Heart In Flames escrita por arya


Capítulo 18
Capítulo 18 - Reencontro


Notas iniciais do capítulo

OIOI GENTE!
OLHA EU SEI QUE ALGUNS DE VOCÊS QUEREM ME MATAR PELA DEMORA(oi Myrra!) MAS É MUITO DIFÍCIL NÃO CONSEGUIR ESCREVER, MESMO QUERENDO ♥
Não digo que as idéias voltaram, mas pelo menos deu pra pensar um pouco. Aliás, muuuuuuuuitos agradecimentos pra linda da Myrra que me ajudou a planejar a fic e a ter idéias pro cap! MYRRA TE AMO ♥3
Enfim, vocês vão ficar meio confusos mas depois vão entender...
Enjoy!



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A floresta era parecida com a da ilha de Hércules. Mas invés de ser repulsiva, havia algo que agradava Piper nela. Ela podia sentir a presença da mãe em cada pedacinho de beleza.  Foi uma ótima compensação após o túnel escuro e frio. Seus pés esmagavam galhos secos na caminhada, sua mão segurava a de Leo, e sua mente pensava no que aconteceu na outra floresta, quando ela e Jason pegaram a Cornucópia, quando ela deixou o pobre deus do rio já amargurado e triste mais triste ainda.

Será que era o certo a se fazer? Sempre lhe disseram que devia fazer o que o coração mandasse, e seu coração mandou que amasse Leo. Suas irmãs aprovariam o que fez com Jason, mas ela não suportava mais ver o estado dele. Quando estava recuperando sua sanidade mental, ela deixou tudo por um triz. Piper se sentia mal por ter que afastar esses pensamentos.  Era preciso concentração nessa tarefa. A ilha era linda, mas também perigosa... Eles apenas ainda não tinham dado de cara com o perigo.

***

Ela corria, e corria. Os galhos arranhavam seu corpo e as raízes lhe faziam tropeçar. O som da velocidade cortando o vento era a única coisa que lhe motivava a continuar. Ela não podia deixar que aquilo a alcançasse.  A adaga estava em uma das mãos, e o cinto na outra. Ele pesava demais para um cinto, e não era apenas peso físico, era o peso de tantos anos de ódio e amor em conflito. Se olhasse para trás estaria perdida. Já não gostava tanto da porcaria de floresta.

Agora não conseguia pensar no que fazer. Tudo tinha dado errado, o desafio era impossível. Como Aglaea queria que ela matasse Afrodite? A princípio Piper achou que fosse uma piada, mas quando viu o brilho maligno e com sede de vingança nos olhos da amarga guardiã, ela soube que não tinha chance em conseguir da forma fácil.

O cinto estava “guardado” em uma vitrine expositora totalmente indiscreta.  Aglaea podia ser boa em guardar rancor, mas pelo jeito não em guardar o que realmente precisa. Nota mental: nunca subestimar o óbvio. Piper simplesmente deu a louca enquanto Aglaea falava e remoia sobre Hefesto, correu, quebrou o vidro para roubar o cinto e depois  perdeu a noção de tudo. Seus amigos tinham sumido, e ela tinha acordado aparentemente no mesmo lugar. Estava com um galo na cabeça e alguns ferimentos que não se lembrava de adquirir. Foi quando ouviu o som. Era o mesmo som de um avião, rasgando o ar. Não conseguia compreender o que aconteceu. Sua adaga havia lhe mostrado algo diferente. Na visão não havia um inimigo, era algo em sua mente.

E então correu.

Continuou a correr, cada vez mais rápido. Sentia todo seu corpo reclamar, mas a adrenalina de semideusa começou a fazer efeito, e logo tudo que importava era ir mais rápido. Mais rápido. Mais rápido... Mas não o suficiente.  A coisa branca era mais veloz, um pássaro diferente de todos que Piper conhecia. Grande como um dragão, bonito de um jeito que lhe dava muito medo. 

Estava encurralada, a proximidade das árvores ao seu redor a impedia de voltar. Aquelas árvores definitivamente não estavam ali antes.  De uma forma ou de outra, isso significava que devia dar utilidade à maldita adaga.

Preparou-se para desferir um golpe, e a criatura ficou imóvel à sua frente.  A adaga caiu de sua mão, e ela não conseguia fazer com que o corpo a obedecesse e agachasse para pegá-la. De repente, matar o pássaro parecia errado. Piper queria ficar o dia inteiro o admirando, pelos próximos mil anos, não, para sempre.  Entregou o cinto, que a criatura pegou com o grande bico. As garras se fincaram nos seus braços, e a dor era tanta quanto o sangue que estava sendo arrancado.

Piper! PIPER!  PIPER ACORDA!!

Uma voz bastante conhecida a tirou do transe, mas já não conseguia se desvencilhar das garras. Ela não sabia onde Leo estava, e sua voz ia diminuindo cada vez mais, como num sonho. Mas foi o suficiente. Seus braços estavam imobilizados, mas felizmente ainda possuía as duas pernas. Preparou um chute bem doloroso, tanto pra ela quanto para seu adversário. Os braços doíam demais, porém ela tinha que agüentar.  Com o impulso, ela se sentou sobre o pássaro que caiu no chão. Pegou a adaga e rapidamente a passou na garganta dele, e prendeu o cinto no corpo.

