M.Marcelo.: " Preciso falar com você, Al, Thomas ta de volta na cidade."

Mais essa... O ex da Lucy tinha que aparecer bem agora, se o avô dela fica sabendo, fudeu.

M.A.: " Veio atrás da Lucy?"

M.M.: " A Lucy ta na cidade??"

M.A.: " Ta sim, posso perguntar pra ela se posso te passar o número, mas não garanto nada já q o avô dela é bem controlador"

M.M.: " Vê com ela, vc sabe que o cara é perigoso"

M.A.: " Sei sim, vo fala com ela. Beijos!"

M.M.: " Avisa ela e vc também toma cuidado, ele não vai com a nossa cara. Beijo"

Eu que sei, Thomas já me bateu por tentar fazer a Lucy largar ele, só depois dessa surra que eu levei ela largou ele, então Marcelo virou um tipo de guarda costas dela, então ele odeia nós dois.

Ligação:

– Oi, Al.- Lucy atendeu com uma voz sonolenta.

– Oi, te acordei?- Perguntei só pra saber mesmo.

– Sim, mas o que foi?

– Desculpa, mas parece que o Thomas voltou pra cidade.- Disse temendo a reação dela.

– Será que ele vem me procurar?- Ela perguntou temerosa.

– Acho que sim, então se for sair, me chama ou o Marcelo, aliás, posso passar o seu número pra ele?- Eu perguntei começando a sentir sono.

– Claro.- Ela respondeu rapidamente e animada.

– Nossa, que animação e rapidez.- Disse rindo.

– Que nada, mas então, amanhã eu queria ir tomar sorvete, quer ir?- Ela desviou do assunto e começou outro.

– Eu vou fingi que você não mudo de assunto e quero sim, mas agora eu tenho namorado, querida.- Comecei séria e depois fiquei animada.

– Eu não acredito, quem é?- Ela perguntou animada.

– O Niel.- Eu disse sorrindo.

– Eu não acredito, aquele gato, gostoso...- Ela começou, mas eu a interrompi.

– Olha como fala do meu namorado e eu tenho que ir dormir, então beijos.-Disse rapidamente.

– Desculpa, mas ele é e não esquece de passar o meu número pro Marcelo.

– Hmm..... Tudo bem.- Disse rindo.

– Vai dormir, Al.- Ela disse irritada.

– Boa noite, amadinha.- Disse rindo e ela desligou, o que me fez gargalhar, mas lembrei que já estava tarde e parei.

Mandei a mensagem para Marcelo com o número da Lucy e fiquei pensando em Niel, resolvi que faria algo para me vingar por essa aposta, apesar de ter nos aproximado, era ridículo apostar algo assim, então dormi pensando nisso.

O barulho do despertador tocando me acordou, fui tomar banho para acordar de verdade, porque o sono me consumia por inteiro http://www.polyvore.com/cgi/set?id=81537561&.locale=pt-br, desci e tomei café com o Carlos, fomos para a escola e Niel me esperava, ficamos conversando até o sinal bater, resumindo, a manhã foi normal apesar de sempre as pessoas (vadias) ficarem nos olhando, parecia impossível nós estarmos juntos, algo de outro mundo, ignorei e resolvi pensar em um assunto mais importante, convidei Juh http://www.polyvore.com/cgi/set?id=81544478&.locale=pt-br para ir comigo e com Lucy na sorveteria, mas ela não aceitou, entretanto Niel se meteu no assunto e disse que ia conosco, mesmo sem ter sido convidado, ignorei e deixei ele ir, até porque seria bom ter um garoto por perto qualquer coisa.

Quando saímos, fomos para a minha casa, mas Lucy http://www.polyvore.com/cgi/set?id=81545001&.locale=pt-br e Marcelo já nos esperavam, estranhei Lucy estar sem boné, mas não comentei, talvez fosse pela presença de Marcelo que sempre a incomodou por causa disso, então eles foram com o motorista dela e nós fomos com o motorista do Niel, decidimos ir para o shopping, direto para a praça de alimentação, cada um comprou o seu almoço, estávamos comendo tranquilamente até Lucy e Marcelo ficarem olhando fixamente para algo atrás de mim e do Niel, virei e Thomas estava com um grupo de capangas, ele nos encarava com ódio, mas se controlou, colocou um sorriso no rosto e veio até nós, instantaneamente agarrei a mão do Niel e ele me olhou preocupado, dei um beijo na bochecha dele, mas apertei ainda mais a sua mão.

– Oi, gente, quanto tempo.- Thomas disse simpático.

– Pois é, como ta, cara?- Marcelo sorriu fingido.

– Bem e você?- Ele disse também fingido e o olhava com ódio.

– Tudo bem.- Marcelo respondeu e levantou os ombros.

– Oi, Al.- Ele me cumprimentou e sorriu falso.

– Oi, Thomas, esse é o meu namorado, Niel.- O cumprimentei e apresentei Niel, que mesmo sem entender nada, deve ter percebido que ele era o "inimigo", porque só fez um gesto com a cabeça que Thomas repetiu.

