Maizen Paradise escrita por Hajime Kirane_chan


Capítulo 2
Rivais?


Notas iniciais do capítulo

Mesmo não recebendo muitas reviews, tipo, essa fanfic já está inteira na minha cabeça (porque ela termina parecida com Itazura na Kiss, não, ela termina quando acabar o ano letivo do terceiro ano deles na escola. É meio longa). Por mais que ninguém acompanhe, eu vou continuar postando capítulos. Talvez um dia alguém leia... Ah, sim, vocês têm preguiça de ler a introdução? Porque quase ninguém deixou reviews, acho que ninguém leu além da terceira linha, tsc.

Sabiam que “Muleta” se escreve assim? Que surpresa!



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Uma escola que se assemelha ao paraíso. Nesse colégio, somente três coisas acabam importando para os alunos: Primeiramente, dinheiro. Sim, quanto mais dinheiro melhor você será. Segundo, status. Ou seja, aparência, personalidade escolar etc, você é bonito, é popular e sociável (às vezes nem tanto), você tem status. E por último, notas escolares, o que não as deixa menos importantes. A sua média escolar, créditos extras de atividades como clubes, voluntariado e conselho estudantil, por exemplo, são muito visadas.


 


Esta escola chamada Maizen Garden é regida por ninguém menos que a sub prefeita da cidade, Tsunade “Hime”. E há mais um detalhe exclusivo: Os alunos são divididos por classes classificatórias. Pode parecer discriminação, mas no fundo, os melhores alunos precisam de aulas com conhecimentos avançados. Portanto, foi eleita a classe “Especial A”. Os sete melhores são convidados a essa classe, ela existindo em todas as séries. Depois da “EA”, se dividem as classes em ordem: A, B, C, D e, a pior de todas, a classe sub julgada: E. Ao que parece, nessa classe só se encontram as Gal-girls, membros de gangues, delinquentes e bolsistas com menos de 20% de premiação (ou seja, de notas baixas).


 


Por essas e outras, por fora da escola, os alunos davam apelidos a escola. O mais comum deles era...


 


Maizen Paradise


“O paraíso Maizen”


Capítulo 2: Rivais?


Hinata e Sai mostram as garras!


 


O Sol brilhava mais vívido que nunca, de rachar o crânio ali em Tokyo. Mas a Especial A não estava em Tokyo, de qualquer forma. Estava num avião, indo especificamente para a ilha paradisíaca de propriedade particular Hyuuga, em Fiji.


 


- PUUUTS! OLHA AQUILO! OLHA ISSO! WOW! – Naruto gritava animadamente de um lado para o outro, dentro do avião particular. A atmosfera em volta dele parecia ofuscar até o Sol. Mas, em compensação, do outro lado do avião, a escuridão do halo de Sasuke congelava qualquer ser vivo. A aura das trevas mais terrível do mundo. E a vítima do olhar demoníaco era ninguém menos que...


 


- Aah, Hinata-chan, muuuito obrigado por me convidar! Eu nunca fui para o exterior, ou melhor, nunca viajei de avião antes! Isso tudo é tão legal...


 


Sim, Hyuuga Hinata.


 


Flashback! (Primeiro Flashback! *solta confetes*)


 


Sasuke. Um Uchiha pode ter tudo o que quer e quando quer. Então, porque era tão difícil convidar alguém para um feriado numa ilha do Caribe? Era um ser humano inferior, como todos os outros. Mas por algum motivo aquele ser inferior não era simplesmente “como os outros”.


 


- Naruto... Ei, Naruto.


 


- Hum? Ah, oi Sasuke. Estou estudando, então...


 


- Ah, s-sim. Eu vi que você... Estava... Estudando. – “Porque eu estou tão nervoso?! Apenas estaremos eu e ele na praia sem outras pessoas inúteis atrapalhando. Mas acho que o problema é esse... Quando tem outras pessoas é fácil, eu só preciso irritá-lo e ele me persegue naturalmente, com montes de desafios e competições. Mas sozinhos, eu faria uma besteira...”


 


O tipo de besteira que só poderia ser mostrada a partir do quarto capítulo! (ressalvo constantemente).


 


- Sasuke, eu nunca vi você gaguejando. Aconteceu alguma coisa? Você está doente? – O livro levantou os olhos do livro de História Mundial


 


- Não. “Doente? Esse cara é inocente mesmo ou ta querendo briga?”


 


- Então o que? Ah, já sei. Eu entendo seus sentimentos.


 


- O... Que?! “Não é possível, será que ele realmente entende...” – Sasuke sentiu um frio na barriga e uma súbita sensação de expectativa.


 


- Você quer que eu agite alguma menina, é? Ah, pode pedir para mim, Sasuke, eu te ajudo!


 


DOOON


 


- Como você é...! Argh, ok, continue estudando, mas você nunca vai passar de um segundão. – Irritou-se Sasuke, marchando para sua cadeira como se cada passada rachasse uma placa tectônica.


 


- Ei! Eu estava querendo ajudar e você me chama de segundão, você é um...!


 


- U-Uzumaki-kun?


 


Sasuke sentiu uma batida falhar. Se havia mais alguém no mundo que poderia ter uma ilha em Fiji e teria interesse no loiro de olhos azuis mais escandaloso do mundo... Esse alguém era Hyuuga...


 


- Hinata! Raro ouvir você falando, hehe.


