Hermione: Draco X Rony - Torn escrita por Caroline Tarquinio


Capítulo 1
Poison in my heart


Notas iniciais do capítulo

Deixem reviews por favooor :) E me digam quem afinal vocês shippam. Ah e que curte Romione fiquem ligados, alguns momentos vez aí, vamos fazer essa uma decisão bem difícil de tomar ok? ;)



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HERMIONE

–- Sr. Malfoy, você poderia citar os ingredientes usados para produzir uma poção do Morto-Vivo? – Perguntou o professor Slughorn com seu habitual tom confuso.

Malfoy se moveu suavemente para a frente e eu impulsivamente comecei a sonhar acordada. Odiava quando isso acontecia. Eu sempre havia odiado Malfoy com todas as minhas forças, e ainda o odiava, mas ultimamente eu havia começado a perceber o quão bonito ele havia ficado com o tempo. Infelizmente ele havia melhorado por fora apenas, sua personalidade continuava tão desagradável quanto a de um basilisco com TPM.

–- Losna, raízes de valeriana, raiz de asfodelo em pó e vagem suporífera – respondeu Mafoy presunçoso e escutei um som em comum, que logo percebi que era o som de setenta queixos caindo ao mesmo tempo. Todos, menos o meu. Até o professor emitiu um grunhido de surpresa. Os olhos de Draco eram vitoriosos, até ele olhar pra mim. Ele olhou tão furiosamente em meus olhos que por um segundo pensei que ele iria me fazer explodir com a mente, mas não deixei minha expressão dura vacilar nem mesmo por um segundo. Malfoy não me impressionava de maneira alguma e ele percebia isso.

A aula finalmente acabou e eu já não aguentava mais ficar naquela aula com Slughorn, repetindo tudo o que eu já sabia e o resto da corja da Sonserina, e Pansy se esfregando em Malfoy como um gato bajulador e maligno. Saí voando daquela sala para me encontrar com o Harry. Rony ainda estava “pegando” (apesar de achar essa expressão completamente depreciativa para as mulheres) a Lilá e eu não suportava ficar por perto. Harry por sua vez estava muito distraído morrendo de ódio da Gina e do Dino namorando que mal prestava atenção em algo que eu falava. Passei horas explicando a ele sobre a cerâmica do piso da escola que li em Hogwarts, uma história e quando terminei ele simplesmente disse:

–- Você acha que o lance da Gina com o Dino é serio?

Nem acreditei no que tinha ouvido. Saí simplesmente furiosa e fui para a biblioteca, que era meu lar e livre de idiotas. Cheguei lá e fui para a sessão de poções, que é a minha favorita. Eu já havia lido quase todos os livros, só faltavam 10 mas eu daria conta até o fim do semestre e ainda começaria a sessão de personalidades.

–- Ca-ham – ouvi um pigarrear vindo de trás de mim e me virei assustada.

–- Malfoy? – me assustei – o que faz aqui? – disse eu ultrajada.

–- Qual é Granger? Você acha que a biblioteca é só sua? – Perguntou Malfoy, mas seu ar agressivo estava mais fraco que nunca, quase normal.

–- Não achei que fosse só minha, Malfoy, mas admito que achei que era território livre de idiotas, eis algo que não foi mencionado em Hogwarts, uma história, que era permitido a entrada de brutamontes e iletrados na biblioteca. – respondi sarcástica, apesar de surpresa.

–- Não enrola, Granger, ambos sabemos que se tem algo que não sou é iletrado – ele disse impaciente – Você, aparentemente já tinha notado, já que não ficou de maneira nenhuma surpresa com a minha, humildemente digo, maravilhosa performance na aula de Slughorn hoje de manhã.

–- É, aquilo foi impressionante até mesmo para os seus padrões – eu falei, implorando em minha mente para que aquela conversa acabasse logo para que eu pudesse voltar ao meu livro afinal – mas o que faz aqui?

–- Vim estudar, ora – respondeu Draco como se aquilo fosse a coisa mais obvia do mundo.

