Dad And Dad? escrita por MAHximum


Capítulo 8
Capítulo 8: Minha nova PRIMA.


Notas iniciais do capítulo

AAAAAAAAH! EU DEVIA TER POSTADO ISSO NO DOMINGO, SABIAM? D=
Porque uma leitora (Mizinha Cristopher) pediu pra que eu postasse um capitulo no aniversario dela. A proposito, PARABENS :D //retardada

MAAAS, meus pais são muito maus e me deixaram de castigo até ontem! Ç_Ç" Então, só pude postar hoje!

Sabiam que castigo me deixa inspirada? :x
Ja escrevi o capitulo 9, 10 e um segundo bonus! -QQ
Só falta digitar *-* //maiordosproblemas

well, Bom proveito :D
bjs, MAH.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/34072/chapter/8

Emma...

EMMA! POR QUE ESSE MALDITO NOME? POR QUE JUSTAMENTE ESSE NOME NESSE MOMENTO? Digo, acabei de descobrir sobre o namoro de Ryan e me aparece uma Emma? OMFG! Mesmo que não seja AQUELA Emma, é UMA Emma!

Eu estremeci imediatamente e fiquei paralisada. Não conseguia dizer nem fazer nada, só olhar pra ela me perguntando se era quem eu pensava.

- Hum, essa é minha filha Allinton. – Reinald disse quando viu que Emma me fitava e eu permanecia imóvel. – Não sei o que houve, mas acho que ela já volta ao normal...

- Prazer. – Emma sorriu e fez uma mesura. Parecia uma boneca de porcelana!

- Rei, cadê o nanico? - Jen perguntou se referindo obviamente a Lucius. Nanico, anão, baixinho, marido portátil, TUDO se refere a ele. – Vocês não se separaram, né?

- Claro que não! – Reinald pareceu até se ofender com isso – Ele está na cozinha ajudando a mamãe. – Mamãe? WTF? SÉRIO, MAMÃE? Às vezes o Reinald realmente me decepciona...

- Eu ESTAVA. – Lucius entrou apressado na sala quase tropeçando em Emma e Richard – Aquela velha rabugenta me expulsou da cozinha. – Os dois ruivos olharam Lucius de cima a baixo o estranhando. O que é compreensível. – To bege! Então é verdade que você arranjou um homem... – Lucius basicamente comeu Richard com os olhos – E que homem, ein? Meu Deus! – Eu quero MUUUITO saber o que se passou na cabeça de Emma e Richard ao ver aquele homem de meio metro (Oh shit, to sendo influenciada pelos meus tios!) dizendo aquele tipo de coisa.

- Lucius! – Reinald bronqueou meio envergonhado.

- Relaxe, ele é comprometido. – E NÃO É GAY! Esse é o principal motivo pra que Lucius desistisse de qualquer coisa que tivesse em mente.

Mas eu acho que ele só estava brincando mesmo, afinal, Reinald é o amor de sua vida.

- Você também é! – Reinald falou mais alto e meio bravo. Mas Lucius só revirou os olhos e ignorou.

- JEEN! – Ele abriu os braços. Jen e Lucius se dão muito bem! Até demais...

- LUCIUS! - Ela fez o mesmo e depois os dois se abraçaram – Esse aqui é o Richard Valery, meu noivo e ela é Emma, filha dele! – Lucius sorriu e apertou a mão dos dois e então Jen continuou: - Esse é Lucius, meu cunhado. – Richard pareceu surpreso e meio atordoado.

- Achei que ele fosse seu irmão...er, homossexual... – Ele ficou sem graça e acho que por algum momento, por mais absurdo que fosse, passou pela cabeça dele que talvez Lucius não fosse gay.

- Não. – Jen riu. Pra ela aquilo era um mero erro. – Ele é meu irmão gay. – Ela apontou para Reinald que ficou meio sem graça também. Afinal quem quer ser apontado e ter sua opção sexual exposta desse jeito? NINGUEM! Bom, talvez Lucius não se importasse com isso, mas ele não conta! Richard ficou realmente surpreso. Acho que aquilo não lhe tinha passado pela cabeça, principalmente depois de ele ter dito: “Esta é minha filha Allinton.” FILHA! Gays não costumam ter filhas... Mas, quem sou eu pra falar isso? Whatever... – Lucius é marido dele e Allinton é filha adotiva deles. – Ela falou como se a situação fosse tão simples e que encontrássemos famílias assim em toda esquina. Mas não é bem assim, vocês sabem.