 


- Sim... Er... Meus pais me disseram para levar alguns amigos... Para a nossa propriedade em Fiji... Então, ah... Se você quiser.


 


- FIIJI? EU VOU! Ah, Hinata, VERY VERY THANKS TO YOU! – Berrou o loiro, abraçando a menina que nada fez se não corar e sorrir.


 


- De nada... Digo You’re welcome...


 


- Hahaha, você é bem legal, Hinata!


 


Enquanto isso, Sasuke pensavam em 108 maneiras diferentes de matar uma Hyuuga. Burlar a segurança, entrar no quarto com uma faca, esfaquear a garganta... Botar veneno no chá... Explodir a mansão inteira e provocar uma guerra entre duas famílias poderosas...


 


Fim do Flashback


 


E não era para ser assim. Na mente de Sasuke, eles fariam **** e **** e *******, mas isso SÓ DEPOIS DO CAPÍTULO QUATRO! (N.A: Eu ainda não garanto nada).


 


- Ei, Sasuke, você tem alguma praia particular também?


 


Algo como um poder de ressurreição bateu no peito de Sasuke. O moreno apenas levantou três dedos, com um sorriso de lado.


 


- Whoooa. Eu nunca viajei pra fora do Japão, mas vocês têm até praias particulares no exterior!


 


- Hmpf.


 


- Mas, Sasuke-san, você vai ficar na sua casa em uma das ilhas Fiji? – O demônio oculto em Hinata começava a se mostrar. Mas Sasuke já tinha uma cartada.


 


- Assim eu imaginava, mas como a sua mãe ofereceu a sua casa de veraneio generosamente, eu vou me hospedar por lá. Ah, por isso, os Uchiha estão agradecidos. – Comentou cinicamente trocando sorrisos com Hinata. Mas os olhos, ah, os olhos faiscavam.


 


“Que medo” – Sakura se encolhia.


 


- Logo estaremos pousando. – Comentou Sai, olhando pela janela.


 


- Aah, vai logo jatinho, vai logo, logo! – Repetia o loiro, pulando como um macaco em seu assento. – Vaaai!


 


- Por mais que você grite o avião não vai mais rápido que isso, ou vai nos colocar em risco. – Shino calou Naruto de uma vez.


 


Mas de certa forma, o avião corria risco de combustão interna com as fagulhas que se chocavam ocasionalmente, provindas do olhar mortal de Hinata e de Sasuke, apesar de sorrirem.


 


x-X-x


 


 


- OLHA QUE ENORME! – Exclamou Naruto, pisando na areia sem chinelos e, dessa forma, queimando os pés – Ai ai ai ai ai ai ai ai ai!!! – Rangeu os dentes, se jogando na areia e rolando para os lados. Escutou um resmungo e o som de algo caindo ao seu lado. Levantou os olhos e viu um par de chinelos.


 


- Imbecil. – escutou a voz de Sasuke se afastando.


 


Logo, uma mão delicada ajudou Naruto a se levantar.


 


- Hinata, muito obrigado. MUITO MELHOR do que um certo IDIOTA que só taca as coisas pra você e mesmo sabendo que você está machucado, te chama de IMBECIL.


 


- Ah... Hahaha... – O olhar vitorioso quase imperceptível atingiu Sasuke como um míssil.


 


“Se é guerra que ela quer, hah, ela terá GUERRA!”


 


- Dá pra nadar um bom pedaço, daqui até aquela rocha. – Sasuke disse de forma alta, intencionalmente.


 


- É, você quer apostar? Quem chegar primeiro vence!- exclamou Naruto, já assumindo uma postura de desafio. Hinata não poderia contra-atacar essa.


 


- Hm... Dessa vez, vamos fazer algo diferente.


 


Hinata previu perigo. Muito perigo, seis palavras carregadas de intencionalidade, uma coisa absurda que Hinata entendeu de primeira, mas Naruto mal sabia o risco que corria.


 


- Ah? O que você quer?


 


- Vamos apostar... Uma ordem.


 


- Ordem?


 


- Quem ganhar vai obedecer a uma ordem do vencedor, pelo tempo que ela for especificada.


 


-Pode vir com o que quiser! E quando eu ganhar, você vai ter que obedecer uma ordem minha! Hehe, fácil!


 


- Então vamos. No “três”. Um... Dois... Três. – Naruto correu e, rapidamente, se jogou contra o mar, nadando. Sasuke caminhou calmamente em direção ao mar e começou seu nado. Três minutos e dois segundos, lá estava Sasuke, uma braçada à frente de Naruto. O loiro sentiu aquela vontade de berrar.


 


- REVANCHE!


 


- Claro, claro, mas não por hoje, afinal, você vai ter muito que fazer. Se lembra? A minha ordem.


 


-...!


 


x-X-x


 


Todos estavam de volta à mansão. Tomavam seus banhos para jantarem. Em alguns minutos, já devidamente limpos e com roupas leves de verão, sentavam-se à mesa. Naruto era o único que faltava. Já em Sasuke, ali bem imponente, se viam resquícios de um sorriso bem satisfeito. Algumas pessoas como Shikamaru já conseguiam até entender de onde vinha essa felicidade.


 


Fleshibéqui –zun zun zun-


 


-A ordem é? – perguntou o loiro, abaixando a cabeça, orem apertando os punhos em raiva.


