For Amelie - 2a Temporada escrita por MyKanon


Capítulo 20
XIX – Promessa é dívida


Notas iniciais do capítulo

Beta reader: Keli-chan
Música: Lichtgestalt (Lacrimosa)[http://www.youtube.com/watch?v=Ih9rIRtlt-g]

*Dedicado à Perfumed-chan e a todas as outras que esperaram tanto pelo soco. Hehe!



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 _ E então dona Diângeles, esse mousse quer dizer alguma coisa? - perguntei sentando-me ansiosa na mesa.

_ Sobremesa só depois de comer direitinho! - ela brincou tentando evitar o assunto.

Droga, sinal que realmente existia um assunto...

_ Acho que vou querer só a sobremesa, mãe.

Já havia perdido o apetite...

Ela me encarou com cara feia, mas autorizou:

_ Ok, vai em frente. - e indicou o doce com a cabeça.

Esperei até que ela também se sentasse para comer.

Fingi apreciar o doce enquanto ela jantava.

_ Ah não, não dá mais pra disfarçar... Mãe, estou quase tendo convulsões para saber o que é que você tem pra dizer.

_ Por que está achando que eu quero dizer alguma coisa?

_ Porque eu te conheço. E quanto mais você demora, pior eu penso que pode ser.

Ela pousou os talheres e tentou dizer, mas não saiu. Então coçou a nuca e perguntou:

_ Poxa Mel, você acha mesmo que eu possa ser portadora de tão terríveis notícias?

_ Desculpa mãe, mas às vezes sim... - Depois de constatar seu semblante de decepção, acrescentei. – ...inconscientemente.

Ela debruçou-se sobre a mesa e apoiou o queixo sobre o polegar. Pensou um pouco e decidiu perguntar:

_ É o Fred, não é?

Fiquei confusa sobre o quê a respeito do Fred ela estava falando. Alguma coisa em particular, ou ele como um todo?

Meu problema com o Fred era... Qual era mesmo? Eu não conseguia especificar em palavras... Eu não podia dizer que eram os filhos dele. O Caio era tão chato quanto eu, só. A Lígia... Não me fazia diferença alguma...

O fato de a minha mãe namorar também já tinha deixado de ser um problema. Ela estava feliz, e isso bastava para me deixar satisfeita.

O Fred era muito prestativo. Bonito e bem sucedido também. E provavelmente não tinha ficha criminal... Então por que raios eu ainda não estava à vontade?

Acho que estava tão acostumada a sempre ter um problema na minha vida, que não conseguia aceitar a falta deles...

_ Tudo bem, Mel. Já pode parar de pensar. - e acrescentou numa tentativa frustrada de parecer bem como sempre. – Já posso sentir o cheiro daqui.

Ela se levantou e tirou a mesa. Eu continuei sentada em silêncio observando-a. Sempre que eu arruinava a minha vida, eu a fazia sofrer. E agora, mesmo estando feliz, eu a fazia sofrer novamente.

Ela só se deu o direito de voltar a viver depois de ter certeza que eu estava bem. Ela esperou por mim. Se eu nunca ficasse bem, ela cuidaria para sempre de mim... Privando-se de si mesma.

Apenas me condenar em silêncio não ia ajudar. Mas nada que eu pudesse dizer parecia razoável.

_ Não é nada disso mãe... O Fred é ótimo. E tenho certeza que te merece. Claro, não que seja suficientemente bom, porque acho que nunca ninguém chegará aos seus pés. Mas dentre os melhores que você poderia encontrar, ele é um deles.

Ela voltou-se para mim, ainda recostada na pia e parecia conter uma lágrima.

_ Você acha mesmo?

_ Você disse que sabe quando estou fingindo.

_ Com toda certeza. Você finge tão mal quanto eu, pois eu tratei de implantar em você esses olhinhos reveladores. Para o meu próprio bem.

A essa altura, ela já estava ao meu lado. Deu-me um beijo na testa e disse:

_ Eu amo muito você.

_ Eu também amo você, e isso não deve ser novidade, não é?

_ É. Mas não se incomode em ser repetitiva.

Então voltou a se sentar. Também pegou um pouco do mousse.

_ Ah, se o Fred soubesse o que você pensa realmente dele... Não seria mesmo lindo?