- Vou levar um tempo pra me acostumar... – Richard disse tentando parecer simpático. Mas eu o entendo, deve ser difícil compreender minha família.

Emma me olhava o tempo todo. Desde que ela chegara, eu permaneci calada e desviando meu olhar do dela, eu não sei exatamente porque, mas eu tinha medo dela. Talvez porque ela era uma completa estranha e sabia do meu segredo que nem pessoas que convivem todo dia comigo sabem ou quem sabe era porque tinha chances dela ser a namorada do Ryan...

- Jen, acho melhor você ir socorrer sua mãe na cozinha. – Lucius disse numa tentativa de salvar o que tinha cozinhado.

- Okay, eu vou lá. – Ela deu um selinho em Richard e depois lançou um olhar raivoso de mentira para Lucius – Só não se aproxime do meu noivo enquanto eu estiver longe. – Tudo bem que ela falou brincando, mas acho que foi bom avisar.

- Eu tomo conta dele. – Reinald se levantou do sofá, abraçou a cintura de Lucius e em um segundo se jogou novamente no sofá com Lucius no seu colo. Tenho CERTEZA que ele estava morrendo de ciúmes por dentro. Ele não é de fazer essas coisas na frente das pessoas. Muito menos da família dele!

- Aqui é realmente barulhento, não? – Meu vô perguntou a Richard sorrindo e nem esperou uma resposta pra convidá-lo á sair dali – Que tal irmos á outro lugar pra conversar? – Apesar de que bater papo com o futuro sogro não deve ser uma coisa muito legal, Richard assentiu com a cabeça e os dois saíram da sala. Mas Emma continuou ali, infelizmente.

- Allinton, né? – Ela perguntou e eu assenti com a cabeça ainda sem dizer uma única palavra – Acho que já ouvi esse nome em algum lugar.

OKAY, FERROU!

Ta certo que existem muitas Emmas pelo mundo a fora,  mas quantas Allintons existem? E quantas Emmas que já ouviram falar de Allintons? EIN? EIN?
ONDE EU QUERO CHEGAR É: SÓ PODE SER ELA!
A namorada do Ryan! MINHA PRIMA!

- Deve ser por causa da tal banda... – Tio Michael comentou. Acho que ele não entendeu que minha banda é de garagem e desconhecida.

- N-não. – Eu disse com a voz tremula. Impressionante como é fácil se desacostumar a falar. – Quero dizer, ninguém conhece a AloneWU. – POR QUE EU FUI DIZER O NOME DA BANDA, EIN? PENSE ALLINTON, PENSE!

- AloneWU? – Emma pensou consigo mesma e depois gritou: - VOCÊ É AMIGA DO RYAN! EU SABIA!

NÃÃÃÃÃÃÃÃÃO! QUAIS AS CHANCES DISSO ACONTECER? Digo, a nova namorada do Ryan virar minha prima!?!
SÉRIO, DEUS, O QUE EU FIZ?

- Ryan? – Reinald foi pro lado dando espaço pra que Lucius saísse de seu colo e sentasse no sofá – Quem é Ryan? – Ele tentou não parecer nervoso. Tentativa frustrada.

- Meu namorado. – Emma respondeu sorrindo de forma radiante.

- Ah... – Reinald a principio ficou sem reação, depois limpou a garganta e disse em tom de brincadeira: - Enquanto seus amigos tiverem namoradas, ta ótimo.

- Mas sempre há a opção amante. – Sophie já estava bêbada e nem percebeu que falou isso na frente da namorada de Ryan.

- Não desvirtue os valores da minha filha! – Reinald também não se tocou.

- Antes você tem que tentar roubá-lo. Amante é ultimo recurso! – Lucius muito menos. E mesmo que tivesse se tocado, teria dito essa besteira do mesmo jeito. Emma se sentou no braço do sofá, ao meu lado, ela estava se divertindo assistindo aquela família problemática. E gostou de ver isso:

- Você fica melhor de boca calada. – Reinald disse antes de segurar o queixo de Lucius e colar seus lábios nos dele. Mas o beijo não durou muito porque tio Michael jogou uma almofada nos dois.

