Bade - Sempre Juntos escrita por Victane


Capítulo 58
Epílogo I


Notas iniciais do capítulo

Hello meus DIVOS, desculpem o atraso, sério mesmo pessoal, tenho bons motivos. Primeiro no final de semana passado eu fui fazer o ENEM e fiquei a semana toda estudando por isso não postei aqui. E esse fim de semana agora que passou eu tive que ajudar na mudança na casa da minha avó, ai terminei de tarde, ai meu primo por obra do destino me chamou pra gente sair. Só que advinha? A lesa aqui perdeu a bolsa com óculos de grau, celular, chave de casa, identidade, CPF, carteira de estudante e tudo que tem direito. Não é demais pra mim? Ai quando eu to voltando pra casa, por obra DIVINA a garota que achou minha bolsa no banheiro do cinema ligou pra meu primo do meu celular e a gente teve que voltar pra pegar minha bolsa. Por isso, quero agradecer as diversas pessoas honestas que ainda fazem parte desse mundo, e quero dizer que se você achar uma bolsa com documentos ou até mesmo com um guardanapo ou coisas sem valores, devolva, porque acredite, essas cosias podem ser muito importantes pra a pessoa que perdeu de alguma forma, okay? Nossa! Bom... Quero pedir desculpas pelo meu atraso e nunca irei abandonar essa fic. NUNCA! Mas minha vida tá bem agitadinha... Confere ai...

Eu to acordando tarde porque vou dormir tarde fazendo as coisas (cês vão entender) ai ajudo minha mãe e quando dá umas 10h eu sento pra escrever na fic, ai vou pra escola de 1h, volto de 19:00h, ai tenho meia hora pra mexer no facebook ou fazer alguma atividade ou adiantar algum trabalho da escola que pedem, quando dá 19:30h eu ensino matemática pra minha prima, ai quando ela vai embora pra casa de 21:00h eu vou estudar pra o SERIADO e estudar porque preciso, enfim... Ai acabo mais ou menos de 23h ou mais... É nessa hora que tenho algum tempo pra fazer alguma coisa, tipo, corrigir os erros das fics e tudo mais, mas tá chegando a 4ª Unidade na escola e tão passando mais trabalho, então to meio se tempo, bom... Me desculpem...
QUero agradecer a Liz Bongiovi pelo reviews de número 700. Dedico esse capitulo a você, mas também a todos que fizeram dessa fic o que hoje ela é, muito obrigada amoris haha. Bom.... Sobre a escolha dos filhos deles, eu adorei o filho do André (Peter, se lê peter, não PEETER, tem gente que confunde) , amo e aacho lindo bebês afro, ui.u.u e do casal BADE, acho que eles são muito parecidos e enfim pra mim ficou perfeito. Quando a filha do Zac, vocês tem que concordar eles parecem demais, nossa! Demais mesmo u.u.u Espero que gostem, haha, muitos beijos, xau xau
*Esse capítulo segue a série:
Brilhante Victoria ou Victorious
Como descrito: Não seja rígido, pois cenas serão mudadas, acrescentadas ou invertidas. Aqui a imaginação é livre e o prazer é seu em ler!
(não tem mais " temporada tal" :( )
Boa leitura!



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Jade West

17 anos depois...

- JADE! JADE! – Alguém gritava por mim na cozinha. Caramba! Esse homem não consegue fazer nada sem a minha ajuda... Quer dizer, até consegue e muito, mas não posso perder a oportunidade de ficar por cima.

- O que é, Oliver? – Quase gritei perdendo a paciência.

- Você viu onde estão as velas? Preciso colocá-las na mesa junto com os enfeites de Natal. – Perguntou me olhando severamente com os braços cruzados e trajando um avental por cima da roupa que vestia. Ele até usava aqueles chapéus de cozinheiro.

- Não olha pra mim desse jeito, se eu não tivesse me casado com você até suspeitaria da sua sexualidade. Olha essa casa, Beck. Tem enfeite pra todo canto. – Dessa vez fui eu quem cruzei os braços.

- Não quero que nossa casa fique feia, afinal iremos receber visitas hoje. Nossos amigos. – Insistiu.

- Não! Não! A Trina vai vir pra cá hoje, e ela não é minha amiga. – Reclamei. Ok! Posso não ter mencionado o nome da Tori do mesmo jeito que mencionei o da Trina, mas sabe... A gente muda e... Ah quem eu to enganando? Aguentar a outra Vega também é um saco! Beck deu de ombros e foi verificar o forno. Andei pela casa completamente vermelha, afinal, os enfeites iam da caixa do correio até o nosso banheiro. Homem idiota! Fitei as quatro meias vermelhas penduradas na lareira. Pelo amor de Deus! Até isso? Tirei aquelas coisas de lá e as joguei no sofá dando de ombros, infelizmente quando me virei dei de cara com uma figura com o rosto todo preto. – O que aconteceu com você? – Não aguentei e comecei a rir. Beck tinha o rosto parcialmente preto, exceto o nariz o que o deixava ainda mais engraçado. Parecia um palhaço.

- Aquela garota colocou uma daquelas coisas no forno, eu disse pra não comprar coisas pra ela daquela loja. – Advertiu indo pegar um pano e voltando pra limpar o rosto.

- Qual? A loja Malícia e Travessuras? Não me culpe, ela ficou toda manhosa e você inventou de pedir pra que eu comprasse, a culpa não foi minha, Oliver. – Revidei.