Então, algo muito estranho aconteceu.  O pássaro se transformou em uma espécie de tornado. Infelizmente não era um tornado, e sim um portal. Piper estava caindo para um lugar muito escuro, e só se deu conta disso quando era tarde demais. Ela queria sair de lá o mais rápido possível, aquilo lhe dava arrepios.

Ao cair, tentou andar por lá, tatear em busca de algo sólido. Foi quando enxergou uma luz. Uma luz bem fraca, um tênue brilho de bronze.  Ela o seguiu, com receio de ser algo que a levasse para a morte. Sentia forças antigas e más sugando sua vitalidade. Precisava sair de lá o mais rápido possível.

Andou, e andou com os braços a castigando. Mas a luz também se movia. Apressou seus passos, e quando finalmente chegou, sentiu uma fincada na barriga. A lâmina que a guiava estava a perfurando, e Piper não conseguiu segurar um grito de desespero. Ela foi empurrada, e quando caiu no chão soube que era seu fim. Nem ao menos conseguia enxergar.

– Essa voz... Annabeth, não é um monstro. Para. PARA!

A lâmina foi arrancada lentamente do seu estômago, com certo cuidado. Mas uma mão foi passada por seu pescoço, e Piper ficou presa em uma gravata.

–Quem... Quem é você?

Tirando forças não sabia de onde, ela respondeu.

–Annie? Annie é você? Percy? Não... Não me reconhecem?

–Piper... Piper, como veio parar aqui? O que está acontecendo? Meu deus, por favor, me desculpe! Eu pensei que fosse mais algum monstro. Nesse escuro não dá para ver nada. – Annabeth se abaixou, pegou um pouco de ambrosia da mochila e fez a amiga comer. – Beba um pouco de néctar também!  Você não vai morrer, o ferimento não foi tão profundo... Oh, oh... Bem, eu espero que isso faça efeito...

–Eu não sei o que está acontecendo, eu estava numa missão mas deu tudo errado, e quando eu achei que tinha conseguido matar a porcaria de pássaro eu vim parar aqui, e ta doendo muito, eu não consigo me mexer direito... –Ela falava em meio às lágrimas. –... E não sei onde os outros estão, eles sumiram, mas vocês estão aqui! Deuses, eu estou tão feliz! Nico disse que estavam vivos mas eu sinceramente dizia palavras vazias para reconfortar todo mundo... Percy, Annabeth, vocês estão aqui de verdade? Não é uma ilusão? Ai meus deuses! –Nem se deu conta de que estava soltando as palavras sem nenhuma calma. O desespero era demais, mas a alegria também.

–Piper, não fale agora... A gente vai explicar tudo para você, mas não fale agora. Se acalma e espera seus ferimentos sararem um pouco. Você não tem noção de como estamos felizes de te ver! Mas terá que ser uma boa menina e esperar um pouco, certo?

–Bem... Acho que nesse caso preciso acender a tocha. É arriscado mas precisamos mesmo de mais luz... –Annabeth abriu a mochila, e tirou a uma caixinha de fósforos, junto com um pedaço de madeira. Ou era o que Piper pensava. A luz da arma cheia de sangue era pouca.  –Eu tinha perdido a mochila, mas graças aos deuses o laptop tinha um rastreador. Como essa tecnologia funciona no Tártaro? Parece até brincadeira!

Annabeth acendeu uma tocha improvisada, e Piper conseguiu vislumbrar como ela havia envelhecido. Talvez fosse só uma impressão, mas é como se anos tivessem se passado. A loira estava cheia de arranhões e um aspecto cansado, porém feliz. Percy não estava muito diferente da namorada, mas aquela carinha de bobo alegre continuava a mesma. Era tão bom vê-los de novo!

Com a luz do fogo, ela conseguiu ver seus próprios ferimentos. Eram horríveis. Suas roupas em frangalhos. As mangas da camiseta laranja do tão amado Acampamento Meio-Sangue não existiam mais. Em seu lugar estavam sangue e ferimentos que deixariam cicatrizes horríveis.  Mas o pior era o no estômago. A dor tinha dado uma pequena trégua, mas o sangramento não foi estancado. Como Annabeth acertou um órgão vital naquela escuridão? Era questão de sobrevivência; não é à toa que ela conseguiu continuar viva aqui. Piper precisava tratar daquilo rápido, ou não iria ter muito mais tempo de vida.

Se Percy ou Annabeth perceberam, não demonstraram. A filha de Atena deitou a cabeça de Piper em seu colo, e mexeu em seus cabelos, num gesto tranqüilizador.

–Vai ficar tudo bem. A gente sobreviveu, você também consegue.

Assentiu com a cabeça, e caiu no sono. 


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Notas finais do capítulo

HAHA ai que malvada que eu sou ♥
Espero que tenham entendido alguma coisa, se não entenderam, no próximo cap entenderão. Aglaea vai aparecer se acalmem! sahusau
Então, o que estão achando da história?



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