_ Nem se atreva...

_ Tá bom, tá bom. - provou uma colherada do doce. – Está mesmo uma delícia, não?

Ih... Ainda tinha “aquele” assunto...

_ Sim, esplêndido, mas... Tem alguma coisa que ainda queira me dizer, não tem?

Ela sacudiu a mão sinalizando para que eu não me preocupasse.

_ Não, pode mandar, estou pronta.

Ela ia casar, não ia?! Não, na verdade não estava tão pronta assim...

_ O Fred é sócio de um clube em Serra Negra... E como o feriado está aí... Ele disse que pretende levar os filhos, e perguntou se talvez eu não achasse uma boa ideia acompanharmos. - disse como se fosse uma banalidade qualquer.

Não era casamento! Comecei a suspirar aliviada, mas parei na metade. Era apenas um meio alívio. Um alívio a longo prazo e tormento a curto.

Viagem com o Fred e os filhos?! Nunca fui de falar, nem pensar em palavrões, mas que m...!

_ Me avise se estiver tendo uma síncope. - ela pediu, me arrancando de meus devaneios.

Voltei a inspirar e expelir lentamente o ar.

_ Por um momento pensei que fosse dizer que iriam se casar.

_ Ah, não! Pode ficar tranquila. Te garanto que vai demorar um bocado. E creio que um mousse não será suficiente para a notícia. - parecendo realmente preocupada, disse como se pensasse alto. – Nesse dia terei de trazer o Aquiles com chantilly nas partes íntimas...

_ Mãe, vamos falar desse passeio! - pedi com urgência.

_ Ah, sim! Vamos.

Só falar mesmo, se dependesse de mim.

_ Tem certeza que é uma boa ideia?

_ Claro. Não é uma ótima chance de interagirmos melhor?

_ Não. Quero dizer... Acho que ainda é cedo para esse tipo de interação, não é?

Talvez ela também só estivesse vendo o mundo através daquelas lentes cor de rosa...

_ Ahn. Bem... Achei que talvez você quisesse conhecê-lo melhor.

_ Sim, com certeza. Quero muito, mãe. Mas... Ainda não temos intimidade para...

_ E quando terão? Mel... São apenas três dias. Dois, se consideramos o tempo de estrada. Eu sempre fui uma irresponsável tão responsável, não fui?

_ Certamente...

_ Então. Não precisa se acanhar. Ficaremos em chalés separados, claro. Nos encontraremos apenas para passear e comer. Comida! - tratou de especificar, como se eu tivesse a mente perversa dela.

Mas estava muito preocupada para me lembrar de repreendê-la.

Ela parecia tão animada e esperançosa, como se eu fosse a única capaz de destruir seus sonhos de felicidade.

_ Chama o Aquiles. Só que ele vai ter que dormir com os meninos. Afinal, eu também tenho direito de sentir vergonha dele.

_ Vergonha? Você?

Não que a estivesse chamando de sem-vergonha. Bem... Não no sentido pejorativo.

_ Comediante você, não? - perguntou fazendo-se de séria.

_ Comediante? Eu? - repeti o mesmo tom.

_ Certo, chega de falarmos de nós. Falemos de nossos respectivos consortes.

_ Ai, mãe...

_ Ora essa, Melzinha! Quando foi que viajamos pela última vez? - ela perguntou com certeza sem pensar antes.

Foi para a praia. Meu pai quis viajar antes de se internar... Como se pressentisse...

_ Há dois anos. - respondi sem jeito.

Ela parou de me encarar e mexeu o doce. Ficou calada, sem conseguir arrumar uma forma de sair daquele terreno insólito.

Ou talvez sem forças. Parou lentamente de revirar o prato, esquecendo-se de fazer parecer que estava tudo bem.

_ Acho que ia ser legal se o Aquiles pudesse ir. Posso mesmo convidá-lo? - perguntei tão animada que nem mesmo reconheci minha voz.

Era a minha vez de fazer alguma coisa por ela.

Ela acariciou o dorso de minha mão, mas seu olhar continuava perdido. E não tive coragem de encontrá-lo.

 

*~*~*

 

Sentei num banco perto da porta quando saí da prova de matemática.

_ Por favor, me diga que o limite de uma constante...

_ É a própria constante. - respondi antes que ele terminasse.