- Ah Jade, não faça isso... Caramba! A Liz adora as meias de Natal... – Beck apanhou as meias caídas no chão e as colocou de novo na lareira. – É uma das poucas coisas que ela gosta... Poucas mesmo. – Deu ênfase olhando pra mim como se quisesse apontar algum erro. Qual é? Eu não fiz nada, ela que nasceu assim. Argh! O telefone tocou e Beck se desesperou completamente, depois que atendeu e respectivamente desligou, o mesmo saiu correndo pra cozinha gritando algo como: “Meus bolinhos!”. Quem diria que depois desses anos de casado, o Beck ficaria mais afeminado. Sempre achei que isso aconteceria com o Zac, mas meu marido superou as expectativas. Caminhei em direção a janela fitando a neve que caía lá fora. Sim, neve. Acontecia raramente em LA. Sim, eu ainda estou morando aqui, eu amo essa cidade, e passei minha vida aqui, não vejo motivo pra sair desse lugar. Vamos esclarecer algumas coisas. Me mudei, quer dizer, nos mudamos... Pode parecer besteira, mas ainda não me acostumei com a palavra “nós”. É até engraçado mencioná-la, mas é a mais pura verdade. Ah sim! Enfim... Nos mudamos logo depois do meu casamento. Não queria ficar naquela casa, então ela acabou ficando pra minha tia e pra o namorado maluco dela. Minha mãe e meu pai viajaram novamente pra Londres e pretendem ficar por lá... Minha mãe hoje tem 52 anos, tá bem idosa pra mim, embora ela negue isso conforme eu pergunte, o que é engraçado. Meu pai hoje já tem 57 anos de puro mal humor. Argh! Ele até melhorou com o tempo, depois que minha mãe teve meu irmão, o coração de pedra dele pareceu amolecer, muito pouco eu diria, mas hoje, todo mundo muda. De vez em quando ainda recebo cartões dele e de Sara, sempre contando como está a vida lá em Londres. Tenho que dizer que nunca leio os cartões, só a ultima parte, quando eles finalmente se despedem. Meu irmão mais novo se chama David, isso vocês já sabem. David é um idiota por completo, o ultimo desgosto que ele me deu foi quando se casou e foi morar ao lado da casa da minha tia juntamente com a esposa. Uma idiota eu diria. Vocês vão conhecê-la, mas isso é outra história. Hoje ele tem 18 anos e trabalha na administração de uma empresa bem conhecida aqui em L.A, mas que agora não me recordo o nome. É um verdadeiro babaca, mas fazer o que? Eu o amo! Apesar de quase nunca ter dito isso, ele já me conhece, até demais, aquele idiota! Acho que me tornei uma pessoa melhor por causa dele. David até quis ficar em L.A, por minha causa. Minha mãe até insistiu em levá-lo, mas o muito amor a minha pessoa não deixou que ele partisse. Assim foi melhor! Quanto a mim, me casei, sim, tenho orgulho disso e não me arrependo de nada. Confesso que o casamento foi até engraçado, primeiro tínhamos que decidir onde nos casaríamos. Beck queria que tudo fosse inteiramente sagrado, então ele exigiu que fosse na Igreja Católica, quanto aos padrões de enfeites e outras frescuras ele disse que não se importava com o que eu escolhesse. Apesar de ter dito dessa forma: “Iremos nos casar na Igreja e não no cartório, o resto você escolhe da forma que quiser apesar de eu ter medo de algumas das suas bizarrices.”. Não entendi a parte das bizarrices, afinal, o casamento foi lindo e o próprio disse isso depois. A questão que mais foi discutida entre nós, foi a questão do vestido. O padre não queria autorizar minha entrada na Igreja com um vestido preto, apesar de eu já ter escolhido o vestido perfeito, ele disse que lembrava a morte, besteira na minha opinião. Então, decidi que se não podia me casar de preto e também não podia me casar de branco, porque branco é clichê e minha mãe apoiava essa ideia e pra continuar a contrariá-la, decidi casar de cinza. Um meio termo entre os dois. Mas o Beck achou que se eu não podia casar com o vestido que queria, então era melhor procurar outra Igreja. Por fim, achamos uma que aceitou toda a decoração, tenho que dizer, foi lindo, principalmente meu vestido. Também usei um colar maravilhoso. O bolo foi lindo.O buquê tinha que ser vermelho. E pra completar, os vestidos das damas de honra foram brancos, tudo normal como dever ser. Uma coisa legal do nosso casamento, foi que assim que Beck e eu ficamos noivos, nós já fomos planejando tudo, não fomos que nem aquelas pessoas que pedem a outra em casamento e as enrolam por seis anos ou mais, fomos diretos ao ponto. Uma coisa polêmica pra nossa relação conjugal foi que Beck me ajudou a escolher o vestido de noiva. Você tinha que ver a cara das atendentes quando descobriram que ele era meu noivo, quase não acreditavam e queriam expulsá-lo da loja. Mas eu intervi e botamos fim nesse treco de que se o homem ver a noiva antes do casamento é sinal de má sorte e o casamento não irá durar. Bom... O meu durou por 17 anos e ainda continua durando, então isso é uma trágica mentira. Nem preciso falar que a Lua de Mel foi demais né? Bom... Meu marido terminou sua faculdade na FALA, assim como eu. Gravei meu CD e a cada dois anos faço o mesmo, pois gostaram do meu trabalho, é claro! Agora trabalho no Teatro Smith, escrevendo, dirigindo e atuando em peças de lá. O Teatro é administrado por Ashley, mas Robert assume cada vez que ela e André fazem uma viajem pra Paris. Ashley me ajudou e me ajuda muito com o meu CD, assim como André ajuda Tori de vez em quando. Bom... Voltando ao Beck, ele até ficou por um tempo ensinando na HA como professor substituto do Sikowitz que teve alguns problemas intestinais com sanduiches que ele guardava embaixo da cama. Pelo visto, o Sikowitz continua maluco, mesmo depois de velho, mas é claro que ele sempre vai ser meu professor favorito, que ele não escute isso. Argh! Beck ensinou por por pouco tempo, afinal Sikowitz se recuperou, e apesar de Beck ser um ótimo professor, não era só eu que achava isso. As alunas mais assanhadas até davam em cima dele. Que nojo! Então... Tive uma conversa rápida com o Sikowitz e ele voltou ao seu cargo mesmo com pequenas dores... Fazer o que? Não vou perder meu Beck pra aqueles idiotas! O Oliver atualmente trabalha como ator no Teatro Smith, só que num ponto diferente do meu, afinal o Teatro Smith cresceu bastante, e tem uns três Teatros espalhados pela cidade. Assim como também se expandiu para NY onde é dirigido por Zac. Falaremos sobre ele, mas esqueci de mencionar André. André é um compositor estimado aqui em LA. Ashley compõe para o Teatro Smith e o André até já gravou com artistas famosos em Paris, além de trabalhar comigo sempre quando pode. Outra pessoa que trabalha comigo é a Cat, ela se formou na faculdade, acreditem se quiser, mas sabe... Ela e o Robbie tiveram uns probleminhas... Digamos que em vez de Cat ser pediatra como disse, na verdade quem é pediatra é o Robbie, a Cat é veterinária. Sim, os dois praticamente trocaram de profissões, vai entender! Mas os dois criam dois cachorros que são como seus filhos, eles não tem crianças, então... Os cachorros servem, afinal... Imagina os dois com filhos, meu Deus! Apesar de adultos permanecem crianças, e filhos e casal idiota não costumam dar uma combinação perfeita. Por isso eles se contentam com seus cachorros, acreditem, apesar de não terem crianças, eles são muito felizes. São os únicos que não tem filhos. O André e a Ashley tem gêmeos, uma menina e um menino que não se parecem de jeito nenhum. Digamos que um é negro e a outra é branca, vai entender, e um se parece com o André e o outro com a Ashley, muito confuso! Zac e Tori tem uma filha também, um ano mais nova que o meu filho. Voltando a Cat, de vez em quando eu insisto pra que ela grave comigo e ela obedece. O Robbie até que não é tão ruim na sua profissão. Por obra do destino minha filha ficou doente e só tinha o Robbie disponível como pediatra, tínhamos que arriscar e até que o palerma não é tão ruim. Agora falaremos da Tori. A Tori atua no Teatro Smith de NY e grava CDs anualmente, digamos que ela faz sucesso, não mais que eu, é claro! Zac é dono do Teatro e atua em seriados famosos na Tisney, uma famosa e grandiosa produtora de TV do mundo todo. Ele não mais interpreta o Steve, de “Quem quer ficar com Steve?”, agora ele é o Chad Dylan Cooper de um programa chamado “Sunny entre estrelas”, o engraçado é que a garota que faz o seu par romântico é idêntica a irmã dele. Deve ser estranho “beijar” uma pessoa parecida com a irmã em cena. Argh! Voltando a mim e minha família. Tenho dois filhos, sim, dois. O Beck consegue ser bem convincente quando quer uma coisa e toda aquela história de “temos condições financeiras muito boas pra criar e educar mais uma criança” ou “você é uma ótima mãe, podíamos ter mais filhos”, aquilo não me enganava, mas cedi e deixei de tomar minhas pílulas, bom... O resultado foi uma garotinha linda de cabelos castanhos e olhos azuis de aparência e jeito mal humorado, igual a “alguém” segundo Beck. Não sei de quem ele se refere! Mas tenho que admitir, a Liz é encantadora. Sim, Liz. Elisabeth West Oliver, ou Liz como preferimos chamá-la.