 


- Preste bem atenção. Você terá, por todo o tempo em que ficarmos aqui, me tratar por “-Sama”, obedecer todos os meus mais simples pedidos e me acompanhar em todos os lugares. Em suma/ Será meu escravo particular.


 


- O que? Mas a sua ordem implica em seguir mais ordens!


 


- Bom, você deveria ter pensado nisso antes de aceitar o desafio de forma tão impulsiva. Agora é tarde para voltar atrás. Ou melhor, se não o quiser fazer, não o faça. Vaie star quebrando sua própria palavra, mas eu entendo que deve ser bem humi-


 


- EU FAÇO!


 


E então, o bendito sorriso de satisfação nada escondido brotou no rosto do moreno.


 


Fim do fleshibequi. –zupooon-


 


E ali estava esperando seu escravinho. Cruzou os dedos de uma das mãos na outra, por cima da mesa, como o chefe de uma empresa. E então sorriu, ao ver ninguém menos que o loiro adentrar pela grande porta da sala de janta. O motivo da felicidade? Ah, era nada mais ou menos que rabo e orelhas de raposa. Sim, aquela era uma das ordens de Sasuke.


 


- Tsc. – Resmungou Naruto e Sasuke pigarreou alto. O loiro olhou bem fundo nos olhos do Uchiha e então disse, em alto e bom som, claramente irritado.


 


- Aqui estou vossa Majestade Sasuke-sama. Faça como bem entender. – Disse, como um robô, quase tão vermelho quanto uma pimenta do reino.


 


- Pf... Fff... – Sasuke tapou a boca por alguns segundos, olhando para outro lado. Mal conseguia conter o riso. O contrário de Shikamaru que, claro, nada tinha a ver com aquilo.


 


- Ahahahaha! O que é isso? Hahahaha!


 


- Naruto-kun... – Sai pensou por alguns instantes. Nesse caso, deveria dizer algo positivo e que não ofendesse o amigo e, sim, o fizesse se sentir melhor. Era como dizia o seu livro. - ... Ficou muito bem assim.


 


E o punho do loiro voou na direção do topo da cabeça do pobre garoto.


 


- Seu bastardo! Vai falar isso pra sua avó, vai! – Reclamou, irritado, indo se sentar ao lado do seu “mestre”. Sai massageou o galo, confuso.


 


- O que... Eu disse de errado? – Se perguntou. Sakura bateu no próprio rosto, meneando negativamente.


 


Naruto se virou calmamente para Sasuke, com uma expressão dividida entre terrível aborrecimento e uma tentativa frustrada de sorriso.


 


- Algo mais, Sasuke-sama?


 


- Ah, sim, por favor, pegue a comida e me dê... Na boca.


 


- Oi?


 


- Você escutou, estou sem vontade de usar minhas mãos. Sirva-me.


 


- Ora seu...! Tsc, s-sim, como quiser. – Naruto pegou forçadamente a comida e, com os ohashi, foi dando a comida na boca de Sasuke aos poucos, esperando que mastigasse ao seu ritmo e engolisse. E nesses intervalos, comia sua própria comida, sem perceber, com o mesmo ohashi. É claro que os olhos de Sasuke não passaram despercebidos. Beijo. Beijo indireto. Uhuhu.


 


“Nada-além-de-beijos-indiretos-e-consecutivos. Você perdeu, Hinata.”


 


E, do outro lado da mesa, Hinata escondia sua profunda frustração. Sasuke era, de longe, o melhor em tudo.


 


- Naruto, o chá. – Sasuke pediu. Naruto, relutante, pegou a xícara, girou em suas mãos para mexer as ervas do fundo e empurrou em direção à boca de Sasuke. O moreno afastou a xícara, olhando irritado para o loiro.


 


- Seja gentil, você é o escravo, se lembra?


 


- AH É? ENTÃO EU VOU TOMAR TUDO! – E tomou o chá. Ok, aquilo não deveria ter sido feito, de qualquer forma. Sasuke pegou o loiro pelos cabelos, puxando sua cabeça para trás e roçando, então, ambos os lábios, os seus e os do loiro, disse sem desviar o olhar.


 


- E se agora eu quisesse tomar de você à força? É melhor que você não faça mais isso. – Os rostos muito próximos eram quase uma tentação para o moreno. Naruto então se espantou e fechou os olhos.


 


- Eu entendo. Entendo seus sentimentos, Sasuke. – O moreno soltou Naruto, se afastando assustado. A maior parte das pessoas da mesa comentou em tom baixo “finalmente”. O Uchiha engoliu em seco.


 


- E-entendeu? – Estava bem assustado. Naruto teria descoberto? E antes da hora? Não, aquilo não era certo.


 


- Sim. Entendi. Não adianta esconder mais que você...


 


-...


 


- Gosta muito de chá verde! Me desculpe por ter tomado, ok? Vou pegar mais, espera aí! – E correu para a cozinha. Sasuke... Bom, sua alma se perdeu num grande vórtice vazio, gritando desesperadamente “MAS QUE GRANDE IDIOTA!”.


 


x-X-x


 


Cerca de nove horas da noite, os jovens resolviam ir para as devidas camas. Não era uma regra de horário nem nada, apenas estavam cansados da viagem. Cada um foi para seu respectivo quarto, exceto...


 


- O que? Mas eu preciso dormir!


 


- Bom, invariavelmente, a regra diz “todo tempo que estivermos aqui”. E se eu, pro acaso, quiser um copo d’água a noite, eu não vou me levantar para pegar. Você vai.


