My Dark Side escrita por Kelly


Capítulo 16
Terceiro massacre


Notas iniciais do capítulo

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Anteriormente em My Dark Side:

–Agora está toda medicinal, mas e quando usou sangue e vampiro para salvar a minha vida!!! - gritou Elena, enquanto Stefan a segurava - Não há ciência aqui. Só magia. A Cassie vai fazer um feitiço com a ajuda da Bonnie. Eu sei que sim!!
–Eu senti as minhas pernas fraquejarem, até que me senti sem apoio e me deixei cair, mas senti-me ser segura por alguém: Matt. Ele olhou para o corpo de Jeremy e depois para mim, então lagrimas escorriam pela minha cara sem controle. Matt apertou-me mais contra o seu peito. Não em lembro de mais nada.


Atualmente em My Dark Side:

Matt levou Elena para dar uma volta e tinham voltada à uns 20 minutos. Também tinham me dito que Bonnie sabia o que fazer. Eu estou sentada no sofá da rua, enrolada num cobertor. Vi Caroline chegar e caminhar até ao mim, enquanto falava ao telemóvel. Também vi um carro encosta atrás do de Car e reconheci-o: o carro de Damon. Levantei-me, o que fez Caroline seguir o meu olhar. Desci os degraus, vendo Bonnie e Damon saírem do carro.
–Oh meu deus! - exclamou Caroline, correndo até Bonnie e abraçando-a.
Damon fixou o seu olhar em mim e limitou-se baixar a cabeça. Eu fiz o mesmo, até sentir mãos na minha cara. Olhei: Bonnie. Abracei-a com toda a força que tinha e senti-a fazer o mesmo.
–Estás bem? - perguntei no seu ouvido.
–Estou, estou bem. - respondeu.
Beijou a minha bochecha e afastamo-nos.
–Podes chamar o Stefan aqui fora? - pediu Damon a Caroline.
–Eles disseram que ela sabe o que fazer. - disse Car.
–Caroline, preciso de falar com o meu irmão. - repetiu Damon e vi o sorriso de Caroline desaparecer.
Percebi a expressão de Damon.
–O quê? - perguntei preocupada.
Damon não me respondeu então deduzi que não havia nada a fazer para trazer o meu primo de volta. Caroline chamou Stefan, que foi falar com o irmão. Nós as três voltamos para dentro e sentamo-nos na mesa da sala de jantar, onde já estava Elena e Matt. Bonnie começou a explicar então a sua teoria e ideia.... horrível!
–Bonnie, estás maluca! - exclamou Caroline - Não vais matar 12 pessoas! E não trarás cada mostro que já morreu de volta à terra!
–Car, eu acho que ela sabe disso. - disse Matt.
–Eu consigo, eu com a Cassie temos o poder necessário. - explicou Bon.
Eu levantei-me e olhei Bonnie nos olhos.
–Não podemos matar 12 pessoas para trazermos Jeremy de volta. - disse eu.
–Não só o Jeremy. Posso trazer todos de volta, Cassie... - corrigiu ela - Jeremy, Jenna, Vicky.
–Bonnie para! Não podes dizer isso! - gritou Caroline.
O telefone de casa tocou, interrompendo a discussão. Elena levantou-se e foi atender. Damon e Stefan entraram em casa e caminharam até à mesa.
–Jeremy não pode atender agora. - disse Elena, para o telefone - Ele não está... Desculpa. Ele morreu.
Olhei-a com os olhos arregalados. Assim que desligou, Elena caminhou escadas acima. Todos dirigiram o seu olhar para mim, talvez para se certificarem que eu não caia outra vez. Segui Lena, que tinha entrado no quarto de Jeremy. Entrei, vendo-a descobrir o rosto do irmão e abrir a boca, quase chorando.
–Elena... - sussurrei e ela virou-se assustada.