-Sem viadagem na minha frente! Não tem coisa mais nojenta que dois homens se beijando! – Eu discordo, tem coisa mais nojenta sim! Tipo, quando os gays são seus PAIS!

- Isso é porque você não vê o que acontece em casa. – Eu disse mal-humorada. Toda possível alegria que eu tinha ao acordar tinha ido por água abaixo assim que Emma entrou naquela sala. Mas pensando bem, não era culpa dela estar ali... Quero dizer, não era ela que ia casar!

- Er, filha... – Lucius estava um pouco corado, o que é MUITO, mas MUUUUUUITO raro. – por que não leva Emma pra conhecer a casa? – Não que tivesse muito o que conhecer, afinal, é só uma casa normal. Mas eu acho que ele queria nos expulsar dali.

Olhei pra Emma que parecia animada com a idéia e hesitei, mas negar na cara dura seria muito rude, então me levantei fazendo um sinal com a cabeça para que ela me seguisse, ela compreendeu e me seguiu quieta.

Diferente da minha casa, a do vovô e da vovó tem um quintal nos fundos com um jardim muito bonito, com rede e até um banquinho. Se tem um lugar pra se conhecer naquela casa, é o quintal. O outro é a biblioteca do vovô, mas eu não podia ir lá agora por que provavelmente o pai de Emma estaria lá no momento batendo um papinho com o futuro sogro. O resto da casa é perda de tempo, a não ser que você esteja interessado em ver a área de serviço...

- Emma, er, desculpa eu não ter me apresentado direito. – Eu disse meio sem graça por ter passado a impressão de uma idiota total. Namorada do Ryan ou não, ela ia ser minha prima e não tinha feito nada de ruim contra mim, eu teria que tratá-la bem de qualquer jeito. Melhor começar o mais cedo possível.

Atravessamos o jardim e fomos pra onde ficava a rede e o banquinho. Eu quis me sentar na rede, mas por causa do maldito vestido que Lucius tinha me obrigado a vestir eu tive que me contentar com o banquinho. Emma se sentou na rede e começou a se balançar como uma criança num balance.

- Não foi nada. – A voz dela era muito doce assim como seu sorriso. – Mas achei que não tinha gostado de mim.

- Ah, não! Nada disso! Eu fui com a sua cara. – Apesar de você ser a maldita atirada que pediu Ryan em namoro e deixou minha melhor amiga deprimida..., morri de vontade de dizer, mas me calei.

- Eu soube quem você era assim que entrei na sala. – Ela disse aleatoriamente com uma expressão meio séria e ao mesmo tempo delicada. – Só não disse nada porque não queria que me achasse estranha. – Será que se passou pela cabeça dela que me contar isso naquela hora ou agora não a deixa menos estranha? Acho que não, porque ela continuou falando: - Ryan sempre fala de você. Ele te descreve com tanta perfeição em detalhes que fui capaz de te reconhecer na hora.

NOSSA! Meu queixo caiu! Não imaginava que Ryan falava tanto de mim! Eu achava que ele dizia coisas do tipo: “Tenho uma amiga com um nome estranho, Allinton. Ela é muito idiota, mas é minha melhor amiga... AINDA É UMA IDIOTA!”. Mas não, ele me descreve até fisicamente! E COM PERFEIÇÃO!

- SÉRIO? – Eu perguntei incrédula apesar de ser obvio que era verdade.

- Sim. Ele me conta tudo sobre você, Lauren, a banda, o basquete... – A voz dela foi abaixando até se tornar inaudível. Ela riu sozinha e percebi pela primeira vez que suas feições eram tristonhas naturalmente mesmo quando estava feliz. – Ele fala de tudo com tanta paixão que eu sempre desejei que meu nome saísse de sua boca da mesma maneira. – O olhar dela vagou pelo nada, ela estava inerte em seus próprios pensamentos. Quando o olhar dela passou por mim, ela voltou à realidade. – Ah, desculpa! Eu sempre penso demais e acabo filosofando em voz alta.