- MAMÃE! O papai tá tolcando os porta retalto de novo. – A pequena garota de três aninhos andou até mim com uma expressão curiosa no rosto. Ela odiava que mexessem na decoração dos porta-retratos da casa sem que ela autorizasse. Afinal, ela gostava que sua foto viesse primeiro do que a dos nosso afilhados na ordem estampada na mesinha.

- Então arrume! – Autorizei a garota que pegava os porta retratos nas mãos e olhava pra mim como se perguntasse se podia seguir em frente. Um sorriso esperto saiu em seu rosto e ela começou a ordenar todas as fotos em seus devidos lugares. Primeiro vinha a foto de Soffie, a filha de André e Ashley, minha afilhada. Depois vinha a foto de Peter, o irmão de Soffie e afilhado de Beck. Após os dois, vinha a foto de Alisson quando bebê, Alisson era a filha de Zac e Tori, minha afilhada e de Beck também. Zac vivia se gabando pelo nome da filha, já que significava “Mulher de respeitável fama” e era exatamente o que ele a incentiva a ser. Liz colocou a próxima foto na mesinha, era outra foto de Alisson, só que agora um pouco mais velha. Ainda quando criança. Faz cinco anos que eu não a vejo, desde os 11 anos que Zac e Tori a levaram daqui pra NY. E por último, Liz pegou suas duas fotos a fitou de longe com um sorriso enorme no rosto. Ah como eu amo aquela criança. Droga Jade, você cresceu, mas não precisa exagerar no sentimentalismo. – Quem é essa na foto? – Perguntei inocentemente.

- ÉLiz.... – Disse beijando a foto. Eu adorava fazer essa pergunta, porque ela sempre colava o “É” com o seu nome deixando-o mais engraçado. A Liz desde pequenininha adorava trocar as palavras. Não fazia isso porque queria, ela simplesmente errava. Já procurei profissionais e eles disseram que é normal que as crianças troquem e errem as palavras até pelo menos 4 anos. Liz colocou seus porta retrato lá, na frente de todos como sempre.

- Liz! Porque não vem ajudar seu pai? – Perguntou Beck vindo da cozinha com algumas bandejas na mão.

- Eu não! – Falou inocentemente enquanto se jogava no sofá.

- Essa garota é o orgulho da família. – Falei rindo e me jogando ao seu lado.

- Quer ajuda, pai? – Perguntou uma voz masculina familiar.

- Claro, filho. – Beck sorriu enquanto voltava á cozinha.

– Boa noite, mãe! – Logan me deu um beijo na bochecha e seguiu pra cozinha.

