Start? escrita por Sascha Nevermind


Capítulo 17
#15 - Kid e Raspadinha


Notas iniciais do capítulo

OMG GENTE, OUTRA RECOMENDAÇÃO *-----------*
Dessa vez, eu estava me arrumando pra ir pro trabalho e fiquei tão surpresa quando vi que derrubei perfume no meu pé kkkkk
Obrigada pelas palavras lindas, Mari the Wolf! *--*
E obrigada também a quem comentou no capítulo passado:

#Mari the Wolf
#Vlad Ember
#Guelbs
#Monkey D Amanda
#Kashir
#Beatriz Carvalho
#Breaker
#Anne Frank
#Mary chan
#Misty Heartfilia (Becca-chan)

Obrigada por estarem sempre aqui! Vocês são demais! ^^
Agora vamos ao capítulo... ele ficou bem fofinho - e Kid vai nos falar um pouco sobre os sentimentos dele! Espero que gostem!
Até lá embaixo o/



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POV Kid

Aquele seria, oficialmente, meu primeiro encontro com a Maka, e dizer que eu estava ansioso era pouco. Parecia que meu estômago iria sair pela boca a qualquer momento.

A garota havia conseguido me enlaçar de um jeito que, apesar do risco de soar clichê, nunca nenhuma outra conseguiu. E o mais surpreendente, sem nem mesmo tentar.

Foi difícil não reparar nela no seu primeiro dia, chegando atrasada, correndo e suada, junto com a Tsubaki, e logo depois, aceitando o “desafio” que o doktor lhe propôs de dissecar o animal da aula. No entanto, naquele momento, para mim ela não passava de uma garota um pouco mais corajosa que a média. Nada nela havia me atraído consideravelmente, a não ser, talvez, seus olhos, verdes e meigos. Logo soube quem era: Maka Albarn, a filha do atual Death Scythe de meu pai com a artesã mais corajosa da história da Shibusen. Todos pareciam esperar muito dela.

Fomos apresentados no mesmo dia, já que seu parceiro seria Soul Eater, o garoto que, segundo Liz, a pediria em namoro muito em breve. E foi assim, conhecendo melhor a Maka, que comecei a admirá-la.

Maka tinha um brilho próprio. Parecia sempre animada, sempre feliz, determinada e valente. Ela sabia ser simpática, ao mesmo tempo fofa e inocente. Tinha um jeito de nunca desistir, de continuar, e por mais forte que parecesse, tinha um lado sensível e doce. Os alunos da Shibusen sempre me consideraram de outro nível, como filho do Shinigami-sama, e eu me mantinha sério e silencioso a maior parte do tempo. Era como se não pertencesse àquele lugar, e era apático as pessoas ao meu redor. A Shibusen era apenas o lugar em que eu precisava estar para conseguir missões mais facilmente. Mas Maka sempre me incluía nas conversas, sempre puxava assunto, sempre me fazia sentir como se eu realmente fosse bem vindo ali – como se a escola fosse muito mais do simplesmente uma escola.

Além disso, Maka era linda. Tinha o rosto delicado e simétrico como o de uma criança, mas com um corpo que desmentia sua idade. Toda manhã, ela entrava na sala e sorria pra mim como se não me visse a dias. A cada dia queria estar mais perto dela, me sentia melhor ao seu lado. Cada palavra que ela dizia, para mim, era perfeita, e eu cheguei a ler secretamente seus arquivos escolares. A cada coisa nova que descobria sobre ela, eu a admirava mais. No entanto, só tive certeza do que eu sentia no dia em que conversamos na escadaria da Shibusen, e ela me disse que meus desenhos eram simétricos se comparados á realidade.

Não foi a melhor coisa que ela já havia me dito. Maka já havia me elogiado antes, mas de algum modo, daquela vez eu senti diferente. Tudo que pude fazer foi olhá-la e pensar “É ela. Essa é a garota certa.”

Só havia um detalhe: Soul Eater.