–Ele morreu. - disse ela, com lagrimas a querem escorrer- Ele morreu. Cassie, ele morreu e sempre esteve morto e eu... Consigo sentir o cheiro do corpo dele. Desde quando?!
Eu aproximei-me da minha prima, já com lagrimas nos meus olhos azuis.
–Eu posso ajudar-te, Elena. - confessei, achado que conseguiria.
–Como?!! - gritou ela e então respirou fundo - Temos de cuidar do corpo dele, leva-lo para baixo.
Elena saiu do quarto e então, voltou Stefan ao quarto, pegando no corpo de Jeremy, enrolado e num pano, olhando-me com pena e levou-o para a sala. Eu desci também.
–A Bonnie? - perguntei a Damon, não a vendo.
–Matt levou-a para casa. - respondeu ele.
Elena apareceu ao pé de mim.
–Vamos ter de fazer isto da maneira clássica. - disse ela e eu olhei para Caroline.
–Fazer o quê?! - exclamei confusa.
–Coloca o corpo dele no sofá, Stefan. - mandou ela.
A minha prima foi para a cozinha, procurar coisas nos armários e levando para a sala.
–O que está ela a fazer, Car? - perguntei assustada, deixando lagrimas rolarem.
–Eu não sei... - respondeu ela confusa.
Elena começou a despejar álcool pela cozinha e pelo chão.
–O que estás a fazer?! - exclamou Stefan preocupado.
–Temos que encobrir, não é? - perguntou, não parecendo a Elena de sempre e continuando a despejar - O que diremos? Ataque de animal? Caiu das escadas? Não. Incendíamos a casa com ele dentro.
–Elena, para com isso. - disse Damon.
–Porquê? - perguntou ela olhando-nos - Esta é a verdade. Eu não quero mais viver aqui.
Ela pegou numa garrafa de uísque continuando a despejar, desta vez aquilo, pelos moveis.
–Já não vai ser preciso porque Alaric já não cá está para beber! - exclamou ela.
Elena foi até ao Jer e retirou-lhe o anel, passando para Stefan. E continuou a despejar álcool.
–Para Elena! - exclamei suplicante, aproximando-me - Estás a assustar-me!
–O que mais devíamos fazer com o corpo, Cassie? - gritou ela - Não há mais espaço para ele no sitio do cemitério da familia Gilbert! Jenna e John ocuparam os últimos lugares.
Caroline tentava agarrar-me, enquanto eu vi-a Elena acender um fosforo.
–Não, Elena. Para! - gritou Stefan.
–Não tenho nada aqui, Stefan. - exclamou ela, caminhando até mim.
–Elena... - sussurrei implorando.
–A tua casa ardeu, Cass. Como seria se não tivesse ardido, mas os teus pais morressem? - perguntou ela - Não irias querer queima-la?! Cada pedaço desta casa... está cheia de memorias das pessoas que amei e morreram. Estão todos mortos!!! Todos morreram!!
O fogo do fosforo atingiu a mão de Elena, fazendo-a queimar-se e larga-lo, mas Damon apanhou-o.
–Elena, acalma-te. - pediu Caroline.
–Não, não... - exclamava ela, caindo de joelhos enquanto eu chorava - Não consigo! Está a magoar-me...
–Stefan, ajuda-a. - pedi, com os olhos vermelhos e ele ajoelhou-se agarrando-a.
–Elena, por favor acalma-te. - disse Stefan.
Damon agachou-se ao lado de ambos e eu olhei-o confusa, enquanto Caroline me continuava a agarrar.
–Eu posso ajudar. - confessou Damon, olhando-a nos olhos- Desliga.
–O quê?! -exclamou Stefan, tentando afastar Elena.
–Stefan, deixa-me ajuda-la. - disse Dam e voltou a olhar para Elena - Apenas desliga e tudo irá embora.
–Não!! - gritei, tentando soltar-me do aperto de Caroline, sem sucesso - Não, não, não...
Parecia que todos me ignoravam, mesmo com as lagrimas e gritos de suplico que saiam entre os soluços do choro. Eu não podia perder a Elena também, ela não será a mesma.