 


- Mas... mas!


 


- Ok, pode ir dormir. Quebre sua promessa.


 


-... OK, ok, você venceu! Maldição! – Naruto entrou bufando e batendo o pé no quarto de Sasuke. O Uchiha, lentamente, fechou a porta atrás de si. Agora sim era o momento, e nada o impediria. Naruto não teve nem tempo de pestanejar, se via empurrado contra a cama macia, os punhos presos ao lado da cabeça pelas mãos do maior.


 


- Naruto. Eu vou te dizer algo sério, então me escute. E também não diga nada, ou será pior.


 


-... – Nem saberia o que dizer naquela situação. Sasuke estava... Ele estava... Estava quase...


 


 


- Naruto, eu te a-


 


- AAAAAH! – O loiro berrou, empurrando Sasuke para longe e se empurrando junto. O loiro tremia de medo. – E-eu vi... Vi um vulto na janela...


 


O moreno franziu o cenho e se aproximou da janela. Não tinha nada ali. Aquela era uma suposta desculpa de Naruto para fugir dele? Se era, ah, ele iria sofre. Foi nesse pensamento que tomou um susto, dando um passo para trás ao ver o vulto passar novamente. Foi tão rápido que só conseguiu ver a silhueta pousando numa árvore e depois, ao chão, sair correndo para qualquer lugar no jardim. De longe, por pouco, mas conseguiu avistar a cabeleira negra da jovem Hyuuga.


 


“MALDITA SEJA!” – Sasuke respirou bem fundo e se virou para o loiro. O mesmo se encolhia em um lado da cama, disposto a dormir. Ou melhor, já tinha dormido. Droga,  perdera a maior oportunidade de sua vida. Maldita seja Hyuuga Hinata.


 


x-X-x


 


Manhã. Os raios solares instauravam o mais novo dia no ambiente. Naruto se retorceu e então virou, sentindo um estranho e terrivelmente gostoso conforto. Algo o abraçava tão ternamente e ao mesmo tempo passava uma sensação de segurança. Mal queria abrir os olhos, apenas se entregou ao dono dos braços fortes, retribuindo o carinho com seus próprios braços. Ah, gostoso, muito gostoso. A respiração fraca, o sobe e desce do tórax... Espera. Mas... Era bom se lembrar do motivo de ter alguém ali, o agarrando. Resmungou qualquer coisa, se lembrando da noite anterior. Era o Sasu...


 


- MAAH! – Berrou, se tacando para trás, caindo da cama e rolando em direção à parede. O moreno entreabriu os olhos, meramente irritado por ter sido acordado. Esfregou as pálpebras com as costas da mão e grunhiu por ter seu abraço interrompido.


 


- O que é?


 


- Vo-vo-vo-você estava me... Me...


 


- Ah, eu devo ter estranhado uma presença na minha cama quando eu durmo. – Simplificou, sentando na cama e se levantando, bagunçando displicentemente as madeixas escuras. Nada vestia para cobrir o tórax e Naruto viu, apenas por um vislumbre, que apenas usava sua samba canção. Muitas, eu repito, MUITAS pessoas dariam até suas próprias almas para poder dormir e acordar com Uchiha Sasuke só de cueca numa cama king size, de conchinha a noite inteira com ele e, de quebra, poder agarrar o moreno pelas manhãs. Mas Naruto era um tapado e mal sabia aproveitar direito os limões que a vida lhe dava. (N.A: Limões, lemon, há, sacaram? Hã? Ok, parei).


 


O loiro se levantou com calma e, como num flash-super-rápido-back, se lembrou da aposta e de suas conseqüências. Engoliu em seco, se forçando a olhar para o lado.


 


- Sasuke-sama vai querer alguma coisa?


 


- Bom, quero. Pegue minhas roupas no armário e me vista.


 


- Hã?


 


Sim, Uchiha Sasuke queria exatamente isso. Naruto foi, resignado e aturdido, até o armário e de lá tirou  uma bermuda e uma camisa de botões e sem mangas. Suspirou e pediu “gentilmente” que Sasuke levantasse os braços.


 


- Vai, Sasuke-teme-sama, mexa-se. – Sasuke olhou Naruto de forma divertida e riu de lado, fazendo como pedia. Ah, aí é que nosso Uchiha pode se deliciar. As mãos sutis de Naruto passearam por toda a extensão de sua barriga até seu pescoço ao retirar lentamente a regata. E então, o moreno logo começou a devanear em seu teatro interior.


 


Teatro emocional mais íntimo de Uchiha Sasuke


 


-Hm... – Naruto corou bruscamente, virando o rosto. – Sasuke-sama... Eu não me sinto confortável fazendo tal coisa.


 


- Hmpf. Eu sei que no fundo, você se sente muito bem. Deixe-me ajudá-lo, então. – As mãos do moreno deslizaram para dentro do pijama azul do loiro. Um suspiro de surpresa e um leve gemido.


 


- S-Sasuke-sama! Não podemos! N-não... Devemos...


 


- Não tem mais ninguém aqui. Não interessa a eles o que nós fazemos. – Sasuke pegou Naruto fortemente em seus braços, se aproximando tanto do loiro que as testas se tocavam sutilmente.


 


- Então...! Então me beija, Sasuke! Beija-me como se não houvesse amanhã! – E então se pegaram. Sim, naquele amasso cinematográfico com direito à câmera girando em volta dos dois, respiração ofegante e podemos até fingir que eles dormem e acordam com hálitos impecáveis...!