Desde que virara parceiro de Maka, Soul estava mais distante com a Liz em público, e quando esta não estava por perto, não desgrudava da Maka. Era óbvio pelo jeito que a olhava, e pelo jeito que me olhava, que Soul estava interessado nela, apesar da Liz. E por mais que doesse, também era claro que Maka nutria algo especial pelo Soul. Sentia que, para mim, não haviam chances. Cheguei a pensar na hipótese de deixar no ar a relação entre Soul e Liz, mas não tive coragem, poderia magoá-la, além disso não cabia a mim contar.

Maka iria com Soul no baile, os dois estava a cada dia mais próximos e tudo que me restava era aceitar que seríamos apenas amigos, já que minhas chances com ela eram nulas. Ou pensei que seria assim, até o Soul provar que não merecia a Maka e partir seu coração.

Eu havia saído do salão por alguns minutos e me fechei numa das salas de aula, para atender um telefonema do meu pai referente a uma situação que se desenrolava fora da Shibusen, quando de repente Maka entrou, chorando, parecendo arrasada. Quase me desesperei ao vê-la naquele estado, e quando descobri o motivo, tive vontade de matar o Soul ali mesmo, na frente de todo mundo. Me controlei, pois aquilo parecia assustá-la um pouco, e decidi, naquele momento, que Soul não a merecia. Era hora de lutar.

Quando a convidei para sair um pouco da Shibusen, foi por nós dois – eu sabia que Maka não se sentiria confortável caso voltasse para o baile, assim como sabia que poderia não me controlar caso tivesse de encarar o garoto que partiu o coração da minha garota. No entando, nem nos meus sonhos mais loucos eu imaginaria como aquela noite iria acabar: com Maka em meus braços, feliz, e eu quase explodindo de contentamento. Mal sabia como explicar o que aquele momento significou pra mim, a não ser, talvez, dizer que foi perfeito. Maka era muito melhor que eu imaginava, e me vi ainda mais apaixonado por ela.

No entanto, eu sabia que tinha que me controlar. Aquela chance que eu estava recebendo era uma benção, era única, e não podia desperdiçá-la. Foi por isso que, por mais que me sentisse inseguro por saber que Maka gostava de outro, engoli minha vontade de perguntar como nós ficaríamos e deixei apenas as coisas acontecerem. Dizia a mim mesmo que, se nós ficamos daquela vez, eu tinha uma chance e ponto, não precisava insistir. Foi por isso que dei espaço pra ela no dia seguinte – por maior que fosse minha vontade de ficar o dia todo no telefone com ela, trocando mensagens com ela, ou simplesmente com ela, sabia que Maka já teria que lidar com Soul, que morava na mesma casa, e ter contato comigo podia sobrecarregá-la.

Valeu a pena lhe dar aquele tempo: Maka e eu nos tornamos muito mais próximos. Conversávamos todo dia, ríamos, brincávamos, trocávamos indiretas. As coisas fluíam naturalmente, e eu não tocava no que sentia, assim como ela, mas eu sabia que Maka me queria. Meus dias se arrastavam e as noites trocando mensagens com ela passavam num piscar de olhos. Parecia impossível, mas eu gostava ainda mais dela do que antes.

Então tomei coragem e a convidei para sair, oficialmente, e Maka aceitou.

Aqui estou agora, parado em frente ao seu prédio – e do Soul. Ainda me sentia mal de pensar que os dois moravam juntos, mesmo sendo meio irracional. Soul e Maka andavam tão frios um com o outro que eu mal teria razão pra sentir ciúmes, se não fosse saber que Maka, por mais magoada que estivesse, ainda pensava no Soul, e ele também não parecia muito satisfeito com o rumo que as coisas estavam tomando.

Mas, quando Maka saiu do prédio – parecendo chateada, mas abrindo um sorriso enorme ao me ver, e vindo correndo me dar um abraço e um beijo na bochecha – minhas dúvidas desapareceram. Eu estava fazendo a coisa certa.

– E então, Kiddo-kun? Aonde vamos?

***

POV Maka

Ao invés de me responder, Kiddo disse que era uma surpresa e me pediu para acompanhá-lo. Curiosa, entrelacei meu braço no dele e fui andando ao seu lado. Não pude evitar uma pontinha de orgulho quando Kid disse que eu estava linda, mas isso também me lembrou do Soul. Uma vozinha insistia que ele ter brigado por causa da minha roupa significava algo, mas eu ainda estava magoada demais pra pensar qualquer coisa boa a seu respeito. O modo que ele falou comigo foi horrível.