Ah esse garoto, esse sim é um verdadeiro problema, nunca vi alguém tão gentil, simpático, carismático e educado na vida. Quer dizer, já vi, o Beck, mas tanto faz. Acho até que ele pode ter caído no chão quando criança, porque esse garoto só faz agradar. Argh! Mas de uma certa forma, ele me dá orgulho, orgulho até demais eu diria, suas notas são sempre ótimas, no nível das que eu tirava quando estava na escola. E sei que atualmente as matérias estão mais difíceis, é claro, mas mesmo assim ele se esforça e consegue. Logan tem 17 anos, cabelos pretos, se parece com a avó, mas tem os meus olhos. Já a Liz herdou os cabelos do pai, mas ambos tem a cor dos meus olhos, o que me deixa feliz de certa forma, porque lembro-me do que Beck me disse quando éramos mais jovens... Que um dia olharia para nossa filha exatamente idêntica a mim e que iria ter duas de mim pra sua vida. Era lindo e é lindo. A vida de casado é difícil sim... O tratamento dos casais muda, a convivência cansa um pouco, o sexo... Não, espera! Nesse ponto, as coisas continuam do mesmo jeito. O sexo nunca diminui entre a gente como acontece em outros casamentos como dizem por ai. Acho até que o Beck ficou mais safado do que o normal, isso porque eu invento vários joguinhos entre a gente como: Stripper poker, aquele dos dadinhos e diversos desafios como por exemplo o que eu propus na semana passada pra ele. Beck tinha que sair nu de madrugada pela rua, claro que através dos arbustos e se isso acontecesse, num final de semana quando as crianças saíssem eu poderia recompensá-lo com uma transa no nosso Jardim. Acreditem, por sexo o Beck faz tudo, o mais engraçado foi quando ele saiu correndo e a vizinha viu, ela saiu de madrugada com uma arma e apontou pra ele. E quando o Beck levantou as mãos, a velha tomou um susto e largou a arma, depois foi agarrar meu marido, até eu pegar a arma e apontar pra ela, então... A velha foi embora, desde então, quando Beck passa na rua, ela fica mordendo os lábios em sua direção e tentando seduzi-lo. O Beck nunca esquecerá disso, mas também, ele nunca esquecerá da recompensa que lhe dei por isso. Digamos que ele gostou até demais. Mas voltando para o assunto família... Sentei-me no sofá e Liz se sentou em meu colo, alisei seus longos fios castanhos, ela me lançou um sorriso e pegou sua boneca no sofá, começou a pentear os cabelos da boneca bem devagar e depois saiu de perto de mim e foi se sentar no chão com os outros brinquedos. Eram bem variados, tinham bonecas, bolas, coisas de borracha, entre outros, mas o que me chamava muita atenção, era um pequeno canivete de borracha que ela guardava no bolso da calça. Lembro-me quando Zac veio nos visitar e na hora do abraço, seu canivete de oito funções com capa de plástico caiu no meio da sala, a primeira que viu foi a Liz, e depois disso, ela não quis devolvê-lo pra ele. Então Zac saiu e comprou um pra ela de borracha, foi simplesmente fascinante como ela ficou depois que ganhou o presente. Seus olhinhos brilhavam mais do que a louça que o Beck insistia em limpar. Sei que não deveríamos incentivar a Liz a mexer com objetos pontudos, mas acredite, foi melhor assim, hoje ela nem quer pegar numa faca contando que tenha seu “canivete” do lado.

- Eu vou tomar um banho, tudo já está pronto... Quando eles chegarem, a casa estará magnífica... – Beck sorriu satisfeito e largou o avental em algum lugar da casa. Ah eu não iria perder essa oportunidade!

- Então só está fazendo isso tudo porque a Tori vai vir pra o jantar? – Perguntei cruzando os braços e indo até o banheiro onde ele já estava tirando a camisa. Fechei a porta atrás de nós e Beck pareceu perceber minha expressão “furiosa”.

- Isso é sério? Você ainda tem ciúmes da Tori desde a nossa adolescência? – Beck ficou surpreso.

- Não é ciúmes, idiota! É que... Você nunca arruma a casa desse jeito quando o David vem jantar aqui. – Revidei.

- Tá! Já entendi... Acha que estou arrumando a casa porque a Tori vai vir pra cá? Ok! Não é por causa disso... Simplesmente mais convidados virão pra cá, não vai ser igual ao ano passado que só o David veio. Por favor Jade, sem ciúmes. – Ele me encostou na parede do enorme banheiro. Sua calça abaixada até depois da cintura. Digamos que o Beck andou malhando nesses últimos anos e... Ver ele sem camisa sempre acendia minhas emoções.

- Ótimo! Fica por isso mesmo, você toma seu banho, eu paro de implicar e nos vemos na sala. Tchau! – O empurrei nervosamente antes que ele insistisse em algo.

- Espera! – Num movimento brusco Beck me empurrou novamente pra parede, encostando-se sobre mim, suas mãos foram postas atrás da minha cintura e senti um certo volume se erguendo de dentro de sua cueca. – Já se passaram anos e você ainda consegue provocar esse efeito em mim. – Beck apontou para a calça. Como se eu não tivesse perdido! Começou a beijar meu pescoço com uma pressa que tenho que dizer... Me causou sensações e estímulos positivos em poucos segundos. De repente é como se eu não quisesse que ninguém viesse mais pra cá, queria ele e a casa só pra nós, mas algo interrompeu meus pensamentos supostamente safados quanto a ele.

- Mamãe! Papai! Parem de brigar. O Logan tá doído. – A voz inocente de Liz foi ouvida no corredor próximo ao banheiro. Empurrei Beck para a parte do chuveiro, ajeitei meu cabelo e minha roupa.

- Oliver, você é um completo idiota. – Quase gritei fingindo terminar uma briga.

- Obrigado querida! – Beck tirou a cueca e fez uma dançinha engraçada, desviei o olhar sorrindo pra ele. O Oliver fechou o boxe do banheiro e abri a porta.

- Oi Liz, o que você disse? – Perguntei tentando me recompor.

- Que o Logan tá doído. – Liz me olhou como se esclarecesse muita coisa.

- Ele se machucou? – Perguntei tentando compreendê-la.

- Não mamãe! Ufs! – Suspirou como se tivesse perdendo a paciência, sorri de canto. – Ele está doído. Tá cantando como louco e arrumando ainda mais a casa como o papai faz. – Explicou e não pude deixar de rir.

- Quer dizer que ele está doido, não doído. – Adverti e ela sorriu sem graça. Dei um leve beijo em sua testa e ela saiu correndo pra o seu quarto, antes disso bati em sua bunda e ela riu. Quando cheguei á sala parecia que uma cópia do Oliver estava lá arrumando a lareira. Me encostei na parede e o observei. Logan colocou alguns incensos perfumados próximo a lareira. Depois tossiu e jogou os incensos no lixeiro. Se tínhamos uma coisa em comum, era o hábito de odiar incensos, eu por minha crise respiratória e Logan por ser da família, eu acho! Depois o garoto ligou o rádio e colocou um CD do Bongiovi, a música Always começou a soar pela sala, quando virou-se deu de cara comigo, com o susto colocou a mão no peito e me olhou como se eu tivesse feito algo de muito errado.

- Porque estava me espionando? – Perguntou sentando-se ao sofá. Apenas me coloquei ao seu lado.

- Eu? Te espionando? Nunca! Eu só vim pra minha sala e dei de cara com um garoto maluco arrumando as coisas como se o mundo dependesse disso. – O interroguei com o olhar e ele suspirou. Permaneci em silêncio, se tem uma coisa que aprendi com o Logan é que quanto mais forçarmos menos ele fala. Ficamos em silêncio por um longo tempo, até que...