 


- OY! OOOY! SASUKE!


 


Fim do teatro emocional mais íntimo de Uchiha Sasuke.


 


- Saaasuke’tteba! Em que planeta você está? Terra para Uchiha Sasuke, câmbio?!


 


- Câmbio? Não é isso que se diz numa transmissão espacial... Digo, o que foi, segundão?


 


- Você ficou aí viajando com cara de retardado um tempo, então eu resolvi te acordar... E NÃO ME CHAME ASSIM!


 


- Hm. – Grunhiu o Uchiha, se levantando e constatando que já estava vestido. – Vamos descer.


 


- Eu estou de pijamas!


 


- Você não se trocou enquanto, como você disse, eu estava “viajando com cara de retardado”?


 


- Hã... Bateu aquela preguiça...


 


- Se troque, depressa.


 


- Ta bom, ta bom, Sasuke-sama. – E saiu em passos apressados até seu quarto, voltando pronto para sair. – Para onde a Hinata-chan...


 


- Nova ordem: Trate os outros por sobrenome.


 


- Hum? E porque isso de repente?


 


- Porque eu quero e isso é uma ordem.


 


- Tsc... Você é um bastardo.


 


- Pouco me importa o que você acha que eu sou – Oh, Sasuke. Terrível mentira, huh? É feio mentir. – Apenas faça o que eu mando, imbecil.


 


-... Onde a Hyuuga... Disse que iríamos hoje?


 


- Enquanto estiver de dia, faremos o que fizemos ontem. Porém, Sakura sugeriu e os outros acabaram achando divertido fazer um pequeno teste de coragem. Existe uma pequena ilha há alguns quilômetros de distância mais para o meio da praia, ela possui uma caverna que, muitos que lá foram, dizem ser assombrada. É o que veremos hoje à noite.


 


Naruto era destemido, corajoso e nobre. Mas tinha um medo incontrolável de fantasmas e coisas sobrenaturais.


 


- Aah, mas todos precisamos ir?


 


- Precisamente.


 


- Hm, eu... Não posso entrar em lugares escuros à noite por que... Meu pai disse que... Hã... Porque eu tenho uma doença e...


 


- Se algo acontecer, eu te protejo. - Sasuke riu, empurrando Naruto contra a parede. Aproximou os lábios de sua orelha e sussurrou, sensualmente. – Gatinho medroso.


 


Se afastou bem à tempo de ver Naruto virar um tomate vermelho e berrar a plenos pulmões:


 


- QUEM É QUE VOCÊ ESTÁ CHAMANDO DE MEDROSOOOO!!!??


 


x-X-x


 


Madrugada, entrada da caverna assombrada.


 


-Aaaaa... – Naruto tremia nas bases, apesar de nem ser tão assustador assim.


 


- Assombrado? Isso aí? Pensei que teriam esqueletos com o rosto do Orochimaru algemados nas paredes, aranhas do tamanho de carros e luzes malignas... – Foi comentando Sai, sem muito sentimento, apesar de sorrir.


 


“Apesar de ser bem simples, é ainda um tanto... um tanto...” Engoliu em seco.


 


- Tsc. Não vai acontecer nada, acalme essa sua cabeça de vento.


 


- E-Eu sei disso, seu bastardo! – Apesar de dizer isso, ainda sentia malditos calafrios percorrendo por toda a espinha. Arfou e cruzou os braços.


 


- É o seguinte – Sakura chamou a atenção para si – Vamos sair sozinhos com uma vela cada um. Você deve ir até o fundo da caverna, lá existe um templo. Deixe a vela lá e retorne no escuro. Eventualmente, você pode encontrar alguém que esteja no caminho de ida ou volta, mas não deve se juntar à ele ou ela, já que na volta você não poderá enxergar. Tem que prestar atenção no caminho na ida, ou vai ficar perdido. É só isso, eu vou primeiro. – Logo a rosada pegava sua vela e ia destemida caverna adentro.


 


x-X-x


 


-S-Sua vez, Naruto-kun... – Hinata entregou-lhe a vela e sorriu, como se lhe desse coragem ao loiro assim. O menino assentiu, adentrando a tortuosa caverna assustadora, tremendo de... Bom, medo.


 


- Vai lá, seu cagão, você consegue. – Gemeu para si mesmo, atravessando silenciosamente. O ambiente era coberto por paredes úmidas, rochas e teias de aranha onde quer que se olhe. Não havia esqueletos ou ossos, mas estava tudo na mais perfeita calma. Tanta que era possível até se preocupar.


 


- O Shikamaru saiu já faz tempo, já deveria estar voltando... – O loiro parou ao perceber uma pequena entrada na parede ao seu lado. Era apenas uma fresta e seria possível passar por ali apenas se esgueirando de lado. Engoliu em seco e pisou para frente. Escutou o barulho de água, dando outro passo para trás. Água? Um lago? Ele havia pisado no começo de um lago? Não conseguia mais ver à sua frente.


 


“Como eu consigo me perder numa caverna que só tem um caminho?” – Irritado, tentou se meter na abertura da parede. Esmagou-se por ali até chegar do outro lado, mal teve tempo de comemorar: Seu pé sentiu o chão abaixo de si desmoronar e, quando se deu por si, estava caindo...


 


x-X-x


 


Naruto ao estava voltando, aquilo era preocupante.