Andamos mais silenciosos, no começo. Eu estava nervosa. Todas as vezes que eu fiquei sozinha com Kiddo antes foi meio por acaso, mas agora era pra valer, e meu estômago se contorcia de ansiedade só de pensar no que iria acontecer, ao mesmo tempo que eu tinha medo de não acontecer nada. Só depois de uns dez minutos consegui conversar mais normalmente.

Kid me levou até uma praça. Não era a mesma praça do dia do baile, essa era menor, quadradinha, com mais grama que árvores e cheia de flores no gramado. Estava meio movimentada, mas não muito, e tinha um chafariz lindinho no meio, com uma estátua de uma sereia beijando um humano. Cutuquei Kid e perguntei:

– O que tem de tão bom aqui?

– Você logo vai saber. – ele me deu uma piscada.

Atravessamos a praça até uma barraquinha do outro lado e, quando vi o que eles estavam vendendo, comecei a rir.

– É sério? – perguntei.

– Aham. – Kiddo respondeu, parecendo um pouquinho inseguro. – Eu estava andando de skate por aqui um dia desses, vi e lembrei de você na hora.

– Eu amei! – disse, do fundo do coração. – Nunca experimentei assim.

– Então eu acertei. – ele riu.

A barraquinha vendia raspadinhas, daquelas de gelo, que eram o gelo batido com um pouquinho de refrigerante e calda. Eu sempre quis tomar, mas nunca tinha visto um lugar que vendesse. Kid pediu uma de menta, eu pedi de morango, e ele pagou. Eu até tentei impedir, lembrando que da vez que saímos da Shibusen cedo e fomos na sorveteria foi ele quem pagou, mas o garoto insistiu tanto que achei melhor deixá-lo pagar logo e dar um jeito de me redimir depois.

Sentamos na mureta do chafariz, e logo na primeira colherada que dei meu cérebro quase congelou.

– Vai com calma, Maka! – Kid riu. – Esse é bem pior que um sorvete normal.

– Percebi... – resmunguei, massageando minha têmpora, e em seguida tomando outra colherada, dessa vez mais devagar.

Não era cremoso, nem tão doce, mas ainda assim era bom. Como aqueles suquinhos que eu deixava congelar quando era criança pra ficar chupando depois, só que melhor.

– Isso é bom! – exclamei, satisfeita.

Kid deu uma risada.

– É, bem refrescante. Mas eu ainda prefiro o sorvete do McDonalds.

– Ah, o de lá nem tem comparação! Mas tem qualquer coisa de legal em tomar raspadinha, sabe, eu me sinto como uma garota do passado. – expliquei. – Porque antigamente o sorvete era só gelo com suco.

– E eles pegavam o gelo nas montanhas. – Kid riu, tomando mais uma colherada. – Viu? Nós também somos cultura.

Rí, concordando, e sem deixar de notar o modo como ele usou o “nós”. Sei lá, era bobo, mas parecia significar algo.

– Reparou que toda vez saímos a gente vai tomar sorvete, Kiddo? – perguntei, me dando conta daquilo de repente.

Kid arregalou os olhos, surpreso, então começou a rir.

– É mesmo! Devíamos fundar a rota do sorvete em Death City.

Concordei, e tomei mais um pouco da raspadinha, tomando coragem antes de dizer:

– Então, da próxima vez que sairmos, temos que tomar outro tipo de sorvete.

Kid não disse nada, apenas me lançou um sorriso meio de lado, e comemos em silêncio por um tempinho. Fiquei preocupada de ter matado a conversa com a minha indireta, mas o clima não estava estranho, então preferi continuar comendo ao invés de tagarelar. Foi Kid quem quebrou o silêncio:

– Sabia que eu vinha muito aqui antes? Fica só a uns quinze minutos de caminhada da minha casa, é a praça mais próxima.

– Vinha? – perguntei. – Não vem mais?

