixava a casa em que vivíamos apenas para visitas, acertar uma coisa ou outra com alguns empregados. Era triste tomar certas decisões, eu queria que ela cuidasse da nossa casa, que houvesse o toque dela em casa parte.

- Edward... – minha mãe me abordou assim que entrei em casa. Foi um dia difícil e acho que Alice me salvou de maus negócios o dia todo.

- Sim mãe.

- Paul está aqui...

- Paul? Bella está bem?

- Ele e Ágatha querem falar com você.

Minha mãe estava um pouco séria demais. Alguma cosia estava errada com Bella eu tinha certeza e larguei minhas coisas em cima de uma mesa qualquer e fui para sala. Ágatha e Paul estavam abraçados e rindo. Rose estava sentada um pouco longe.

- Que bom que chegou! – ele disse vindo em minha direção. Sorri ao ver como Ágatha estava bem.

- O que aconteceu? Bella está bem?

Ele fingiu que não ouviu e me cumprimentou. Depois Ágatha fez o mesmo sorridente.

- Precisamos conversar. – ele disse – Eu quero que me acompanhe Edward e vamos encerrar essa merda toda e já avisei a essa mulheres que quero ser padrinho!

- Padrinho? Do que está falando.

- Edward às vezes você é lerdo demais.

- Cala boca Rose! – disse e ela riu.

- Acompanhe Paul Edward, só falta isso para você ser feliz.

Paul tinha uma expressão sorridente e pensei por alguns instantes que aquilo tinha sido ideia de Bella. Entrei no carro com Paul e ele foi me levando de volta para o Centro.

- Bella está bem? – perguntei.

- Você está bem? – ele perguntou. Não respondi. – Então isso responde.

- Onde estamos indo?

- Acabar com essa história de merda.

E ele estacionou em um grande prédio.

- O que estamos fazendo numa delegacia? Bella foi presa? A maluca fez o quê?

Paul me olhou sério.

- Victória foi presa com Luke, conseguimos prova que eles roubavam e faziam pequenos furtos com as gravações que Alice e Rose fizeram. Ela também está sendo acusada de ser cúmplice em um esquema de tráfico de drogas internacionais, ela viajava por todo mundo e ajudava Luke a vender essa porcaria. A Interpol já estava de olho neles então só foi juntar as coisas Edward, era questão de tempo até ela ser desmascarada.

Eu estava paralisado com isso. Victória e Luke estavam mais juntos que eu poderia pensar.

- Eles só estão esperando você para levarem ela.

- Para onde?

- Ela vai ser julgada nos Estados Unidos. Lá eles cometeram alguns crimes mais sérios, envolve até a suspeita de um assassinato, então a corte decidiu que essa noite ela vai ser extraditada.

- O que eu faço aqui?

- Feche esse capítulo da sua vida. Olhe bem na cara dela e esqueça que um dia você se culpou porque a levou para esse mundo. Veja hoje como ela realmente é. Vou estar te esperando aqui fora.

Eu então hesitei em entrar. Eu sabia que o que encontraria superaria toda e qualquer imagem que eu havia tido dela. Entrei e assim que o policial me viu só me encaminhou para uma sala em que fiquei esperando ela entrar. Victória apareceu minutos depois. Sua aparência horrível, mal vestida e até abatida. Eu não senti pena. Não via nela mais nada que pudesse me comover.

- Edward me tira daqui! – ela disse chorosa.  O policial não deixou ela se aproximar. – Eu... eles estão me acusando...

- Eu te amei um dia. – comecei – Eu era imaturo e irresponsável, mas eu te amei. Você jogou fora todas as oportunidades que lhe dei esses anos todos. Fez-me de palhaço Victória. A única pessoa que te quis bem depois que até seus pais te enterraram.

Victória me olhava chorosa. Ela não me convencia mais.

- Eu me refiz de tudo que passamos. Encontrei Bella e a amo mais que a minha própria vida. E o que você fez quando eu estava te incluindo nesse momento perfeito? Você e seu namoradinho resolveram não me deixar ser feliz com ela. Victória tudo que vai acontecer daqui pra frente você plantou com suas próprias mãos. Se vai ser presa ou condenada a pena de morte por causa de um assassinato eu não sei, só que sei que advogado nenhum no mundo vai fazer você ficar livre de novo com todas essas acusações e te desejo um julgamento justo porque eu sei que você vai apodrecer na cadeia. – eu estava falando isso calmo e tranquilo. – E tenho só uma coisa a te dizer: você não venceu.

Eu me lembrei de tudo que Alice me contou que ela disse a Bella.

- Eu e Bella nos amamos.

- Vocês estão....

- Sempre estivemos. Nosso amor é maior que suas armações e mentiras. Nosso amor vai muito além do que um dia senti por você. Isabella é a mulher da vida, a minha futura esposa e mãe dos meus filhos.

- ELA NÃO VAI! EU A MATO!

- Não, você não a mata longe de nós. Você ainda vai ver muitas fotos nossas e de minha linda família porque farei questão de mandar para o inferno para onde vão te mandar. Eu e ela seremos mais felizes do que um dia imaginei e Victória. – fiz uma pausa para olhar dentro dos olhos dela – Você não venceu.

Sai da delegacia aliviado. Tranquilo e em paz. Acabou. Tudo que um dia me prendeu a esse inferno acabou. Paul sorria e abracei-o.

- Agora volte porque tenho certeza que falta pouco para aquela maluca te procurar.

Sorri com essa frase e Paul me levou para casa. Não a dos meus pais, mas a nossa casa. Lembrei-me da carta que escrevi para ela.

Tome seu tempo, viaje se quiser... Conheça e espaireça. Só volte.

All of Me – Angus and Julia Stone

Existe um remédio para espera?

Para que amores vitoriosos voltem

Existe um remédio para o ódio?

Cada segundo que eu estou sem você

Tudo de mim é tudo para você

Você é tudo o que eu vejo

Tudo de mim é tudo para você

Você é tudo o que eu preciso

Toda esta vida é tudo por amor

Isto é a única estrada que eu escolherei

E cada rua e avenida

Só uma irá me guiar de volta à você


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Notas finais do capítulo

E então?????