~minutos depois~

Ela desligou. Os irmãos saíram até à varanda para falarem, Caroline foi para casa e eu fiquei a observar Elena. Vi ela pegar num fosforo e acendê-lo, mesmo quando Damon e Stefan entraram.
–Elena, não faças isso! - exclamei, aproximando-me.
–Podemos pensar noutra historia. - concordou Stefan.
–Esta é a melhor. Ninguém vai fazer perguntas. - disse Elena, como se aquilo não a afetasse.
–Se queimares a casa, tudo vai desaparecer... - explicou Damon.
–Eu sei. - disse ela.
–E se um dia, quando isto tudo acabar... quiseres voltar para casa? - perguntei triste, limpando vestígios de lagrimas.
–Eu não vou. - respondeu, largando o fosforo.
Senti alguém em puxar para trás e vi Damon.
–Não a deixe, Damon! - exclamei, enquanto que ele me empurrava contra o seu peito - Por favor... por favor.
Fui puxada por Damon para fora de casa, com Elena e Stefan atrás. Vi tudo ser incendiado, tudo. Nada para lembra que morou lá uma familia feliz. Tudo foi embora.

~dia seguinte~

Acordei com a claridade a radiar o quarto enorme. Achei que tudo tivesse sido um sonho, mas eu não estava em casa. Vi a porta ser aberta e sentei-me, na cama.
–Bom dia. - saudou Damon e eu levantei-me - Pijama bonito.
–Oi. - retribui sem animação.
Caminhei até à casa de banho, com a minha bolsinha de higiene e Damon seguiu-me. Lavei os dentes e preparei as toalhas para ir tomar um duche.
–Damon, vais ser meu guarda-costas? - perguntei, olhando-o.
–Só quero ter a certeza que estás bem. - respondeu o vampiro.
–Preocupado? - disse irónica - Não me parece. Fizeste com que a Elena desligasse a humanidade... Isso não foi bom, não para mim, Damon.
–Uau, quanta ironia, loirinha! - exclamou ele e eu coloquei a mão da porta da casa de banho.
–O meu primo morreu, a minha prima é uma vampira sem sentimentos... O que esperavas, Damon?! - exclamei , fechando a porta e indo tomar duche.
Quando terminei, vesti-me e desci encontrando Stefan a conversar com Damon.
–A Elena? - perguntei preocupada.
–Escola, com a Caroline. - respondeu Stefan e eu assenti.
–E porque eu não estou lá? - perguntei confusa.
–Porque não és vampira... - respondeu Damon.
Percebi e... ignorei. Stefan e Damon saíram mais tarde e deixaram-me sozinha. O meu telemóvel começou a tocar e corri para atende-lo: Rebecka. Respirei fundo e atendi.
–Alô.
–Cassie. - saudou ela, aliviada.
–Sim. - respondi, também, sem saber porquê, aliviada por ter noticias dela.
–Soube do Jeremy. - confessou- Quando puder vou ter contigo, prometo. Estou com o Damon, a resolver umas coisas.
–Tudo bem, Rebecka. - concordei - Sobre... a cura...
–A Katherine têm-na. - completou e eu baixei a cabeça- Mas vou acha-la. Por nós...
–Tenho de desligar. - interrompi, não gostando das conversas mãe e filha.
–Fica bem, Cass. - pediu e eu sorri fraco.
–Sempre fico. - respondi e desliguei.
Stefan voltou com uma Elena desacordada nos braços e subiu para o quarto, agora dela. Eu segui-o.
–O que aconteceu, meu deus? - perguntei, vendo se ela estava bem.
–Ela vai ficar bem, Cassie. - respondeu ele sorrindo.
–Ela atacou alguém? - perguntei preocupada.
–Caroline... - respondeu e eu baixei a cabeça.
–Elas lá se resolvem. - disse Stefan e rimos.
Aproximei-me de Stefan.
–Tu não te lembras dela, da Gisela? - perguntei aproveitando o nosso momento sozinhos- Nada mesmo...
–Quando olho para ti, tenho a sensação que sim... - respondeu ele, e passou a mão na minha face - Os teus olhos, a tua pele... os cabelos loiros...