- Estou pronto! Filho, boa escolha de música... Estava me perguntando sobre qual colocar. – Beck sentou na outra extremidade do sofá e se pôs a me encarar. Droga! Fiz sinal pra que ele ficasse quieto, mas o idiota pareceu não perceber. – Então... Bongiovi... Lembro que você tocava várias músicas dele no violão ocasionalmente quando alguma garota... Hum... Se aproximava. – Beck foi direto. Argh! – Logan ergueu o corpo pra frente dando a entender que ele sairia do sofá, então simplesmente o puxei pela mão e ele rapidamente voltou a se sentar. Revirei os olhos e passei minhas mãos por seus cabelos negro bem arrumados. Hora de concertar a burrada que o Beck fez!

- Olha! Se está interessado em alguma garota, é só dizer. Também se não quiser falar, tanto faz, não estamos nem ai... – Falei naturalmente. Beck abriu a boca pra dar sua dose de oposição diária das minhas ideias, mas bati em seu ombro e ele ficou calado. Logan levantou-se do sofá, pegou uma cadeira e a colocou de frente para nós. Baixou o olhar e suspirou. Voltou a levantar seus olhos azuis da cor do mar e abriu a boca.

- Bom... Tem uma garota e... Han... Ufs... Essa não é qualquer garota, ela é a garota... E é verdade que eu sempre tocava músicas no violão quando eu estava interessado por alguém, principalmente as músicas do Bongiovi, mas... Dessa vez eu só coloquei porque parece que ele é o único cantor que se encaixa no perfil... Dela... Quer dizer, o único cantor que ela gosta e que eu também curto. Entenderam? – Logan olhou pra mim como se me pedisse pra responder antes do Beck.

- Claro! – Falei rapidamente, rápido até demais. Beck me mandou um olhar desconfiado. – Hum... Então como sabe que ela é a garota? – Baixei o olhar, essa era uma conversa difícil, quase tão difícil quanto ver o Beck conversar com o Logan sobre sexo pela primeira vez, acreditem, foi bastante tenso.

- Porque... Porque entro em pânico sempre que a vejo e são raras as vezes e... Ela é a única que não quer ficar comigo... Então... Tenho minhas dúvidas se ela gosta de mim. – Falou e lhe dei um sorriso condescendente.

- E você vai aonde com ela? – Foi a vez de Beck se pronunciar.

- Vai rolar uma festa de Natal á duas quadras daqui e pensei em levá-la, claro que já marquei com ela por e-mail, depois de insistir várias vezes que não era um encontro, porque... Ela não queria que fosse. – Explicou bagunçando os cabelos nervosamente. – Então... O que me dizem?

- Hum... É... Aproveite a festa, respeite a garota, seja um cavalheiro como sei que é, e o mais importante... Seja você mesmo, se ela gostar, vai rolar, se não... Ela não te merecia. – Beck deu seu discurso de pai careta e chato.

- Olha aqui garoto, presta atenção. Não escuta ele, okay? – Logan assentiu nervoso. – Hum... É claro que você já foi numa festa, então é só dançar e se divertir... Ah e não fique muito em cima da garota, dê espaço, quando ela sentir sua falta, ela vai vir atrás de você. Se seu pai tivesse me deixado em paz, talvez ficássemos juntos mais depressa... – Soltei as palavras e Beck arregalou os olhos. O Oliver levou sua boca ao meu ouvido e perguntou bem devagar.

- Isso é verdade? Teria ficado comigo se eu não tivesse insistido? – Era quase um sussurro.

- Não! Cala a boca! – Revidei autoritária, mas acho que Logan não escutou. Beck ficou confuso e revirei os olhos. É claro que não sabemos ao certo se essa garota e ele são como nós. Então não podemos opinar.

- Sobre a festa... Eu nunca fui em uma... Qual foi a festa que vocês mais curtiram quando adolescentes? – Logan me olhou quase implorando. Sério? Que garoto retardado! Nunca foi em uma festa? Mas ele tem 17 anos, o que ele faz da vida?

- Sério? O que você anda fazendo pra se divertir? – Perguntei espantada.

- Hum... Internet. – Argh! Garotos de hoje. Ri com meu pensamento. Até parece que no meu tempo escola, eu também não era assim. Falo por experiência própria, afinal, a Cat tem vicio pelo celular até hoje.

- Tá! Eu tenho uma boa festa pra te contar. É uma história encantadora e divertida, mas tem que ser do começo, tem tempo? – Beck perguntou com seu jeito irritante de ser.

- Claro! A garota vai chegar aqui meio tarde. – Respondeu Logan. Iria sair dali, mas ouvi o barulho inocente da voz de Liz.

- História de família. OBA! – Gritou enquanto passava pelo corredor, ela simplesmente pulou no meu colo, desceu pelo sofá e se sentou no colo do irmão que riu da sua carinha brincalhona.

- Desde quando gosta de histórias de família? – Perguntei levantado-me do sofá. Não iria escutar isso! Argh!

- Desde que papai me disse que as suas histólrias são doídas... Han... Doidas. – Falou esfregando as mãozinhas e ri. Ela lembrou-se de concertar a pronúncia quanto a palavra “doido/a”, mas estava claro que a garota ainda errava. Histólrias? Ri ainda mais disso. Beck me lançou um olhar de “fica, até sua filha mal-humorada vai ficar pra escutar!”. Dei língua pra ele e me sentei novamente, foi então que ele começou a contar desde Adão e Eva.

Beck

~~ Flashback On

Estávamos na mesa do Café Asphalt. Eu, Jade, Tori e Robbie.

- OII! OII! OIII e OII! – André chegou animado juntando-se a nós.

- E OIIII! – Falamos em uníssono. Jade comia suas batatas fritas, eu observava André assim como Tori e Robbie. –

Tão prontos pra isso? Vocês estão prontos? – Perguntou André animado. Sinto cheiro de novidade!

- Espera! – Jade interviu e a olhei preocupado. – Tá to pronta! – Afirmou quando três segundos se passaram. Baguncei meus cabelos dando de ombros.

- Bom... Vocês conhecem meu tio? – Perguntou André.

- O estranho ou o corretor de móveis? – Perguntou Tori. É verdade! O André tem um tio bem maluco, ainda bem que só o vi uma vez.

- O corretor... – André ignorou a pergunta um tanto ofensiva de Tori e continuou com sua animação.

- O que tem ele? – Perguntei enquanto fitava uma batata-frita. A forma dela era legal!

- Ele vendeu uma casa... Preparados? – André tentava se conter, mas dava pra ver que era algo legal. O fitei e esperei. – Preparados? TÃO PREPARADOS? – Gritou batendo as mãos na mesa.

- Fala! – Dissemos em uníssono, isso só me deixava cada vez mais ansioso.