 


- Eu sabia que deixar esse idiota sozinho ia dar algum problema. – Reclamou Shikamaru. – Sempre dá problema, sempre!


 


- Eu vou procurá-lo. – Disse Sai, calmamente entrando na caverna. Uma mão segurou seu braço e ele teve de olhar para trás. – Sasuke-kun?


 


- Eu vou.


 


- Seria complicado tentar achá-lo sozinho, podemos ir os dois. – Respondeu o menino, sorrindo sem sentimentos. Sasuke rangeu os dentes. Se o contradissesse ali, todos os imbecis ao seu redor iam sentir que havia algo de diferente naquela afirmação. Afinal, Uchiha Sasuke prefere ir procurar sozinho o jovem, loiro, sensual (?) e indefeso Naruto numa caverna escura, onde NINGUÉM poderia ver nada? Ou atrapalhar? Bom, contragosto permitiu que Sai o seguisse pelo caminho.


 


Ao chegarem no lago, que a propósito TINHA um píer com um BARCO, o qual Naruto simplesmente não viu, Sai iluminou os lados.


 


- Uma fresta na parede. – Concluiu, verificando sua largura – Naruto-kun passaria por aqui.


 


- Que imbecil, que retardado inútil. – Reclamou Sasuke, se espremendo pela abertura – Porque ele não pegou o barco?


 


- O mais provável seria... Shikamaru-kun teria sentado na porta do templo e tirado um cochilo, esquecendo de devolver o barco à margem e, ao ver que não havia meio de passar, Naruto-kun tentou encontrar outro caminho. E aqui seria esse camin-


 


Sai parou de falar ao trombar bruscamente com as costas de Sasuke. O moreno olho para baixo, um buraco e tanto.


 


- Será que... – Sai subitamente empurrou Sasuke para trás e passou à sua frente, se ajoelhando ali. – Naruto-kun? – chamou alto. Sasuke ergueu uma sobrancelha, porque Sai estava tão preocupado assim com o loiro? Quer dizer, o loiro era DELE, ele havia visto PRIMEIRO e tinha direitos sobre ele. Era o código, quem viu primeiro fica com o prêmio. Mas Sai ignorava esse código? Ou aquilo tudo era fruto da imaginação de um Sasuke ciumento e possessivo?


 


- S-Sai? Você está... Eu...


 


- Está machucado?


 


- Não consigo... Mexer a perna...


 


Sai suspirou e olhou em volta. Encontrou uma corda, provavelmente aquele lugar já havia sido encontrado e alguém teria feito o mesmo que Naruto. Portanto, a corda era perfeitamente explicável. Testou sua confiabilidade e foi descendo. Sasuke não ficou muito atrás, antes de chegar ao final da corta, saltou, caindo habilmente no chão. Sai correu com Sasuke ao encontro do loiro. O menino mantinha ambas as pernas para frente, a cabeça tombada para trás como se aquilo aliviasse sua dor e respirava bem fundo. Sasuke e Sai, ambos ligeiramente desesperados se ajoelharam ao lado do loiro.


 


- Naruto. Naruto, você consegue falar?


 


- Sim... Dói... – Gemeu, apontando a perna esquerda. Sasuke tentou mexer para verificar se estava quebrada, mas Naruto berrou.


 


- NÃO, PARA! DÓI! – exclamou choroso e irritado.


 


- Sua mãe não vai me perdoar.


 


- Minha mãe não vai ME perdoar. – corrigiu Naruto, irritado. Constatou que Sai também estava ali, olhando tudo apreensivo. – Sai... Obrigado por vir também.


 


- Hmpf. – Sasuke bufou irritado. Com o Sai ele era todo meiguinho e com ele era na base do grito? Ok, ele iria se lembrar. Respirou fundo, esquecendo aquela babaquice momentaneamente e se concentrou em pegar Naruto de forma que não machucasse mais sua perna.


 


- Ai! AAI! AIAIAIAIAI! – Berrava o loiro fazendo Sasuke bufar em desagrado.


 


- Está me deixando surdo...


 


- Sasuke-kun, como nós vamos subir Naruto-kun pela corda?


 


-... Suba primeiro. Eu vou amarrá-lo na corda e você o puxa. Então mande a corda de volta e eu subo.


 


- Entendi. – Sai subia enquanto Naruto fazia uma cara de desagrado. Sasuke estava o salvando. Aquilo era, no mínimo, humilhante. Mais humilhante do que ser seu escravo particular.


 


- Tsc.


 


- O que houve? – Sasuke virou a cabeça para encarar o menor. Naruto estava disposto a responder, mas engoliu as palavras. Nunca, anteriormente, esteve tão perto dos olhos de Sasuke. Apesar do escuro, podia se ver perfeitamente o formato amendoado, a íris tão negra quanto uma noite sem estrelas. Hipnotizante, mal conseguia pensar em outra coisa. Nada o permitia desviar o olhar, simplesmente pretendia ficar ali olhando, se não percebesse que os rostos se aproximavam. Tentou dizer algo, mas Sasuke já estava tão perto que seria impossível impedir um bei-


 


- Sasuke-kun? Pode mandar o Naruto-kun! – Naquele momento, um barulho infernal foi escutado de dentro da cabeça de Sasuke. Algo como se o próprio Diabo estivesse chorando.


 


- Sai...


 


- Qual o problema? Tem algo errado? – O menino ponderou confuso.


