A Fada E O Caçador De Recompensas ( EM REVISÃO ) escrita por Thalia Tsukiyomi


Capítulo 5
Capítulo 5 - Eu Sinto...


Notas iniciais do capítulo

Etto... Primeiramente, desculpa! Desculpa pela a demora ç.ç
Estava com muita preguiça de escrever e também era muitos trabalhos e provas da escola...
E também eu fui obrigada a postar T^T
Espero que gostem e boa leitura!



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Idiota...! – Sussurrou a garota zangada, andando para um lado e para o outro, chutando as pedrinhas que estavam no caminho. – Não tem nada haver comigo? Como ele pode dizer isso? Ele é tão... – Parou, fechou as duas mãos, as apertaram-nas. Estava tão chateada com que o Ikuto havia falado hoje mais cedo para o Raiden. Estava a tratando como se fosse nada! E então chutou uma pedrinha para longe. – Tão... Ele é tão...! Arg!! 

Ela não estava conseguindo encontrar uma palavra que distinguisse o que o jovem caçador era naquele momento de raiva. Abaixou-se pegando um graveto que tinha no chão e pareceu brincar com a terra para que distraísse um pouco.

Suspirou e uma luz branca com pétalas na cor rosa no qual lembrava flores de cerejeira as cobriram, fazendo com que ela voltasse para a sua verdadeira forma. Uma minúscula fada Hudayon. Sentia suas asas quase que curadas e tentaria exercitá-las. O remédio élfico era realmente bom para essas coisas.

Saiu debaixo das grandes roupas que estavam no chão e tentou voar. Seu voou era muito baixo, tão baixo que era bem próximo ao chão, mostrando que ainda que suas companheiras ainda não agüentava tanto o próprio corpo miúdo, ameaçando a cair a qualquer momento. Voou por um curto tempo, talvez Ikuto não tenha percebido que ela havia saindo, já que ele não se importa com ela, pensou Amu.

O caçador terminava de montar uma de suas armadilhas para pegar o almoço, depois que o fez, foi para onde a garota de cabelos rosados estava o esperando. Passou por uma grande árvore e olhou para os lados. Onde estava ela? Deu uns passos a mais e logo avistou as roupas de uma pessoa, aproximou e logo percebeu que eram as dela. As pegou e viu no chão algo escrito “Fluffy não parece nada com um caçador, é apenas um idiota.”

— Tsk! – Se irritou. Aquilo com certeza era obra daquela fadinha. – Ela vai me pagar!

— AHHH!!!!!!! – Um grito assustado se aproximava. – Ikuto!!!

Amu ainda na forma de uma pequena fada tentava voar desesperadamente, estava com tanta dificuldade que chegava algumas vezes a correr com seus pequeninos pés descalços. A mesma tentava com todas as forças ficar o mais longe possível das três Anuhe, criaturas de uma espécie de grandes lagartas escamosas de garras e dentes afiados. A Hudayon abriu um largo sorriso de esperanças e abriu os braços assim que chegou perto do moreno. O agarrou como se sua vida dependesse daquilo. E de fato dependia. Ikuto naquele momento era o seu porto seguro. Suspirou de alivio.

— Algum problema? – Perguntou ele, já a pegando.

— Claro que sim. São Anuhe! – Falou apontando para os bichos que lambiam suas faces.

— Estou vendo.

— Anuhe se alimentam de fadas! E adivinha? Eu sou uma!

— Ah, Mesmo? Nem notei... Pessoas idiotas costumam não perceber certas coisas. E advinha? Segundo você, eu sou um! – Ele encara com raiva para a pequenina que estava na palma de suas mãos. Amu coloca a mão atrás de sua cabeça e ri sem graça.

— Ah... Desculpa! – Juntou as duas mãos. – Desculpa! Desculpa! Não irei fazer mais isso! – Ele a olha. – Eu juro. – Ela levantou uma de suas mãos, e o rapaz a aproximou para perto de si, e logo começou a espantar os bichos famintos. –Idiota... – Murmurou. E mesmo assim ele ouviu, fazendo com que ele a olhasse irritado.

Enquanto voltavam para o local onde estavam acampados, puderam ouvir um pequeno barulho, no qual lembrava uma armadilha. Amu voltava para o tamanho humano e Ikuto foi à direção do barulho, ver o que tinha conseguido para o jantar. E lá estava. Dois coelhinhos de pelagem branca e olhos avermelhados dentro da pequena gaiola improvisada de galhos. O moreno logo abriu um sorriso de satisfação enquanto se aproximava dos animais.

— Hey! O que você vai fazer com eles? – Perguntou Amu preocupada.

— É a nossa janta. – Respondeu ele segurando um coelho em casa mão.

— O que?! – Ela pega um dos coelhos e abraçando em modo de proteção. – Não podemos comê-los! Eles fazem parte da natureza...

— Humanos comem animais. – Disse como se fosse a coisa mais obvia.

— Vocês são cruéis! – Falou ela com lagrimas entre seus olhos dourados. – Não podemos comê-los. Animais são bondosos, fofos, puros, inocentes e fofos!

— Você repediu “fofo” duas vezes.

— Mas eles são! Então não vamos e não podemos comê-los! – Fez cara de choro.