- Pra o Kenan Thompson... – Disse André. Caramba que legal! Perguntamos se era mesmo verdade, afinal o Kenan é demais!

- Eu amo o Kenan Thompson... – Alegou Tori. Eu diria isso se não fosse me deixar tão gay, mas eu o adorava pra valer e é claro que Jade também, já que assistíamos juntos á série que ele participava.

- Hahahaha! Que tal isso em? Que tal isso? Hahahaha! Maneiro! – Disse o boneco maluco do Robbie.

- Espera, não terminou! Eu conheci o Kenan... – Falou André. Meu Deus! Sério! Não acreditávamos, mas André continuou. – É! Eu fui com meu tio até a casa, sabe... E quando ele tava comprando a gente ficou conversando por umas duas horas...

- Ai Meu Deus! – Disse Tori.

- Isso é muito legal! – Falei. Que irado!

- Conheci um cara que o pai dele comprou uma casa... E acharam uma mulher morta no armário... – Disse Jade. Ai lá vem! Ignorei as histórias chamativas e horripilantes da Jade como sempre faço, mesmo que algumas me deem muito medo. Voltei a tomar meu refrigerante e Jade continuou falando. – Ela era loira. – Disse por fim mordendo seu burrito. Um silêncio tomou conta da mesa por um segundo e foi interrompido.

- Tá legal! Vai, vai, conta mais sobre o Kenan. – Pediu Tori.

- Tá! Eu disse pra o Kenan: “Cara, sua casa é irada, pode fazer uma festa sinistra aqui”. E o Kenan falou: “Então porque você não faz?”... – O que? Caramba! Parecia inacreditável. – É! Ele só vai se mudar no mês que vem porque ele tá em Nova York, então ele disse que eu podia dar uma pequena festa, no próximo sábado a noite... – André voltou com a animação e batia empolgado na mesa. Que demais! Uma festa na casa do Kenan Thompson, essa história tava ficando muito boa! Nos empolgamos, olhei pra Jade e sorri, iríamos aproveitar bem nessa festa, além de que estávamos precisando sair mais.

- Não pode molhar a batata na maionese... – Falou alguém sentando-se a mesa.

- Ah nós não podemos porque... Ah Steven! – Tori percebeu que o garoto do lado dela era o seu mais novo namorado. Comi minhas batatas em silêncio, não tenho nada contra o Steven, ele até que é legal! Tori lhe deu um selinho e apenas dei de ombros. Tori apoiou sua cabeça no ombro de Steven e apenas soltei um mínimo sorriso, era bom ver ela feliz. Além do que, Jade gostava dele, porque ela dizia que só assim a Tori deixava de pegar no meu pé. Andre também gostava dele por ser legal com sua melhor amiga e eu gostava dele porque sei lá, se a Jade gostava e achava que ele era legal, então... O cara merecia uma chance. – O que está fazendo aqui? Sabe que só saiu ás três.

- Só quis passar para dar um oi. – Disse sorrindo com aquela pose de galã que ele tinha. Tori se derreteu. – E ai galera! – Nos cumprimentou.

- Beleza! – Falei.

- Ah eu conheci o Kenan. – Disse André ainda animado. Jade sorriu, Robbie o cumprimentou e tomei mais um gole de meu refrigerante.

- Então... Como foi o seu... Han... Você tirou uma foto minha com a Tori? – Perguntou o tal Steven assim que Robbie tirou uma foto dos dois. Robbie confirmou. – E o que você vai fazer?

- Vou publicar no The Slap, no meu site de fotos, eu tenho uma página só com fotos dos meus amigos. – Explicou Robbie.

- É uma página pequena. – Disse Jade, eu apenas observava o Sinjin parado ao meu lado.

- Não é não! – Revidou Robbie.

- Robbie... É pequena... – Jade insistiu.

- Olha! Será que dá pra não publicar essa minha foto com a Tori? – Perguntou Steven. Qual o problema dele?

- Ah foi mal, mas eu configurei pra transferir automaticamente as fotos assim que eu tiro. – Explicou Robbie.

- Porque não quer que ele publique? – Perguntou Tori. É! Essa história tava um pouco estranha, apesar de eu não ligar, eu só queria ficar a sós com a Jade.

- Ah... Sei lá... Não estou num bom dia. – Apenas escutei ele falar enquanto eu brincava com as migalhas de batata na mesa. Minha cabeça estava nas nuvens agora. Pensava apenas em como seria essa festa com Jade, seria demais!

- Ah sei! Deixa eu te ajeitar. Haha! - Tori bagunçou os cabelos dele. Olhei pra Jade que tomava seu refrigerante. Ainda bem que ela não costumava fazer isso comigo, imagina ter que arrumar todo o meu cabelo de novo. Daria muito trabalho. Argh!

- E ai Robbie... Quer tirar uma foto minha pra sua página no The Slap? – Perguntou Sinjin comendo uma banana. Esse garoto é muito estranho!

- Não! Não! Valeu cara. – Negou Robbie.

- HAHA! O Nerd rejeitado pelo esquisito, que ironia. Hahahaha! – Disse Rex do seu jeito malvado de ser.

- Pra mim já deu, vem Beck. – Jade se levantou, pegou suas coisas e se foi, peguei as minhas e fui atrás dela, mas me despedi do pessoal.

- Essa festa vai ser demais! Nós vamos né? – Perguntei esperançoso chegando próximo a Jade.

- Claro que vamos... E sabe qual é a melhor parte? – Me perguntou chegando perto do meu ouvido, estávamos num local mais afastado do Café Asphalt. Dei de ombros, não sabia do que ela falava. – Em festas assim costumam ter quartos. – Mordeu minha orelha bem devagar me causando calafrios.

- Sim, sim... E podemos treinar até a festa. – Peguei em sua mão tentando aquecer as coisas entre nós.

- Não, não, Oliver. Até lá, você fica sem isso durante uma semana, sabe como é, gosto de deixar as coisas pra última hora, até amanhã... E Ah... Da próxima vez, pensa melhor quando for ajudar a Meredith com os livros dela, okay? – Perguntou me dando um beijo na bochecha e saindo dali. Droga Beck! Você só queria ajudar a garota e agora dá nisso. E isso foi há uma semana atrás. Argh! Porque tenho uma namorada tão vingativa? Affs! Fui pra casa, dormi e acordei cedo pra ir pra HA. Passaram-se uns três dias, hoje era sexta. Chegando na escola encontro Jade e meus amigos, dou um leve selinho nela e cumprimento a todos.