 


Sasuke acalmou os nervos, Naruto estava ali em seus braços e qualquer movimento brusco poderia machucá-lo. Ah, Sai, agradeça ao Naruto, ou em breve você e o clã Uchiha se encontrariam no inferno.


 


O moreno amarrou gentilmente Naruto à corda, de forma que não se machucasse.


 


- Que é isso, parece um guindaste...


 


- É, bola de ferro, agora cale a boca.


 


Naruto ainda ia retrucar, mas sentiu Sai puxar a corda. Virou-se para olhar o menino. O rosto do garoto sempre tão pálido adquiria uma cor levemente vermelha pelo esforço que fazia. Naruto sorriu em gratidão. – Valeu, Sai.


 


“SEMPRE SAI! QUAL O PROBLEMA DESSE GAROTO?”


 


Alguém quase explodiu no fundo do buraco, mas nem Naruto quanto Sai viram a expressão extremamente irritada do Uchiha. Quando Naruto terminou de subir, Sai o desamarrou com cuidado e jogou a corda despreocupado para baixo. Deitou o loiro em seu colo, olhando de forma preocupada. Naruto sorriu.


 


- Eu to bem, Sai. Relaxa.


 


- Naruto-kun... Eu...


 


- Opa, cheguei, chega de conversa. – Em menos de um segundo, Sasuke carregava Naruto para fora da caverna. O mais difícil fora passá-lo com um pé só pela abertura da parede sem machucá-lo. Já que duas pessoas definitivamente não caberiam espremidas ali.


 


E, dessa forma, Sai adquiriu uma certa, pequena e desconhecida por ele mesmo, raiva e Sasuke. Sai... pessoa interessante, essa. Querem escutar a história dele? Ok.


 


Sai’s Picture book. Narrado por Sai.


 


Era um novo ano que começava e eu, sem saber, fui transferido para a minha primeira escola. Sim, porque até então eu só tive professores particulares. Professores esses que me criaram para ser um ser sem emoções e auto-suficiente. Meu professor se chamava Danzou, era, como algumas pessoas diriam, um mau caráter. Mas eu não sei ainda o que isso quer dizer.


 


Eu esperava que a aula começasse, selecionado para uma classe chamada “Especial A”, a sala onde se encontravam os melhores alunos. Cada um em sua própria existência pessoal, se viravam com seus assuntos, pouco ligando para os outros. Eu não sabia bem o que pensar convivendo pela primeira vez com alguém diferente da minha família, não tinha... “emoções” para lidar com aquilo. Eu só sabia algumas coisas que havia lido num livro de auto-ajuda. Devia ser gentil. Uma demonstração de afeto caracterizava a palavra “gentil”, portanto, um sorriso sempre deveria ser mostrado.


 


Assim eu tentei, sempre sorria e respondia formalmente. De alguma forma, as garotas se agradavam disso. Os garotos pouco ligavam. De acordo com aquilo tudo, era uma reação padrão ao sorriso. Todos sorriam de volta ao ver um sorriso, e ao comentar algo útil e agradável, se sentiam à vontade.


 


Algum tempo se passou e as aulas foram sendo levadas com calma. Não, de acordo com a minha posição social, eu como primo de Sasuke-kun, mas não pertencendo à uma vertente principal, não podia ser o primeiro da classe, então me mantive numa média. Até o dia fortuito em que alguém entrou de forma estrondosa na nossa sala. Coisa rara de se acontecer. Era um aluno novo. E me parecia extremamente feliz por estar na classe. Foi classificado como segundo lugar, roubando friamente o posto de Haruno Sakura. Para mim parecia a mesma coisa, mas aquele garoto... Ele se aproximou da carteira em frente a minha e se sentou.


 


- Oi! Eu sou Naruto. Qual se nome? – perguntou tão diretamente que eu tive de retroceder um pouco. Se tratava apenas de uma pessoa sociável, só isso.


 


- Uchi... Digo, Uryuu Sai. – Meus pais pediram que eu não usasse o nome “Uchiha” no colégio, então foi alterado no registro. O garoto loiro pareceu pensar.


 


- Você parece tanto com aquele menino chato que eu vi no primeiro dia! Sasuke não sei das quantas. Mas ele não dá sorrisos assim... Digo... – o loiro parou e me encarou desconfiado. – Não fique sorrindo assim, sem motivo. Você nem está feliz.


 


Aquilo em assustou. Como ele sabia que eu não estava feliz? Digo, eu nem sabia o que era felicidade. Surpresa: foi o primeiro dos sentimentos que aprendi com Naruto.


 


- Bom... – Voltei a sorrir – Não sei o que é... Digo, eu não sei o que é sentir felicidade.


 


- Ah, isso é um tanto triste. – Tristeza, outra palavra a qual eu desconhecia.


 


- Também não conheço “tristeza”.


 


- Hã? – o loiro pareceu se irritar – Como assim? O que você sente então?


 


-... – A resposta óbvia veio aos meus lábios – Nada.


 


- Eeeeeh? Você não sente NADA? Nadinha? Necas? Pop? – Perguntou, fazendo caretas. Continuei sorrindo.


 


- Não.


 


- Wow. Bom... Você precisa de ajuda, certo? Porque não conhecendo as emoções... Você deve se sentir solitário ao ver tanta gente com sorrisos, dando risadas, chorando... E nem mesmo deve saber que se sente sozinho. – Naruto ficou pensativo por um instante.