– Não vai me dar oi, Lucy?- Thomas perguntou ironicamente para a minha amiga, que só faltava sair correndo.

– Oi.- Ela disse surpreendentemente fria.

– Tive saudades, fiquei sabendo que agora ta morando com o seu avô e ele é meio rígido.- Ele disse sorrindo e ela engoliu em seco.

– Pois é, ele é.- Ela disse de uma forma distante.

Quase suspirei de alívio quando um dos garotos o chamou, ele se despediu e saiu, ficamos em silêncio por um bom tempo, Marcelo segurou a mão de Lucy, que sorriu de lado e ele beijou a cabeça dele, em um gesto muito fofo.

– Isso foi tão fofo.- Eu disse sem me aguentar, Lucy sorriu de canto, enquanto Marcelo revirou os olhos.

– Não se aguentou, né?- Lucy disse fingindo irritação.

– Não, porque foi muito fofo mesmo.- Eu disse rindo fraco e eles me acompanharam.

– Sem quere estraga o clima, mas quem é aquele garoto?- Niel perguntou agora abraçando a minha cintura e fazendo com que eu escorasse minhas costas no peito dele, enquanto ele estava meio de lado.

– Meu ex.- Lucy disse voltando a ficar séria.

– Por que ele não gosta de vocês?- Ele perguntou, enquanto brincava com os meus dedos.

– Longa história, mas resumindo, Al abriu os olhos da Lucy e eu fiquei de guarda costas, sem deixa ele chega perto.- Marcelo respondeu olhando discretamente para o grupo que conversava em outra mesa.

– Ele te fez alguma coisa? Você parecia com medo.- Niel perguntou mais baixo para mim.

– Nada muito sério.- Eu respondi sem querer tocar nesse assunto, ainda tinha muitas marcas daquela surra, apesar de ser boa de briga, ele era trapaceiro e nunca estava sozinho.

– Ela apanhou de oito caras à mando dele, por minha causa.- Lucy disse com uma voz mais chorosa e ela nunca foi do tipo fraca que chora por qualquer coisa.

– Oito?- Niel perguntou assustado e apertou a minha mão.

– Ela foi para no hospital, tem várias marcas no corpo e nada aconteceu com os garotos.- Marcelo disse irritado, lancei um olhar mortal para ele, que levantou os ombros como quem pergunta se fez algo de errado.

Niel me virou de frente para ele como se esperasse eu mostrar as minhas marcas, fiquei o encarando séria, ele bufou e olhou para Marcelo.

– Onde?- Ele perguntou direto.

– Barriga, pernas, braços, costas, quase todos os lugares, na verdade.- O outro respondeu tranquilamente, Niel continuou me olhando sério, suspirei e tirei a jaqueta, ficando só com a blusa da Marvel, ele começou a passar a mão pelas marcas esbranquiçadas que estavam ali e fazia uma careta cada vez que encontrava uma nova.

– Idiota.- Ele resmungou e era notável a raiva em sua voz.

– Eu me recuperei e ele foi pra outra cidade, deve ter voltado quando um dos amiguinhos dele soube que a Lucy voltou.- Eu disse calma e dei um selinho nele.

– Ele continua sendo um idiota, além de covarde e muitas outras coisas.- Ele continuou sério e eu sorri.

– Que lindo você cuidando de mim.- Eu disse me aproximando e sorrindo.

– Você é a minha namorada, eu tenho o dever de te proteger.- Ele disse de brincadeira e eu ri de leve, ouvi Marcelo bufar e ri mais ainda.

– Então, Senhor protetor e namorado, vamo faze alguma coisa, sair de perto dessa gente.- Eu disse de brincadeira e ele me deu um selinho.

– O que as madames querem fazer?- Ele perguntou olhando para mim e depois para a Lucy, nos olhamos e sorrimos.

– Por que você tinha que pergunta isso?- Marcelo perguntou irritado para Niel que estava confuso.

– Compras.- Eu e Lucy dissemos ao mesmo tempo e rindo, os dois garotos ficaram sérios, levantamos já conversando sobre o que iríamos comprar e eles nos seguiram.

Depois de horas comprando, Lucy tinha que ir, então ela e Marcelo foram para o carro ela, enquanto eu e Niel fomos para o dele, comentei com Niel o fato de Marcelo ser tão protetor com Lucy e ele só sorriu, mas não fez comentários, então a conversa mudou para aulas e depois ficamos em silêncio até chegarmos na minha casa, Carlos estava em casa, então Niel levou as minhas compras até o sofá e depois eu o levei até a porta, nos beijamos e ele foi embora, peguei todas as sacolas e estava indo para o meu quarto quando ouvi a voz do meu irmão e de uma garota no quarto dele, coloquei as sacolas sobre a cama e voltei para o corredor, encostei o ouvido na porta e reconheci a voz feminina, então abri, Carlos estava deitado na cama e a garota deitada sobre ele, os dois me olharam assustados e eu comecei a rir da cena.