- E ai novidades? – Perguntei e eles negaram, acho que a única novidade era a grande festa na casa do Kenan. O sinal tocou e fomos pra aula do Sikowitz. No sentamos e esperamos o nosso atrasado professor chegar.

- Olá adolescentes! – Sikowitz nos cumprimentou chegando á aula. – Hoje tenho uma coisa especial pra vocês. Beck e Tori segurem os roteiros. A cena se passa quando um meteoro caí sobre vocês. Quero ver pavor, então... – Nos direcionamos para o palco. – Ação! – Gritou.

- Oh Charlotte! As coisas vão piorar pra gente. O cometa que atingirá a Terra está próximo. – Comecei a cena.

- Oh Paul! O que faremos agora? – Perguntou Tori olhando para o suposto céu, que era na verdade o teto da sala.

- Quando a esperança se acaba... O que podemos esperar? – Olhei de relance pra Jade, ela odiava quando Tori e eu fazíamos papéis românticos.

- Mais esperança. – Disse Tori colocando sua mão direita no meu rosto de forma delicada.

- E o cometa caí! – Sikowitz gritou no meio da sala.

- AAAAHHHH! – Tori e eu gritamos juntos, ela fingia cair pra perto de mim e eu tentava segurá-la, ainda com medo do “cometa”.

- Não! Não! Corta! Chega de atuação... – Sikowitz fez sinal pra que parássemos.

- Qual foi o problema? – Perguntei desentendido.

- Os gritos, a atuação... Não convenceram ninguém. Precisam usar pavor de verdade. – Disse Sikowitz. Não entendi!

- Eu achei que fomos muito bem! – Falou Tori. É! Eu também.

- Ah! Qual é? Eu já dei gritos mais potentes até na minha banheira. – Revidou Sikowitz. O que ele fazia na banheira quando isso aconteceu? Medo! – Só eu achei isso? Foram péssimos, não foram? – Perguntou. Eu acho que não! O Robbie tava até emocionado.

- O Beck foi bem! – Disse Jade. Como sempre! Odiando a Tori e seus papéis românticos comigo. Isso ainda me faz pensar porque a Jade iria recusar uma... Han... Uns amassos. O que deu nela? Quer dizer! Olha pra mim, eu to mais preocupado com ela do que com o Sikowitz chamando minha atuação de péssima.

- Ah Jade! Você é uma pessoa amarga, não é? – Sikowitz perguntou a encarando. Ah! Com certeza, ela é amarga, mas isso a deixa mais linda. Qual é Beck? O Sikowitz chamou sua atuação de ruim, foque nisso. Argh! Cat entrou na sala. – Ah Cat! O que, que o médico falou, em? – Perguntou para a garota de cabelos ruivos. Engraçado! Os cabelos dela pareciam ainda mais vermelhos hoje. Ah! É mesmo! A Cat tinha ido para o médico. Fiquei apreensivo. – Uh! Um bilhete. – Sikowitz pegou a carta das mãos de Cat. – NOSSA! SANTO GRANDE! – Ele gritou e me impulsionei um pouco para a frente. O que seria no bilhete? Todos perguntaram qual o motivo dele ter gritado. – O médico fica em Culver City, o trânsito deve ter sido terrível. – Falou acalmando a todos. Ainda não entendi, porque minha atuação foi terrível. Que droga!

- O que o médico falou que ela tem? – Perguntou André. Também queria saber!

- Ah! Ele disse que ela tem nódulos vocais... – Sikowitz leu o bilhete.

- O que é que são nódulos vocais? – Perguntou Rex levantando as mãos.

- São caroços nas cordas vocais... – Nosso professor apontou para a garganta da Cat.

- É verdade! – Cat falou com a voz mais fina que já ouvi na vida.

- CALADA! – Sikowitz a assustou e Cat gritou. Caramba! Que voz fina! – Não pode falar nada até ficar curada, ou pode danificar suas cordas vocais para sempre... E nunca mais vai cantar! – Nossa! Que triste! – Aliás, essa cor ficou linda em você. Parece um bolo com cobertura de morango... – Cat sorriu. – Senta Cat! – Sikowitz sabia assustar quando queria, mas ele também sabia nos animar quando precisávamos. E também faríamos isso com a Cat. Se ela não pode falar, nós cuidaríamos dela. – Tá legal! Onde a gente tava? – Perguntou virando-se para nós.

- Ah! Tava dizendo que nossa atuação foi péssima. – Disse Tori. Pelo visto não fui só eu que fiquei meio pra baixo com isso. Tava na cara que ela também tinha se ofendido.

- Ah! É verdade! Mas não toda a atuação, só... O medo! – Explicou.

- Tá! E como podemos fazer melhor? – Perguntei com curiosidade.

- Fácil! Relembrem um episódio de suas vidas em que sentiram muito medo, pavor mesmo e deixem a lembrança dessa emoção... Borbulhar em suas atuações. – Explicou. Hum, isso parece legal, mas existe um pequeno probleminha...

- Também vale pra quem causou pavor? – Perguntou Jade. É! Também tem esse problema, será que seria difícil pra Jade se ela representasse esse papel?

- Eu acho que eu nunca senti pavor de verdade! – Falei pensativo.

- Hum... Então, eu vou ter que trabalhar nisso... HAHAHA... – Sikowitz começou a dar uma risada maléfica. O que ele estava pensando em fazer? E ele continuava rindo... Tá! Isso tava ficando estranho! Estranho demais!

- Porque tá rindo desse jeito? – Tori foi a primeira com coragem pra perguntar. Afinal... Ele tava parecendo mais maluco do que o normal.

- Esse cartaz dos patos jogando poker... HAHAHA! Só agora eu reparei nele! HAHA... – E ele continuou rindo do quadro dos patos. Eu também nunca tinha visto o cartaz, mas... O Sikowitz fez isso ficar bem estranho! Ficamos calados até que ele parasse. – Bom... Até segunda-feira, Beck e Tori. – Sikowitz saiu da sala, olhei pra Tori. Nós tínhamos que aprender a fazer uma boa apresentação até segunda-feira. Pelo menos amanhã seria a festa, o que nos deixaria relaxados. Saí da sala e fui para o Café Asphalt almoçar, Jade se sentou ao meu lado na mesa.

- Está chateado porque o Sikowitz disse que sua atuação foi ruim? – Perguntou comendo seu burrito.