O momento ficou estranho e os nossos olhares conectaram-se. Eu não conseguia desvia-lo.
–Mas eu pensava que... - sussurrei e ele assentiu.
–Não sei, é só esta sensação... - explicou, e olhou para os meus olhos profundamente - Só que tudo em ti é puro e nela não era.
Elena despertou, o que fez com que nos afastássemos. Olhamos para ela.
–O que fizeste comigo, Stefan? - perguntou ela confusa.
–Trouxe-te para casa antes que causasses mais problemas. - explicou ele.
–Vais castigar-me porque fiz com que a Caroline caísse de cabeça. - acusou Elena e olhou-me - Baby-sitter?
–Ah ah ah. - disse eu, rolando os olhos.
Eles começaram uma conversa nada agradável, quando Elena se começou a despir e eu sai do quarto. Fiquei uma hora no meu quarto até começar a ouvir muito barulho lá em baixo, desci e adivinhem: uma festa! Caminhei até Stefan.
–Que loucura! - exclamei sorrindo.
–Não por muito tempo. - disse ele- Ou eles vão beber tudo e vão ficar aborrecidos ou Damon vai aparecer e mata-los a todos.
–Também não podes hipnotiza-los para irem embora, porque ... estão cheios de verbena. - lembrei e ele assentiu.
Caminhamos entre todos eles.
–Então vamos fazer o quê? - perguntei confusa.
–Não sei. - respondeu ele, bebendo da garrafa e a seguir ironizou- Curtir a festa, impedir que a Elena mate a equipa de pompons da Grove Hill.
–Certo! - exclamei sorrindo fraco - E onde está a minha prima?
–Onde achas, Cassie? - disse ele e eu olhei à volta, até que ele apontou.
Vi Elena dançando maluca, em cima de uma mesa. Uau, vampira desligada é assim? Sorri docemente.
–Quase me esquecia... - sussurrei.
–O quê? Ver Elena a sorrir? - perguntou ele e eu neguei.
–A divertir-se. - corrigi - Sim, é tudo muito péssimo, mas ela não te faz querer esquecer?
–Infelizmente, tenho esse pequeno problema... - disse Stefan e eu olhei-o - Quando eu... festejo demais... acabo a matar pessoas.
–A tua madrinha está a dar "ok". - disse eu, sorrindo largamente , enquanto bebia da garrafa de Stefan - Estás numa festa, Stefan. E tu és... tu.
–O que eu devo fazer? - perguntou ele rindo - Pegar em alguém, pôr no ombro e ir para a pista de dança, deixando a minha namorada se divertir?
Eu ri alto, bebendo mais.
–Diverte-te, Stefan. Eu estou a ... tentar esquecer isto do Jeremy porque eu não tenho a capacidade de desligar e está... a doer... muito. Só preciso de ver pessoas sorrindo. - expliquei, sorrindo triste.
Stefan assentiu sorrindo e pegou-me, colocando-me no seu ombro.
–Stefan! - exclamei, enquanto riamos.
Eu e Stefan começamos a beber e a dançar, como nunca me lembro de ter dançado.
–Já volto, vou buscar mais bebida. - avisei alto, e ele assentiu.
Fui até mesa de bebidas, junto à porta da rua e senti alguém atrás de mim, então voltei-me.
–Elena. - acusei, aliviada - Estás a divertir-te?
–Tu pareces muito divertida com o Stefan. - acusou ela, olhando-me sem expressão.
–Estamos a aproveitar. - expliquei sorrindo.
Senti-me ser empurrada contra a parede e olhei vendo Elena transformada, a tentar morder o meu pescoço.
–Ele é meu. - ameaçou a minha prima.
–Ei! - exclamei tentando empurra-la, pois não queria usar magia.
Senti-a ser tirada de cima de mim, olhei vendo Stefan.
–Estás bem, Cassie? - perguntou ele.
–Sim... - respondi ofegante.
Quando olhamos, vimos a porta aberta e nada da Elena. Boa! Eu e Stefan tivemos de ir procura-la pela floresta.
–Elena! - gritei alto - Onde ela se meteu?!
–Exatamente onde ela queria. - disse Stefan - Estava planeado.