- Você o pediu em namoro por isso? – Eu simplesmente parei de prestar atenção depois do que ela disse sobre ele falar das coisas com paixão e o lance do nome dela sair da boca dele e tudo mais. Aquele me parecia um motivo um tanto egoísta, mas plausível. Era melhor isso do que ela querer um pouco da popularidade de Ryan, que é o que a maioria das garotas quer.

- Não, claro que não. – Ela disse meio constrangida. Como se alguém a tivesse acusado de alguma coisa. – Eu gosto mesmo dele. Muito e muito... – Ela sorriu e voltou a se balançar. – Ele é uma pessoa incrível. Ele é educado, simpático, prestativo, divertido, gentil, legal e sei lá mais o que... – Em nenhum  momento ela disse bonito ou lindo. Ela olhava pra dentro dele. Assim como eu e Lauren. – E mesmo sabendo que talvez ele nunca goste mesmo de mim, eu quero tentar competir com ela. – QUEM É “ELA”? Como assim gostar mesmo? O QUE TA ACONTECENDO DE VERDADE?

- Do que está falando? – Perguntei num sobressalto.

- Ryan não te contou? – Emma pareceu confusa – Por ser a melhor amiga dele, achei que soubesse.

- Soubesse O QUE, criatura de Deus? – Eu ia explodir se ela enrolasse mais um pouco! OMG, NÃO SOU A ÚNICA A MANTER SEGREDOS!

- Ryan gosta de alguma outra garota. – Ela olhou pro chão – Não sei quem e não vou insistir pra ele me contar. Quando eu o pedi em namoro, ele recusou e me disse isso. Pelo modo como ele falou, eu soube que era verdade. – Ela parou de falar por alguns segundos e eu não ousei dizer um “a”. Queria que ela terminasse aquela historia. – Eu pedi pra que ele me desse uma chance de tentar ganhar seu coração. Ou parte dele... Ele atendeu meu pedido. – Ela parou definitivamente de falar e minha cabeça rodou. RYAN GOSTA DE OUTRA GAROTA?! COMO EU NÃO SABIA DISSO? E EMMA? Ela sabia e ainda quis ficar com ele? Eu com certeza a julguei errado. Ela não é a pessoa horrível que eu e Lauren imaginamos... Ela só estava se esforçando pra conseguir o amor de quem ela gosta. Que mal há nisso?

– Pode me chamar de vagabunda como todas as outras fizeram, - Ela voltou a falar repentinamente de modo um pouco mais bruto que antes. – mas a verdade é que eu não sou nada disso. Só quero ter meu amor correspondido! Quem não quer?

- Acho que todo mundo deseja isso. – Respondi nem me tocando que a pergunta era retórica. Senti-me mal. Eu era capaz de chamá-la de vagabunda atirada há minutos atrás, mas agora eu a admirava por ela ter tido coragem de fazer algo que eu nunca consegui. Me declarar.

- Ryan foi a única pessoa que eu tive coragem de me envolver. Alem do meu pai, claro. - Ela continuou o desabafo – O jeito dele e as coisas que ele diz fazem parecer que ele estará para sempre junto do que gosta. Ninguém mais me faz sentir essa confiança. – Emma era bem mais complexa do que eu imaginava.

- Como assim? – Eu interrompi meio que involuntariamente. Queria saber mais sobre ela. Se ia ser minha prima e namorada do Ryan, era legal parar de supor e conhecê-la de verdade!

- Minha mãe morreu quando eu tinha somente oito anos. – Eu fiquei sem reação, mas ela não se importou. – Ela era a pessoa que eu mais amava e confiava. Ela prometia todos os dias que ia estar ao meu lado para sempre, mas um dia ela se foi. – Ela olhou pro chão jogando os cabelos pra frente formando uma fina cortina ruiva como se não quisesse que eu visse seu rosto. – Depois disso eu passei a confiar e me apoiar cada vez mais nas pessoas a  minha volta. E quanto mais eu me envolvia, mais dependente eu me tornava. Até chegar num ponto que eu não passava cinco minutos sem ouvir a voz de outra pessoa. – Percebi que uma lagrima rolou pelo seu rosto. Ela continuou numa voz tremula: - Mas minha vó materna se afastou da gente depois que minha mãe morreu, ela não tinha mais motivos pra continuar suportando meu pai. Minha melhor amiga se mudou pra outra cidade. Nós tentamos manter contato no começo, mas não deu certo. Minha tia também morreu. Assim eu fui perdendo todos que juraram ficar comigo para sempre. – Até EU estava quase chorando! E olha que sou a pessoa mais insensível do mundo! CARA, ISSO EXPLICA TOTALMENTE A CARA DE TRISTE DELA! A VIDA DA MENINA PARECE UM DAQUELES FILMES QUE ACABAM POR FALTA DE ELENCO.