Kid negou com a cabeça, e esclareceu:

– Quando eu era criança. Meu pai fica muito tempo na Shibusen, e sem mãe, eu costumava ficar sozinho ou com minha babá, e ela tinha medo que eu crescesse isolado demais. Por isso me trazia sempre. Não adiantava muito, mas acabei tomando o hábito de vir.

– Sério? Estou num lugar especial, então? – provoquei.

– Acho que sim. – disse. – Mas eu cresci aqui, então acho que todo lugar que eu te levar, vai ter uma lembrança.

Levei uma colherada da raspadinha á boca, imaginando as lembranças que Kid teria. Me dei conta que queria conhecê-las. Queria saber aquelas pequenas coisas, o que tornou Kid no que ele é hoje. Mas seria estranho falar aquilo, então apenas disse:

– Também cresci aqui, mas não conhecia essa praça. Na verdade, acho que até hoje não conheço Death City inteira. Quando era pequena, costumava ficar mais perto de casa. E agora não sou de sair muito. – dei de ombros.

– Nunca saiu da cidade? – ele perguntou.

– Logo que meus pais se separaram eu passei um tempo com minha tia, e como ela costumava viajar, eu ia junto. Mas era meio que a trabalho, então eu posso te falar mais sobre quartos de hotel do que sobre cidades que conheci. Fora isso, só nas missões. – dei de ombros. – Mas acho que não é a mesma coisa e, aliás, só tive umas cinco ou seis até agora, então não conta. Já você, eu apostaria que já deu a volta ao mundo!

Kid riu de leve, me olhando de lado.

– Acho que quase. Já viajei muito em missões, mesmo. Mas é divertido, mesmo assim. – sorriu.

Começamos a conversar sobre os lugares que já estivemos, e logo a raspadinha acabou. Kid jogou as vasilinhas no lixo antes de voltar e sentar do meu lado.

– Quer outro? – ofereceu.

– Agora não, obrigada. Ainda estou com o cérebro meio sem funcionar. Melhor deixar ele descongelar um pouquinho primeiro.

– Tudo bem. – ele concordou.

– Ah, Kiddo! – disse, antes que esquecesse. – Você disse que estava andando de skate por aqui quando viu a barraquinha. Não sabia que andava de skate.

– Ah, isso. – ele sorriu, se virando pra mim. – É um hobbie meu. Comecei faz um tempo já, antes mesmo de conhecer as irmãs Thompson, e agora é bem útil. Vou até pra algumas missões com ele.

– Você vai com o skate para as missões? – me surpreendi.

– É um skate especial. – ele explicou. – É meio que feito de trevas, eu consigo invocá-lo quando quiser.

Acabei rindo.

– Kiddo, não consigo te imaginar andando por aí num skate invocado, feito de trevas.

– Não estou mentindo. – insistiu.

– Eu sei que não, é só que... não combina com você. – admiti. – Sabe, um shinigami e tals, e você passa uma imagem tão séria, tão não-adolescente... mas anda de skate! Isso te faz parecer tão...

– Normal? – ele concordou. – Por isso que gosto tanto.

– Deve ser difícil. – comentei.

Kid deu de ombros.

– Nem tanto. Um dia eu te ensino, que tal?

– Ah, não! – disse, assustada. – Não sou boa nesse tipo de coisa. Vou acabar quebrando a cara.

– Se você for cair, eu te seguro. – Kid riu.

Bati meu ombro no dele de leve, sorrindo.

– Ah, entendi tudo, então. Você só quer me ensinar porque sabe que eu vou cair e quer ficar me pegando.

– Leu minha mente. – Kid riu, mas vi que tinha um fundo de verdade em suas palavras.

Ele provavelmente não se importaria muito de ter que ficar me segurando. E nem eu.

– Nesse caso, acho que eu até faria esse sacrifício por você. – brinquei.

Kiddo chegou mais perto de mim e colocou a mão sobre a minha, parecendo hesitante. Ele estava tímido, que gracinha. Eu também, e foi por isso que corei ao entrelaçar nossos dedos. Acho que foi a coisa certa a se fazer, porque Kid sorriu e levou nossas mãos unidas até a boca, beijando de leve meus dedos.