–Não acredito que ela fez isto! - confessei, continuando a acompanhar o vampiro.
Ele deu-me uma estaca de madeira.
–Temos de nos separar. - admitiu e eu baixei a cabeça, mas ele levantou-a - Se a encontrares não hesites, Cassie, acerta na barriga, ok?
–Tudo ok. - respondi, engolindo em seco.
Stefan desapareceu no escuro e eu continuei a caminhar pela mata. Estava mesmo muito escuro. Senti um vento nas minhas costas e virei-me, mas não vi ninguém, então ignorei continuando.
–Elena! - gritei - Por favor!!
Senti-me ser empurrada com força contra a arvore e vi, novamente, Elena. Ela com a sua força vampírica deu-me m murro que me fez rodar e cair no chão. Ela agarrou o meu pescoço e começo a sufocar-me.
–Tal e qual o que dizem da Gisela. - acusou Elena, mas eu com magia atirei-a para o outro lado.
Levantei-me, olhando-a.
–Nada mau. - disse ela, levantando-se - Mas esse colar atrapalha-te, não?! Também não foste treinada por um caçador, como Alaric.
Elena veio até mim e tentou espetar-me a estaca que eu segurava. Com muito esforço consegui provocar-lhe uma dor de cabeça, mas logo parei para não a magoar.
–Para Elena. - pedi cansada - Esta não és tu.
Lena começou a sorrir cinicamente.
–Estás a magoar-me Elena. - acusei e coloquei a mão no meu coração - Não percebes?!
–Queres que me sinta mal? - perguntou ela e sorriu - Eu não me importo, Cassie. Quer dizer, doí-te? Talvez devesses desligar também. Transforma-te. Quem sabe parasses de te lamentar pela tua vida. E quem sabe não te sentirás culpada pelo que quiseste fazer com Damon.
–Elena! Cala-te! - exclamei, não acreditando no que ela dizia.
–Obriga-me... bruxa! - desafiou e eu senti os meus olhos dilatarem e a sensação no meu peito.
Peguei na estaca e empurrei-a com o poder da mente contra a arvore, aproximando-me. Dei-lhe um murro na cara com força e ela riu.
–Lutas como uma menininha. - acusou , sorrindo.
Ela ficou furiosa, dobrando o meu braço, quase partindo. Senti a madeira, da estaca, arranhar a minha barriga. Elena mandou-me ao chão e quando me ia partir o pescoço, alguém a segurou.
–Tira-a daqui. - disse Damon ajudando-me a levantar.
Stefan desapareceu com Elena em velocidade vampírica. Eu e Damon olhamo-nos.
–Estás bem? - perguntou ele, olhando para sangue na minha blusa.
Damon levou-me para casa e tratou da minha ferida na barriga. Sentei-me no sofá, tapada por um cobertor e bebendo chá.
–Como estás? - perguntou Damon, sentando-se à minha frente.
–Tirando o facto da minha prima me ter tentado matar? - perguntei irónica.
–Olha.. esta não é a Elena. - lembrou ele.
–E achas que não sei? - perguntei triste.
–Sem as emoções ela... só... - tentou explicar Damon.
–Então como vamos trazê-la de volta? - perguntei preocupada- E se não conseguirmos? Porque ela escolheria liga-las de novo? Se eu tivesse a chance de desligar, eu não ligaria Damon.
–Mesmo quando eu estava no fundo do poço... - disse Damon e vi-o pela primeira vez desabafar - Algo me puxou de volta. Há sempre algo que nos liga de volta.
–O que te trouxe ao cimo? - perguntei curiosa.
Damon levantou-se e caminhou para fora da sala.
–Vamos trazê-la de volta, Cassie. - disse ele, antes de sair.
Vi Caroline, entrar na sala mais tarde e caminhar até mim. A minha melhor amiga sentou-se ao meu lado e puxou-me para o seu colo, eu preciso disto, mesmo. Larguei uma lagrima e outra e outra...
–Estou a chorar, Car.- confessei baixo.
–Não faz mal, Cass. - disse ela com a voz calma.
–Estou cansada de chorar. - sussurrei, fechando os olhos.