- Ryan nunca prometeu nada pra mim, mas eu sei que ele vai fazer de tudo para permanecer junto das pessoas que ele ama. – Ela parou de falar e sorriu com lagrimas escorrendo pelos seus olhos – Para sempre!
Sempre...
Essa era a palavra tão cobiçada por Emma e por muitos outros (inclusive eu!), mas alcançada por tão poucos.
Emma se rendeu de uma vez por todas aos sentimentos e lembranças e começou a chorar de verdade, sem nem mesmo tentar esconder.

Ela tentou limpar as lagrimas com as costas da mão, mas já era uma produção em massa e isso não resolvia nada. Eu não sabia o que dizer, então eu a abracei sem dizer uma só palavra. Não demorou muito pra que ela se recompusesse e parasse de chorar totalmente.

- Allinton, - Ela disse numa voz fraca – podemos tentar ser amigas?

- Sim, seremos boas amigas! - Eu sabia que devia odiá-la em consideração a Lauren e que com essa resposta eu tinha acabado de criar um tumulo onde se lia: “Aqui jaz a amizade entre Lauren Shyne e Allinton Hanckson.”. Mas o que eu podia fazer se Emma era a pessoa menos “odiavel” do mundo? Principalmente depois de chorar! Ela precisava de uma amiga mais do que Lauren e se minha melhor amiga não pudesse entender isso e aceitar numa boa, era a hora de rever os conceitos de amizade.

- Fico feliz. – Ela sorriu pra mim e eu vi que ela, além de tudo, era a pessoa mais forte que eu já tinha conhecido. Eu não tinha do que reclamar... Minha vida era tão perfeita perto da dela. Eu era amada por muitas pessoas e não dava valor a isso.

- Eu também fico. – Sorri sinceramente. Poder ser amiga e ajudar Emma fazia me sentir bem.

- Outra coisa, - Ela voltou a se balançar na rede – não fale nada do que eu te disse para o Ryan, por favor! – É claro que minha intenção era chegar ao colégio, espancar ele e exigir umas boas explicações. Quero dizer, o que ele pensa que está fazendo? Aceitar aquele pedido de namoro e fingir tudo isso só iria dificultar mais as coisas pra Emma caso não desse certo! Ela só ia sofrer mais por causa da santa burrice de Ryan... Acredite, eu queria MUUUITO interferir nesse historia toda! Mas o olhar de Emma era mais convincente do que qualquer argumento que eu usasse, então eu não tinha nada a fazer alem de aceitar. E, bom, pedir uma coisa IMPORTANTISSIMA também.

- Posso pedir uma coisa em troca? – Me senti meio mal por estar tirando proveito da situação, mas perto de todas as outras merdas que eu faço, isso não é absolutamente nada.

- Claro. O que quiser...

- Não conte a NINGUEM sobre meus pais serem, er, você sabe... gays.

- Ta, mas por quê? Eles são tão legais! – Ela riu sozinha. CLARO, pra quem não tem mãe e viveu uma desgraça como você, até o Hitler é legal!, eu quis dizer. Juro que quis! Mas me controlei ao máximo pra manter minha GRANDE boca fechada. – Seu pai moreno é divertido! Desculpe, não decoro nomes rápido.

- Ele é o Lucius e o outro se chama Reinald. – Corrigi meio incomodada – E eles não são legais... Quero dizer, eles são, mas... é estranho, sei lá! Se ponha no meu lugar!

- Hum, certo... – Ela pensou um pouco – Ter dois pais vivos que me amam, um amigo maravilhoso como o Ryan e uma família grande e unida... Nada mal!