Não queria ter de discordar.

O Aquiles sentou-se ao meu lado e passou o braço pelo meu ombro.

_ Caramba... Quando foi que fiquei inteligente?

_ Quando começou a estudar, mas agora...

“Por que estou com vergonha?!” Analisei ao notar que não conseguia prosseguir.

_ Pois não?

Mesmo que ele aceitasse, a mãe dele nunca permitiria... Era muita pretensão minha mesmo...

 

So schnell du auch fliehst
Não importa quão depressa você corra
So weit du auch kommst
E quão longe vá
Trägst du mich mit dir
Você me carrega contigo!
Wohin du auch gehst
Não importa quão depressa você corra
Was immer du tust
E quão longe vá
Ich bin ein Teil von dir
Você me carrega consigo!

 

_ Ah, acho que a resposta será negativa, mas... Vou tentar mesmo assim.

_ Espero que não seja aquele seu papo meio sem sentido de racionalidade...

_ Pelo contrário. É totalmente irracional.

_ Então estou dentro.

_ Você nem sabe o que é.

_ Mel, o seu irracional, pra mim só faz cócegas.

Ri desacreditada do que ouvi.

_ Menino, cuidado com o que fala... Quando eu resolver agir irracionalmente, você vai pedir por clemência.

_ É? - perguntou insinuante. – Mal vejo a hora...

_ Seguinte! – interrompi. – Parece que nós vamos viajar no feriado...

Ele não se manifestou, apenas aguardando a continuação.

_ Com o Fred e os filhos dele. - torci o nariz nessa parte.

_ Que gracinha. Seu futuro padrasto e irmãos. - ele riu.

_ É. Uma graça, você precisa ver. - retorqui mal-humorada.

_ E você não está querendo ir, é isso?

_ Por aí... Mas não tem jeito. Eu já aceitei.

_ Ah... - ele reclamou desapontado.

_ Ela disse que eu podia te chamar. Eu adoraria que você fosse. - encarei minhas mãos cruzadas sobre meu joelho. - Na verdade, não sei o que faria sem você lá... Vai ser tão... - voltei a encarar seus olhos verde-paz. – Será que você não podia ir comigo?

 

Ich bin der Atem auf deiner Haut
Eu sou o respirar da sua pele
Ich bin der Samt um deinen Körper
Eu sou o veludo ao redor do seu corpo
Ich bin der Kuß in deinem Nacken
Eu sou o beijo no seu pescoço
Ich bin der Glanz auf deinen Wimpern
Eu sou o brilho dos seus cílios
Ich bin die Fülle deiner Haare
Eu sou o volume dos seus cabelos
Ich bin der Winkel deiner Augen
Eu sou o canto de seus olhos
Bin der Abdruck deiner Finger
Eu sou a sua impressão digital
Ich bin der Saft in deinen Adern
Eu sou o sangue em suas veias
Und Tag für Tag durchströme ich dein Herz
E dia após dia eu fluo pelo seu coração

 

Ele continuou um tempo inexpressivo, o que aumentou minha expectativa. Depois ergueu as sobrancelhas e perguntou:

_ Era isso?

_ Como assim? O que estava esperando?

_ Eu disse que só fazia cócegas, não disse? Mas essa aí, nem isso...

_ É simples Aquiles: sim ou não?

Depois de beijar meu nariz, respondeu:

_ Claro Mel, vou adorar.

Expeli o ar pela boca, visivelmente aliviada.

_ Ah, mas... Ainda tem... A sua mãe, né. Sei que ela está meio contrariada sobre... Sobre nós.

_ Não esquenta, Mel. Sem neura.

Ele não pareceu muito contente por não termos problema com a mãe dele.

_ Algum problema? - Era certo que tinha, eu só não queria ir direto ao ponto.

Ele relutou, mas prosseguiu:

_ Meus pais estão com aqueles probleminhas de novo... Então é só pedir para o meu pai. - tentou parecer despreocupado.

_ Ah, meu Deus, Aquiles! Não me diga que foi tudo por minha causa?

Era só o que me faltava, tornar-me uma destruidora de lares!

_ Não, Mel! Claro que não! Não tem nada a ver com a gente...

_ Então...?