~dia seguinte~

Acordei no "meu" quarto, com o sol a incidir através da janela enorme. Levantei-me, tomei duche, fiz um penso na ferida de ontem e desci, encontrando Caroline, Stefan e Klaus. Esperem... Klaus?!
–Bom dia flor do dia. - saudou Klaus, com o seu sotaque carregado.
–Olá. - retribui, olhando para Caroline e Stefan em busca de uma explicação.
–Silas. - disse Car.
–O que tem ele? - perguntei alarmada.
–Está na cidade... a preparar um massacre e... provavelmente se não o determos irá matar 12 pessoas. - respondeu Stefan.
–E suponho que tenham um plano... - disse eu , olhando todos.
–Ainda não. - respondeu Caroline, suspirando.
–E quanto à Elena? - perguntei, com a cabeça baixa - Algum plano?
–Claro, eles têm. - disse Klaus e olhou-os irónico - Damon está em Nova Iorque com Elena, à procura da cura. Ele deve estar a aproveitar a companhia de Elena sem emoções.
–O meu irmão sabe o que está a fazer. - avisou Stefan, talvez com ciúmes.
–Será? - disse o meu tio - Vou contar-te um segredo: não subestimes a sedução das trevas, Stefan.
Eu rolei os olhos, para o que Klaus disse e virei as costas caminhando para a estante de livros, para procurar algo, assim como eles procuravam, menos Klaus.
–Até os corações puros são atraídos por elas, Cassie. - completou Klaus.
Ele disse o meu nome, aquela frase também era para mim. Olhei-o por cima do ombro, assim como Caroline e Stefan olharam Klaus. Voltei a olhar para o livro.
–Tenho a sensação de que encontrei algo. - disse Car e levou um livro para perto de nós, quebrando o silêncio.
–"Figuras Simbólicas nas Artes Obscuras." - li o titulo destacado do seu livro.
–Sim, Bonnie não falou em triângulos de expressão? - confirmou ela.
–"Em algumas escolas de magia, como expressão, sacrifício humano pode ser usada como foco de poder. Há boatos que a adição de dois sacrifícios sobrenaturais combinados à energia mística, cria um triangulo de expressão." - leu Stefan do livro.
–Humanos. Foi o incendio no Conselho. - apontei para o cimo do triangulo, no livro- Demónios... o fracasso dos Híbridos do Klaus - e apontei para o próximo símbolo.
–Eu não usaria esse adjetivo. - acusou o meu tio e eu olhei-o, ele sorria - Qual é o terceiro?
Eu olhei para o livro e arregalei os olhos , afastando-me um pouco. Caroline olhou-me e eu coloquei as mãos a tapar a boca.
–Não... - sussurrei e passei as mãos nos cabelos loiros.
–O massacre é de quê? - perguntou Stefan olhando-me preocupado.
–Bruxas. - respondi , com os olhos arregalados.

~alguns minutos depois~

Caminhe para fora da mansão, devagar, enquanto Caroline e Klaus tentavam, a partir de um mapa, descobrir o local do massacre. Encontrei Stefan ao telemóvel e parei ao seu lado, esperando ele desligar.
–Falei com o pai da Bonnie. - disse ele, mal desligou - Acho que encontrei o Silas.
–Temos de ir contar-lhes! - exclamei alarmada.
Caminhei em passos acelerados para dentro, mas antes de passar a porta fui puxada por Stefan. Eu choquei contra o seu corpo e os nossos olharam conectaram-se, como no outro dia. Afastei-me, voltando a mim mesma.
–Sobre... isto tudo... - começou ele - Como estás a aguentar-te?
–Sinceramente? - perguntei e ele assentiu - Mal, muito mal, Stefan. Tenho pesadelos com aquela noite todos os dias. Mas eu vou levantar-me, como faço, sorrir e dizer: "Eu estou bem.". Sabes porquê? Porque isso sou eu desligada.
Esfreguei os olhos, não deixando escapar nenhuma lagrima. Respirei fundo e voltei para dentro.