Bom, um pequeno detalhe sobre mim: tenho mãos bem sensíveis. Então, quando ele a beijou, fiquei meio... animada. Corei mais ainda e desviei os olhos, e Kiddo riu de leve.

– Você fica fofa corada. – comentou.

– Você também. – confessei, sem o olhar.

– Isso pode ser um sinal. – apontou.

Sorrí também e ergui os olhos para ele, sem no entanto erguer a cabeça.

– Um sinal sobre o que?

– Sobre eu te fazer corar mais vezes. – ele brincou.

Ri e olhei para o chão, fingindo estar bem concentrada no padrão quadriculado do piso da praça.

– Você não parece ter muita dificuldade com isso. Ou talvez eu que fique com vergonha fácil demais.

– Prefiro a primeira opção. – ele admitiu. – Significaria que eu te afeto mais.

Revirei os olhos e o encarei novamente.

– Bom, acho que com isso você não precisa se preocupar.

Uma sombra passou pelo rosto de Kid, e instintivamente soube que ele havia pensado no Soul. Acabei pensando nele também, no que estaria fazendo agora. Saiu com Liz? Ficou em casa com Blair? Estava irritado comigo? De qualquer modo, disse a mim mesma, aquilo não importava. E a sombra se foi tão rápido quanto veio, logo Kid estava com aquele olhar lindo novamente.

Me ajeitei melhor na mureta, balançando os pés, e reparei que ele me encarava, com um sorriso leve e os olhos semicerrados. Virei a cabeça, sem entender, e me sentindo corar sob seu olhar intenso.

– O que foi?

– Nada. É só que... é difícil pra mim te imaginar como uma artesã. – confessou, sem graça.

Arregalei os olhos, surpresa.

– Mas você já me viu lutar!

– Ainda assim... Não consigo te imaginar lutando contra ovos de Kishin, matando demônios.

– Porque?

Kid negou com a cabeça, sorrindo de lado pra mim.

– Se eu falar, você vai me achar um idiota.

– Não, não vou. – prometi. – Fala logo.

Kid olhou em volta, constrangido, antes de se virar pra mim e confessar:

– Pra mim, você é... não, sei, pura demais pra matar qualquer um. É como se você estivesse acima disso.

Minha expressão se suavizou. Kid tinha razão, era um pouquinho bobo, mas também era lindo ele me considerar assim.

– Mas você sabe que eu não sou, Kid. Eu também mato eles. Assim como você.

– Sim. – ele disse, me puxando de leve em sua direção, sem desgrudar nossas mãos, encostando minha testa na dele. – Mas você é diferente. Você é a minha princesa.

Sem dúvida, meu coração tinha derretido quando ele disse aquilo. Eu senti como se cada músculo do meu rosto tivesse vontade própria, eu só podia sorrir, apesar do meu coração estar martelando nas minhas costelas, e as borboletas estarem se agitando no meu estômago. A respiração quente do Kid batia no meu rosto e me desconcentrava, e seus olhos, tão próximos dos meus, parecia que tudo que existia no mundo eram eles. Eu sentia que minha capacidade de raciocínio seria sugada por eles se eu nã me afastasse, mas não queria fazê-lo. Não pensar, agora, parecia uma ótima escolha.

Eu era a princesa do Kiddo.

– Acho que... Eu acho que você é o meu príncipe, também. – sussurei, alheia a minha timidez, pensando somente naquele garoto.

Kid sorriu e fechou os olhos, suspirando. Então enlaçou minha cintura com um braço e soltou minha mão para puxar meu queixo gentilmente em sua direção. Não resisti, apenas enlacei seu pescoço, nos aproximando mais. Nossos lábios ainda estavam gelados da raspadinha e a sensação era ótima, quente e fria ao mesmo tempo. Tudo que pude pensar, enquanto o abraçava de volta, foi que ele realmente podia ser o meu príncipe.


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Notas finais do capítulo

Amo fazer capítulos com mais de um ponto de vista ^^ Parece que estou explicando o que aconteceu com os outros personagens para interferir no destino da Mka. Mas enfim... espero que tenham gostado!
E no próximo capítulo: reza a lenda que todo anime precisa de um episódio na praia... e Soul Eater não teve ^^