_ Por um lado, essa crise talvez abra os olhos da minha mãe. Ela está começando a notar como a influência dela nas nossas vidas tem sido... Um pouco... Prejudicial.

Queria que ele fosse mais elucidativo, mas preferi não pressionar. Nem foi necessário.

_ Essa brincadeirinha da Íris está quase custando uma reprovação no colégio. Meu pai recebeu o boletim e... Se ela escapar, vai ser por muito pouco. Ele já não era muito favorável, mas preferiu não contrariá-las... Mas agora... Se ela repetir, tenho certeza que a reconciliação entre eles será muito difícil.

_ Poxa Aquiles... Sinto muito... Eu posso ajudá-la... - mas então me lembrei que ela me detestava. – Se ela quiser, posso tentar ajudar.

_ Valeu mesmo, Mel. Mas... Sabe como é, né? E outra, vai que você decide virar modelo também? Não, isso nunca.

_ Como você é besta...

_ Você continua me chamando de besta...

_ Você continua fazendo por merecer.

Ele riu e verificou se não havia nenhum inspetor nos corredor para me roubar um beijo.

 

Wohin du auch gehst
Não importa quão depressa você corra
Was immer du tust
E quão longe vá
Ich bin ein Teil von dir
Você me carrega consigo!
Wohin du auch gehst
Aonde quer que você vá
Was immer du tust
O que quer que você faça
Ich bin ein Teil von dir
Eu sou parte de você!

 

_ Vamos? - chamei ao constatar as horas.

Seguimos para a aula de química, apesar de ainda ser cedo. Aproveitei o tempo extra para dar uma passada no banheiro.

Parei em frente ao espelho e passei os dedos pelos cabelos para ter certeza que ainda estavam sem volume.

Sorri satisfeita e virei-me para sair, e então meu sorriso se apagou instantaneamente.

_ Cris! Que surpresa!

“Desagradável...”

_ Oi, Bia.

Voltei a andar, mas ela postou-se na minha frente. Quanto atrevimento...

_ Deseja alguma coisa? - perguntei educadamente.

_ Na verdade, uma perguntinha.

_ Acho que não poderei ajudá-la.

Tentei contorná-la, mas ela deu um passo ao lado, bloqueando minha saída novamente.

_ Desculpa Cris, mas é que já faz um tempo que isso tem me incomodado... Eu não quis perguntar antes, pois pensei que fosse durar menos...

_ Ah. Resolveu falar sem metáforas?

_ Sério mesmo que você não tem nenhum remorso pelo que fez?

_ A que se refere, exatamente?

_ Ah... Sei lá... Tudo, né...

Sua fisionomia tornou-se consternada ao prosseguir:

_ O que você fez com a Daphne... Com o próprio Aquiles...

Cruzei os braços impaciente, mas sem interrompê-la.

Ela então saiu da minha frente e foi até o espelho.

_ Eu vou abrir o jogo com você. Eu sempre gostei sim do Aquiles. Mas não tive a sua coragem. De... Traí-la, sabe?

Porque ele não quis, tenho certeza.

Senti minha pálpebra palpitar.

_ Agora deixe-me te fazer uma pergunta! O que você tem a ver com isso? Seu intuito é me provocar mesmo ou entendi mal?

Ela tirou um batom do bolso e passou nos lábios antes de me responder, ainda sem me encarar:

_ Não, é como eu disse... Apenas uma dúvida que me corrói. A sua mãe concordou com tudo isso?

_ Por que diabos você está botando minha mãe nessa conversa?

_ Geralmente trazemos nossos valores morais de casa...

_ O que quer dizer?

Ela finalmente virou-se para me encarar. Sorriu levianamente e prosseguiu:

_ Foi assim que ela conseguiu ficar com o seu pai? Foi com ela que você aprendeu?

 

Ich bin der Ungelebte Traum
Eu sou o sonho não vivido
Ich bin die Sehnsucht, die dich Jagt
Eu sou a saudade que persegue você
Ich bin der Schrei in deinem Kopf
Eu sou o grito em sua cabeça
Ich bin das Schweigen, die Angst deiner Seele
Eu sou o silêncio, o medo em sua alma
Ich bin die Lüge, der Verlust deiner Würde
Eu sou a mentira, a perda de sua dignidade
Ich bin die Ohnmacht, die Wut deines Herzenes
Eu sou o desfalecimento, a ira do seu coração
Ich bin das Licht, zu dem du einst wirst
Eu sou o nada, o que um dia você se tornará

 

Sem pensar nas consequências, avancei até ela. Por sorte voltei a raciocinar. Era tudo o que ela queria; me tirar do sério.