~horas mais tarde~

Eu fiquei com o Stefan e Caroline com Klaus, divididos pela floresta. Ele ligou para Damon, mas logo desligou. Não trocamos nenhuma palavra, e ainda bem. Senti uma onda de poder, repentina, me atingir e senti, também, aquela sensação no peito, mas desta vez mais forte. Comecei a olhar à volta, vendo luzes de fogo para a direita, então fui nessa direção, enquanto Stefan me seguia com cuidado. Uma dor de cabeça atingiu-me, fazendo-me apoiar em Stefan e gritar alto.
–Cassie, que foi? - perguntou ele preocupado.
–Bonnie... - sussurrei entre gemidos - Sinto a sua dor...
–Vamos! - exclamou ele, ajudando-me a andar.
Chegamos ao local onde muitas bruxas estavam reunidas. Bonnie estava a ser torturada, deitando sangue pelo nariz. Stefan na sua velocidade inumana avançou até perto da bruxa que magoava Bon. Eu corri até lá.
–Para! - exclamou Stef - Isto não é o que parece!
–Isto não é lugar para um vampiro! - acusou a bruxa e depois olhou-me.
–Mas será para uma bruxa? - perguntei desafiadora.
–Bruxa... - sussurrou ela.
–Ela está a trabalhar para o Silas! - exclamei, ignorando-a.
–Silas? - perguntou ela, surpresa.
–Ele convenceu-a matar-vos. - explicou Stefan.
Bonnie gemeu de dor mais e a bruxa pegou numa faca. Eu olhei alarmada para Stefan. Aproximei-me.
–Espera. Que vais fazer? - perguntei.
–Se Silas têm-na, ela está perdida. - respondeu a bruxa.
–Eu posso ajuda-la. - argumentei alto.
A mulher ignorou a minha fala e Stefan avanço, mas ela provocou-lhe uma dor de cabeça. Olhei-a fixamente, então tive a certeza que os meus olhos dilataram.
–Querida, eu tenho o poder de 12 bruxas. Não tens hipóteses. - avisou a bruxa maluca, posicionando a faca para espetar Bonnie.
–Eu tenho magia negra! - exclamei.
A mulher dirigiu o seu olhar para o meu pingente, no peito, e arregalou os olhos. Então eu toquei no pingente e arranquei-o do pescoço, sentindo todo o poder se apoderar de mim. Ela ia matar Bonnie e eu não podia permitir. Quando ia atingir a bruxa maluca, Caroline aparece e espeta-lhe a faca que esta possuía. Eu olhei-a surpresa, ao mesmo tempo que sentia o poder do lugar desaparecer e 12 bruxas morrerem.
–Bonnie! - exclamei, abanando-a, para que acordasse.
Ela abriu os olhos, olhando-me.
–O triangulo está completo. - sussurrou e voltou a desmaiar.

~dia seguinte~

Senti Bonnie acordar e olhei para ela.
–Olá. Como estás? - perguntei preocupada.
–O que estás aqui a fazer? Como vim parar aqui? - perguntou ela confusa, sentando-se.
–Stefan trouxe-te. As bruxas quase te mataram. - expliquei.
–Que bruxas, Cassie? - perguntou Bon , olhando-me.
Eu olhei-a preocupada e confusa, ajeitando-me na cama dela.
–Não te lembras, Bon? - perguntei.
Bonnie olhou-me significativamente e entendi: não. Assenti, compreendendo.

–O que quer que seja que elas fizeram deve ter mexido com as tuas memorias. - respondi.
–Como sai da ilha? - perguntou-me a minha amiga.
Olhei-a com os olhos arregalados, agarrei a sua mão e fiquei desconfiada.
–Espera... Qual é a ultima coisa de que te lembras? - perguntei.
–Acho que me lembro de estar naquela caverna, contigo e... Jeremy tentava arrancar a cura das mãos de Silas. - respondeu, tentando lembrar-se.
Eu senti os meus olhos se encherem de lagrimas, então levantei a cabeça respirando fundo para não as deixar descer.
–Por favor, diz-me que ele conseguiu, Cassie! - exclamou Bon e eu respirei fundo - Nós não conseguimos, certo?
–Bonnie... - sussurrei, olhando-a e vendo tudo desfocado pela água nos meus olhos - Jeremy... ele... morreu.
Ter de repeti aquilo magoou-me mais do que ignorar, mas eu já tinha uma pequena ideia disso. Percebo o lado de Bon, é horrível quando perdemos alguém e ter de repetir é... muito mais doloroso. Dói duas vezes o que só deveria doer uma.


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Notas finais do capítulo

Já matei as saudadeeees :3 beijooooos *o*



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