- Não! Eu só... É, como você sabe? – Perguntei estranhando a pergunta.

- É que a Tori também está e você é idiotamente parecido com ela. – Bufou irritada.

- Da pra acreditar? Atuação ruim... Isso machuca! Mas deixa pra lá... Então... Animada pra festa? – Perguntei beijando seu pescoço.

- Você é muito apressado, Oliver! – Reclamou me empurrando.

- Está chateada só porque ajudei a Meredith naquele dia? – Perguntei tentando entendê-la.

- Não! É que no momento... – Jade desviou o olhar. – No momento só estamos... Hum... Juntos demais... Você sabe... Quase não saímos e achei que daqui até a festa podíamos fazer isso.

- Nossa! Eu... Não fazia ideia. – Não fazia mesmo. A Jade sempre me surpreende. – Enfim... Podemos... – Iria completar minha frase, mas André passou irritado gritando pelo Robbie. O que será que Robbie tinha feito? Jade pôs a mão no meu rosto e o virou para que eu fitasse seus olhos azuis da cor do mar. Voltei minha atenção á ela. – Podemos pegar um cinema amanhã a tarde, o que você acha? – Perguntei e ela assentiu.

- Tudo bem, eu vou encontrar a Cat, parece que o Lane vai dar á ela algum tipo de sensor de voz ou algo assim. Ela só não pode continuar sem falar. – Disse demonstrando um pouco de sua preocupação com a Cat. Isso era raro! Terminei de almoçar e fui procurar André. Fiquei preocupado com ele passando pra lá e pra cá procurando o Robbie como se sua vida dependesse disso. Acabei encontrando a Tori.

- Você sabe o que o André tem? – Perguntei interessado.

- Ah! Parece que o Rex twittou no The Slap sobre a festa na casa do Kenan, e todo mundo vai tá lá de penetra, bom... O André tá muito irritado, ele até já foi pra casa e amanhã a gente vai dar uma olhada na casa do Kenan pra montar as coisas... Quer ir? – Perguntou.

- Quem vai olhar a casa? – Perguntei curioso.

- Ah! André, o DJ, o Robbie e o Rex, a Cat, e... Steven e eu... Ahhh! – Disse abafando um gritinho.

- Hum... Ok! Jade e eu vamos pegar um cinema amanhã... Programa de casal, falando em casal, como conheceu o Steven? – Perguntei acompanhando-a até o estacionamento.

- Han... Numa festa num fim de semana qualquer, ele era o único que não estava dançando... – Tori sorriu apaixonada. Não sei porque, mas o Steven tinha alguma coisa de muito estranha. Enfim, dei de ombros e Tori seguiu seu rumo e fui pra casa. Descansei bastante e no outro dia, de tarde, fui pegar Jade para irmos ao cinema. Buzinei de frente á sua casa e sua tia maluca apareceu me dando tchau e saindo com um cara cheio de tatuagens e cara de estripador. Nossa!

- Pronta? – Perguntei assim que Jade entrou no carro. Ela me deu língua e me pus a dirigir. Chegamos finalmente ao Shopping de LA e íamos a caminho do cinema quando Jade resolveu ir ao banheiro. Esperei na praça de alimentação quando alguém que não era a Jade se sentou na cadeira de frente a minha. – Han... Oi... Conheço você?

- Não, mas estou esperando algumas amigas e resolvi conhecer novas pessoas. – Uma garota de cabelos negros, um pouco morena e com os olhos um pouquinho puxados colocou sua mão em cima da minha, logo recuei. Avistei Jade saindo do banheiro e dei com a mão pra que ela me visse. Assim como eu imaginava, Jade veio com tudo pra cima da menina, parou do meu lado com os braços cruzados e encarou a garota como se fosse acertá-la com um só golpe.

- Quem é ela, Beck? – Perguntou olhando pra mim.

- Não faço ideia! – Falei a verdade.

- Hum... Quem é você? – Jade cerrou seus olhos para a garota que logo estremeceu.

- Desculpe, achei que ele não tinha namorada. – Pediu indo se retirar.

- Da próxima vez, juro que penduro um cartaz nele com o meu nome, ou quem sabe uma cerca elétrica pra repelir garotas como você. – Jade deu seu lindo sorriso de canto. – Vem Beck! – Me puxou e tive que esconder o sorriso, tenho que dizer, o rosto da garota morena estava pra lá de vermelho de vergonha e o da minha namorada também, só que de raiva. Segurei firme sua mão e fui andando em direção ao cinema junto á ela. É claro que Jade não parava de reclamar. Chegamos ao cinema e olhamos os filmes em cartaz. – Parece que não posso te deixar sozinho por um minuto... Que as garotas caiem em cima, qual o seu problema, Oliver? – Perguntou enquanto eu ria.

- Meu problema? Nada! Só quero assistir a um filme com minha linda namorada, porque só ela me deixa feliz, está bem? – Perguntei tentando acalmá-la. Dei um beijo em sua bochecha e Jade pareceu relaxar. – Então... Qual filme quer assistir? – Perguntei apontando para os filmes no painel.

- Algum de terror... Que tal esse? – Perguntou me puxando pra irmos comprar os ingressos.

- Invocação do mal? Jura? – Não adiantou perguntar, em poucos minutos já estávamos dentro da grande sala escura assistindo a um filme bem assustador. É claro que escutávamos um montão de gritos do pessoal que assistia, mas Jade nem sequer piscava os olhos, e ria com algumas cenas, digamos... Mais assustadoras. Apenas fiquei com ela, o filme foi legal, me divirto com a personalidade de Jade. Por fim saímos do shopping e fomos pra casa se arrumar. Passei depois na casa de Jade pra irmos a festa. Chegamos finalmente a casa que o André indicou, a famosa casa do Kenan. Que legal! As coisas já estavam um pouco animadas lá, segurei a mão de Jade e entramos na festa.


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Notas finais do capítulo

Hello meus DIVOS, espero que tenham gostado do capitulo, como vocês virão eu encaxei FESTA COM BV então não precisam mais ficar pedindo, no próximo é a festa, animados ou tristes com o término da fic? Enfim... Despedidas para o final, ahh o teve o flash back do Beck, mas claro que ele só contou o que aconteceu, a parte dos pensamentos dele é lógico que ele não contou se não ia ficar bem estranho né? Beijos e me mandem reviews, bye bye!
(sem mais indicações de fic, sinto muito)