Eu sei, eu sei… Eu sou uma imbecil! Tenho uma vida tão boa e precise que alguém que mal me conhecia me dissesse isso pra que eu percebesse!

Acho que ficou meio obvio o que se passava pela minha cabeça, porque Emma completou em seguida:

- A gente só dá valor às coisas depois que perdemos. É humano, não se sinta mal por isso... – Eu preferi acreditar nela e tirar uma parcela de culpa dos meus ombros.

- ALLINTON! – Vovó gritou da porta, evitando pisar no quintal. – O almoço está pronto! – Quando eu ouvi a palavra almoço, percebi que meu estomago estava roncando. Eu e Emma rimos e fomos pra dentro de casa. – Você deve ser a Emma ! Muito prazer.

- O prazer é meu. – Emma sorriu educada. Fomos até a sala de jantar (Sim, na casa deles tem uma... Na minha, não.) onde tem uma grande mesa no centro. Todos já estavam sentados e algumas pessoas nem um pouco educadas como o tio Michael (Só ele mesmo.) já tinham até se servido.

Dava pra saber que tinha um dedo de Lucius naqueles pratos só de olhar, ele gosta de ficar enfeitando a comida. Tem coisa mais gay?

- Bom apetite. – Emma sussurrou pra mim antes de ir se sentar ao lado de seu pai. E eu fiz o mesmo, ficando do outro lado da mesa, longe dela.

- E aí? Gostou dela? – Lucius perguntou assim que eu sentei do lado dele.

- Ela é bem legal. Diferente do que eu imaginava. - Eu pensei em tudo que ela me falou. Ela era TO-TAL-MEN-TE diferente do que eu imaginava. – Foi bom você ter me mandado passear com ela.

- Você julga demais as pessoas. Ta sempre tentando adivinhar como elas são ou como vão reagir diante das situações, mas nem sempre você acerta e por causa disso, deixa de viver algumas coisas... – Esse foi o momento “filosofando” de Lucius. Ele faz isso algumas vezes e por mais difícil que seja admitir, ele quase sempre está certo. Quem disse que ele não tem um lado inteligente?

- Pai, você bebeu? – Minha insensibilidade ainda me impressiona.

- Um pouco, - Ele foi sincero. – mas isso não tem nada a ver! – Duvido um pouco disso... – Passe a prestar mais atenção no que te falei!

- Vou prestar. – Claro que eu não ia fazer isso. Pais nasceram pra tentar educar e filhos pra desobedecer sem pensar duas vezes... É o ciclo da vida!

- Um brinde á Jen e Richard! – Meu avô comemorou levantando a taça de vinho. Todos fizemos o mesmo batendo os copos um no outro.

- Minha primeira cria que toma jeito! – Minha avó AMA encher o saco.

- MÃE! – Reinald bronqueou.

- Ta bom, filho. Apesar do baixinho aí, você saiu quase certo. – Ela bebeu mais um gole ignorando o olhar fuzilante de Sophie. Ela devia estar pensando algo do tipo: “EU TAMBEM CASEI! TRÊÊÊS VEZES, SABIA?”, mas eu acho que o problema dela está no numero de vezes que casou e, bem, divorciou.

- É bom ver como você aceita nosso casamento, querida sogrinha. – Lucius deu um sorriso falso. – A propósito, se não fosse por mim, não teria almoço hoje! – WTF? Que isso tem a ver? Lucius definitivamente não bebe...

- Mentiroso! – Vovó rebateu.

- É verdade! Você nunca fez nada saboroso... - COMO ASSUNTO FOI PARAR NISSO?

- Ora, seu... – Vovó provavelmente estava pensando em um palavrão pra responder. Sim, tenho uma avó boca suja...
Mas enfim, vovô a deteve.

- Vamos ficar em paz, certo? – Ele sorriu tentando amenizar o clima. E conseguiu.

No resto do almoço nós conversamos, rimos e contamos historias como uma família normal. Não demorou pra que Richard e Emma estivessem entrosados na família e fizessem parte dela. Muitas vezes que eu olhava pra Emma, eu via um grande e sincero sorriso naquele rosto tristonho. Era bom ver que alguém estava se divertindo pra valer.