–- Digo, o que faz na minha mesa, Malfoy – eu disse e ele foi sentando na cadeira ao lado da minha e se aproximando, como que para contar um segredo.

–- Quero que me dê aulas de poções, Granger – sussurrou ele e senti seu hálito de hortelã entrar por minhas narinas me deixando zonza. Virei de frente para ele de modo que nossos narizes ficaram a poucos centímetros de distância. Fiquei meio perturbada ao olhar em seus lindos olhos, admito, mas acho que estava a uma distância segura para não fazer, ou sentir algo do qual me arrependesse.

–- E porquê eu o ajudaria depois de me chamar de sangue-ruim todos os dias e debochar dos meus amigos, posso saber? – disse isso em tom normal e ele se aproximou ainda mais de mim e colocou a mão em minha boca.

–- Shhhhhhhhh – disse ele, e foi o “shh” mais agressivo que eu já havia ouvido. Não sabia que era possível pôr tanto ódio em apenas uma sílaba. – Ninguém pode saber disso. Pode parecer suspeito.

–- Ah, claro, seria suspeito você ter aulas comigo mas não é nada suspeito que seu rosto esteja a milímetros do meu na biblioteca e que você esteja sussurrando. – eu disse com ironia.

Ele pareceu perceber o quão perto estava de mim, o que, e é muito difícil admitir, não me incomodava tanto.

–- Enfim, me encontre na sala precisa à meia-noite. Ninguém pode saber disso. – ele disse e fez menção de se levantar, mas parou quando eu falei:

–- Mas claro que não. Eu jamais, como monitora e aluna de Hogwarts, desrespeitaria as ordens de Dumbledore.

–- É? – ele disse parecendo confuso, como se realmente se importasse, o que me fez ficar também confusa – Pois eu não me importo. Se você não me ajudar então todos vão ver isto – ele levantou a mão e puxou do bolso da capa um pequeno caderno dourado e eu morri um pouco por dentro.

–- Solte isto já Malfoy – eu disse me levantando e esticando o braço para tentar pegar o caderno, mas Draco era mais alto que eu e levantou o braço deixando-o fora de alcance.

–- Shhhhh – ele disse pela segunda vez no dia, mas dessa vez, veio acompanhado de um sorriso de pura maldade.

–- Malfoy, me devolve – a única razão pela qual não chorei foi por que sou orgulhosa e não daria esse gostinho a ele.

–- Ah, imagino que a resposta agora seja outra – disse ele com um sorrisinho cretino no rosto, quase como se pudesse sentir o gosto da maldade e o achasse bom.

–- Tá – eu disse relutante – Na sala precisa à meia-noite.

–- Ótimo, -- ele disse quase como se estivesse genuinamente feliz com a minha resposta.

–- Agora me dá o meu caderno – pedi quase ordenando.

–- Você ainda acha que sou um idiota não é Hermione? – ele disse meu nome e eu paralisei – O que foi Granger? – ele disse com o rosto preocupado mas também impaciente.

–- Você me chamou de Hermione – disse eu sorrindo e provocando-o. Eu sabia que ele iria negar.

–- Claro que não – disse ele enojado – Você só pode estar louca. Até a noite. E esteja lá. – ele se virou e saiu violentamente pelos corredores da biblioteca.

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DRACO

Era meia-noite e a Granger ainda não havia chegado na sala Precisa. Eu já estava impaciente quando a porta se abriu.

–- Finalmente – eu disse – O que está vestindo? Por Merlin, seu cabelo está um caos Granger.

Ela parecia que havia saído direto de um furacão.

–- Cala a boca, Malfoy – ela disse irritada, mas tenho que admitir que mesmo com o cabelo desgrenhado e um pijama folgado ela ficava fofa. FOFA? Mas que papo gay. – Vamos logo terminar com essa palhaçada para que você me devolva o meu caderno e eu possa ir embora e nunca mais olhar para a sua cara.

–- Lamento cortar o seu barato Granger, mas isso levará mais do que uma noite. – eu disse, apesar de não lamentar de verdade. Eu gostava da Granger, ela me desafiava, era forte e não era como as garotas comuns.