Novamente sentiu uma corrente gélida. Mas desta vez era algo realmente bom e nostálgico. O fazendo lembrar-se de uma garota, repetindo as ultimas palavras da fada Hudayon, então suspirou e sentou-se encostado em um tronco de uma arvore soltando o animal peludo e branco. Fazendo a  Amu sorrir e soltar o outro bichinho. Observou a dar-lhe as costas, procurando algo ao seu redor.

— O que ta fazendo?

— Espere, estou quase achando. – Respondeu.

Depois de uma curta busca nos arbustos que tinha bem próximo a si, logo depois se levantou com as mãos em formas de uma concha, aproximou-se dele, sentando-se em seus próprios joelhos, estendeu suas mãos revelando uns cogumelos estranhos na cor azulada.

— O que é isso?

— É uma espécie de cogumelo, se você comer sua fome irá passar. – Sorriu mordendo o seu e fazendo careta. – Têm um gosto ruim no começo, mas depois vai ficando doce.

O Tsukiyomi arqueou uma de suas sobrancelhas, fazendo uma expressão duvidosa para a rosa a  sua frente. Mesmo um pouco desconfiado, pegou o pequeno fungo e assim o mordeu fazendo uma careta de reprovação, e aos poucos, seu semblante ficava aliviada com o gosto doce que o seu paladar tomava.

— É... Ikuto... – A garota desvia o olhar.

— Hm?

— Como ela era? – Perguntou ela com as bochechas coradas com um leve sorriso, fazendo o caçador se assustar com a pergunta. – A pessoa que você se lembra... Você novamente fez a mesma expressão que na outra veze...

— Entendo... – Suspirou. – Você às vezes me lembra ela. É bom, como a forma que você defendeu os coelhos. Ela era vegetariana e me fazia comer as mesmas coisas que ela. Ela sempre estava sorrindo, não importava o quê. Ela estava lá, esbanjando o seu lindo sorriso.

— Ehhh! – A rosada o encara maravilhada como ele descrevia a garota. – Ela é encantadora.

—Sim... – Sorriu. – Ahn, podemos mudar de assunto?

— Do que estávamos falando mesmo? – Amu sorriu. – Hey, às vezes penso que você não gosta ou suporta os animais...

— Não é que eu não goste, é que não me dou bem com eles. Ou eles não gostam de mim. Não sei!

A Hudayon passou a pensar em algo, até que decidiu se aproximar um pouco mais do humano, ficando no meio das pernas abertas do rapaz. Ainda ajoelhada, pôs uma mão no peito dele e a outra pôs no seu próprio, fechando o seu dourados olhos. Ela estava de algum modo, lendo e vendo como era o coração daquele rapaz, e sorriu com o resultado.

— O que você fez?

— Nada! – Sorriu, sentando-se e  encostando as costas ao peitoral dele. Pegou a mão direita dele e levantou para cima, e uma borboleta que passa por perto, pousou na mão do garoto. – Insetos e principalmente os animais conseguem ler os nossos corações. Você é um caçador mal-humorado, provoca medo e têm medo.

— É isso que você pensa? – Perguntou Ikuto com uma gota em sua cabeça.

— Não, é o que eles falam. – Respondeu ela se referindo aos animais.

O fim de tarde estava ótimo. O clima estava aconchegante e as cores alaranjadas no céu estavam belíssimas. De alguma forma, a presença da menina fada era acolhedora para o caçador.

Seus olhos safiras seguiram a borboleta voar e logo passou observar o rosto encantador de Amu que ainda continuava a olhar o percurso que a pequena borboleta fez. E antes que o seu celebro lhe alertasse do certo a fazer, o seu coração foi mais rápido, fazendo falhar uma pequena batida e acordar de seu curto transe.

— Ok. – Ele levanta-se, afastou do corpo da rosada. – Vamos, estamos mais perto do nosso destino.

— Certo! – Confirmou ela levantando-se de um pulo cheio de energia.

Decidiram dormir aquele resto de noite para que logo saísse assim que o sol raiasse. A noite foi tranqüila e a fada acordou bem mais empolgada. Guardaram suas coisas e logo retornaram para a caminhada. O caçador estava certo, estavam quase chegando a cidade.

Amu corria e brincavam enquanto cantava as suas músicas de linguagem mágica e como sempre, Ikuto a pedia para que a mesma parasse de cantarolar e a rosada o obedecia, porém, logo voltava com o seu canto. O rapaz  já até chegou a pensar que ela fazia isso para irritá-lo.

Algumas vezes ou outras, eles conversavam, ou ele respondia as perguntas da garota, ela realmente não sabia de nada sobre os humanos...

— E suas asas? Como estão?

— Ah, estão se curando. O remédio da Utau é ótimo! – Sorriu e depois correu e bem longe parou, colocou uma de suas mãos em sua testa, como um soldado. Abriu um enorme sorriso, abaixou seu braço e virou-se para o caçador, pulando e apontando para o que acabara de ver – Estou vendo! Estou vendo! Olha! Olha!

— Calma... – falou ele se aproximando. – Amu, chegamos à Cidade de Eldhora!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Foi só isso que consegui fazer! ^^