 


-... – Era realmente difícil distinguir qualquer coisa. Ele dizia como eu me sentia, mas eu não sabia sentir. De alguma forma o que ele me disse me deixou... Era algo estranho, uma sensação que eu descreveria como algo que eu gostaria de vivenciar novamente.


 


- Naruto-kun...?


 


- Sim?


 


- Eu estou... Eu quero sentir isso de novo, eu acho que é bom. Eu acho... Quando você me disse como eu me sentia, quando você entendeu o que eu sentia antes até de mim... Eu me senti bem em relação à você. É isso o que chamam de “gratidão”? “Felicidade”?


 


- Isso é... Sai. – Naruto riu, envergonhado – Você é um cara legal.


 


Desde então, não consigo pensar em nada diferente de sentir as emoções que o ser humano necessita. Naruto-kun me mostrou seu princípio e então eu as venho evoluindo. Quando sinto algo, pergunto para ele imediatamente. No dia em que o loiro machucou o pé eu me senti mal, uma coisa que apertava, queria que ele ficasse bem. No dia seguinte, perguntei à ele sobre isso.


 


- Ah Sai. Isso é... Digo, você ficou preocupado comigo, porque somos amigos. – Respondeu sorrindo – Obrigado por isso.


 


- Preocupado... Amigos... – Pensei sobre isso e, então, sorri. Talvez tenha sido o primeiro sorriso que exibia alguma emoção que eu jamais havia dado. – De nada.


 


- Você sorriu! De verdade! Whoa! Devia sorrir mais vezes. – O loiro me mostrou um de seus sorrisos. Senti meu peito quente, meu corpo todo sentia um conforto inusitado. Aquilo poderia significar o que?


 


- naruto-kun... Eu... Gosto quando você sorri. – eu disse e então algo me atingiu, uma vermelhidão, senti meu rosto arder. – Naruto-kun, o que é isto?


 


- Acho que você está com vergonha, hehe.


 


Sai’s Picture Book – End. (Por hora)


 


- Naruto-kun? – Chamou o moreno. Naruto já estava em sua cama, observando a médica enfaixar sua perna. Sasuke havia saído por um tempo, para tomar um banho. Sai também havia adquirido o costume de falar pela terceira pessoa quando perguntava sobre alguma emoção para Naruto. Porque havia descoberto sobre a vergonha, isso tornava as coisas mais difíceis.


 


- Sim? – Perguntou o amigo, virando a cabeça.


 


- Quando se sente bravo, irritado, com raiva de alguém porque essa pessoa está perto de outra. Como se chama isso? Digo, está perto de alguém que você simplesmente não quer que se aproxime. Se tem raiva quando essa pessoa recebe mais atenção que você...


 


- Não entendi nada, repete tudo.


 


- Err...


 


- Porque você não fala diretamente para mim, como fazia quando nos conhecemos?


 


- Eu... tenho... “vergonha”.


 


- Ah... AHAHAHA! Sério? Que gracinha! – Sai corou com o comentário.


 


- Não diga essas coisas, pro favor, Naruto-kun. Me envergonha ainda mais.


 


- Ok, ok. Mas pode dizer. Eu não vou ligar mesmo.


 


- Uh, ok. Naruto-kun... Eu sinto raiva do Sasuke-kun quando ele está perto de você.


 


-... O que? Você tem ciúmes do Sasuke?


 


- Ciúmes?


 


- Hum. Quando se quer algo só para si. Quando não se tem vontade de dividir algo que gosta. Teh, isso significa que você gosta de mim, né? Não vá se apaixonar! Hehehe.


 


- Apaixonar?


 


- Ah, Sai, você é tão complicado. Nunca entende nada. Se apaixonar, eu mesmo nunca me apaixonei. Mas é quando se sente extremamente feliz com alguém, quando se quer sempre ficar com ela, quando se sente envergonhado quando essa pessoa te elogia, se sente triste se essa pessoa te maltrata... Se sente furioso se mais alguém se aproxima, e aí vem o pior: Se você estiver mesmo apaixonado, Sai, vai querer beijar essa pessoa. Na boca, que nem nos filmes. Por quê? É natural, o ser humano precisa ter contato físico com o ser que ama. Para constatar que ele vive e respira e também te ama. Portanto deve ser ótimo amar e ser amado, não?


 


- Hum... – Sai ponderou por um instante e olhou para a média. Ela terminava de engessar o loiro.


 


- Pronto. Agora, é bom que você fique em repouso. Não se atreva a forçar esse pé se quiser melhorar, vai usá-lo por um mês. Faça uma boa viagem de volta, Sr. Uzumaki. – e então saiu. Naruto suspirou. – Do que estávamos falando, Sai?


 


- Naruto-kun.... Acho que te amo.


 


x-X-x


 


Nada bom mesmo era o fato de que, alguém que estava meramente parado na varanda, escutou a conversa toda. Quais serão as intenções dessa pessoa?


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Notas finais do capítulo

WHAAA, finish. Poisé, meu queri Sai mostra as garras. O terceiro rival de Sasuke. A Hinatinha também é uma boa concorrente, mas não tão forte assim. E agora, o que Naruto-kun dirá? O que ele fará sobre isso? Quem é o ser que observou toda a cena pelo lado de fora da varanda de seu quarto e o que ele fará sobre isso? Panpakapaaan, descubra no próximo capítulo. Até mais ver. - Some nas trevas.