Cara, meus instintos maternos, que eu nem sabia que tinha, ficam a pique perto dela! WOW, efeito Emma!

 

 

- Hora de ir, Allinton. – Disse Reinald. Já eram umas cinco da tarde. Eu tinha passado o dia INTEIRO conversando com Emma. Ela era MUUUUITO divertida e quando não estava desabafando, era bem engraçada.
Eu não me importava mais se Ryan a namorasse. Mas teria que ser ELA!

- Já? – Disse numa voz dengosa, mas Reinald assentiu e eu vi que não tinha como contornar aquilo. – Ta. – Fechei a cara. -  Emma, foi ótimo te conhecer. Vamos sair qualquer dia desses, okay? – Eu a abracei, dessa vez não sentia as lagrimas frias molhando minha roupa, pude sorrir com a conquista.

- Claro. Chamarei o Ryan! – Ela disse animada. Ryan, Ryan, Ryan... Ele realmente consegue conquistar umas garotas de jeito!

Reinald acenou pra ela e depois nos despedimos de todos. Menos da minha avó que estava na porta, conversando com Lucius. Só peguei essa parte da conversa:

- Você sabe que eu brinco, mas te considero como um filho, né? – Aparentemente os dois estavam se desculpando. Minha avó tinha extrapolado naquele dia, zoando Lucius o dobro do normal. E conhecendo meu pai, Lucius, ele não ia deixar barato.

- Tudo bem, eu sei disso. – Lucius sorriu – Alias, eu menti quando disse que você nunca fez nada saboroso... – Aquilo tinha uma segunda intenção. Eu sabia disso! Mas vovó, menos informada que eu, acreditou.

- Sério? – Seus olhos brilharam.

- Arrã. – Lucius ficou nas postas dos pés e passou seu braço envolta do pescoço de Reinald, se pendurando nele. Depois lambeu o rosto do meu pai devagar. – Seu filho é delicioso! – Ele lambeu os beiços provocando ainda mais minha avó e depois começou a rir.

Depois disso eu só vi a porta batendo na nossa cara.

Lucius sabe como irritar qualquer um...

Menos Rose. Mas isso já é outra historia. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Imagem em homenagem a nova personagem! EMMA *-* UHDASUSHD

Hora dos meus desabafos! -qq
Perguntas que NÃÃÃÃO devem ser feitas sobre a fic:

—Como surgiu a idéia pra escrever "DAD"?
SÓ SEI QUE FOI NO MEIO DA AULA DE GEOGRAFIA! ç_ç
E ainda sei disso só porque tenho o rascunho dos nomes atras da prova de Geografia :x //semata
Pelo jeito na minha cabeça as coisas funcionam meio que: Europa = Pais gays! YEY o/

—Onde se passa a história?
Levando em conta a idade mental e a altura de Lucius, poderia se dizer que é na Terra do Nunca. Mas a verdade é que NENHUMA das minhas fics se passa em uma cidade ou até mesmo país especifico. Os nomes são americanos, o cotidiano é brasileiro e as expressões japonesas... SORRY POR ISSO! :x

—Quem é o SEME e quem é o UKE?
Na história original o uke era DEFINITIVAMENTE o Lucius. Ele era tão diferente! Ele era meigo e fofo... Agora virou... ISSO!
Em resumo: Eu não pensei nisso quando comecei a digitar a fic! :B
Reinald saiu com parte da personalidade UKE e uma aparencia totalmente SEME. Enquanto Lucius tem aparencia UKE e personalidade SEME...
É mais facil pensar que são dois SEMES que se revezam, né?

— Da onde saiu esses nomes bizarros?
Sabia que eu NUNCA tinha pensado no nome Lucius na vida?
Ele simplesmente apareceu no papel e eu percebi que tinha escrito esse nome! //apanha
De fato os nomes Lucius, Reinald e Allinton são um mistério pra mim...
Rose eu ja usava em outra fic. Ryan, Jake, Lauren e Sarah são nomes comuns. E Emma (me batam!) é o nome da filha da Rachel em Friends! *--* //viciadaemFriends

É ISSO! :D
Bjs, MAH.