_ Bia... Cuidado. Nunca mais fale dos meus pais. Você é muito baixa para sequer mencioná-los.

_ Eu sei que seu pai é falecido, e sinto muito por isso, mas... O motivo não teria sido... Desgosto?

A única coisa que pensei naquele minuto, foi que me segurar seria muito pior que continuar.

Aquela era uma boa hora para cumprir minha promessa. Fechei o punho e tomei impulso.

Dei meu melhor soco naquele rostinho bem maquiado dela. Ou melhor, meu primeiro soco. Mas não foi ruim para um primeiro soco...

E mais uma vez voltei a ficar lúcida.

A Bia estava caída no chão do banheiro, me encarando aterrorizada, enquanto cobria o nariz com a mão. Gritou de pavor ao constatar que tinha sangue.

Se era o que ela queria, por que estava assustada? Ela sabia exatamente aonde chegaríamos, não devia ser surpresa...

_ Mel? Tudo b...

Provavelmente o grito apavorado de minha colega o havia atraído. Parou no meio da frase ao se deparar com a garota encolhida num canto, com o rosto sagrando.

Eu também estava chocada.

 

Lichtgestalt, in deren Schatten in ich mich drehe, oh, oh
Criatura de luz, cuja sombra eu estou me tornando oh, oh

 

Esfreguei o rosto tentando me recompor.

Voltei a encará-la, e me aproximei. Estendi a mão para ela enquanto dizia:

_ Acho melhor falarmos com o co-ordenador.

Ela empurrou a minha mão para longe.

_ Aquiles, me ajude. - pediu.

Ele me encarou apreensivo, então eu disse impaciente:

_ O que está esperando? Ela precisa de ajuda.

 

Lichtgestalt, in deren Schatten in ich mich drehe, oh, oh
Criatura de luz, cuja sombra eu estou me tornando oh, oh

 

Depois de se levantar com a ajuda dele, encaixou seu braço no do Aquiles e deixaram o banheiro. Abri a torneira e enxaguei o rosto. Como ela havia descoberto meu ponto fraco?

Eu já podia imaginar o discurso... “Nada justifica a selvageria”. E claro, agora eu era a selvagem!

Certo, assumo que aquela não era a melhor maneira de defender a minha família... Mas às vezes o ódio cega. Assim como o amor.

 

Lichtgestalt, in deren Schatten in ich mich drehe, oh, oh
Criatura de luz, cuja sombra eu estou me tornando oh, oh

 

Continua

 

 

*~*~* 

 N/a.: Good evening minhas criaturinhas de luz! Cuidado, não se tornem sombras! ^^

Ok, acho que o delírio parou.

¬¬'

*~*~*

Tá, deixa eu contar duas novis:

A tia Kanon aki está a betar mais 2 fics que passaram pelo controle de qualidade! –q

“Armadilhas Do Destino” [http://fanfiction.nyah.com.br/historia/59083/Armadilhas_Do_Destino] da nossa adorável beta-angel-reader Keli-chan.

Sinopse: "O amor deveria ser proibido, porque ele não é tão puro como dizem; há muitas curvas e pedras no caminho para que ele se torne verdadeiramente digno. Mas, quando lutamos com a alma e o coração, sempre há uma recompensa à nossa espera no fim da jornada".

Quem gosta de SasuHina, vai amar. Quem não gosta, vai mudar de ideia.

“Só Você” [http://fanfiction.nyah.com.br/historia/57016/So_Voce] de uma das minhas novas florzinhas Loolis-chan.

Sinopse: Ele era o único que tinha capacidade de me enxergar como eu realmente era. Falsos julgamentos me cercavam e só ele era capaz de discernir o real do criado por mim para me proteger dos meus próprios medos e anseios. 
Sentimentos incoerentes me dominavam quando eu me encontrava junto dele. Sentimentos contraditórios... Por que só com ele?

Surtei com a cena da barata.

*~*~*

Agora deixem-me ir, tá passando Silvio Santos!

<3

 


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