–- O QUÊ? – Perguntou ela indignada – o que quer fazer afinal?

–- Essa poção aqui – Apontei para o livro na mesa e Hermione se aproximou para ler o que me fez tremer pois ela estava muito perto, assim como essa tarde.

–- E para quê você quer fazer esta poção? Ou melhor, para quem? – disse ela estreitando os olhos.

Fiquei sem palavras no momento, não havia pensado em qual seria a desculpa que daria à Granger para que ela me ensinasse uma poção tão perigosa.

–- Só preciso que me ajude – disse isso com certo desespero. Se eu não conseguisse terminar a poção coisas muito ruins aconteceriam à minha família, que apesar de ser um caos, era tudo o que eu tinha – Por favor.

Ela olhou para os meus olhos e acho que notou a súplica neles porque sua expressão abrandou-se um pouco.

–- Tudo bem, -- ela disse desistindo – Mas essa poção é muito perigosa e leva muito tempo para ser concluída. Espero que você seja paciente. E quero que promete que não machucará ninguém que eu amo.

Olhei em seus olhos de novo e percebi o medo neles.

–- Eu prometo – jurei. E apertamos as mãos.

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HERMIONE

Depois de quase duas horas trabalhando naquela poção, Malfoy e eu quase não brigamos. Ele estava diferente esse ano, perturbado, talvez com medo, não sei. Mas eu não gostava de vê-lo assim. Pensei que poderia ter algo a ver com Voldemort pois o pai de Draco era um comensal da morte e ele também, se Harry estivesse certo. O que me fazia quase uma por estar ajudando-o com essa poção. Mas se o que o que estivesse escrito naquele caderno fosse mostrado para alguém, Hogwarts poderia considerar-se acabada e nessa hora. Um arrepio me atingiu ao saber que Malfoy poderia ter lido aquilo.

–- Você leu o meu caderno? – disse eu quebrando o silêncio.

–- Não – ele disse olhando nos meus olhos e eu me surpreendi ao saber que ele falava a verdade.

–- Você pode ficar com ele até terminarmos isso, mas tem de jurar não ler – eu disse quase desesperada.

–- Eu não leria. Não me pertence e no momento tenho mais coisas com as quais me preocupar do que um diário bobo – ele disse sem um pingo de sarcasmo. Ele realmente achava que era um diário e isso me aliviou um pouco, mas aquele Malfoy que estava ali comigo era sincero, toda a grosseria e deboche habitual havia sumido totalmente desde que eu entrara na sala.

–- Terminamos por hoje – eu anunciei – Amanhã esteja aqui no mesmo horário. – eu marquei e me virei para sair.

–- Nós não terminamos ainda – ele disse segurando no meu braço e me surpreendendo.

–- E o q... – nesse momento ele me interrompeu com um beijo e me surpreendeu totalmente. Mas o que me surpreendeu mesmo foi que eu não tentei me desvencilhar de seu beijo. Na verdade eu fechei os olhos, coloquei minhas mãos em seus cabelos e me entreguei totalmente ao beijo dele. Era doce e forte ao mesmo tempo e eu estava completamente chocada porém realmente gostando de beijá-lo.

Depois de algum tempo, nós nos separamos.

–- Você não pode contar sobre isso a ninguém, tá? – ele disse olhando em meus olhos e eu sabia que ele não falava apenas do beijo e sim de toda a situação. Assenti ainda em seu abraço, relutando em sair.

–- Porque me beijou? – eu perguntei fazendo papel de idiota.

–- Porque se isso da poção der errado, quero ter certeza de que nunca iria me arrepender de ter deixado de fazer algo na minha vida. – ele respondeu e nos separamos.

Eu me virei e saí da sala, deixando Malfoy recolhendo os matérias dele. Eu não podia ter gostado do beijo. Eu era apaixonada pelo Rony. Não era? Droga! Malfoy havia conseguido me fazer duvidar da única coisa que eu tinha certeza na minha vida. De que eu era apaixonada por Rony.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostadooo. Let me know ^^



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